Once upon a party escrita por aliceweller


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ficou um pouco grande a historia, mas espero que vocês aproveitem cada palavra, dica: a historia so acaba quando termina... xx



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— Nossa, que horas são? - peguei o celular e com um só olho aberto conferi as horas - aí que dor de cabeça. 

Quando eu finalmente consegui abrir os dois olhos, desesperei. 

— Onde eu estou? Que casa é essa? 

Até que ele entrou no quarto, em câmera lenta e eu entendi tudo, na verdade eu me lembrei de flashes. Eu tô na casa dele - olhei para minha vestimenta - meu deus estou usando uma blusa dele. O que aconteceu? 

Mal conseguia abrir os olhos, estou com muita ressaca. 

 

*

Foi aniversário da Patterson durante a semana, mas na correria não tivemos tempo de comemorar, então ela deu a ideia de comemorarmos em uma boate no fim de semana, era uma boate nova que tinha aberto. 

"Não vou falar com ninguém, vai só nos duas pra variar, estamos precisando tirar um tempo pra divertir, tomar todas, conhecer pessoas, e levar Reade e Weller complica um pouco né" Patterson disse empolgada. "Tasha já coloquei o nosso nome na lista, 8:00 PM passo ai, vamos em um barzinho depois BALAADA". Às vezes, quase sempre na verdade, não dava pra falar "não" pra Patterson, principalmente quando era seu aniversário e ela estava tão empolgada em comemorar. 

Sinceramente não lembro a ultima vez que sai pra baladas assim, meus finais de semana são pedir pizza e assistir TV, no máximo vou pra casa do Reade ou ele vai na minha casa quando tem algum jogo. 

Comecei a me arrumar e dei play no Justin Timberlake, na minha adolescência eu amava boy bands, mas o amor por JT permanece até hoje, que homem sexy. 

Tomei banho, lavei meu cabelo. Ainda com a toalha enrolada no corpo usei o secador para seca-lo. Com ele seco fiz um coque no alto da cabeça, para quando eu soltar ele ficar com movimento. 

Escolhi uma lingerie preta da Victoria Secrets, ela era perfeita, totalmente sexy, não que eu estivesse com a intenção de mostrar pra alguém, mas eu me sinto bem usando uma boa lingerie, sempre penso que se alguma coisa acontecer comigo e eu não pagarei mico usando lingerie bege, é besteira mas eu penso isso. Coloquei o roupão por cima e me sentei na penteadeira. 

Passei uma camada de base, corretivo, nos olhos uma sombra marrom esfumada, um risco delineado e bastante rímel. Blush. Pó. Na boca usei o Ruby Woo, batom vermelho era o meu favorito nessas ocasiões.

Peguei o vestido dentro do closet, eu tinha comprado ele em um dia que fui ao shopping com a Jane e a Pat, ainda não tinha tido oportunidade de usá-lo. 

Ele era preto, manga comprida, nada de decote, justo ele chegava a uns três dedos acima do joelho, mas tem uma fenda na perna esquerda que penso que se me empolgar na dança posso mostrar de mais. Uma sandália duas tiras preta. 

Sem bolsa, hoje não tava afim, a Patterson sempre leva então documento e chaves posso deixar na bolsa dela, cartão de crédito pus na capa do telefone. Estava pronta. Patterson mandou uma mensagem, estava vindo de taxi. Dei uma última checada no espelho. Peguei minhas coisas e desci. 

Patterson chegou em um táxi, eu entrei. 

— Trouxe pra gente já ir se animando - ela disse me entregando uma long neck de cerveja. 

— Estamos animadas em - eu disse abrindo e brindando. 

Quando descemos do taxi dei uma conferida no visual da Patterson ela estava tão linda, deslumbrante. Ela usava um body preto de manga comprida, não dava pra ver o fim do decote porque ela usava uma saia dessas que eu não imagino mais ninguém usando a não ser ela, a saia era marcada na cintura e descia toda rodada de comprimento mid. Eu amo o cabelo dela, ele estava solto com umas ondas bem naturais, lindo. Pat não costumava usar muita maquiagem, só um rímel, blush e batom. 

