The High School escrita por ShisuiONagato


Capítulo 10
Maldito Destino


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap... Espero que gostem! Se gostarem comentem S2
Boa leitura!!!!



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Último dia da semana, a aula de sociologia não queria passar. A professora estava literalmente morrendo em pé para dar aula. Melissa e eu durante essas aulas trocamos mensagens por papeizinhos, coisas aleatórias, mas que nos faziam rir. Dawn estava atrás de mim fazendo massagem nas minhas costas, algo bem relaxante para uma aula tão chata. Bem no meio da explicação da matéria, Justin aparece e convoca Melissa para uma reunião da banda, a mesma se retira comemorando por sair dali antes do tempo. Queria ter essa mesma sorte. 

O sinal bate, e permanecemos na sala, a professora resolve passar um trabalho em trio de última hora, ela separa os grupos. Por alguma obra do destino caio no mesmo de Mel, mas a terceira integrante não agradou, e também não ia agrada-lá. Era Chloe, que a propósito não falava mais, desde aquilo, fica muda e com cara de morte, um olhar triste. Se não a conhecesse bem iria até acreditar. 

Me retiro acompanhado de Dawn, ela me olha com uma expressão sarcástica. 

— O que acha da gente matar aula para ficarmos a sós? - pergunta. 

— Matar aula? Mas isso é errado. 

— Ai amor, para de ser tão certinho, eu ein. 

— Mas... 

— Ei, Adan venha cá. - uma voz me chama pelas costas. 

Era Carter, acompanhado de Gary, seu braço direito. 

— O que foi? 

— Não vá nas ideias dela. Várias pessoas me disseram para alerta-lo, ela não é uma boa influência. 

— Você só está fazendo isso porque é difícil aceitar que tenho uma namorada e você não, é isso né? 

— Adan, claro que não... Só estou repassando o que me falaram. 

Dou as costas e saio puxando o braço de Dawn, não sei porque fiz aquilo, mas acabo cedendo a ideia de cabular aula.

Fomos a duas quadras de distância do colégio, em uma distribuidora de gás abandonada. Um lugar que pode-se julgar sinistro, principalmente se fosse visto durante a noite, ainda bem que não era o caso especifico naquele momento. Nos beijamos loucamente, mas novamente não senti algo tão forte como havia sentido antes com Melissa, e até mesmo com Carter. Admito.

Ela percebeu meu desanimo, e logo sacou um envelope pequeno e de embrulho de papel colorido.

— O que é isso? – pergunto.

— São pílulas da felicidade.

— Drogas?

— Não chamaria assim, afinal isso ajuda as pessoas a se sentirem melhores e mais focadas no momento. – conclui.

— Eu não vou tomar isso.

— Vamos, é como se fosse um remédio. Um só, por favor... - implora.

Ela me olha com aquele olhar de persuasão. Acabo me deixando levar por ele. Tomo a pílula e em poucos segundos sinto meu corpo formigar.

Não sei exatamente quanto tempo tinha passado, mas do nada começamos a nos pegar loucamente como se nossos corpos estivessem ardendo em brasas. Passava minhas mãos por de baixo de sua blusa, nas costas, enquanto ela apertava com força minha bunda. Normalmente me sentiria desconfortável, mas não sentia nada, a não ser meu corpo formigando e ardente. Um bom tempo se passou. De repente começo a suar descontroladamente, e mais uma vez tudo fica preto.

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Imagens iam aparecendo em minha cabeça ainda com o fundo totalmente em escuridão. Um braço e uma faca, sangue por todos os lados. Gritos desesperados de uma mulher chorando. E jurava que podia sentir a dor dos pulsos cortados com o sangue escorrendo sorrateiramente.

— ADAN!

Era a voz de Carter gritando por meu nome. Novamente tudo preto, as imagens somem repentinamente.

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Finalmente consigo abrir meus olhos. Olho para os lados, havia uma cortina branca e estava deitado em uma cama com uma espécie de camisola. Do outro lado da cama estavam Carter, Elizabeth e um homem, que logo percebo se tratar de um médico. Estava em um hospital.

— O que houve? – pergunto. Todos percebem que acordei após falar.

— Você está encrencado. – diz Elizabeth com uma face aterrorizante.

— Eu te disse. – Carter murmura.

— A onde está Dawn? – pergunto confuso. – Eu estava com ela.

—  A sua namorada te drogou e te largou desmaiado no meio da rua. – afirma Carter.

— E seu amigo foi lá e ligou para a ambulância e depois para mim, deve muito a ele. – complementa minha mãe.

— Ela não pode ter feito isso.

— Mas fez. Eu tentei te avisar.

— Já fiz os exames necessários, ele está bem agora, o efeito já passou completamente. Está liberado. – interrompe o doutor.

— Obrigada por cuidar do meu filho. E a você por ajuda-lo Carter.

— Não foi nada Sra. Blake.

— Vamos Adan! – diz com seu olhar de reprovação.

Olho para Carter entristecido. Não sabia se estava com raiva dele, ou se era agradecido. Porque ele fazia essas coisas? Ele realmente havia mudado? Odeio quando surgiam essas perguntas sem respostas que apareciam em abstinência em minha mente.

Já em casa levo um belo sermão de Elizabeth, não a culpava, nenhuma mãe gostaria de ver seu filho usando drogas, mesmo que tivesse sido forçado. Meu irmão fica atrás dela, só rindo da minha desgraça.

Melissa aparece de surpresa em casa querendo saber se estava bem, ela estava acompanhada de Justin. Infelizmente minha mãe não deixou que eles entrassem. Ficaria trancado no quarto por um bom tempo, não que isso me incomodasse, vivi minha vida toda preso, tanto internamente quanto externamente. Era normal para mim.

