The High School escrita por ShisuiONagato


Capítulo 36
A Primeira Vez


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee confesso que foi difícil escrever esse capítulo, não sabia descrever muito bem tal cena kkkk mas enfim, espero que entendam meu lado kkkk

Espero que gostem e comente se puderem, ajuda pra caramba!

Boa leitura a todos S2



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Passou dois meses desde que Carter foi resgatado do colégio interno. O ex prefeito Kane Axel pagou a fiança e foi liberado, mas não ganhou o direito de chegar perto da família. Com isso Carter ficava mais tranquilo, além de que a vida de Anabelle melhorou consideravelmente. 

Melissa conseguira formar novamente a banda depois de um longo tempo solo. No lugar de Justin, seu falecido namorado, se encontrava Benjamin, que mostrou seu interesse musical, digamos que ele aprendia rápido. A terceira vaga continuava com Kimberly, que infelizmente foi diagnosticada com câncer avançado, portanto queria aproveitar o máximo antes de partir, ela já sabia que não iria demorar. Theo estava arrasado com tudo, nunca havia visto meu irmão chorar, quando o vi, fiquei muito mal também.

Violette continuava com ódio de minha mãe, pelo menos ela me cumprimentava a força quando nos esbarrávamos nos corredores extensos do Delarriva. 

Mais um dia de aulas chatas e repugnantes. História com a senhora Terry, uma idosa bem amigável. Mel e eu tínhamos essa aula juntos, fizemos umas questões sobre segunda guerra mundial para entregar para nota. Melissa adorava história, portanto a nota nem precisa dizer que foi excelente.

Em seguida era de sociologia com o senhor Ethan, o professor mais novo do colégio, e o que mais adora provocar seus alunos com questões difíceis de se pensar, porém todas com sentido no final. Era apresentação de seminário sobre violências em geral, estava junto a Chloe nessa, resolvemos falar sobre a violência de sexo, e o quanto as pessoas são afetadas por isso.

Durante a apresentação, soltei um "Eu pro exemplo, namoro o Carter...", ele se irritou com isso e pediu para sair da sala. 

— Não senhor Axel, não permito. - diz professor Ethan. 

— Eu não estou confortável aqui. 

— Carter eu sinto muito. - digo arrependido. 

— Só fecha essa boca. 

— Chega vocês dois. Todos aqui formem uma fila, vamos fazer um exercício. 

Todos ficam se perguntando o que ele iria fazer, a fila então e formada. 

— Primeira questão. Se você se aceita do modo que é, seja por gênero, físico ou qualquer coisa que não deixe com que você se aceite, de um passo a frente.

Todos com exceção de Chloe, Carter e eu, dão um passo. 

— Mais um se seus pais se separaram. - agora somente Carter fica para trás. 

— A próxima. Quero que andem mais uma vez se vocês se conseguem ficar com seu parceiro ou parceira em público sem medo de sofrer bullying. - Carter e eu ficamos parados. 

— A última questão. Andem apenas aqueles que sabem que tem o apoio da sua religião no relacionamento com seus parceiros. - mais uma vez não andamos. 

Professor Ethan nos olha atentamente nos encarando fixamente, para em frente a Carter. 

— Está vendo senhor Axel? 

— Vendo o que? Que minha vida é uma porcaria e que meu pai estava certo sobre tudo? 

— Nada disso Carter. Veja como todos dessa sala estão em posições distintas, como poucos cruzam as linhas com outros. Ninguém é igual a ninguém, e nenhuma pessoa tem o direito de julga-lo pelo que você sente ou deixa de sentir. Você ser bissexual, não muda exatamente nada e cada um aqui tem seus problemas e dificuldades. Quem irá aceitar seu aceitar seu caráter? Essa eu mesmo respondo, você mesmo! Isso porque seu caráter é tudo que conta, e estar namorando um garoto não te torna menos que ninguém. Para mim, e aposto que para muitos, você não é bissexual, gay ou algo do tipo, você é o Carter. Um garoto brilhante e com um futuro incrível no basquete. Agora todos sentados em seu lugares, você também senhor Axel. 

Carter fica sem reação, tudo que consegue fazer e virar-se com o rosto até mim e dizer-me "Perdão...", com uma expressão decadente. 

Saindo da sala fico preocupado com ele. Que agradece o professor Ethan. 

— Ei Carter, sinto muito. Você está bem? - pergunto. 

— Sim Adan, eu que devo desculpas. Como meio de me redimir quero que venha até em casa hoje a noite, amanhã é final de semana então você dorme em casa pode ser? Minha mãe está fora da cidade e minha irmã vai dormir na casa de uma amiga. 

