Diva escrita por Palas Silvermist


Capítulo 5
Capítulo 05 – Estudando DCAT




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Os professores demoraram cerca de três semanas para analisar todos os projetos enviados e dividi-los entre si. O resultado foi o motivo de uma reunião de monitores na última semana de novembro.

—Pessoal, vamos começar logo com isso. – chamou Olívia Grant, a monitora-chefe, da Corvinal

Quando todos se acomodaram e fizeram silêncio, Victor Miller, o monitor-chefe, da Lulfa-Lufa, informou:

—Os professores deixaram com a gente a lista dos trabalhos aprovados, o que me parece que foram todos, ou quase todos. Vamos deixar cópias com vocês para serem afixadas nos murais de avisos dos Salões Comunais.

—Essa foi a parte fácil da reunião. – disse Olívia

—Isso vai ser longo. – Gustavo, da Corvinal, cochichou para Alex

—Nós fomos incumbidos de ajudar da organização geral da Mostra. – continuou Olívia – Meio que na logística da coisa.

—No quê exatamente, Olívia? – Remus perguntou

—Por exemplo, - fez Victor – alguns trabalhos terão além de um professor responsável, um ou dois monitores responsáveis. Não se assustem. – ele antecipou as reclamações – Cada um tomará conta de apenas um projeto.

—Nós já dividimos vocês entre esses trabalhos para ganhar tempo. – disse Olívia – Se quiserem trocar, é só falar.

—Vamos resolver isso já, então? – Victor perguntou

—Pode ser.

—E, Alex e Gustavo, vocês ficam com seis alunos do quarto ano. São três da Grifinória e três da Corvinal que vão fazer uma Feira de Profissões. Eles pretendem trazer pessoas de fora de Hogwarts, então gostaríamos que ficassem de olhos neles. Eles vão ter de pedir permissão por escrito para cada uma dessas pessoas, mas ainda assim. Tudo bem pra vocês? – perguntou Victor

—Tudo. – eles responderam

—Ótimo. – fez Olívia – Alguém tem alguma observação, reclamação, desabafo?… Alguém ficou sem monitorar um projeto?… Melhor ainda.

—Outra coisa que vai ficar ao nosso encargo é estabelecer onde os projetos serão apresentados. McGonagall nos disse para dar preferência para os primeiros andares. – disse o monitor-chefe – Verifiquem com os grupos das Casas de vocês se eles vão precisar de alguma coisa específica e quanto espaço vão utilizar.

—Vamos ver com certeza quantas e quais salas vão poder ser ocupadas em cada andar. Resolvemos isso na próxima reunião. Se ninguém tiver mais nada para dizer, acho que podemos acabar por aqui.

Já no corredor, a caminho da Torre na Grifinória, Alex reclamou:

—Reunião cansativa.

—E acho que a próxima vai ser um pouco pior… - Remus comentou

—Acha que Sirius vai ficar muito insuportável pelo teatro ter sido aprovado?

—Eu me preocuparia mais com as audições nesse momento…

—Ah, não. – ela parou momentaneamente de andar – Eu não tinha pensado nisso. Vai estar cheio de garotas emitidoras de gritinhos e outras coisas do gênero. Meu estômago já está embrulhado. – disse Alex fazendo cara de enjoada.

Remus riu.

—Espero que Sirius não perturbe para que alguma delas seja escolhida só pelo rostinho bonito, - a moça continuou – ou lamento informar, Remus, os Marotos passarão a ter apenas três membros.

Todos os projetos grifinórios foram aprovados, o que incluía o atelier de Lily e Remus e o sarau de Bela e Rach. Além da animação, a notícia trazia o início do trabalho propriamente dito.

Alex, Lice e Sirius começaram a listar todos os personagens e tudo mais que iam precisar como cenários e iluminação, sem contar as pessoas para operarem tudo isso. Resolveram marcar as audições para o fim da segunda semana de Dezembro.

