Fantasy Hunter escrita por Gabriguel123


Capítulo 6
Capítulo 6: Um dia para o começo do ano letivo.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o milagre da quarentena que é, o escritor desse bela historia postar dois capítulos.



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Em meio a madrugada, na diretoria da academia, Jessé está sentado em sua cadeira olhando a tela de luz solida em sua mesa, enquanto a chuva começa a tampar o céu estrelado que iluminava a sala com chão de madeira e vários quadros de diretores. Na tela havia escrito: “Fim de transmissão”. Então uma voz vinda da direção da janela do lado esquerdo diz:

— Dizem que as chuvas de março limpam as sujeiras para começar o ano bem, não é mesmo?

— Minha mãe diz isso quase todo fim de fevereiro, Kuro. — Confirma soltando o ar devagar. — Acho que esse ano já começou com o pé esquerdo.

— Você acha, mestre? — Indaga saindo das sombras e revelando um jovem elfo de cabelo cinza claro, olhos vermelhos opacos e pele branca como a neve, usando uma jaqueta azul e calça social. — Acho que começou bem, mesmo com o que aconteceu na noite de ontem.

— Vai ser ontem quando eu for dormir, pois são quase duas e estou terminando tudo agora. — Se levantando da cadeira e andando até o elfo. — Vamos logo!

— Sim, mas para sua casa? — Levantando uma das sobrancelhas.

— Sim, amanhã eu falo com o Gabriel e com esse tal de Soriel. — Responde massageando as têmporas. — Acha que fiz o certo, Kuro?

— Certo em que?

— Em ter aceitado que esse meio elfo viesse como pedido dos pais das jovens líderes.

—  Eu acho que você deveria ter passado mais confiança para os garotos e mais no Gabriel que sua família sempre quis proteger e não ter deixado ele vir, mas com a visão que esse “intercâmbio” tem que dar certo e que isso ficaria muito malvisto internacionalmente, eu acho que fez o certo na medida do possível.

— Obrigado, e sobre o Gabriel vou ter uma conversa séria com ele, mas isso amanhã, ou melhor hoje.

O homem sai andando pela sala até a porta de madeira que dá no corredor, Kuro some em vários globos de luz prateados e entrando no pulso de Jessé. Ele segue andando pelos enormes corredores, agora vazios daquela academia, alguns minutos se passam até chegar na saída. A cidade mesmo naquele horário estava viva com casais de alunos e de cidadãos andando em meio àquela madrugada que começava a chover, na praça na frente da academia havia um rapaz andando de bicicleta no meio da garoa de capa indo aparentemente para o hospital, o diretor segue sua caminhada até seu carro azul marinho.

Seguindo viagem até sua casa que ficava numa rua calma chamada João Batista, ao descer do carro sente as gotas mais fortes da chuva e pensa: “É, dona Adilma, espero que a sua fala seja verdade e que essa chuva leve todo mal embora para termos uma boa cerimônia de começo de ano”. Jessé adentra sua casa toda apagada, na geladeira havia um bilhete escrito:

Me acionaram no meio da noite, parece que um garoto do primeiro ano precisa de cirurgia, talvez fique na UTI até as três, tem escondidinho na geladeira.

 

Obs: Não esquece o copo jogado no chão, não quero perder outro copo.

 

Ass: Geórgia”.

Jessé sorri um pouco ao ler aquilo com lagrimas nos olhos e diz:

— Desculpa amor, por ter deixado um dos garotos se machucar.

Enquanto isso no hospital central...

Deker acaba de tocar sua bela melodia que encheu os corredores com som de violino, algumas enfermeiras param na porta do quarto e apenas acenam em forma de agradecimento pela música calma, ao olhar para sua cama, estava uma raposa de pelos rosas com detalhes vermelhos no rosto e focinho a dormir na cama. Ele fecha seus olhos, escutando o som hidráulico da porta do elevador e logo depois sons abafados de passos molhados pelo corredor, então diz:

— Parece que a batida dos seus pés é de preocupação!

Os passos param bem na frente da porta do homem, alguns instantes o corredor fica em silencio até que é quebrado com o barulho de maçaneta abrindo e os passos voltando a ecoar pelo local, do pequeno corredor que separa a porta do quarto, um jovem moreno, alto como um jogador de basquete, cabelos pretos como a noite, curtos e olhos castanhos escuros, usando um tênis molhado pela chuva que caia, blusa polo preta e um short. O garoto coçando a cabeça diz:

— Boa noite, aqui é o quarto do senhor Deker Beuty?

— Sim, sou eu. — Responde com sorriso enquanto coloca sua guitarra ao lado de sua cama. — Você deve ser o famoso Kevin Costa ou como é chamado pela minha filha o grande Costa.

— Poh, meu cumpade pode me chamar só de Kevin mesmo. — Pede sem graça entrando no quarto com cautela. — Estou atrás da Momochi, viu ela?

— Serve essa bela raposinha de várias caudas? — Indaga apontando para sua cama.

— Sim, mas....como eu vou levar ela para o dormitório? — Enquanto olha a bela raposa rosnar enquanto dorme. — Vamos, pense em algo Costa.