— Tudo bem, claro que vou. - sorrio. 

— Vou indo, preciso entregar esse projeto de biologia o quanto antes. 

Ele sai carregando a enorme maquete do sistema de divisão de células em seus mãos. 

Alguém se aproxima de mim pelas costas de repente. 

— Ai, ai... Mal sabe ele não é priminha? - diz Leon. 

— Sinto até pena viu primo. HAHAHAHA. - a dona sarcástica responde, mais conhecida com Dawn.

— Vocês dois já estão nessa faz tampo. Por que não desembucham logo hein? - digo nervoso. 

— Porque seria muito facíl, prefiro esperar o momento certo queridinho. - indaga.

— Isso mesmo prima. Esteja preparado Adan, acho que você não vai gostar muito. - ri igual a prima. 

— Quer saber tenho coisa melhor do que ficar ouvindo dois idiotas como vocês aqui. Até logo... 

Saio sem sequer olhar para os dois. De pessoas como aquelas só desejava distância. 

O dia foi chato, tirando a parte do convite que Carter havia me feito. Ao fim das aulas, Elizabeth me esperava do outro lado da rua, com o carro lotado de compras. Minha mãe adorava trabalhar no mercado pois ganhava descontos nas mercadorias. Ao montar no carro, vou pegar uma garrafa de água no porta luvas, sempre tinha uma lá, quando desvio o olhar para os braços de Elizabeth, em seus pulsos estavam cicatrizes de cortes. Demorou para associar o motivo daquilo, era por culpa, culpa de ter abandonado minha irmã. Esperei chegarmos em casa para questionar sobre. 

— Por que fez isso? - pergunto. 

— Isso o que querido? 

— Em seus pulsos. 

— Filho... - ela desaba em lágrimas. - Eu estou me sentindo uma inútil, que mãe que abandona um bebê indefeso? Você deve me achar um monstro... 

— Não mãe, não acho isso. - digo respirando fundo.

— Mas eu abandonei sua irmã. Ela me odeia.

— Ela pode até te odiar, mas eu não acho isso. Claro que isso não foi algo legal, mas você deixou-a em cuidados. Poderia ser pior...

— Eu me sinto tão culpada.

— Vai passar mãe, e em breve sei que ela vai te perdoar.

— Você acha isso querido?

— Claro que sim... - sorrio para anima-la.

— Obrigado querido, fico mais tranquila em saber que não me acha a pior pessoa do mundo.

— Pelo contrário mãe.

Consigo deixa-la mais calma. Tudo o que disse era verdade. Claro que o que ela fez não foi algo bom, e nada justifica, mas o que realmente importa é que está arrependida.

Subo ao meu quarto, tomo um banho demorado. Em seguida preparo umas roupas para ir a Carter, coloco-as na mochila. Quase ao anoitecer, pedi a Elizabeth para me levar.

Logo estava em sua casa. Despedi-me dela, e certifiquei antes se realmente estava melhor. A casa estava uma bagunça, o que um dia sem ninguém em casa fazia não é mesmo? Carter não conhecia o termo limpeza, nem mesmo organização.

— Nossa. - exclamo.

— Não repare na bagunça. - brinca.

— Magina, nem tinha visto. - minto. - Vamos ver qual filme? - pergunto.

— Que tal deixarmos o filme pra lá? Vamos subir ao meu quarto. Um jogo é mais legal. - ele sorri.

— Um jogo? Só nós dois? - fico desconfiado.

— Vem logo idiota. - ele ri.

Subimos as enormes escadas da grande casa dos Axel. Não nego que sentia um pouco de inveja do tamanho. Se já estava uma bagunça na sala de visitas, seu quarto nem dispensava comentários.

Carter me agarra pelo colarinho, joga-me na cama e começa a me beijar. 

— Então era esse o jogo?

— Psiu... Só relaxa. - sussurra em meu ouvido. Isso me deixa excitado.

Ele beija meu pescoço, fico completamente arrepiado. Tudo ia bem, até Carter começar a tirar o cinto da minha calça.

— Ei, ei... O que se tá fazendo?

— O que se acha?

— Não, se tá maluco?

— Você não quer? - pergunta.

— Mano! Se é um idiota... - fico irritado, mas na verdade estava sentindo medo e constrangimento.

