Rainha De Copas escrita por Maduquesa


Capítulo 5
capítulo cinco


Notas iniciais do capítulo

divirta-se



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Após o acidente do meu atacante passei a ser evitada, os meninos não se atreviam a me olhar, pois temiam o mesmo destino, não se sabia os detalhes, mas o que sei que ele foi encontrado sem as partes que o homem se orgulha de ter.

Todos sabiam que o garoto tinha tentado algo sério comigo e que depois tinha sofrido um “acidente”, a partir daí as pessoas ficaram mais cautelosas, ninguém queria mexer com uma menina que tinha as costas quentes, protegida por um membro do conselho. E assim ignorei o aviso do pequeno pervertido da cartola roxa e fiz o que sempre fazia quando precisava espairecer e fui até aquela clareira que adorava ir e via Leif treinar.

Sentei perto das pedras, senti o sol no meu rosto, quente, mas não quente de mais, o vento refrescava e balançava meus cabelos do jeito que gostava, mexia em meu vestido, farfalhava a grama, o mato e as folhas das árvores, mas de uma forma bem suave. Assim fiquei até ouvir galhos quebrando vindo de dentro da floresta, rapidamente meus olhos se abriram, já estava preparada para mandar embora o da cartola embora que não mexesse comigo,mas quando me virei com as palavras na boca  dei de cara com um homem de cabelos pretos curtos, alto, vestido com roupas finas e jóias revestidas de ouro, sua capa tinha o brasão de copas, mas o que realmente me chamou a atenção foi que em sua cabeça havia uma coroa dourada.

Nós ficamos nos encaramos por sei lá quanto tempo até o barulho de galhos se partindo novamente chamar minha atenção. Dessa vez vi um  cavaleiro em um cavalo marrom. Vestido com uma malha branca e preta levava uma machado nas costas. Seus cabelos ondulados levemente batiam em sua bochecha e alguns fios pretos tentavam esconder os belos olhos amarelos que me fitavam de forma  analítica, era eu uma ameaça ou um inseto incomodo?

—-- Está sendo atrapalhado meu senhor?--- Sua voz era melodiosa e profunda. Rindo o rei balançou a cabeça. Mudando o peso do corpo para o outro pé.

—--Creio que quem está incomodando sou eu, Valete.--- Olhei para a majestade que sorria de forma galante para mim.--- Qual é seu nome senhorita?

Senti-me engasgada, o rei queria saber meu nome! Era uma honra! Tentei responder, mas saiu embolado e baixo que nem mesmo entendi, mas que vergonha!

—-- Sinto senhorita, mas não entendi. Poderia repetir?

—-- Ive...--- Sussurei. De alguma forma ele ouviu. Sorriu ainda mais, não sabia que era possível, e disse.

—-- Mais que belo nome! Combina com tão delicada senhorita.--- Senti meu rosto esquentar.--- Me diga senhorita Ive o que faz aqui sozinha?

Isso soou alarmes em minha mente, dois homens e uma mulher sozinha no meio da floresta, eu tinha que sair de lá, não importava que fosse sua majestade.

—-- Estava vendo as flores, mas já tenho que ir para casa.

—-- Ora, fique um pouco mais.--- Seu rosto parecia ter uma sombra de tristeza.

—--Não posso, já estou atrasada. --- Mentira.

—-- Sendo assim é melhor ir, não é bom se meter em problemas com seu pai.

—-- Verdade, obrigada por entender senhor. --- Dei as costas e sai apressadamente, acredito que cheguei a correr, pois ouvi uma risadinha vinda de trás.

Os dias passados depois do meu encontro com sua majestade foi bem tranqüilo, não contei a meu irmão o acontecimento mesmo sendo um babado dos bons, porque me entregaria. Teria que guardar esse segredo para sempre ou por muitos anos, como meu irmão sempre diz algumas coisas tem data de validade.

Mas algo estava estranho com o tio, nos poucos momentos que o via ele me evitava e saia murmurando alguma coisa, até que um dia ouvi o murmuro dele “é melhor assim”, quando perguntei o que era melhor ele disse que era algo do trabalho dele e que eu não deveria me preocupar, por algum motivo não me convenceu, mas o que mais poderia ser?

Só saberia uma semana depois.

Estávamos, Leif e eu, jantando sopa de raízes de Lina, azeda que doía a alma, era marrom com textura barrosa, a colher só agüenta por ser de madeira grossa.

Tentava evitar comer buscando assunto para conversar e contar sobre o que eu tinha aprendido com o  senhor Sener era meu assunto favorito, que era um dos meus instrutores, não prata e adorava me ensinar a mais, sem se importar com a questão de ser menina. Mas nessa noite minha historia foi interrompida pelo som da porta sendo esmurrada reverberando pela casa de um cômodo só.

Meu irmão imediatamente se levantou e levou as mãos até suas adagas quando a porta foi a baixo.

—--fique para trás Ive!

Eram soldados da vila e estavam armados, sérios apontaram as armas para Leif e disseram.

—-- Você está preso pelo crime de estupro. --- Naquele momento meu coração gelou. Meu irmão jamais faria uma atrocidade dessas, com certeza deram um jeito de burlar a regra da vida. --- Renda-se e venha com a gente.

Meu irmão desembainhou as adagas, ele sabia que era uma sentença de morte se render.

—-- Que seja, pegue-o! --- Ordenou o líder. Os dois primeiros homens vinham com espadas, mas tinham a desvantagem da casa pequena e da velocidade das adagas, foram fatiados, um deles teve a garganta cortada ao levantar a espada para golpear e o outro perdeu a mão e depois Leif cravou a adaga na lateral de seu pescoço.

Assustados e irritados os outros dois soldados foram para o combate. O primeiro puxou seu punhal para combater as adagas que se movimentavam em uma velocidade assustadora. Bloqueou o primeiro ataque de meu irmão em seguida dando um chute em sua barriga fazendo-o recuar. Leif rapidamente se recompôs, bem na hora que o segundo descia a espada em suas costas, desviando por pouco. A espada fincou no chão, permitindo que contra ataca-se com um soco no rosto do soldado que caiu no chão com a incrível força conhecida dos amaldiçoados.

O líder aproveitou a luta para se aproximar de mim sem que Leif percebe-se e nem eu. Quando vi, fui agarrada pelos cabelos e puxada contra o peito do general, que agora me segurava pelo braço e apertava uma faca em meu pescoço.

—-- Chega! --- gritou. A luta congelou quando meu irmão me viu capturada.

—-- Você não pode machucá-la!--- Rosnou.

—-- Oh! E por que não, de sangue?--- Perguntou com desdém.

—-- Ela é protegida pelo décimo conselheiro!

O homem começou a rir e com a faca no meu pescoço disse as palavras que parou meu coração.

—-- Ele que nos mandou moleque!--- soltou meu braço para mostrar um medalhão, o medalhão do tio.

Depois disso meu irmão se rendeu, eu não tinha mais minha proteção, obedecer era a única forma de me manter viva então foi o que Leif fez. Largou as adagas e estendeu as mãos para cima. Os homens que ainda estavam vivos rudemente agarraram seus braços e prenderam atrás de suas costas com correntes.

Assim que ele estava subjugado, fui largada no chão, não era o alvo. Chorando vi saírem da casa com meu irmão rumo à praça central, sem saber o que fazer.


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Notas finais do capítulo

o quê será que vai acontecer????



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