— Dá pena de acorda-la, certo? — Se levantando da poltrona. — Como veio para cá?

— Eu vim de bike, pois o VLT demora a passar na madrugada.

— Tem uma forma, vem aqui por favor.

Kevin anda até próximo de Deker que por sua vez pega um pano e amarra envolta do tórax do garoto, antes que falasse algo, o meio-elfo faz um sinal para que fique quieto. O homem pega a raposa com toda a delicadeza possível e a colocando dentro da blusa do garoto por cima somente deixando suas patas dianteira e cabeça para o lado de fora, Momochi se aconchega no seu novo local e continua a dormir, então Deker diz:

— Pode leva-la assim.

— Obrigado, vou tentar te avisar quando chegar. — Diz enquanto vai andando para porta.

— Não precisa, sua melodia já disse muito sobre você.

Kevin olha o rosto serene do pai de sua colega mesmo não podendo ver seus olhos no momento pois o chapéu dele estava o tampando, mesmo sem esse contato a voz dele passou uma confiança que ele não entendia o por que o homem depositava aquilo nele. Deker fecha seus olhos enquanto suspira e escuta os passos mais espaçados e calmos indo até o elevador, quando a porta dele se fecha, ele pensa: “Até o jeito que ela dorme me lembra de você, sei que se estivesse aqui não iria aceitar que aquele tal de Kevin fosse colega de quarto dela, mas...a melodia do garoto não mente que ele quer o bem dela e não o contrário”. O homem anda devagar até sua cama e ao se deitar, diz:

— Menos um dia dessa partitura triste que rege esse momento da minha vida. — Fechando seus olhos cansados olhando sua guitarra ao lado da cama.

Enquanto isso em outro ponto do hospital...

O som baixo de uma maca sendo empurrada pelo corredor silencioso, a porta de um quarto é aberta. Dentro do quarto, Cayra sentada num sofá de três lugares branco com seu rosto apreensivo ao ver seu colega de quarto, Vinicius com seu peito, pernas e braços todos enfaixados com um soro de cor amarelado ligado no pulso esquerdo, junto a maca estava uma mulher baixa, cabelo loiro, olhos castanhos, um pouco vesga e pele branca e usando um jaleco encima de uma blusa social amarela e saia longa da mesma cor, ao lado dela estava Albert com seu jaleco fechado. A mulher se aproxima de Cayra e diz:

— Boa noite, você é a colega de quarto dele?

— Sim, eu sou Cayra. — Responde com seu olhar cansado e preocupada.

— Bom, me chamo Geórgia. — Se apresenta se sentando no sofá. — Sou a medica sênior da área de UTI e esse homem é Albert, o sênior da área dos quartos e tratamento fantasy.

— Eu sei quem é ele. — Comenta olhando para o mesmo, que estava olhando uma prancheta e os sinais vitais do garoto. — Obrigado por ter cuidado desse sarnento.

— Foi a Geórgia que cuidou dele na UTI, meu dever é continuar o tratamento dele, fazer o máximo que até segunda ele esteja de pé para a cerimônia do início do ano letivo e que para seu corpo esteja cem por cento até o fim de semana que vem.

— Você não acha que está sendo muito otimista, Brito? — Indaga Geórgia se levantando. — O garoto teve alguns tendões cortados que foram difíceis de ligar, acho que vai ser necessário mais tempo.

— Deixa comigo, tenho muitas técnicas medicas e tratamentos para cuidar dele. — Sorrindo para doutora. — Bom, Cayra pedi para algumas enfermeiras trazer algumas cobertas para você e um travesseiro, se quiser dormir no sofá até ele acorda é claro.

— Bom, eu vou ficar! — Confirma com sua cauda baixa e abanando. — Por favor, faça o máximo para consertar esse...esse...sarnento.

— Deixe comigo, como médico tenho o dever de fazer isso. — Diz colocando sua mão contra o seu peito com um brasão com fundo vermelho e estrelas nas cores azul e dourada. — Esse barão significa que sou um médico dessa academia e devo cuidar de todos os alunos não importa o que ocorra.

— A gente sabe, o doutor sabidão. — Comenta Geórgia batendo sua prancheta na cabeça do homem. — Já fizemos todas as anotações, vamos deixa-la descansar.

Os dois médicos saem do quarto, deixando a garota só com dos batimentos cárdicos calmos de Vinicius na máquina, ela se deita e mesmo com som forte da chuva na janela, era como um zumbido de uma mosca comparado ao barulho dos batimentos que tomava toda atenção dela.

No lado de fora, Albert e Geórgia estão esperando o elevador para chegar ao térreo, Albert logo após piscar vê em sua frente um kitsune de longos cabelos laranjas e nove caudas da mesma cor como fosse um fantasma e uma voz em sua mente diz:

— Até que como médico você é mais doce do que como pai. — Comenta com um sorriso sarcástico. — Você poderia tratar o Lucas assim, pera eu não posso chama-lo assim, né?

