As Long As You Love Me escrita por LadyBlue


Capítulo 2
Capítulo 1 - Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Hmmm acho que sim, mas amem esse capítulo como eu amei demais!
Boa leitura e é nóis heuhe ;D
Xoxo Lady



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Helena permanecia focada nos movimentos de Bradley, evitando encarar aqueles que assistiam sua luta. Ela já havia decorado a sequência dele, a mesma de todas as lutas, e exibia as facilidades de ter um irmão previsível.

Ela não gostava muito de lutas corpo a corpo, na verdade, a garota odiava ter que machucar alguém. Mas aceitara o pedido da mãe de fazer aulas de boxe para defesa pessoal. O instrutor aproximou–se dos dois, analisando os movimentos.

— Direita! – O instrutor gritou para Brad.

— Mas... – Helena indagou após perceber que o instrutor mudara toda a lista de golpes do menino.

— Direita! – Ele gritou novamente.

E foi então que Bradley investiu contra a irmã. Rapidamente, Helena agachou–se e conseguiu desviar do golpe, mas quando ficou de pé mais uma vez, ela acertou um soco no nariz de Brad.

— Helena. – Bradley sussurrou desacreditado.

— Vamos, Senhor Emperius! – O treinador exclamou. Ele estava empolgado. – A luta ainda não acabou.

— Não precisamos de mais gente machucada aqui. – Uma voz invadiu o local, era Julian.

— Desculpe, mas tenho que terminar meu horário de treino. – Bradley protestou, ainda com a mão estancando o sangue que esvaia–se, cada vez mais, no chão.

— Senhor Emperius, sou o responsável pela segurança dos membros dessa família, e minha obrigação é evitar qualquer dano físico ou psicológico que possa atrapalhar a vida dos senhores. – Julian manteve a postura de liderança enquanto falava. Ele vestia terno, gravata azul escura e os fios de seu cabelo completamente alinhados em um topete baixo. Sinceramente, Helena adorava aquela roupa. Ele parecia tão maduro, mas tão jovem ao mesmo tempo, de uma forma inacreditável. Após perceber que Julian a encarava também, ela virou sua atenção para o irmão.

Apesar de serem amigos desde criança, Julian ainda gostava de manter a amizade deles fora de sua carreira profissional, para evitar maiores danos. Bradley não respeitava muito essa decisão do amigo, achava que ele queria apenas esnobar o emprego que havia conseguido.

— Julian, achei que você tivesse sido contratado só para proteger Helena. Não sabia que meu pai havia te promovido. – Brad caminhou até o rapaz e mostrou o ferimento em seu rosto, ele deu de ombros e saiu do ringue.

— Sim, ele me promoveu. Agora tenho duas funções... e a propósito, Aaron está chamando para uma reunião no escritório. – Julian encara Helena, joga uma piscadela e depois sorri. Ela se aproxima e então, após bagunçar o seu cabelo, ele fala:

— Fez o que tinha que ser feito.

***

Não era ruim acreditar que Bradley, apesar de tudo, podia ter um certo sentimento fraterno. Poderia ser algo que continuava escondido e nunca fora revelado, ou seria algo que ele tentava disfarçar para se manter em uma posição forte sob ela. Mas Bradley não contou para Aaron sobre o soco que havia levado de Helena, ele preferiria acusar o instrutor do que ouvir outros sermões do pai para com a irmã.

— Foi um movimento errado. Não precisa se preocupar.

— Não contratei aquele treinador para acontecer erros. – Aaron bufou após passar a mão no cabelo, preocupado. Bradley não pode evitar revirar os olhos. – Tobias, pode cuidar disso para mim? – Ele olhou para o homem parado ao seu lado que anotava seu próximo dever em uma prancheta.

Tobias era um dos funcionários mais antigos. Apesar de ter quase quarenta anos, ele continuava com a mesma produtividade de quando tinha metade da idade atual. Com tantos problemas solucionados, ele acabou tornando–se o conselheiro de Aaron e continuava com este posto firme e forte.

— Concluí o processo contra a Golf Course, a administração ainda não respondeu o e–mail sobre a audição, mas creio que ainda hoje o senhor será avisado com uma explicação. – Tobias acenou com a cabeça para Aaron e depois saiu da sala.

— Precisamos de mais funcionários eficientes assim. – Aaron sorriu, satisfeito e orgulhoso. – Bom, chamei vocês aqui para anunciar que nosso país ganhará um novo prefeito. Senhor Taehyang será responsável pelo estado Marena, onde se instalará com sua família. A propósito, Helena, amanhã a senhorita terá um jantar com Kim, um dos herdeiros da família. Espero que possam se conhecer melhor. – Ele avisou sem olhar para o rosto de sua filha, que não entendeu o porquê do jantar inesperado.