Entramos no bar, tinha uma banda tocando um reggae. Muita gente bonita. Compramos uma cerveja e ficamos ali no balcão mesmo observando. Parece que eu estava em outro país, nunca tinha visto aquelas pessoas ali. Bebemos mais algumas cervejas. Alguns caras vieram conversar com a gente, trocamos ideias. Bebemos mais algumas cervejas. Depois resolvemos pedir uns drinks.

Olhei no relógio 11:40PM. 

— Patterson acho que é uma boa hora para nos irmos. - eu chamei.

Quando nos levantamos da cadeira tudo rodou, toda aquela bebida tava fazendo efeito. Há muito tempo não me sentia assim. Nós nos entreolharmos e caímos na risada. 

Entramos no taxi. 

Ao chegar na boate, conferimos o nosso nome na lista e entramos. 

Do lado de dentro tinha pouca gente ainda. Compramos drinks e fomos pra pista de dança, tinha umas garotas em um canto, outra turma em outro, mas no meio da pista só eu e Pat. 

Dançando como se não houvesse amanhã. 

Mais um drink. 

A pista começou a encher, mais pessoas chegaram. Eu e Pat não arredamos o pé. 

DJ deu play na música All We Know do The Chainsmokers. 

— Eu amo essa música - gritei pro DJ. 

Pulei no pescoço da Patterson e começamos a dançar e cantar essa música como se fosse a única música do mundo. 

— Vou ali pegar mais um drink - Patterson gritou no meu ouvido. 

— Eu vou ficar amo essa música, traz um pra mim - respondi em meio ao barulho. 

Joguei os meu braços pro alto e comecei a cantar o refrão mais uma vez. Como eu amo essa música. 

— I'll ride my bike up to the road Down the streets right through the city I'll go everywhere you go From Chicago to the coast You tell me, "Hit this and let's go Blow the smoke right through the window" 'Cause this is all we know 

Quando eu abri os olhos, olhei direto para um cara que chegava na boate, parecia tão perdido, olhava ao redor como se nunca tivesse frequentado um lugar como este, logo três amigos se juntaram a ele. 

Nós trocamos olhares. Neste momento Patterson voltou com os copos dançando e cantando. 

Peguei o copo com a Pat e olhei de volta para aquele garoto. Ele sorriu e seguiu com seus amigos. 

— Posso saber o seu nome? - ouvi uma voz falando no meu ouvido.  

Quando me virei decepcionei, ok ele é gato tem olhos verdes e covinha no sorriso, mas queria tanto que fosse aquele garoto do olhar distante, curioso...

— Tasha - peguei na mão dele como cumprimento. 

— Caleb - ele me puxou para um abraço. 

Ele me cumprimentou e cumprimentou Pat. Depois nos apresentou os seus amigos. 

Alex era o mais estiloso deles. Henry tinha um par de olhos azuis que me hipnotizaram. E ele, Ian, não consigo descrever ele, sinto que ele tá tão assustado com tudo isso, tenho vontade de levar ele para casa e cuidar. 

Nos estávamos interagindo, dançando todos juntos, Pat tinha gostado do Henry e parece que o Caleb tinha gostado de mim, mas eu não conseguia parar de olhar pra ele. 

Uma amiga do Caleb passou e chamou ele pra conversar. 

Não consigo identificar qual música está tocando, eu me perdi naquele olhar e a cada segundo nos aproximávamos mais, e mais um pouco até que as nossas mãos se tocaram, um arrepio percorreu o meu corpo todo. Nossos dedos se entrelaçaram e nos não desvíamos o olhar, até que estava tão perto que eu fechei os meu olhos e senti apenas a respiração dele, cada vez mais perto, eu senti o toque do seu nariz e agora nossas bocas estavam coladas. A minha mão livre foi parar no seu cabelo, tão macio parecia que eu estava tocando em algodão, senti o calor da sua mão na minha bochecha. Ele soltou a minha mão para segurar na minha cintura, me puxando para mais junto dele e eu subi a minha mão para o seu peito, senti o seu batimento, tão forte quanto o meu, estávamos em sincronia. Quando nos afastamos senti uma onda de calor percorrer o meu corpo e eu abri os olhos para olhar pra ele. Ele tava corado e nós sorrimos. Ele me deu um beijo na testa e me puxou para um abraço e eu pude sentir o seu cheiro. Era um cheiro muito característico, nada muito forte, mas esse cheiro eu nunca vou esquecer. 