— Cala boca, Kitsu! — Ordena enquanto entra no elevador. — Você parece um CD arranhado, muda a faixa, você primeiro não se meta como eu devo ou não agir como pai e como médico e segundo nunca chame aquele inseto pelo nome!

— Não precisava ficar tão irritado.

— Eu estou cansado e parece que nem mesmo alguém de sua alcunha consegue entender um gênio.

— Você acha mesmo, Albert? — Pergunta com um sorriso ameaçador em seu rosto. — Não se ache especial, Brito, já vi muitos que se diziam gênios cair antes de sequer chegar na metade do caminho de se tornar lendas.

— Não me faça rir, a Geórgia não está escutando nossa conversa, então para ela vou parecer um louco.

Geórgia olha seu colega de trabalho levando sua mão até sua boca e respirando pesado. Ela dá um sorriso e diz:

— Parece que sua arma está falando algo engraçado, né?

— Sim, ele é um comediante! — Berra gargalhando, mas logo após entender o que sua colega disse. — Como você sabe que estou falando com ele e não acha que sou doido?

— Eu vivo desde os meus vinte anos numa família com hunters e meu marido vive conversando com a arma dele quando está livre, então eu sei como é. — Responde saindo do elevador que chega ao térreo. — Vou para casa logo e você?

— Preciso só assinar algumas “paeladas”. — Fala sono lento e dando um bocejo.

— Eu acho que deveria ir dormi, pois já está falando “paeladas” no lugar de papeladas. — Aconselha indo em direção do saguão do hospital.  — Boa noite, Brito.

— Boa noite, Doutora Paiva. — Se despede acenando.

Enquanto isso no dormitório Blue Storm...

Todas as luzes apagadas no dormitório, o clima mórbido após o ocorrido, bem diferente de horas atrás que todos ali estava feliz bebendo e conversando. Eduardo está deitado em sua cama,  se virando para um lado para o outro, mesmo com sono, algo o não deixa dormi. Ele olha seu rollor watch e percebe que já é quase três da manhã e nada de seus olhos fecharem. Então como um clarão ele vê duas esferas douradas o observando ao lado de sua cama e com um som de chocalho junto, nesse o momento ele pula da cama de susto de diz:

— Mas que porra é essa?

— Eu...eu...te assustei? — Questiona uma voz dengosa vindo dos olhos. — Você está irritado comigo?

— Pera...Saraaaah? —Se levantando do chão. — Por que seus olhos estão brilhando?

— Meus olhos brilham quando fica escuro, eu olho a temperatura quando estou assim. — Explica enquanto a cama range com algo subindo nela. — Posso dormir com você?

— Primeiro, desce da minha cama pois ela não vai aguentar uma lâmia de quase uma tonelada. — Pede levando a sua mão até seu rosto. — Segundo, eu sei que algumas lâmias têm esse tipo de visão por causa do sangue de cobra e antes que pergunte eu estudei isso logo depois que viramos colega de quarto.

Ele mesmo em meio àquela escuridão sentiu que a garota estava pronta para perguntar como ele sabia daquilo. A cama volta ranger, então Eduardo respira calmamente e pensa: “Bom, ela deve estar assustada depois do rage que eu dei, com o que rolou e com a chuva que pode ter raios, mas minha cama não vai aguentar mais uma noite com ela em cima. Já foi sorte ter sobrevivido essas duas noites seguidas, então...”.  Ele fica envergonhado e diz:

— Eu acho melhor você dormir sozinha hoje, né?

— Não, eu vou dormir com você! — Grita batendo a cauda no chão. — Vamos, me deixa dormir com você.

— Sarah, acho melhor você dormir na sua cama, pois a minha não vai aguentar. — Explica andando em meio ao breu.

— Vamos dormir juntos sim e não ligo que sua cama não aguente! — Grita mais uma vez, mais alto e mais mimada que antes. — Vamos se quiser pode dormi na minha cama então comigo e o senho Sneck.

— É o que?!

Antes que o jovem pudesse pensar em um jeito de contra argumentar, ele sente seu corpo pesado ao olhar direto para os olhos arroxeados dela, logo após sentir algo gelado o envolvendo, então seu corpo cai contra o chão e é arrastado pelo apartamento. O som ecoa pelo local de um vazo se quebrando e moveis sendo arrastados.

Mesmo com todo aquele barulho, Eduardo escuta tudo aquilo e vê de relance, mas mesmo querendo falar algo ou se debater nenhum músculo a não ser seus olhos se mexem, ao escutar o barulho da porta do quarto dela, ele sente seus músculos aos poucos se relaxando. Seu corpo é jogado para o alto e logo depois sente calor e algo macio que calmamente absorveu todo aquele impacto, ele sente seus braços livres, com suas mãos como um pincel sente a pele macia e sedosa da jovem e quanto mais desenha em sua mente as belas curvas dela, mas a pele começa a ficar seca e escamosa.

Logo após a ficha cair que ele estava encima de Sarah, seu rosto branco se transforma no rubro e enquanto pensa: “Droga, eu tive a ideia de sugerir em dormir no quarto dela, mas não comigo usando ela de cama ou sei lá, mesmo já tendo visto algo assim em animes e filmes, agora que rolou comigo é assustador. ” Em meio àquela escuridão um raio de luz amarela aparece em seu pulso e diz:

— Olha, a perversão está só em você pois para Sarah parece bem normal. —Comenta Striker calmamente.