Isabela e Rachel tinham menos coisas em que pensar por enquanto, pois dependiam de quem se inscreveria para o sarau. Restava pensar na estrutura em que seria realizado. Um palco? E onde? Ao ar livre ou dentro do castelo? Se fosse ao ar livre, precisaria de um plano em caso de chuva.

Nesse momento, Lily e Remus tinham ainda menos em que pensar. Apenas em como organizar uma sala e nos feitiços para proteger as obras, como um que não permitisse aos visitantes tocá-las.

Fora isso, havia os projetos acadêmicos. Lily, Rach e Bela inscreveram um trabalho sobre Poções com Efeitos Psicológicos, no qual abordariam mais especificamente o Elixir Baruffio para o Cérebro, o Gole da Paz, a Poção Calmante e a Poção para Dormir sem Sonhar. Alex, Frank, Remus e Peter fariam um trabalho de DCAT sobre duelos. Enquanto Alice, James e Sirius exporiam sobre Transfiguração Humana.

Por motivos óbvios, Slughorn, Smith (o professor de DCAT) e McGonagall eram os respectivos professores responsáveis por esses temas. Sem contar que Slughorn se interessara pelo atelier, Flitwick pelo teatro e McGonagall pelo sarau.

… … … … … … … … … 

Em uma quarta-feira, no fim da tarde, Remus terminava de descer a escada do dormitório e ia para o Quadro da Mulher Gorda, quando Rachel levantou de uma das mesas e se dirigiu a ele.

—Remus, se você não estiver ocupado mais tarde, poderia me ajudar com DCAT?

—Ah, Rach, desculpa, não vou poder. Estou indo viajar, minha… mãe passou mal de novo. – ele disse em um a expressão cansada

—Sinto muito, Remus. – falou ela preocupada – Espero que ela melhore.

—Obrigado… Você está estudando agora?

—Estou. – ela respondeu

—Vou ver se o Sirius pode te ajudar.

Ele subiu um ou dois degraus mais foi interrompido por ela.

—Não precisa, Remus, ele deve estar ocupado.

—Se você chama azucrinar o James enquanto ele tenta arrumar o malão dele de ocupado, então ele está bem ocupado. – Remus comentou em um meio sorriso – Já volto.

O rapaz voltou a subir as escadas. Abrindo a porta do dormitório, encontrou o amigo esparramado em sua cama fazendo as coisas de James levitarem para longe dele. Remus balançou a cabeça.

—Padfoot, tem como você descer e ajudar a Rach com DCAT? – ele perguntou – Ela me pediu ajuda, mas já estou atrasado para viajar.

—Isso, Padfoot. – fez James sem paciência – Some daqui.

—Claro, Moony. – disse Sirius sentando – Desço em seguida. Por que ela não me pediu?

—Pads, você consegue imaginar Rachel subindo no dormitório masculino pra te pedir alguma coisa?

—Ok, pergunta idiota.

Pouco depois, Sirius chegava ao Salão Comunal.

—Hei, Rach. – disse ele simpático sentando na cadeira ao lado da dela. Qual o problema?

—Oi, Sirius. – ela respondeu – Ah… Eu consegui entender os feitiços de defesa, mas não consigo pegar os de ataque.

—Você não consegue lembrar das palavras?

—Consigo. Eles simplesmente… não dão certo. – disse ela folheando o livro

—Quais feitiços?

—Os das duas últimas aulas.

Sirius pensou por um instante e depois pegou a mão dela levantando-se e puxando-a.

—Vem.

—Aonde?

—Você precisa de prática, não de leitura.

E continuou puxando-a pelo Salão Comunal e pelos corredores do castelo.

Entraram em uma sala de aula vazia. O rapaz afastou algumas carteiras com um aceno da varinha e transfigurou a mesa em um cachorro labrador.

—Vamos começar com o feitiço estuporante. Pode ser bem útil.

… … … … … … … … … 

Tendo saído da Biblioteca, Lily andava pelo corredor do quarto andar em direção à torre da Grifinória, quando encontrou o professor Slughorn, que seguia para a sala dos professores.

—Boa tarde, Lily. – o homem cumprimentou em sua simpatia habitual

—Boa tarde, professor.