Quando eu dei por mim tava no meio da pista de dança, senti que estava sozinha com ele em algum lugar nosso, mas estava enganada. 

Quando olhei em volta a procura de Patterson ela estava com o Henry em um canto. 

Nos sentamos em um lugar mais reservado na boate e falamos mais sobre nos mesmos. Ele me disse que tinha vindo pra NY a poucos dias, que a Irma dele morava aqui e que os meninos que estavam com ele morava no mesmo prédio que ele.

— Minha irmã fez questão de alugar esse apartamento aqui pra mim. Não sou muito de sair pra essas festas, mas eles me convenceram - ele disse direcionando seu olhar para os amigos na pista de dança - você costuma vim aqui?

— Aqui é a primeira vez, às vezes acontece de eu sair. Mas normalmente eu sou mais caseira. 

Eu não quis falar sobre o meu trabalho, sinto que espanto os caras quando falo isso de cara, disse que trabalho em um escritório, o que não deixa de ser verdade. Existia a chance de eu nunca mais ver ele, então isso não me preocupava.

Depois que alguma conversa fomos no bar pegamos bebidas e voltamos para pista de dança. 

Nos divertimos muito, eu, Patterson e os meninos. Parecia que nos já éramos amigos há anos. As luzes da boate de acenderam, já era a hora de ir, mas eu não queria, queria mais alguns minutos com ele. 

Henry então teve a ideia de irmos para a casa dele, o olhar de Patterson a condenou, ela queria muito ir, era seu aniversário então eu não podia negar pra ela isso. 

Passamos em um posto de conveniência compramos umas bebidas e fomos. 

Já passava das 6:00AM, estávamos sentados no chão da sala da casa do Henry, todos bêbados. Patterson levantou e se jogou no sofá.

— Pat, vamos lá amiga, vamos pra casa - disse enrolando a língua e soltei uma gargalhada. 

Patterson tentou levantar em vão, ela voltou a se deitar no sofá rindo também. 

— Eu não consigo irmã - Pat disse enrolando a língua também. 

— Acho que vocês não estão em condições - Ian disse me segurando. 

— Meu deus, como você é gato - porque eu disse isso mesmo? 

— Você também é gata - ele disse me dando um beijo - vem você deita lá no quarto com a Pat e eu e o Henry dormimos aqui na sala. 

— Eu não quero deitar, quero sair daqui com você - disse no ouvido dele - minha casa ou na sua? 

— Vai eu cuido dela - Henry falou incentivando o Ian a me levar pra casa dele. 

— Você cuida dela - eu disse e pulei na costas do Ian. 

Descemos a escada e fomos pra casa dele. 

*

2:00PM

 

Isso é tudo o que eu me lembro. 

Ele se debruçou em mim e me deu um beijo. 

Segurei o seu rosto junto do meu, eu precisava lembrar de mais alguma coisa. 

— Eu não sei como perguntar isso... - comecei envergonhada - mas eu não conheço essa blusa, ela parece um pouco grande pra mim, eu diria que ela é sua certo? 

— Certo - ele me respondeu achando graça. 

— Então quer dizer que rolou alguma coisa entre nós? Alguma coisa a mais, você sabe... - eu estou com muita vergonha. 

— Você não se lembra? Foi tão ruim assim pra você? - ele disse abaixando a cabeça. 

— Não é isso... eu... só... - disse gaguejando. 

Ele disparou uma gargalhada. 

— O que foi? 

— Eu tô brincando, não aconteceu nada... - ele disse enquanto eu dava uns tapas no braço dele aliviada. - você apagou baby.  

— Vou te matar - ele me segurou em seus braços e me beijou. 

Um longo beijo, "que beijo esse cara tem" me peguei pensando. 

— Meu deus a Patterson - eu disse interrompendo o beijo e empurrando ele. 