— Tá, mas mesmo assim não era certo fazer tudo isso sem falar comigo, né? — Argumenta enquanto tenta soltar suas pernas da cauda dela. —E por que raios eu fiquei com os músculos rígidos daquela forma?

— Bom, primeiro você é um cara bem passivo, de qualquer forma ela ia fazer isso por bem ou por mal e segundo, você está bem estressado pelo que aconteceu, se quiser um conselho, dorme com ela e pelo menos tenha uma boa noite de sono. — Explica sério, mas ainda com o tom de brincadeira. — Bom, eu não sei porque você ficou parado, amanhã tenta falar com ela.

— Eu acho que não tenho muita escolha!

— Boa noite, Dudu e Senho Snek. — Diz Sarah sonolenta.

Eduardo ao escutar isso fica um pouco mais calmo, porém com isso novamente ele se lembra da sensação de ficar paralisado somente ao olhar nos olhos dela e pensa: “O que aconteceu com meu corpo naquele momento? Mesmo que o Striker fale para eu perguntar amanhã, eu estou bem assustado com que rolou”. Mesmo relutante se deita até o sono vir.

Enquanto isso em um outro apartamento do dormitório, Wellington olha seu despertador passando segundo a segundo, cada um que passava parecia como minutos, minutos como horas. Makena olhava pela porta, seu namorado daquela forma com o rosto cansado e preocupado, ela bate na porta e diz:

— Você não acha que está na hora de ir para toca, príncipe branco? — Subindo na cama.

— Desculpa, Make, eu só...sei lá. — Tenta formular algo em sua menta, mas ela estava tão turva quanto a janela de seu quarto pela chuva forte. — Eu me sinto impotente, a gente deu certo lutando junto e agora Gabriel e Péricles internados e o Vinicius na UTI.

— Wellington, para de se cobrar tanto! — Adverte sentando no seu colo e olhado direto nos olhos dele. — Eles não chamaram nenhum de nós para ajudar, então não se cobre, ok?

— É que minha arma é um desses imperadores, não era para eu ser sei lá, a luz que guia o grupo? — Pergunta com os olhos cheio de lágrimas e com olhar de confusão. — No lugar disso, eu não faço nada de certo!

— Calma, meu príncipe. — Pede limpando suas lagrimas do seu rosto e dando leves beijos em seu pescoço. — Deixa sua rainha te acalmar.

— Make, não é hora...

Wellington coloca suas mãos nos braços dela e antes que fizesse algo, sente algo o mordendo no pescoço e antes de gritar ou algo, sua visão fica turva. Makena suga o sangue do jovem até sentir que ele estava “relaxado”, ela limpa seu rosto e passa a mão pelo seu cabelo tingindo algumas mechas brancas de seu cabelo do rubro do sangue. Uma luz branca emana da mão dele dizendo:

— Obrigada, rainha da perversão. — Agradece Excalibur em tom ironia. — Agora pode deixá-lo bonitinho na cama e coberto.

— Tudo bem, imperatriz empata foda! —Concorda enquanto o ajeita na cama. — Até poderia me divertir com ele, mas eu não poderia ver a cara de prazer dele, então fica para amanhã.

— Vai dormir....sua...sua pervertida! — Grita envergonhada.

Makena dá um grande sorriso enquanto sai do quarto com rosto de deboche para a imperatriz.

No apartamento a frente, João Pedro está mexendo em seu computador e enquanto escuta música, seu celular começa a tocar. Ele olha estranhando aquilo acontecer, na tela estava escrito: “Carlos (Vovô) ”. O garoto respira fundo e atende dizendo:

— Oi, Vô. — Cumprimenta sonolento.

— Oi, meu neto, sem sono?

— Um pouco, aconteceram algumas coisas hoje que me tiraram o sono. — Explica desligando o computador. — Como foi na França?

— Foi ótimo, falei com o pai da Amara, o Rei Frehighe. — Responde com felicidade na voz. — Eu chego aí pela tarde, pouco depois do almoço.

— Ah tá, quando vai vir na academia? — Se deitando na cama.

— Olha, só mês que vem pois tem algumas coisas para resolver em Brasília.

— Tudo bem, meu pai te conto sobre o que ocorreu aqui?

A voz pesada do garoto ao falar aquelas palavras, assusta Carlos profundamente. Alguns instantes de silencio ocorrem até que o senhor diz:

— Sim, eu sei e espero que seu pai faça a escolha certa. — A voz séria e rouca.

— Você não acha que ele deveria ter ido cursar a engenharia no lugar de vir para academia, vô?

— Olha, como seu avô eu apoio qualquer escolha de vocês e nunca quero o mal de nenhum dos meus quatro netos. — Responde emocionado. — Ele escolheu ir até ai, a gente tentou fazer o Gabriel não entrar, mas talvez fosse melhor do que viver a vida inteira com medo do passado e de uma pequena chance do poder dele sair do controle.

