Behind Blue Eyes escrita por Mieczyslaw Stilinski


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Esse foi agendado, então, desfrutem!



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POV Percy

                - Percy, levante, papai está chamando!  - senti alguém me cutucando de leve e deduzi que só poderia ser Tyson, meu meio irmão ciclope. Torci o pescoço para o lado escutando alguns estalos e abri os olhos com preguiça. O relógio do pulso que ganhei de Hera repousava sob o criado mudo do lado da cama king em que eu desfrutava no palácio de Poseidon. Eu vim morar com ele depois que decidi me tornar um deus. Cara. Eu. Sou. Um. Deus!!!

                Olhei para Tyson e disse que sairia em poucos minutos, só faria a minha higiene matinal e um bom banho gelado e sairia. Me arrastei para fora dos lençóis quando meu irmão saiu do quarto e encarei o teto azul. Eu amava azul. Suspirei e levantei logo, não queria problemas com meu pai, então agi rápido e fui até a sala do trono, onde meu pai estava.

                Francamente, nunca vou entender o que meu pai viu em Anfritite e casou com aquela coisa.

                Sempre que ele me chama assim é porque eu tenho uma missão, apesar de ter me tornado um deus, eu era o deus dos heróis então tinha alguns deveres a serem cumpridos, então já estava devidamente trajado com armadura grega. Se vocês estão pensando que eu continuava aquele garoto magrelo, está iludido. Eu era um deus gregos e deuses gregos são conhecidos por corpos esculturais e bem definidos e assim eu me encontrava, com um belo bronzeado, eu era um típico deus mesmo.

                - Pai – me ajoelhei na frente do deus do mar e esperei suas instruções. Tyson estava sentado em um canto da sala discutindo algo com Titron, meu meio-irmão indesejável, filho da indesejável esposa do meu pai. E saca só, eles têm caudas. Hilário!

                - Percy, não posso e nem falarei muito, chegou a hora. Estou te enviando para uma missão importante, não é perigosa, mas não totalmente segura. Você deverá proteger uma família. Os Cullen. Aviso de prontidão que não são humanos – arqueei uma sobrancelha e o olhei de forma interrogativa, pois eu estava recebendo menos informação que o usual – Pode ser que eles estranhem essa ajuda, mas fale com Esme e diga que Leonard Forbes o mandou. Diga que o verdadeiro Leonard enviou seu filho para ajudar, ela irá entender – meu pai direcionou seu olhar ao chão e Anfritite que se quieta até o momento eu não tinha notado a “doce” presença virou as costas para ele – Diga a Esme que me perdoe, que me perdoe por todo esse tempo e pelo o que eu fiz. Diga que eu sinto muito pôr a ter privado de estar com o filho dela por todo esse tempo. Espero que um dia ela possa me perdoar...

                Eu não tinha compreendido muito bem, mas pelo resumo nada esclarecedor, eu só deveria proteger essa família e tentar confortar essa mulher Esme de alguma forma. Meu pai continuava a encarar o chão, a explicação tinha acabado. Agora eu entraria em ação. Com um pequeno movimento de sua mão esquerda, ele me enviou para onde eu deveria ir.

                A primeira coisa que ouvi foi vento soprando de forma calma, porém densa no local. Era uma ravina extensa, coberta de neve e grandes pinheiros esbranquiçados e altas montanhas ao redor. Eu não sentia frio, os deuses eram quentes, se é que me entende. Comecei a avaliar o local e xinguei quando um dos meus pés ficou enterrado na camada de neve. Foi só então que percebi que atrás de mim, estavam várias pessoas pálidas e todas absurdamente bonitas e atrás delas lobos enormes que deduzi serem filhos de Lupa. Os olhos de todos estavam voltados para mim quando a voz do Poseidon soou em minha mente. “ A mulher morena, ao lado do homem loiro, ela é Esme. ”

                Olhei diretamente para a mulher e um calor gostoso invadiu meu corpo, como o que eu sentia quando estava perto de Héstia, a deusa da lareira. Observei atentamente cada rosto ali presente, mas meus olhos se prenderam em uma movimentação ao oeste, saindo de dentro da floresta, um casal saia de lá, seguido de perto por outro casal, só que um pouco mais bronzeados, latinos talvez. Mas eu focava apenas um ser. A mulher que saiu da floresta. O cabelo era curto, com um tom de marrom que pensei ter de chegar mais perto para identificar, um corpo escultural, parecia ter sido desenhado pela própria Afrodite além de se vestir tão bem como ela; minha visão divina me permitia captar cada detalha, mesmo a distância em que se encontravam eu pude desenhar com meus olhos em câmera lenta cada traço dos lábios rosados e cheios dela e os olhos. Dourados. Havia acontecido apenas uma vez comigo, com Annabeth, eu poderia lutar infinitas guerras se ela estivesse ao meu lado, comigo segura, a faria a mulher mais feliz do mundo e o melhor de ser o centro das atenções, é que ela me olhava da mesma forma, como seu eu fosse algo novo e interessante demais para tirar os olhos. Eu não a conhecia, mas a queria para mim.

                - Quem é você? – Foi Esme quem desviou minha atenção da morena linda que havia me enfeitiçado. A ficha caiu, eu deveria proteger essa família do perigo que estava atrás de mim, o qual eu não havia dado a mínima importância já que olhar aquela mulher era muito mais prazeroso.

                 Me aproximei do grupo de pessoas que pareciam ter saído de um desfile da Victoria Secret’s com as mãos para o alto, não sei se foi a melhor decisão a ser tomada já que todo se abaixaram de forma ofensiva, menos Esme e a garota que me olhava da mesma forma que eu a olhava. Parei onde estava.

                - Não sou um inimigo. Vim apenas ajudar – ri de mim mesmo, parecendo a fala mais estupida que eu já havia dito em toda minha vida, era obvio que me achariam uma ameaça. Então decidi falar com Esme, dizendo as mesmas palavras que meu pai – Meu pai pediu para lhe dizer algo Esme – os olhares agora estavam voltados para Esme – Ele me pediu para dizer que Leonard Forbes pede perdão. Diga que o verdadeiro Leonard enviou seu filho para ajudar. Apenas isso.

                Em seguida tudo me deixou estático. Esme, que já era um exemplar pálido, ficou ainda mais e me encarou como se eu fosse a última pessoa do mundo. Me estudou de cima a baixou. Eu era o filho de Leonard Forbes, vulgo algum nome que Poseidon usou no passado e agora a aquela mulher tão amorosamente me olhava.

                - Não pode ser verdade. É impossível – em uma velocidade que pude acompanhar com os olhos e correu em minha direção e sua mão gélida entrou em contato com minha pele quente. Eu não me afastei, na realidade achei o contato parecido com o de Sally, reconfortante e repleto de amor – Seus olhos são azuis como o mar circassiano. Tão lindos quanto eu posso me lembrar. Eu pensei que havia lhe perdido. Meu menino. Meu filho amado.

                Um frio me percorreu a espinha e olhei para a mulher a minha frente, liberando lembranças das quais eu não tinha acesso no mais profundo espaço em minha mente.


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Notas finais do capítulo

E aee??



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