— Ela tá na casa do Henry - Ian disse enquanto eu calçava o seu chinelo. 

— Qual o apartamento? Eu quero ver ela - ele me disse e eu fui em direção as escadas correndo. 

A porta do apartamento dele estava destrancada e eu entrei. Henry estava deitado no sofá de calça jeans e tênis, sim calça jeans e tênis. Eu continuei andando até o quarto, a Patterson estava dormindo feito um anjo até de sapato também. 

"Meu deus se não aconteceu nada porque eu estou usando a blusa do Ian?" Pensei comigo mesma, "isso é assunto pra outra hora" conclui. 

— Pat? Patterson? - sussurrei baixinho. 

— Um - ela tentou responder - minha cabeça... ela dói. 

— A minha também - me deitei ao lado dela - o que que a gente tá fazendo aqui? 

Patterson finalmente abriu os olhos e se situou. 

— Zapata que lugar é esse? - ela ajeitou a sua roupa - por que eu tô de sapato? 

— Acho que vocês beberam de mais meninas - Ian entrou no quarto. 

— Aí meu deus quem é você? -  a Patterson se levantou assustada. 

— Patterson - eu chamei - esse é o Ian, nos estamos na casa do amigo dele o Henry. 

O Ian riu e saiu do quarto nos dando privacidade. 

— Por que você tá usando essa roupa? - Patterson parou e me olhou - por que eu tô fazendo tantas perguntas? 

Nos rimos. Fazia tempo que não tínhamos uma noite assim. 

— Acho que eu preciso de um analgésico e um café - Patterson disse finalmente depois da nossa crise de riso. 

— Eu também, definitivamente. - nos levantamos e fomos em direção à cozinha. 

— Você não me respondeu o por que de você esta usando essa roupa e não a sua roupa - a Patterson disse meio confusa. 

— Eu preciso procurar saber sobre isso - disse sem graça. 

Ao chegarmos na sala o Ian e o Henry estavam sentados no sofá conversando. Eu e Patterson entreolharmos e fomos em direção a eles. Patterson sentou ao lado do H e lhe deu um beijo de bom dia. 

— Acho que não é uma boa hora para te dar um beijo, mas ok - ela disse. 

— Sempre é uma boa hora - H respondeu. 

— Eu vou voltar lá colocar a minha roupa e mais tarde você vai me explicar por que eu estou usando uma blusa sua se você diz que não rolou nada. - eu sussurrei no ouvindo do Ian. 

Desci as escadas e entrei no apartamento dele. Logo que adentrei na sala um porta retrato me chamou atenção, ele estava ao lado da televisão e eu conhecia aquela pessoa que tava ali junto dele. 

Era a Jane, por que Ian tinha uma foto com a Jane? 

— Parece que você já conheceu a minha irmã - Ian entrou no apartamento falando. 

— Eu conheço a sua irmã - eu disse - por que você não me falou que era irmão da Jane? Você não chama Ian você chama Roman? Por que você mentiu assim pra mim? - eu falei nervosa jogando o porta retratos nele. 

— Tasha o que tá acontecendo? Da onde você conhece a minha irmã? Como que você sabe que eu chamo Roman?

— Eu sou do FBI, sua irmã trabalha lá Roman - fiz questão de enfatizar o nome dele. 

— Então parece que não sou o único que mentiu aqui - ele disse  

— Eu menti? - me virei pra ele finalmente. 

— Talvez se você tivesse falado que trabalha no FBI eu teria falado sobre a minha irmã, mas você inventou que trabalha em um escritório e desconversou, eu deveria ter desconfiado disso. E se você não sabe o meu nome de batismo é Ian. E o da Jane - agora foi a vez dele de enfatizar o nome - o nome real dela é Alice. 

— Eu não tô nem aí pro seu nome... 

— Ei... - ele gritou - você não tá nem aí pra nada, seu nome nunca foi estranho pra mim, agora tudo faz sentido...

— O que que faz sentido? - eu disse alterada - todas as mentiras da sua irmã?

— Não, tudo o que vocês fizeram ela passar... você principalmente, ela pode até ter perdoado vocês. Mas eu não, eu nunca vou esquecer as coisas que ela me contou sobre você... 