— Bom, eu não sei dizer que foi a escolha certa, mas como primo daquele doido, eu tenho que ajudar ele a não se destruir. — Comenta com a voz cansada. — Velho, até mais tarde e manda um beijo para veia.

— Tudo bem, Joca. — Se despede.

João Pedro desliga a ligação. Ele fica olhando para o teto até que um som de bater de asas ocorre e quanto mais alto ele ficava mais seus olhos se fecham.

Pela manhã no dormitório Red Storm...

Lucas estava dormindo em seu quarto, os raios de sol entram pelas frestas da janela. O garoto se deita de bruços com o rosto contra a janela, antes que seu sono voltasse, algumas coisas começam a andar sobre suas costas com delicadeza, ele por sua vez começa a resmunga e diz:

— Um...pouco mais...para esquerda. — Pede enquanto se espreguiça.

— Faço isso se você acordar, Mestre. — Diz uma voz feminina.

— Já disse para parar de me chama assim, meu nome é Lucas. — Reclama enquanto se meche na cama. — Se me chamar assim de novo, eu vou “moide” sua orelha.

— É mesmo, Mes-tre? — Provoca enquanto pisa mais forte em suas costas.

— Ousa me provocar, Lorde Kaite?

Antes que ela pudesse pensar, Lucas a agarra pelo pé e a puxa para um abraço. A garota tenta se debater, por causa da sua estatura baixa e corpo pouco devolvido e ele por sua vez a aperta e morde sua orelha esquerda.

Alguns minutos depois, Tamamo entra no apartamento pensando: “Preciso trocar de roupa, já já eu e a Momochi temos que sair para o shopping com a Sarah, preciso ajudar elas a escolher as roupas”. Seus pensamentos são perturbados quando o som de cama balançando e uma voz abafada vindo do quarto de seu colega. Ela segue pelo corredor e sala de estar até a porta dele, cada passo o som ficava mais alto ao abrir aporta, seus olhos veem Lucas somente de cueca por cima de Kaite se debatendo. Ela incrédula com aquela cena, apenas diz:

— Parece que o dia já começou animado, né? — Se apoiando na porta.

 — Ta...mamo...socorro! — Grita Kaite quase sem força. — Ele tá usando meu ponto fraco!

— Lucas, solta a sua arma e vai tomar café, já são quase dez da manhã. — Pede se virando para fora do local. — Eu vou dar uma saída com a Sarah e minha prima, tudo bem?

Ele solta Kaite devagar, olhando para onde a voz vinha e se depara com a jovem Kitsune de cabelos acima do ombro, uma blusa leve, branca com rendas e uma saia azul, por um instante Lucas sente seu coração palpitar, mas ao lembra o porquê ele foi escolhido para dividir o apartamento com ela, ele diz:

— Eu vou junto com você. — Se levantando da cama. — Já vou me trocar.

— Não precisa, eu vou com a Momochi e a Sarah. — Explica se virando. — Eu já estou de saída, só vim pegar minha bolsa e outra coisas, os meninos estão lá embaixo para tomar o café.

— Não, eu preciso ir junto de vocês. — Indo atrás da garota. — Eu sou seu guarda-costas.

— Olha, senhor guarda-costas, eu não estou afim de ficar andando pelo shopping com um idioto de terno ficando atrás de mim. — Diz pegando uma bolsa branca no criado mudo. — Sem contar que é domingo, Lucas.

— Veja bem, eu fui escolhido para te proteger então eu vou junto. — Argumenta sério.

— Eu como próxima Lorde dos Kitsunes, Tamamo Foxes, eu libero o Lucas para ter um dia de folgas e isso é uma ordem.

— Pera aí, eu não vou fazer isso! — Discorda cruzando os braços.

— Eu sou a filha do homem que te escolheu, então eu posso te ordenar a ficar de folga. — Diz se virando em direção da saída e acenando. — Agora, se divirta com seu dia de folga, pois amanhã começa as aulas, tchau!

Lucas apenas observa sem palavras para a jovem saindo pela porta, enquanto balança seus rabos. A pois alguns instantes olhando para a porta fechada, seu holorwatch brilha e era uma mensagem escrita:

“[00:30] Eduard : Kralho, lucas.

[00:42] Lucas: Eu to jogando de barda kkkkkj vou fude o Ultu com uma diplomacia.

[01:20] Eduardo: Legal, kra vou apagar aqui.

[09:30] Eduardo: Lucas, bora ir dar uma volta no shopping?”

Lucas fica alguns instantes quieto olhando para o seu pulso e então ele responde à mensagem concordando. Ele vai andando para o primeiro andar do dormitório, ao chegar ao local e lá estavam todos os homens do dormitório como Ash, Farah, Wellington, Steven, Sother, e Kevin com outros dos garotos, um jovem de cabelos loiros, óculos, pele branca e estatura baixa, ao lado dele estava um garoto de cabelo preto, liso, dois pares de orelhas de gato, olhos amarelos e pele branca. Todos estão sentados numa mesa com muita comida, Ash ao observar Lucas chegando diz:

— Bom dia, bela adormecida. — Cumprimenta com um sanduíche na mão.