—Espero que não se importe de eu ser o professor responsável por seus dois projetos.

—Claro que não, senhor. – ela respondeu com um sorriso

—Eu realmente gostei da sua idéia e do senhor Lupin de fazer um atelier. Na verdade, os trabalhos da área cultural do sétimo ano da Grifinória superaram nossas expectativas. Se precisar de qualquer coisa, é só me falar.

—Obrigada, professor.

… … … … … … … … … 

—Rach, não adianta fazer o movimento e pronunciar certo. Você tem de querer.

—Eu sei. – disse ela desanimada encostando em uma carteira – Mas é tão… drástico.

Sirius expirou em um sorriso se aproximando dela.

—Rach, você é boa demais pra esse mundo… Em vez de pensar que está atacando alguém do nada, pensa que está protegendo alguém. Vê se isso ajuda.

A garota se levantou e se colocou a alguma distância do cachorro de novo. Respirou fundo se concentrado.

Estupore. – agitou a varinha

Ela se assustou ao ver o cachorro no chão.

—Merlin! Ele está respirando? – disse se ajoelhando ao lado do animal

—Está. – ele sorriu ajoelhando ao lado dela – Você conseguiu.

—Eu devia ficar feliz com isso?

Sirius riu.

—Sim, devia. Agora, vai, faz ele acordar.

Rach empunhou a varinha.

Ennervate.

Ela não precisou de uma segunda tentativa.

—Ei, garoto, você está bem? – disse ao cachorro coçando atrás da orelha dele.

Algum tempo depois, os dois estavam de volta ao Salão Comunal .

—Rachel, esqueci, preciso te devolver uma coisa.

Sirius subiu ao dormitório e desceu em um instante.

—Aqui. – ele estendeu a ela Mistério no Caribe

—Gostou? – ela perguntou delicada

—Gostei… Você não teria outro dessa autora, teria?

—Teria. – ela escondeu um sorriso – Quer emprestado?

—Quero.

—Espera que eu vou pegar pra você.

Pouco depois, Rachel descia de novo.

—Talvez goste desse. – ela lhe entregou O Misterioso Caso dos Styles— Você percebeu que acabou de me pedir outro livro?— disse com um sorriso

—Eu sei, os Marotos vão pensar que alguém tomou Poção Polissuco com cabelo meu e me amarrou em algum lugar.

A garota riu de leve colocando a mão na frente da boca.

—Você tem um sorriso bonito, Rach. Não devia escondê-lo.

Ela corou de leve com o elogio, porém disse:

—Conhecendo tantos sorrisos, você diz que o meu é bonito? – estranhou

—O seu é o mais bonito. – ele respondeu gentil

Rachel abaixou a cabeça por um instante e tornou a levantá-la.

—Vou fingir que acredito e agradecer.

—Por que acha que eu mentiria? – ele perguntou com um meio sorriso

—Acho que está acostumado a ser simpático demais em algumas ocasiões.

Ele riu pelo nariz entendendo o que ela falava. Ainda com o mesmo meio sorriso, afirmou:

—Talvez seja modesta demais para acreditar, Rach, mas é verdade. – e subiu para o dormitório masculino

… … … … … … … … … 

Pouco mais de uma semana se passou, chegando o dia das audições de Mistério no Caribe. Era um sábado logo depois do almoço quando Alex, Alice e Sirius chegaram a uma sala do segundo andar.

—Sirius, você pode desconjurar as carteiras para termos mais espaço? – Alex pediu

—Claro, sargento. – ele bateu continência

A moça o olhou entediada.

—Só porque eu sou muito bom em Transfiguração. – ele completou

—Sirius, mais tarde, dê uma olhadinha no dicionário na palavra modéstia. Um pouco disso faria bem a você.

—Também não precisa elogiar tanto, Alex. – ele fez um gesto de “deixa disso”

Ao ver a amiga olhando para o alto, Lice interveio dizendo:

—Vou fazendo as cópias dos pergaminhos.

—Certo.