— Aaron. Não seria melhor fazer um jantar com todos nós presentes? – Rachel perguntou docemente, após sentar–se na cadeira à frente do marido.

— Não. – Ele respondeu firmemente. – Quero que Kim conheça Helena primeiro, não apresse as coisas querida. – Aaron explicou e depois encarou Julian, que parecia ser o mais confuso de todos. – Julian, quero que vá com ela. E nunca esqueça do seu único trabalho e prioridade... – Aaron disse, mas foi interrompido por Julian.

— Impedir qualquer escândalo. – Ele completou. – Tenho uma pergunta. – Sem esperar a aprovação de Aaron para que prosseguisse, Julian, com seu olhar desafiador e tom de voz bastante irônico, continuou: – O Senhor Demiri passou aqui de manhã. Ele estava à procura de Rachel e mandou avisar que tinha enviado a sua encomenda. Agora, essa encomenda é a mesma da semana passada? Ela estava bem pesada. Tome cuidado, senhor.

Aaron ajeitou–se na cadeira, apoiou sua cabeça com o braço esquerdo e encarou o jovem homem. Estava se sentindo ameaçado, aquele era o seu território, era ele quem deveria fazer questionamentos, tomar atitudes e tornar aquela reunião um completo interrogatório.

— Julian Davis, peço que não faça perguntas tolas. Deixe para fazê–las quando eu estiver em um bom estado de espírito. – O homem retrucou, tentando novamente tomar o controle da situação.

— Meu irmão esteve aqui e você não me disse nada? – Rachel questionou o marido. Era possível perceber sua carótida saltando em nervosismo e suas mãos fechando-se em punhos firmes. – Precisamos conversar.

Após essa pequena frase, todos presentes na sala trocaram olhares confusos. Helena foi a primeira a decidir ir embora, seguida por Bradley e depois, Julian. Eles fecharam a porta e seguiram pelo corredor, deixando que o casal desabafasse um com outro. Helena sabia que sua mãe precisava daquilo e não iria impedir.

— Fico te devendo uma. – Comentou Helena para Julian. – Não aguentava ouvir a mesma história.

— Não precisa se preocupar. – O mesmo avisou, sério.

A menina havia reparado a mudança repentina na expressão dele, seu olhar continuou perdido e vazio até o fim do corredor. Foi então que Julian olhou para o horizonte, mais precisamente para onde a escada do salão central acabava, e encarou o segurança que cobria a porta de entrada. Um homem de terno aproximava–se mexendo no botão do casaco.

— O que meu tio está fazendo aqui? – Helena falou mais para si do que para Julian.

— Seu tio raramente aparece para visitas. – Julian respondeu e foi em direção ao hall, onde o mordomo já cumprimentava o visitante e recolhia seu casaco até o armário.

— Helena! Como você cresceu! – Daniel sorriu mostrando a lasca no canino. Diziam as histórias que o pai dos dois havia feito aquilo no homem. Seu cabelo negro já pintava–se em tons de cinza.

— Oi tio. Como está? – Ela cumprimentou o mais velho mantendo a mesma distância.

Julian postou–se perto da escada e prontamente segurou a mão de Rachel, que descia os degraus lentamente. Helena supôs que Daniel havia avisado a sua mãe que chegaria em pouco tempo. Helena também percebeu certo cansaço na mãe, depois da conversa com o pai. Daniel remexeu–se desconfortável, e apressou–se a cumprimentar a irmã e arrastá–la pelo corredor em direção ao escritório.

— Como lhe disse antes, ele raramente aparece para visitas. – Julian tornou a dizer e saiu para o corredor contrário ao de Rachel e Daniel.

— Ei! Espere por mim! – Helena chamou e saiu atrás do garoto.

***

Daniel logo tratou de levar Rachel para um lugar mais reservado. Ela não esperava pelo puxão que recebeu e não gostou nada do movimento brusco do irmão. Além de que sua barba por fazer transmitia um medo maior e as olheiras, que não pareciam desaparecer de seus olhos.

— Não entendo o porquê da grosseria e a presença repentina. Já falamos tudo o que tinha para falar. – Reclamou Rachel em um tom de voz elevado.

— Sim, você mandou um cara que me fazia perguntas demais. Eu tive que dar dinheiro para ele calar a boca. – Daniel retrucou, sussurrando.

