The High School escrita por ShisuiONagato


Capítulo 22
Coca-Cola


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaa quero desculpar a demora para postar esse capitulo, mas é que estava desanimado pela falta de comentários e visualizações da fanfic, mesmo assim resolvi postar...

Esse capitulo é bem cheinho de diálogos!

Espero que gostem e POR FAVOR COMENTEM!!! Ajuda muitoooo

Boa leitura!



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Encontrava-me em frente à quase mansão da família Axel. Carter não demora a atender a campainha, que a propósito tinha um soado parecido com aqueles de filmes de terror.

— Vamos, entre. – diz ao abrir a enorme porta.

Não sei exatamente o por que, mas estava acanhado, sem conseguir controlar, minhas bochechas já se encontravam coradas com um vermelho alaranjado sobreposto ao meu tom de pele rosado.

Acentuei meu calcanhar no tapete de veludo de cor palha que cobria quase toda sala de entrada. O cômodo era enorme, principalmente se tratando apenas da sala de visitas. Os pilares que seguravam a estrutura eram todos decorados com ramificações em tons de cinza em meio a cor branca dominante, o piso imitando madeira terminava dando início a escada curva que levava ao segundo andar, a cor azul do sofá e da maioria dos móveis casava perfeitamente com o fosco do branco das paredes e pilares. Eram tantos objetos decorativos que não consegui ficar sem admirar tanta sofisticação, senti até mesmo minhas pupilas dilatarem conforme meus olhos iam contornando todo o ambiente.

Sou interrompido quando a irmã de Carter, Alice, aparece junto a Gary. Fui um choque quando vi os dois descendo as escadas de mãos dadas, não sabia que estavam namorando. Fiquei olhando para ela, sua beleza era notável, parecia com seu irmão. Não que estivesse dizendo que ele era bonito também, mas admito que a genética daquela família era impecável.

— Ei pirralha, o que pensa que está fazendo? – questiona Carter quando ela pega o controle da televisão.

— Vamos ver tv, não é óbvio?

— Nada disso, eu chamei Adan aqui para nós vermos um filme. Voltem para o quarto vai...

— Espere Carter, por que não assistimos todos juntos? – pergunto interrompendo.

— Preferia que estivéssemos só nós dois. – sussurra. — Ok, tudo bem... O que  vamos ver?

— Simplesmente acontece. Um lindo romance que fala da histó...

— ROMANCE? – Carter interrompe sua irmã.

— E o que você achou que seria?

— Nada disso, me dá esse controle.

Eles começam a correr em volta do sofá, os dois lembravam muito meu irmão e eu, esses desentendimentos que acabavam em brincadeiras de irmãos. Sem meu pai, Theo era o meu espelho, a pessoa que sempre tomava base antes de tudo, não conseguia viver sem ele.

— Ta legal, já chega. – diz Carter ao parar de correr para respirar.

— Deixa eles, por que não fazemos outra coisa? – pergunto.

— Exatamente.

— Exatamente o quê?

— Vamos jogar verdade ou desafio! – ele me olha sarcasticamente, apenas balanço com a cabeça meio desentendido.

Alice e Gary animam-se com a ideia e todos sentamos no tapete de veludo. Carter pega a garrafa de Coca-Cola vazia da cozinha. Quando estávamos prestes a começar meu celular toca.

— Eu já volto.

Vou até a cozinha que quebra de frente com a sala, para ter um pouco mais de privacidade. Era Melissa.

— Alô?

— ...........

— Melissa?

— ...........

Só ouvia sussurros, e um som que lembrava muito soluços de choro.

— Mel, está ai? – insisto, começo a me preocupar.

— Adan.......

— O que foi.... aconteceu alguma coisa? – sua voz era vazia e profunda.

— Eu o vi de novo! Ele falou comigo...

— Viu quem? Você falou com quem?

— Ele Adan... Eu vi o Justin.

— Mel sei que é difícil, mas você tem que supurar... está tendo alucinações...

— Era ele Adan, era...

A ligação cai após um assustador relâmpago que ilumina toda a casa, seguido de estrondoso trovão. Poucos segundos após, começa a chover. O estranho era que não estava com tempo de chuva, começou repentinamente.