 — Bom dia.  — Responde sentando ao lado do Sother. — Vão fazer o que de bom hoje?

— Eu vou ter que ir pega o Lúcio no pet shopping. — Diz Farah pegando uma torrada. —Ash, você vai comigo né?

— Vou sim, só preciso ligar para minha mãe e aí a gente vai pegar ele. — Confirma com sinal de positivo.

— Verdade, Mano, como tá sua mãe? — Pergunta Wellington para o garoto.

— Está bem, graças a Deus.

— Eu vou ir no hospital hoje, porque peguei chuva ontem, então vou ter que tomar aquela benzetacil. — Comenta Kevin arrumando o pão. — Depois vou no shopping, junto com a Momochi.

— Pera aí, você vai de guarda-costas dela? — Questiona Lucas surpreso.

— Não, eu vou com ela, porque eu vou comprar um volante novo para o PC. — Responde apontando com o garfo. — Sother, sobre o que você queria pergunta para mim e o Wellington?

— Era uma dúvida, por que só eu e o Steven não está dividindo o quarto com fantasys bestiais?

— Como assim? — Wellington ajeitando os óculos.

—Tipo assim, o Ronald, ele divide quarto com um nekomata que é o Uxilei. — Explica apontando para o jovem de cabelos louros e logo após aponta para o jovem garoto gato de cabelos pretos. — E você divide o quarto com uma centaura, porra.

— Primeiramente, o nome dela é Laura e segundamente, a não ser os casos do Lucas que o pai dela escolheu ele e o pessoal do dormitório Blue Storm, todo o resto foi aleatório. — Explica Wellington.

Sother respira fundo após escutar aquilo e pensa: “Porra, até nisso dou azar, tinha sei lá duas chances em sete em ficar com uma não bestial e eu consegui”. Antes que ele pudesse comentar algo, Ash toma partido e fala:

—Porra, Sother, você está dividindo o quarto com uma elfa cinza, muito gata que quase a cópia da Jeane alter do fate e tu vem para cima de mim reclamar — Retruca com tom sarcástico. —Vocês sabem como é acordar e ter que ajudar uma harpia em secar as penas?

— Olha, tenho que concordar com o palestrinha. —Comenta Lucas apontando para o Ash.

—Ei, Luiz, não precisa ficar triste, se quiser companhia de um bestial, tem euzinho. — Diz Uxilei abanando o rabo. —Vai ser melhor do que ter o Ronald com essa cara de peixe morto.

— Muito obrigado, seu lindo.

O café da manhã continua com os garotos conversando desde series a como foi a apresentação do Brasil na ONU, Steven ficou quase a conversa toda quieto por se sentir desconfortável em assuntos muito adultos ou sexuais. Lucas sai junto com Kevin para seus devidos compromissos, logo após Farah e Ash saem juntos.

Algumas horas depois no hospital...

Gabriel está sentado na cama com seus pés descalços no chão gelado do quarto, sua atenção vai para a poltrona que está na sua frente que estava Yuna de pernas cruzadas enquanto olha a ficha dele que estava escrito:

“Gabriel Bezerra

Status: Magico:

Estamina Magica: C-

Poder Volátil: B

Nível Magico: C

Status Físicos:

Força: B

Estamina: C

Agilidade: B+

Esgrima: C.”

Yuna estava analisando a ficha na tela de luz solida enquanto olha uma imagem da destruição de chamas da noite anterior que foi feita pelo seu colega de quarto, então o silencio quase perturbador é quebrado pelo garoto dizendo:

— Bom, eu fiz todo esse estrago ontem?

— Pelo que me disseram, sim. — Responde calmamente fechando a tela de luz que entra no seu relógio no pulso. — Mesmo que, para seu poder magico é impressionante que conseguiu fazer isso.

— Eu não sei se isso foi um elogio ou foi uma ofensa. — Comenta envergonhado com o que escutou.

— Bom, você é bem mediano então me surpreende esse pico de poder, mas como já estou acostumada com poderes mágicos grandes como a Duquesa Taliana, sua magia de chamas surpreendente.

— Pera, você conhece a Duquesa da Rosa Cinza? — Pergunta se levantando surpreso e gesticulando com as mãos como fosse algo impressionante. — Ela é uma das magas no top dez mundial, acho que ela é tão forte quanto a Lady Lucia Foxes.

— Bom, essa mesma. — Responde rindo pela reação um pouco exagerada do colega de quarto. — Ela não é tudo isso.

Aquela conversa é interrompida com som da maçaneta da porta sendo aberta e logo após sons calmos vindo do corredor que dava para o quarto, que logo revela ser de Jessé vestindo uma polo preta, calça jeans e uma tênis preto com detalhes laranjas. Logo ao vê-lo Yuna se levanta, fazendo uma reverencia e dizendo:

— É um prazer, senhor Jessé. — Cumprimenta colocando a mão no peito.

— Não precisa de tanto Princesa Yuna ...quer dizer Yuna. — Pede sorrindo de forma descontraída. — Bom, o Senhor Soriel está no saguão a sua espera.