Saio de seu quarto correndo, desço as escadas e sento no sofá. Fiquei com cara de emburrado. Dez minutos depois ele desce também, e sua expressão era muito fria. Senta no sofá enfrente a mim. Ficamos ali, olhando um para o outro com cara de merda, por uns vinte minutos. 

— Podia dizer que não gosta de mim antes de fazer essas palhaçadas. - finalmente ele abre a boca. 

— Palhaçada? Você nem me avisa nada. Olha só suas ideias. 

— Desculpe por achar que você pode transar com SEU NAMORADO. - ele faz questão de engrossar a voz para falar o final da frase. 

— Não é isso Carter. 

— O que é então? Não gosta mais de mim? 

— Claro que não... Eu te amo. - digo com toda a certeza do mundo.

— Qual o motivo então Adan? 

— Carter, isso não uma coisa para se fazer assim, sem mais nem menos. Tem várias coisas para se pensar. 

— Eu tenho camisinha, relaxa. 

— Não é isso... Olha, eu achava que minha primeira vez transando iria ser com uma garota. 

— Ata Adan, então se quer perder sua virgindade com qualquer uma era só falar, assim saio do seu caminho. 

— Deixa eu terminar de falar. - fico irritado. 

— Fala logo. 

— Quis dizer que já que somos dois garotos, não sabemos quem será o ativo ou o passivo, ou até mesmo se vai... - pauso minha fala. 

— Ou até mesmo o que? - indaga. 

— SE DÓI CARAMBA. - fico vermelho. 

— HAHAHAHAHA. É isso seu medo? - ele ri demais. 

— Para de me zoar. - continuo envergonhado. 

— Não estou zoando. 

— Então o que é? - pergunto erguendo uma das sobrancelhas. 

— É que eu achava que não sabia se me amava de verdade, por isso não queria que sua primeira vez fosse comigo. 

— Claro que não, sabe que eu te amo. Quero muito que minha primeira vez seja com você. - digo. Fico ainda mais vermelho. - Só é estranho entende. 

— Entendo... Olha será minha primeira vez com um cara também. Então vai ser algo novo para nós dois. - ele sorri. Aquele sorriso me conquistava. 

— Eu quero, mas estou com medo... 

— Olha, eu te amo pra caramba e queria muito fazer sexo com você. Vamos fazer um trato? 

— Qual? - pergunto. 

— Prometo ir com calma e se não tiver a vontade a gente para. Ta bom? 

— Jura? 

— Com certeza. - sorri mais uma vez. 

— Ta legal. - disse que seu sorriso me conquistava.

Subimos até seu quarto de mãos dadas. Sua calça ainda estava com zíper aberto. 

— Fica tranquilo. - ele sussurra. 

Novamente Carter começa a tirar meu cinto. Respiro fundo e inspiro, até que quando percebo ele já tirou minha calça. 

Sinto um fervor subir por meu corpo. Carter ia beijando meu peito e descendo até o quadril, meus pelos estavam arrepiados e meu medo ia desaparecendo.

— Seu coração está batendo forte. - ele diz sorrindo.

Não digo nada. Só relaxo em sua cama macia.

 Carter abaixa suas calças e com toda calma do mundo íamos criando intimidade. Ele coloca a camisinha e volta a me beijar para acalmar-me. 

Estava tão excitado. Nem acredito que estava fazendo sexo pela primeira vez, ou melhor, não acredito que estava transando com um GAROTO. 

Suava bastante, tudo que me preocupava era se ele estava gostando. A dor quase era nula, o cafuné que ele fazia em meus cabelos, fazia-me ter a atenção toda voltada a seus olhos claros, aqueles lindos olhos. Tudo nele era lindo, eu o amava de verdade. 

De repente, sem conseguir me controlar, dou um grito. 

— O que houve? - ele pergunta assustado. 

— Nada, nada. - digo para ele não se preocupar. 

Carter continua. Ele soltava uns grunhidos pela boca, parecia estar com muito tesão. De repente ele respira fundo e para em seguida. Acho que havia gozado.

— Tudo bem? - indago.

— Acho que acabei. - ele ri.

Fico sem saber o que fazer agora. Por mais que tenha gostado, sinto um leve sentimento de culpa por ter transado com um garoto, porém tranquilo ao mesmo tempo por fazer com quem eu verdadeiramente amo.

— O que achou? - ele pergunta. 

— Acho que preferia ser o ativo. - brinco. 

— Quem sabe na próxima não é...

Depois de transarmos, deitamos na cama ainda nus. Ficamos um olhando nos olhos do outro. Até que acabamos pegando no sono...

 

  


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Notas finais do capítulo

É isso S2



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