Daniel Demiri era o típico cara que não se importa com nada, senão com seu próprio dinheiro. E de como ele seria gasto. O homem era conhecido pela sua enorme sorte em jogos de apostas e sua incrível vontade de investir em negócios incertos de retorno financeiro. Mas isso não o impedia de estar sempre pedindo a ajuda da irmã para salvá–lo das dívidas.

— Ou era ele, ou você teria que se virar sozinho. – Ela justificou. – Ele é de confiança, está na nossa família há muito tempo e cuida da minha filha. Estou certa que não irá falar nada, até porque o assunto da semana passada não era muito importante. Aposto que precisará dele novamente.

— Duvido muito. – O rapaz encerrou rapidamente após ver que Aaron se aproximara.

— Sei quando sou um intruso em assuntos de família. – O mesmo comentou com um sorriso fraco.

— Querido, estou apenas dizendo para Daniel que ele não pode trazer as namoradinhas de quinta dele para nossa festa. – Rachel olhou para o marido e deu um beijo em sua bochecha.

— Rachel e suas piadas. – Daniel se esforçou para dar uma risada falsa, mas não conseguiu e foi interrompido por Aaron.

— Quer ficar para o jantar, Demiri? – O pedido saiu mais como um convite para ele se retirar, do qual o rapaz não pegou a referência, ou pelo menos fingiu que não.

— Eu adoraria. – Ele sorriu percebendo que o rosto de seu cunhado estava ficando vermelho de raiva.

Um clima tenso pairou pela mesa durante o jantar. A troca de olhares era intensa, ainda mais entre Daniel e Aaron. A postura de ambos permanecia rígida, como se quisessem atacar-se ali mesmo. Sua sorte era que Rachel estava presente. A mulher, com sua energia pacífica, tentava sempre manter o assunto da mesa em dia e saudável.

— Eu estava pensando em aumentar a frota de navios da costa oeste. – Aaron comentou após mastigar um pedaço de cenoura que estava em seu garfo. – Precisamos arranjar uma solução para essa crise.

Aaron estava na extremidade da mesa, um ótimo local para poder observar todos, já Rachel estava na outra, apenas encarando o marido. Ele apoiou os cotovelos na mesa, procurando uma posição mais confortável mediante aquela situação.

O único que estava estranhamente quieto era Bradley. O garoto remexia a comida em seu prato como se a fome não estivesse em seu corpo, e às vezes, respirava fundo na tentativa de se acalmar. Helena percebeu aquilo, ele estava nervoso.

— Nada de negócios quando estamos jantando, querido. – Rachel sorriu para Aaron que rapidamente retribuiu o gesto.

Novamente, o silêncio perpetuou por todo o cômodo, até que Daniel resolveu falar:

— Fiquei sabendo da festa. – Ele deu um pequeno gole em seu suco. – Quando vai ser?

— Amanhã, ainda não decidimos o horário, mas vai ser após Helena voltar do seu passeio com o filho do senhor Taehyang. – Rachel respondeu de prontidão, o sorriso orgulhoso dela parecia brilhar.

— Minha sobrinha está crescendo. Aposto que irá se divertir bastante. – Daniel jogou uma piscadela para a menina que forçou um sorriso. – Quando morávamos em Porto Rico, sua mãe e eu gostávamos de ir na praia de Puerto Nuevo. Com ondas enormes e... ah, era um paraíso. – O rapaz disse lembrando dos velhos tempos em que era apenas um adolescente.

O olhar de Helena planou pela extensão do cômodo à procura do menino que era pago para segui–la. Julian estava em um canto escuro, onde nenhum feixe de luz podia alcançar e lá ele ficou, com os braços cruzados sob o peito, encarando a garota. Ela esforçava–se para entender o significado daquilo tudo e quanto mais tentava, mais os pensamentos ficavam confusos em sua mente. Era muita informação e Helena não queria decepcionar ninguém.

— Mas enfim, convidei uma amiga especial. – Rachel checou o seu celular que estava logo ao lado de seu prato. – Ela deve chegar daqui a alguns minutos... – Ela parou após ouvir o som da campainha.

Rachel se levantou, colocando o guardanapo na mesa, pediu licença e seguiu um dos mordomos até a porta de entrada. Não era um caminho tão longo, ela só teria que passar pela sala de estar e o hall, com isso, logo ela já estava frente a frente com a ruiva.

— Minha linda Katherine...


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Notas finais do capítulo

Duas mil palavras de puro amor e dedicação!
Espero que tenham gostado!
Xoxo Lady



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