— Cala a sua boca - eu gritei - você não sabe de nada. 

— Saia da minha casa agora - Ian gritou comigo também. 

Corri para o quarto dele, peguei as minhas coisas e sai do prédio correndo. Dei muita sorte de estar passando um taxi bem na hora. 

— Pat estou indo embora pra casa, venha o mais rápido possível, preciso de você  

Deixei esse recado na caixa de mensagem dela e fui em direção a minha casa. 

 

*

5:00PM

 

— Talvez eu tenha realmente exagerado, mas ele também falou coisas que eu não gostei - eu disse. 

— Tasha vocês se conheceram ontem, as coisas não precisam ser assim - Patterson sempre tentando me colocar no eixo. 

A campainha tocou. Patterson se levantou pra atender. 

— Natasha Zapata - Jane entrou na casa chamando - o que foi que aconteceu com você e com o meu irmão? - sua voz soava tão doce, não parecia que ela estava ali pra tirar uma satisfação. 

— Oi Jane - disse envergonhada - desculpa... 

— Vou em casa tomar um banho e volto daqui a pouco - Patterson disse, passando praticamente despercebida. 

— Você não tem que se desculpar comigo Tasha - Jane disse sentando do meu lado. 

— Não é por hoje, é por tudo que aconteceu, o que aconteceu hoje só me fez perceber que eu nunca te pedi desculpas e mesmo assim você me perdoou - eu disse sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos. 

— Hoje quando eu passei lá na casa do Roman, ele me contou da menina que ele conheceu em uma balada ontem, os olhos dele brilhavam como nunca enquanto ele me contava detalhes de tudo, de como você e a Pat interagiu com os amigos dele como se já se conhecessem uma vida inteira, ele se encantou por você. E aquela cena que você fez na casa dele o deixou assustado. 

— Jane desculpa, eu não quis fazer aquela cena... eu não sei o que aconteceu comigo. - eu disse lamentando. 

— Eu sei o que aconteceu com você - Jane começou - você gostou dele, e você tem medo disso... seja lá o que te assusta. 

Talvez seja isso mesmo. 

— Obrigada Jane, obrigada por ter vindo aqui - eu disse me levantando eu precisava ficar sozinha - e mais uma vez me desculpe.  

Abri a porta para Jane e ela foi embora. Eu precisava de uma ducha esfriar a cabeça, colocar as coisas no lugar. Tudo que ela me disse faz um pouco de sentido. Mas eu preciso entender primeiro. 

 

*

9:00 PM

— Acho que isso é seu - eu disse entregando a camiseta logo que o Ian abriu a porta da casa dele. 

— Eu também acho - ele disse pegando a camiseta da minha mão e me convidando pra entrar. 

Sentei no sofá sem graça. 

— Me desculpa... eu não devia ter falado aquilo pra você - ele disse. 

— Não, eu que devo pedir desculpas. Eu fui uma idiota, fiz uma tempestade em copo d'Água e eu não posso te culpar por isso. - eu disse interrompendo ele. 

— Preciso concordar... - ele começou - que você fez uma tempestade em copo d'Água - ele disse antes de eu lhe der um cutucão. 

— Desculpa... - fiz a melhor cara de gatinho que a Patterson me ensinou. 

— Me desculpa você também, eu não tinha o direito de jogar aquelas coisas na sua cara... a sua relação com a minha irma só diz respeito a vocês duas. 

— Sua irmã foi até a minha casa abrir os meus olhos sobre mim e sobre você - eu me levantei e sentei no sofá ao lado dele. 

— E o que ela disse? - Ian me perguntou olhando fixamente para a minha boca.  

— Ela disse que... 

Quando eu dei por mim nos já estávamos nos beijando. Sua mão começa a acariciar a minha bochecha e minhas mãos encontram a barra da sua camiseta e escorregam pra dentro percorrendo as suas costas, ele parece ser tão forte. 