Meus amigos ficaram um bom tempo conversando com Elizabeth, não só sobre mim, mas papos avulsos. Era a primeira vez que ela via Justin, e pelo tanto que estavam falando parecia que tinham se entrosado. Não era muito fã da ideia de minha mãe se acostumar a conversar com meus amigos, ou seja, lá o que eles eram. Não sei mais se essa palavra existia em meu vocabulário.

Saem de casa praticamente no fim do dia. O sentimento de culpa começa a bater mais forte, afinal imagino o que fiz minha mãe passar. Me atrevo a pedir desculpas, e no fim até que funciona, ela entendeu que foi Dawn que me forçou a isso. Mas tanto ela quanto eu tomamos a mesma decisão, que essa garota era uma má influência, estava na hora de dar um basta.  

No dia seguinte assim que cheguei na escola fui direto ao seu encontro, ela se animou ao me ver, mas minha expressão a faz ficar preocupada logo de cara.

— O que houve? Não gostou de ontem? Porque eu curti bastante.

— Você me drogou, mesmo contra minha vontade. – digo grosseiramente.

— Mas...

— Nada de mais Dawn. Meus amigos tentaram me avisar que era má influência, e eu dei as costas, achava que você era uma pessoa legal.

— Acha mesmo isso de mim?

— Você me deixou largado no meio da rua. Eu estava desmaiado, tudo poderia acontecer... Por que não me ajudou?

— Não iria adiantar, era só você ficar lá e quando acordasse ia embora, tem alguma coisa complicada nisso? Além do mais não iria ficar lá esperando.

— Você é doente garota, quer saber pra mim já deu!

— Está terminando comigo?

— Sim, estou.

— Nada disso. Eu que estou, você é santo demais credo. Vou tornar da sua vida um inferno daqui para frente, espere só pra ver.

— Adeus Dawn. Até nunca mais.

Ela da as costas e sai. Neste mesmo momento chega Melissa chorando e me abraça, com a cabeça encostada em meus ombros, as lágrimas encharcavam minha camiseta.

Pergunto o que houve, ela me olha e mais lágrimas escorregam lentamente.

— Justin brigou comigo só para satisfazer aquele time idiota dele. Ele ainda não se decidiu, que fazer os dois, mas aqueles garotos são ignorantes e não suportam a ideia de um garoto de time de basquete cantar em uma banda de colégio, acham que isso é coisa de garota ou de garotos gays.

— Eles são uns babacas.

— Eu acho que o amava, mas ele prefere viver uma vida escondendo seu sonho só por popularidade.

— As vezes deve doer para ele também.

— Mas porque esconder o que gosta de fazer.

— Vamos fazer o seguinte, vou conversar com ele e perguntar o que se passa do lado dele. Vai ser melhor saber os seus motivos, não acha?

— Faria isso por mim Adan?

— Claro que sim, você faria o mesmo se fosse comigo. – sorrio e ela contribui.

Ao resto do dia seguimos a rotina de sempre, aulas, lanche, conversas do dia a dia, mais aulas. Havia marcado com Justin de conversarmos na hora da saída, e no dia seguinte explicaria o que ele disse para Mel.

Estava quase chegando na grande porta de vidro da saída, quando infelizmente olho para o lado, no laboratório de química. Lá estavam Carter e Dawn. Podia dizer que estavam apenas conversando, mas estaria mentindo, estavam se beijando, quase engolindo um ao outro. Minha verdadeira vontade era de ir lá e socar a cara deles, ou até mesmo começar a derrubar lágrimas ali mesmo, mas fiz o que muitos fazem, disfarcei a dor. Segui pela porta e fui até Justin para conversarmos.

Começamos com os assuntos, ele me explicou que estava muito dividido, que era uma escolha muito difícil, não se podia decidir de uma hora para outra. Admitiu que gostava mais da música do que de basquete, mas que também se identificava muito com o esporte. Por fim confiou em mim e começou a dizer que seu time fez grandes ameaças contra ele caso saísse do time. E que não poderia nem mesmo ter um relacionamento com Melissa, por mais que ele a amasse. Segundo aqueles hipócritas, os jogadores tinham que ser os maiorais e sair catando geral, sem sossegar com ninguém, que se apaixonar era só para os fracos, e não existia essa vaga no time. Foi contando tudo que Justin derrubou lágrimas pela primeira vez, ou pelo menos era a primeira vez que eu vi isso acontecer.

Queria poder ajudar, mas eu também estava acabado. Carter havia me alertado sobre Dawn, dai pego os dois se beijando, fico completamente destruído. Novamente afirmo, eu e Justin éramos muito parecidos.

Consigo conforta-lo um pouco, o mesmo pede para não contar nada a Melissa. Ele confiou em mim, então não poderia quebrar isso. No final digo para ele que quando precisasse de alguém para conversar, eu estaria disposto, e termino dizendo para ele seguir seu coração. Ajudar os outros até que não era tão complicado, mas quanto mais ajudava as pessoas, deixava de ajudar a mim mesmo. Cada vez mais eu estava me enterrando no fundo da cova.

Justin vai embora após nossa conversa. Estava me preparando para ir também, já que minha mãe não iria sair de casa novamente para me buscar, já havia vindo pegar o Theo, quando vejo os dois malditos saindo da escola olhando um para o outro. Escuto sua conversa.

— Até amanhã linda. – diz Carter.

— Até amor. – responde.

Já estava na hora de parar de sonhar que tudo ficaria melhor uma hora ou outra. Do que adiantava andar sobre um mundo de sonhos e se esquecer de viver...

 

                               


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Notas finais do capítulo

Frase final dando referencia a Harry Potter, porque simplesmente eu gosto MUITO kkkkkk



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