Panic escrita por CAIQUE COSTA


Capítulo 5
A festa




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Após o agradável tempo que passou com Mason, April foi levada para sua casa novamente. Já estava escuro, e antes de sair do carro, Mason parou seu carro a frente da casa da garota e a acompanhou até sua lá. Quando os dois chegaram a porta de April, o garoto olhou para a menina.

 

— O que achou de hoje?

— Foi bom, pelo menos para esquecer tudo. - April responde, com a cabeça um pouco para baixo.

— Ótimo. Essa era minha intenção principal. - Ele suspira levemente. - Sei que o que está passando não é nada fácil. Eu queria pelo menos entender como é.

— Não se preocupe, Mason. Eu acredito que irei ficar bem, e você ajudou quando me convidou para sair. Obrigada! - A menina levanta sua cabeça e sorri para o garoto.

 

Tudo parecia perfeito naquele instante. Mas, logo o momento foi interrompido. A Sra. Davis, mãe de April, abriu a porta na qual os dois jovens estavam na frente. Ela percebeu o que estava acontecendo, mas precisava falar com sua filha. A mesma se despediu de Mason com um beijo em sua bochecha, e em seguida entrou em sua casa, ainda acenando para o menino.

 

+++

 

O dia havia terminado de uma maneira boa. Era como se a vida de April estivesse voltando ao normal, depois de tanto caos que a menina passou. Novamente, todos estavam na escola, e ouvia-se sobre uma festa que Mason daria em sua casa, que servia como uma maneira de acabar de vez com tristeza na escola de CottonWood. April estava animada para o evento.

 

Naquele dia, absolutamente ninguém tinha visto a Sra. Annie Sale. Ela tinha faltado ao trabalho como professora.

 

April, depois de todas as aulas que teve, conseguiu um tempo para passar com todas as suas amigas. Leila, Laura, Louise e Jodie foram com ela até uma cafeteria, onde puderam conversar normalmente. April resolveu tocar no assunto da festa que haveria naquela noite.

 

— E então, alguma de vocês vai ir?

— É claro que eu vou. Leila disse que iria conseguir ficar com mais de 4 caras na próxima festa. Acha que vou perder isso? - Louise disse para a menina, ansiosa com o que Leila um dia havia dito.

— Infelizmente, eu não vou. - A garota, que estava ao lado de Louise, respondia.

— O que?

— Laura disse que eu tenho que ficar com ela estudando para os próximos testes, ou eu vou ficar de recuperação. Então eu meio que estou sendo obrigada a ficar em casa. - Leila responde, soltando um olhar um pouco triste, seguido de um suspiro.

— Certo. April, você vai, não é? - Louise perguntava a sua outra amiga.

— Claro!

— Se metade de vocês vai se divertir, eu vou ir com essa metade. - Jodie, que estava calada até o momento, diz alto para as quatro. - Que horas que essa festinha aí começa?

— Mason disse que é para estar lá às dez. - Laura diz enquanto mexia em seu telefone celular.

— Então eu vou estar lá às onze. - Jodie responde, com firmeza.

— Por que chegar tão tarde? - April pergunta, um pouco surpresa com o horário.

— Porque as músicas legais estarão tocando somente nesse horário.

— Então ok. Nós três vamos, enquanto Laura e Leila ficam em casa. - April dizia, confirmando o programa com todas.

 

Depois de algumas horas conversando, chegou a hora das meninas irem embora. Laura foi direto para a casa de Leila, enquanto Louise, Jodie e April foram para suas casas.

 

+++

 

Mais tempo se passou. Tinha chegado a hora da festa. April e Louise se arrumaram e chegaram a casa de Mason. Jodie iria chegar somente uma hora depois. Os pais do garoto estavam em uma viagem, comemorando um aniversário de casamento. Quando os mesmo souberam dos ataques que ocorreram na cidade onde seu filho estava, eles decidiram voltar de viagem antes. Porém, a festa acontecia uma noite antes disto. Mason convidou as pessoas para aproveitar uma última noite de liberdade, e também dentre outros motivos.

 

Quando chegaram ao evento, as duas amigas cumprimentaram seu amigo, e April o cumprimentou com mais um beijo no rosto. O tempo foi passando, e a festa ficava cada vez mais divertida, principalmente quando Jodie chegou. Bebidas e mais bebidas eram ingeridas pelos jovens que ali estavam, curtindo o breve momento de felicidade, que logo, acabaria.

 

+++

 

— Ok, ok. Então se X ao quadrado é a letra A, como eu vou saber quem é a letra B? - Leila perguntava, com um lápis em sua mão e um caderno em seu colo. Ela e Laura estavam estudando. Se preparar para a prova não seria fácil.

— O B é ao número que não está multiplicando ao quadro, porém, está com uma letra, que no caso, é o X - Laura responde sua amiga enquanto mostra algumas anotações para ela em outro caderno.

— Olha, esse negócio de fórmulas e tal está me deixando estressada. - Leila se levanta, deixando seu lápis e seu caderno em cima da mesa de centro. Ela e Laura estavam na sala de sua casa.