Ele me beija de forma mais insistente, apertando a minha cintura com as mãos. Ele se afasta alguns poucos centímetros, não o deixo ir muito longe. Passo os dedos pelo seu cabelo e puxo a sua boca para a minha novamente. Lentamente ele desabotoa o meu short e o tira deslizando sua mão pela minha perna nua me fazendo estremecer. Ele se levanta e me puxa, eu envolvo as minhas pernas em torno dele e fomos em direção ao quarto. Ele me deitou na cama com a maior delicadeza que podia. Eu puxo a barra da camiseta pra cima tirando-a, ele desabotoa o cinto da sua calça tirando também. Ele beija meu pescoço e eu aperto as suas costas, eu sabia que ele era forte mas não sabia o quanto até ter os seus músculos se contraindo entre meus dedos. Ele tem gosto de água e cheira ar fresco. Ele arranca a minha camiseta e nos beijamos desesperadamente. Com um olhar ele me pediu permissão para entrar em mim e eu deixei, era tudo o que eu mais queria ali e agora. Juntos em uma só sintonia chegamos lá. 

Logo depois adormecemos. 

Acordei com um barulho diferente, vesti a sua camiseta, a mesma do dia anterior e fui procurar o barulho. 

E ele estava de calça de moletom e sem camisa preparando um café para nos dois. 

Fui em sua direção e o abracei encostando a minha testa na suas costas surpreendendo ele. 

— Bom dia - precisei ficar na ponta dos pés para sussurrar no ouvido dele. 

— Bom dia - ele se virou pra mim e segurou as minhas mãos - como passou a noite? 

— Muito bem - dei um beijo nele - e você?

— Quero passar todas as noites assim...  

Me ofereci para preparar as panquecas enquanto ele preparava o café, ele aceitou e me disse onde ficava as coisas, meu corpo se arrepiou em pensar que eu tinha dormido na casa de um homem que eu acabei de conhecer pela segunda noite seguida e já estava até preparando o café da manhã juntos. Quem diria...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

**

 

— Agora seria uma boa hora para você me contar sobre a noite de ontem! Se realmente não aconteceu nada, porque eu estava usando a sua blusa quando eu acordei? - eu disse tirando satisfação enquanto tomávamos café da manhã. 

— Você chegou a olhar o seu vestido? 

— Não, por que? Que que você fez com o meu vestido Ian?

— Então você provavelmente não se lembra de muita coisa de ontem né? - ele me perguntou sério. 

— Não, fala logo... - já estava quase implorando. 

— Quando as bebidas acabaram lá na casa do Henry eu falei pra você deitar lá na cama dele junto com a Patterson que eu dormiria na sala, você não quis, disse que queria vir embora pra minha casa. 

— Até aí eu lembro - disse interrompendo ele. 

— Voce pulou nas minhas costas e nos fomos descer as escadas, mas eu estava muito bêbado e consegui te carregar por um lance de escada apenas, quando eu te coloquei no chão você viu que o seu vestido tava rasgado, o corte que ele tinha na perna rasgou mais com o pulo que você deu nas minhas costas. - ele continuou - você então acabou de rasgar o vestido, tirou ele e ficou desfilando de calcinha e sutiã pelas escadas, dizendo que... - ele começou a rir. 

— Para, não quero mais saber - eu dei um tapa na mão dele. 

— Você dizia que aquela lingerie era uma das mais bonitas que você tinha e queria que todo mundo visse, porque ninguém nunca tinha visto ela. E que eu deveria ver a sua lingerie, porque ela era muito sexy e combinava com a sua pele. 

— Você tá inventando isso - eu disse com a mão no rosto envergonhada. 

— Devo concordar que realmente a sua lingerie era maravilhosa e combina perfeitamente com você. 

Entre risos ele continuou. 

— Mas quando você entrou no quarto e viu a cama ela foi mais tentadora do que eu, você se entregou e apagou. Tava meio frio então vesti a blusa em você. É isso. 

— Já chega Ian, você não deveria ter me contado isso. 

— Aguardando o dia que verei aquela lingerie novamente - ele sussurrou no meu ouvido e me beijou. 

Apesar da vergonha foi bom saber que nos divertimos ontem, mesmo eu não lembrando de tudo. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem um comentário, ou comente comigo la no tt @alicetommo28 xx



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