Enquanto Sirius fazia as carteiras desaparecerem, Alice ia duplicando as folhas contendo as falas que os candidatos interpretariam, e Alex aumentava a mesa e conjurava mais duas cadeiras para caberem os três ali.

Meia hora depois, estava tudo pronto e as pessoas começavam a formar uma fila do lado de fora. Alex sentou na cadeira do meio, com Sirius à direta, e Alice, quem chamaria os candidatos para dentro, na cadeira mais perto da porta.

A previsão pessimista da morena tinha se concretizado: uma parte significante das fãs de Sirius estava presente.

—Eu me pergunto se elas perceberam que a personagem principal é uma senhorinha idosa… - Alex cochichou para Lice logo antes de começarem

A loira pediu para a primeira dupla entrar.

—Nome, Casa e ano, por gentileza. – Alex pediu

Os três anotaram as respostas em seus respectivos pergaminhos. Alex explicou a situação do diálogo que eles fariam:

—Resumidamente, vocês são um senhor e uma senhora idosos que se conheceram hospedados em um mesmo hotel em uma ilha no caribe, onde ocorreram duas mortes. A segunda notadamente um assassinato. Você – ela virou-se para o rapaz da Lufa-Lufa – é um tanto grosseiro, e você – ela virou-se para a moça da Corvinal – é uma velhinha fofinha. Vocês estão discutindo sobre os acontecimentos e especulando sobre as outras pessoas no hotel. Podem começar.

Mr. Rafiel: Ei!

Miss Marple olha em torno.

Mr. Rafiel (com impaciência): Ei! A Senhora aí!

Miss Marple (não achando uma forma muito cavalheiresca para chamá-la, mas não se ressentindo): O senhor está me chamando?

Mr. Rafiel: É lógico que a estou chamando. Quem pensou que eu estivesse chamando… um gato? Venha cá.

Quando a dupla se retirou, Alice comentou:

—Ela até que foi bem, mas ele deixou bastante a desejar…

Cada um anotou suas observações em seus pergaminhos para discutirem mais tarde. Lice chamou mais uma dupla. Sirius reparou na Corvinal particularmente bonita.

Mr. Rafiel: Algo muito estranho está acontecendo nessa ilha.

Miss Marple (tirando o tricô da sacola): Sim, de fato.

Mr. Rafiel: Não vá começar a tricotar. Detesto isso.

Quando saíram, Alice viu Alex escrever ao lado do nome Milena White: expressividade de uma folha de alface.

—Alex, não seja tão má. – Lice murmurou

—Linda. Ela vai ser escolhida, não? – Sirius perguntou

—Sirius, ela teve a expressividade de um abacate. Mais feliz agora, Lice?

A amiga apenas olhou para o alto.

—E daí? – fez ele

—Não, Sirius, acho pouco provável que não apareçam pessoas melhores do que ela.

James e uma lula-lufa do sexto ano entraram. Alex tornou a explicar a cena:

Mr. Rafiel (sorrindo): Conversar com a senhora parece perigoso.

Miss Marple: Conversar é sempre perigoso, quando se tem alguma coisa a esconder.

—Eu estou ficando louca, ou essa garota suspirou na última fala? – Alex perguntou inconformada a Alice

—Suspirou. – ela confirmou quase sem acreditar.

E assim a tarde se passou. Frank e Gustavo tinham aparecido apenas para se candidatar para ajudar com cenários, iluminação e o que mais fosse preciso.

Os três “diretores” ficaram discutindo as performances até a hora do jantar. Depois se sentaram mais uma vez para decidirem os escolhidos e dividirem os papéis. Apenas nesse momento Sirius comentou que também gostaria de atuar, e só conseguiu convencer as duas amigas depois de fazer o mesmo teste que todos os outros tinham feito acompanhado de Alice.

De uma forma muito suspeita, Sirius tentou defender mais do que deveria a atuação de determinadas garotas, embora não o suficiente para Alex cumprir a ameaça que tinha feito a Remus alguns dias antes.


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Notas finais do capítulo

Oiê!
E aí, o que acharam das ideias dos grifinórios? Espero que estejam gostando!
Beijos,
Palas



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