Estava preocupado com Melissa, pude sentir apenas com sua voz o quanto estava mal. Seria mesmo possível ela ter visto Justin? Focava na ideia de que era apenas um estado de dor emocional, e que foi apenas seu psicológico que criou algum tipo de alucinação.

Volto até a sala e me recomponho, não queria contar a ninguém sobre o que ela havia me dito. Omito a verdade dizendo que era apenas uma dúvida com uma matéria do colégio, o que não foi tão convincente por que era sempre eu que tinha dificuldade com as matérias e corria atrás dela e do próprio Carter.

— Tudo bem, vem jogar logo gatão. – Carter brinca e sorri para mim, mas eram essas simples coisas que me faziam querer leva-lo para o resto da minha vida.

Gary começa girando a garrafa. A ponta cai diretamente em minha direção.

— Verdade ou desafio?

— Verdade. – estava com medo dos desafios daquele garoto, preferi não arriscar.

— Poxa, não sei muito sobre você... Bom... Está pensando em alguém no momento?

— Estou! – falo sem pensar, instantemente.

Após a resposta eu giro a garrafa. Ela aponta para Alice.

— Quero desafio.

— Não sou bom nesse jogo, nunca sei o que falar.

— Pode ser qualquer coisa. 

— Beije alguém que você goste. – sabia que ela ia realizar o desafio com o Gary.

Para minha surpresa ela dá um beijo no rosto de seu irmão. O garoto fica todo decepcionado porque estava esperando um beijo de sua namorada.

— Não na frente de todo mundo né. – ela ri, seu sorriso era idêntico ao de Carter.

Ela gira, e dessa vez dá o inverso, eu teria que responder ou cumprir o seu desafio. Novamente escolho verdade.

— Já sei... É verdade que no início do ano uma foto sua foi vazada no colégio? Aquela que você urinou na cama?

— Deixa que essa eu respondo! – interrompe novamente Carter rindo da situação.

Encolho-me de vergonha.

— Que bom que acha engraçado, não é?

— Desculpe Adan, mas é hilário. – ele continua a rir.

Levanto-me e saio pela porta da frente enfurecido, batendo com força os pés no chão.

— Adan... Adan espere. – ele grita tentando me impedir.

Fico parado no quintal deixando a chuva escorrer sobre minha cabeça para esfriar as coisas, estava gelada e não conseguia parar de tremer. Não demora muito para Carter vir atrás de mim.

— Ei, está louco? Saia já daí ou vai pegar um resfriado.

— Já parou de rir da desgraça dos outros?

— Pare de criancice e vamos logo.

— CRIANCICE? Você não tem o que se preocupar né? Sua imagem perante ao colégio não foi estragada por uma porcaria de fotografia. Continua tendo sua vida perfeita de filho de papai e um incrível jogador de basquete.

— Perfeita? Você não sabe nem dez por cento do que eu passo aqui em casa com meu pai, e quer discutir de imagem pessoal agora? Para logo com essas paranoias e vamos entrar.

— Pra você é fácil falar...

Ele se aproxima e fica de frente para mim com as sobrancelhas franzidas e braços cruzados.

A chuva continua a escorrer pelas nossas costas e a encharcar nossas roupas. Ficamos nos entreolhando por alguns segundos.

— Agora vai ficar aí me olhando?

— Cala a boca e me beija.

Ele coloca sua mão esquerda por detrás de minha cabeça, segurando-a firmemente, com a direita aproxima minha cintura com a dele, e joga seus lábios contra os meus, beijando-me lentamente enquanto a chuva molha nossos cabelos e gotas escorregam em nosso rosto fazendo os lábios deslizarem em um movimento perfeito.

Era nosso segundo beijo e eu já nem sabia mais o que estava em jogo, só queria ficar ali com ele e nunca mais sair desse mundo de fantasia onde nós estávamos.

Carter solta rápido.

— Olha, ta tudo muito bom mas vamos pegar um resfriado se ficarmos aqui. Venha, vamos entrar logo.

Voltamos para dentro de sua casa. Já nem me lembrava o motivo pelo qual sai esbravejando, aquele beijo em meio a chuva me fez esquecer qualquer coisa e lembrar apenas dele.  Carter pega um de seus pijamas para eu trocar, ele também o faz. Em seguida voltamos a sentar no chão junto a Alice e Gary que esperavam impacientemente. Ele também pega um cobertor que coloca sobre as costas, estávamos tremendo de frio.