— Obrigado, se me derem licença. — Andando até a porta do quarto.

— Até, Yuna. — Se despedem os dois juntos.

Gabriel se senta na cama, enquanto escuta a porta se abrir e fecha, logo após seu tio se senta ao seu lado com rosto cansado e olhar pesado, o clima no quarto fica tenso o jovem fica mexendo os pés e os dedos nervoso com silencio, mas então seu tio abre a boca e diz:

— Bom, como está se sentindo? — Pergunta olhando para frente com um sorriso tímido. — Sua tia disse que seus exames estão ok.

— Um pouco de desconforto na parte de baixo do abdome próximo a virilha. — Responde pressionando o local levemente. — Soube que o Vinicius ainda tá desacordado?

— Ele deve acorda em qualquer instante, o Péricles já deve ter alta junto com você. — Explica respirando fundo e soltando devagar. — Se lembra de algo sobre o ataque?

Gabriel leva sua mão ao queixo pensativo, mas sua mente fica negra como a noite, era como ele estivesse andando no breu a procura de uma agulha, até que como uma bomba, novamente a lembrança do golpe que ele fez junto ao Fafnir que fez aquele estrago que Yuna lhe mostrou volta e logo após some. Ele olha para seu tio e diz:

— Eu lembro que fui atrás do Péricles que saiu correndo e depois minha mente corta para eu e o Fafnir desferindo um golpe de chama...Corte do imperador negro?!

— Só isso? — Olhando para seu sobrinho que por sua vez só confirma com a cabeça. — Com o tempo você deve lembrar e não se preocupe, só o seu avô sabe sobre ocorrido, porque seria horrível sua mãe saber que antes do começo das aulas você foi para o hospital.

— Que bom. — Diz aliviado respirando mais calmo. — Por que minha esgrima está como C?

— Talvez porque você sabe muitos estilos, mas quase nenhum é para sua arma, eu, como seu tio acho que você tem que treinar para adaptar elas para sua katana. — Explica sério e se levantando. — Bom, já que está tudo bem, preciso ir para seu dormitório.

— Ah tá, o que rolou? — Se levantando da cama. — Quem é esse tal Soriel?

— Primeiro, Aconteceu algo ontem à noite com a Sarah, não conseguiram me explicar direito e esse Soriel é um cavaleiro do reinado élfico do norte. — Responde calmamente. — Acho que ele é mais conhecido como Sora.

—Não conheço, ele veio por que?

— Talvez, porque aconteceu um ataque a pessoas que deveriam proteger as próximas líderes mundiais.

Gabriel fica cabisbaixo com aquela afirmação, Jessé. Somente dá alguns tapas no ombro dele. Ele fica de pé olhando seu tio saindo pela porta, enquanto pensa: “Caralho mano, que bola fora eu fiz em não pedir ajuda e fui atrás do Péricles, eu só faço merda”. Gabriel se deita com esse pensamento.

 Enquanto isso em Copacabana...

Um jovem elfo de longos cabelos loiros bem claro, uma pequena tatuagem de rosa branca em seu ombro sentado numa cama com a roupa revirada, num quarto com uma grande parede de vidro, algumas velas aromatizantes acesas. Ele estava vendo a ficha do aluno Gabriel Bezerra com olhar de nojo e então diz:

 — Não acredito que meu tio te deixo com uma pessoa tão medíocre e ainda por cima utiliza como arma o espirito de um dos dragões mais forte, aterrorizantes e ruins que já viveu!

— Sabe como é, tenho que aprender a ter uma boa relação com reino dos elfos do norte e tals, para respeitar os elfos negros e cinzas e etc. — Explica Elizabeth sando nua do banheiro carregando alguns produtos de limpeza. — Mas por que o comentário, Phillipe?

— Eu só acho um desperdício do seu tempo de vida, priminha. — Responde a abraçando e dando leves beijos no pescoço em direção a seu rosto. — Temos ainda um tempo até o checkout, mais um round?

— Eu até quero, mas achoo que passei muito tempo fora, eles podem achar que fui sequestrada e não quero que o papai saiba antes da hora da gente. — Explica saindo dos braços dele.

— Ninguém desconfiou de você sair com seus produtos de beleza?

— Aqueles idiotas estavam muito preocupados com uma festinha de comemoração de missão bem sucedida. — Diz colocando sua calcinha e sutiã. — Mesmo que seja algo que no mínimo aqueles mestiços deveriam fazer.

— Nossa, que princesa mais gelada. — Diz em tom de deboche. — Mas por que você trouxe?

— Porque eu não quero que eles sintam o cheiro de sabonete e shampoo de motel e hotel.

— Bom, vou ligar para o carro vir te buscar. — Pegando o telefone no criado-mudo. — Alô, poderia prepara a limosine QP31EL4, por favor?

Elizabeth somente dá um sorriso  e se olha no espelho no fundo dos seus próprios olhos e pensa: “Se lembre que agora devo voltar a ser a boa menina que é inocente e delicada, a princesa branca e intocável, próxima rainha perfeita do reino branco do sul”. A cada peça de roupa ela sente com estivesse se fantasiando de uma persona que era só um fragmento das partes que ela pode mostrar.