— Ou você se estressa, ou você vai bem na prova. - A outra menina responde, pegando seu celular e verificando se há alguma mensagem.

— Então eu prefiro ir mal na prova mesmo. Estresse pode fazer o cabelo cair, sabia?

— Prefere fazer com que suas notas caiam ao invés do seu cabelo?

— Mas é claro.

— Você é quem sabe.

 

Olhando pela janela de sua cozinha, que era onde tinha ido, Leila percebe que esqueceu de fazer uma importante tarefa.

 

— Eu preciso regar algumas plantas. Ainda bem que minha mãe não percebeu quando chegou em casa. - Leila diz enquanto coloca seus chinelos.

— Por falar nisso, onde ela está?

— Minha mãe? Ela teve que levar meu irmão ao médico. A peste estava com muita tosse. Eu estou indo lá. Já volto. - Ela abre a porta, e vai para o jardim.

 

Enquanto sua amiga está do lado de fora, Laura continua na sala da casa, mexendo em suas redes sociais. Em um momento silencioso, o celular toca. Alguém está ligando.

 

— Alô.

— Não estão com medo, Laura? - Uma voz, rouca e grave, dizia no outro lado da linha.

— Medo? - A garota diz, perguntando a si mesma: Quem era?

— Sim. Você e sua amiga, em casa e sozinhas. Foi assim que Ethan e Elliot morreram. - A voz responde.

 

Laura já se dá conta de quem é. É o assassino. Ela se ajeita no sofá, e em seguida se levanta.

 

— O que você quer? - Ela pergunta, com firmeza e grosseria.

— Ver como você é por dentro.

— Eu estou falando sério. Quem é você, o que você quer, e por quê está fazendo isso?

— O motivo? Nunca saberão. Nem mesmo hoje, no grande final.

— Seu covarde. Mostra sua cara, seu medroso.

— Lembrarei dessas palavras quando estiver estripando sua amiga. Mas, não farei isso agora.

— O que quer dizer com isso?

— Está acontecendo uma festa hoje. Esperava que tudo na vida da April fosse ficar feliz para sempre? - Ele solta uma gargalhada maléfica. - Só que, como já disse, não será agora que ela vai voltar a realidade. Vocês vem primeiro.

 

Laura desliga o telefone, o jogando no sofá. Em seguida, ela vai para a cozinha, com pressa, esperando encontrar Leila bem. Logo, sua amiga abre a porta, entrando na casa novamente.

 

— Leila!

— O que foi? - A menina responde.

— O Assassino ligou, está indo atrás da April.

— O que? A meu Deus, a festa.

— Mas ele nos quer primeiro. Vem, vamos. - Laura puxa a menina para a saída mais próximas, que era a da cozinha para o jardim. Quando estavam se aproximando da porta, que era feita de vidro, foi possível ver um leve reflexo. O reflexo da máscara do assassino. Rapidamente, as garotas recuaram. - A outra porta!

 

Elas correram para a porta da frente, quase que desesperadas. Quando chegaram, seguraram a maçaneta e a giraram, abrindo a porta. Ao abrirem se depararam de primeira com a figura do assassino, correndo em direção a elas. Por sorte, as duas meninas conseguiram fechar a porta antes que o indivíduo pudesse entrar, mas seu braço ainda conseguiu passar pela porta.

 

Naquele momento, estavam as duas jovens, disputando forças com o assassino através da porta, e tentando o impedir de entrar. Era uma situação desesperadora, complicada e cansativa. Com fortes empurrões, as garotas conseguiram finalmente fechar. Leila encostou sua cabeça na porta, tentando ouvir o lado de fora.

 

— Vamos sair daqui. - Laura disse, desencostando da porta e se afastando da mesma.

 

Naquele momento, Leila sentiu algo. O assassino havia perfurado a porta com sua faca, e Leila, como estava com sua cabeça encostada nela, teve sua cabeça perfurada pela lâmina. Ela mau conseguia tirar a cabeça dali. Logo, soltou um gemido de dor.

— Leila! - Laura chamava sua amiga, ainda sem saber o que aconteceu. - Leila. - Ela se virou, e viu que a menina permaneceu na mesma posição. Laura correu para ver o que aconteceu. Assim que se aproximou, Leila cuspiu sangue, e conseguiu tirar a cabeça da porta. Quando aquilo aconteceu, a faca ainda estava perfurada, e muito sangue saiu da cabeça da menina.

— Diz para a April, que eu... Sinto muito. - Essas foram as últimas palavras da garota, que caiu morta no chão. Laura tentou ajudá-la, mas estava em desespero, e sua amiga morreu na hora.


A única garota na casa, agora tentava sobreviver. Ela correu para procurar alguma outra saída, mas, lembrou que precisava de seu telefone celular. Ela vai para o sofá, onde estava o aparelho eletrônico. Laura procura ele, mas ele estava debaixo das almofadas. Foi preciso retirar todas para o encontrá-lo. Mas, quando conseguiu tocar nele, a garota sentiu uma terrível dor nas costas. Sem perceber direito, ela foi esfaqueada pelo o assassino. Após o golpe, Laura cai sobre o chão, com suas costas perfuradas, já morta.


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