— Adan venha aqui perto.

— Mas por que? – será mesmo que ele queria fazer “aquelas coisas” na frente dos dois.

— Vá logo Adan, calor humano faz nosso corpo esquentar mais rápido sabia? Estamos entre amigos, está tudo bem. – interrompe Alice.

— Tá legal.

Sento ao lado de Carter, um pouco afastado. Ele me puxa ao seu lado e joga o cobertor sobre minhas costas, dividindo-o sobre nosso corpo.

— Vamos continuar? – pergunta Alice.

— Quer saber já esta tarde, vamos parar. Gatão durma aqui em casa, a chuva não vai parar tão cedo.

— Tudo bem, vou só ligar para minha mãe avisando.

— E eu vou tomar um banho. Amor me espera no meu quarto. – diz Alice antes de subir.

— Tudo bem amor. - finaliza Gary.

Retiro-me até a cozinha para falar com Elizabeth.

Após finalizar a ligação e ser autorizado a dormir na residência dos Axel, dirijo-me até a sala, mas escuto a conversa de Carter e Gary primeiro.

— Eu vi vocês dois na chuva. – Gary quebra o silêncio.

— Do que está falando amigão?

— De você e Adan se beijando a pouco.

— Xiu, fala baixo, minha irmã pode já ter saído do banho e escutar.

— Mas e agora? Sou seu melhor amigo desde a infância, seu irmão, preciso saber.

— Saber o que Gary?

— Você é gay agora? Bi? Ou o que?

— Não sou nada cara.

— Até parece.

— Olha sinceramente não quero brigar com você, sexualidade não define ninguém. Se eu estiver a fim de beijar o Adan eu beijo e ponto final. A propósito, eu estou! – finaliza.

— Tudo bem então irmão, só queria perguntar. Foi mal.

— Sem problema irmão.

Fico sem reação, apenas continuo a andar até chegar a eles.

— Resolvido, vou dormir aqui.

— Aeee! – comemora Carter.

— Bom, eu vou subindo. Boa noite os dois. – Gary sorri maliciosamente para Carter e o mesmo devolve com uma careta que julgo muito satisfatória.

Ele abre o sofá no centro da sala, que vira uma cama. Liga a televisão e coloca um filme, o que iríamos fazer desde o início.

— Quer vir mais perto? – ele pergunta acanhado.

— Carter eu não sei nem o que ta rolando, estou muito confuso.

— Eu também, nunca estive tão desse jeito em toda minha vida.

— Então ta bom assim.

— Mas eu quero chegar mais perto! - diz.

Ele o faz. Minhas bochechas ficam coradas, mas o frio que sentia passa instantaneamente quando nossas peles se chocam.

Não demora muito, e logo pego no sono com o cafuné que Carter fazia em meus cabelos lisos.

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Acordo no dia seguinte longe dele, ele se mexeu durante a noite, estava praticamente caindo do sofá, ou da cama seja lá o que for, e prendia todo o cobertor para ele.

Era bem cedo, então ainda não estava no horário do colégio. Gary também já estava acordado e resolvo ir embora com ele. Precisava passar em casa pegar minhas coisas antes de ir ao Delarriva.

Saio até o portão principal com ele e me despeço em seguida.

Quase já em cima da hora chego em casa, corro me arrumar e mesmo assim termino com alguns minutos atrasado. Theo fica bravo, ele tinha um teste na sua primeira aula e não podia perder. Logo Elizabeth nos leva e corre tanto que tenho certeza que voaria pela janela se não estivesse com o cinto de segurança.

Entro junto a meu irmão pela enorme porta de vidro e logo nossos olhos são presos por uma cena logo na entrada, onde todos os alunos estavam paralisados olhando para uma garota toda vestida de preto, seus cabelos também escuros, e raspados do lado direito da cabeça, era cheia de piercings e brincos pela orelha. Todos abriram uma passagem no corredor e sussurravam com os amigos conforme ela passava entre eles. Fico apenas observando, sentia que a conhecia de algum lugar. Quando percebo eu já havia gritado o seu nome, e ela olha para trás e me assusto com o que ela havia se tornado...

— MELISSA!

 

 

                


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Notas finais do capítulo

é isso s2



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