Fim da tarde, na residência Garcia...

Um caminhão entra pelos fundos do terreno, ele para de ré em um galpão, do carro descem dois homens, um de cabelo castanho claro, óculos, pele clara com algumas marcas de espinhas e outro negro alto, cabelos grisalhos e uma cicatriz no lado esquerdo da cabeça. O Grisalho aponta para o de óculos e diz:

— Celso, começa a retirar a mercadoria. — Ordena apontando para traseira do caminhão. — Vou falar com chefe Garcia.

— Pode deixar, Alberto.

Alberto anda pelo galpão que estava limpo, com uma empilhadeira que o Celso já estava ligando para retirar a mercadoria, ele segue o caminho até encontrar um jovem de cabelo branco arrepiado, uma blusa preta, uma calça jeans, seu braço direito estava enfaixado e seus olhos amarelos. O jovem olha para os homens e diz:

— Trouxe tudo que estava no galpão? — Questiona de forma séria.

— Claro, aqui está a lista de todos, senhor Enzo.  — Responde entregando um tablet. — Deixamos a que estavam reservadas para os prostíbulos que nos passaram e as que vão ser adestradas para ser servas estão marcadas, mas como pode ver existem três que não foram marcadas.

— Por favor, leve essas três para o quarto de cuidados, preciso que elas estejam fortes e com esperança para um pedido. — Explica mostrando na tela do tablet, uma inu, uma nekomata e um lâmia e logo após abre uma câmera com um quarto com várias camas de luxo, comidas e tudo que há de bom. — Depois de deixarem elas aqui, vão até a Lucy e a Yui para ir mexendo na mente delas, por favor.

— Entendido. — Concorda indo até o caminhão.

Enzo, após ver seus subordinados fazendo seus trabalhos sem problema sai do local por um longo túnel subterrâneo de concreto que sai no freezer industrial da mansão, continua seu caminho olhando sua casa com vários servos fazendo comida, arrumando a casa e lavando a roupa. Após subir as escadas até a sala de seu pai, o garoto digita uma senha que faz uma das estantes descer.

Ele desce uma escada circular, a cada degrau mais o som de gritos de agonia misturado com uma música de bolsa nova aumenta, os degraus cada vez mais ficam com manchas vermelhas de sangue, ao chegar o fim daquela espiral quase sem fim, uma porta entre aberta de metal estava esperando. Enzo adentra o local e lá estava Altair envolta de correntes que estavam ligas nos corpos de vários tipos de fantasys quase sem vidas, nas correntes fluíam o sangue dele que por sua vez iam até vários diamantes.

Alguns instantes de espera até aquele ritual sanguinolento acabar, Altair retira todas as correntes que por sua vez voltam a ser duas adagas ligadas por elas. Enzo se aproxima e diz:

— Meu pai, as mercadorias para o pedido chegaram, quanto tempo devo deixar maturando?

— Pelas próximas semanas, e também preciso de um outro ingrediente, mas isso o comprador precisa me enviar. — Explica retirando o manto que estava utilizando. —Por favor, suba e se apresse pois os nossos convidados já vão chegar.

Enzo acena confirmando e se retira do local, Altair fica parado ali em meio aquele local sujo de sangue e outros restos, até que ele olha para trás que estava em meio a sombra de diz:

— Caro Dalet, não sobrou muito sangue desses seres. — Sorrindo para escuridão. — Se quiser posso pedir para que faça algo, temos cozinheiros ótimos que sabem fazer uma ótima comida para vampiros.

— Não precisa, rei do submundo. — Nega um garoto saindo das sombras, grandes olhos carmesins longos cabelos brancos, utilizando um sobretudo, calça preta, e uma pele branca como se não houvesse vida. — Que tipo de ingrediente devo arranjar?

— Ainda bem que tocou no assunto, futuro Rei dos vampiros, como um vampiro, seu sangue não tem um material nem essência magica única ou forte o bastante para o resto do ritual para joia da paixão, então precisamos de algo para ligar o seu sangue nessa composição. — Explica gesticulando as mãos.

—O que seria? — Questiona intrigado.

— Um pouco do sangue de quem ela ama, e um pássaro me contou que aquele que levanta a Excalibur é o príncipe dela, correto?

— Entendi, mas como devo ir pega-lo?

—Bom, aconteceu um ataque a escola, por que você não vai como um bom primo para ver sua priminha? — Sugere com um grande sorriso.

— Vou pensar, quando decidir te mando uma mensagem.

Dalet sai andando do local irritado que precisará do sangue do verme que está o roubando sua coroa e prima dele, andando até o lado de fora pensando: “Preciso de mais alguém para me ajudar a ir e convencer meus pais e tios que é uma boa ideia, alguém com tanta malicia que eu...quem seria? Bom já que preciso do sangue da luz, acho que preciso deter luz ao seu lado”. Ele adentra um carro entra na lista de contato do seu Rolor Watch e vai até a letra P.


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Notas finais do capítulo

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