Escuridão cercava Atlas, como se ele estivesse vagando no espaço, mas sem estrelas para iluminar ao seu redor. Ele forçava seus olhos e não conseguia enxergar; tentou se levantar, mas não sentia seu corpo. Parecia estar anestesiado, flutuando no limbo. Será que estou morto? Talvez estivesse. Porém, aos poucos, seus sentidos iam voltando, um formigamento subindo pela perna se alastrando pelo seu corpo. As lembranças de onde estava começaram a vir; ele estava em uma batalha. A batalha final! É isso! Estávamos em Nova York para enfrentar definitivamente Hades. As recordações aos poucos foram voltando ao cavaleiro de Touro. Atena e seus cavaleiros foram à Nova York e uma batalha devastadora estava acontecendo, milhares de pessoas inocentes mortas. Era trabalho de Hades — o Deus do submundo — devastando cavaleiros é pessoas com o seu poder. Apenas um corte da sua espada é centenas de vidas eram ceifadas. Atlas não podia ver isso acontecendo, ele tinha que parar esse Deus maligno. Idiota, quem você pensa que é para enfrentar um Deus?

Aos poucos ele conseguiu abrir os olhos, mesmo parecendo que todo o peso do mundo estivesse sobre suas pálpebras. A vista ainda estava embaçada, mas dava pra ver a cidade toda destruída, vários arranha-céus caídos. Os corpos de pessoas e de cavaleiros de prata e bronze estavam jogados pelos escombros, as que sobreviveram tentavam se esconder da grande batalha. O touro dourado levantou a cabeça um pouco e conseguiu ver alguns cavaleiros de ouro a sua frente, sem conseguir distinguir quais eram.

A terra tremeu ao seu lado direto, o forçando a virar o rosto para ver o que tinha acontecido e a visão era assustadora. Um cavaleiro de ouro caído! Sua armadura estava coberta de sangue e não existia vestígio do seu corpo da cintura para baixo. Atlas tentou ver seu rosto, mas ainda estava com a visão embaçada e não conseguiu identificar quem era. A armadura possuía uma asa dourada quebrada e aquelas asas douradas ele reconheceria em qualquer lugar, Matt!

Então tudo veio em sua mente, ele já tinha passado por isso é lembrava bem do desfecho. Era apenas um sonho, ou um pesadelo como as pessoas chamavam não um sonho de algo louco que a mente de Atlas inventou, mas o sonho da grande batalha que devastou o mundo. Passaram-se nove anos, mas as feridas continuavam vivas na sua mente. Sempre que sonhava ele sentia como se uma espada rasgasse seu braço direito. O braço que o imperador do submundo reclamou, ainda sinto como se estivesse aqui.