Rainha De Copas escrita por Maduquesa


Capítulo 12
capítulo doze


Notas iniciais do capítulo

gente desculpaaaa. fiquei sem ideia.



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Capítulo 12

Meu casamento tinha chegado.

A movimentação dos serviçais começou desde cedo da mesma forma meus preparativos. Meu vestido era de um branco que chegava a reluzir, tinha um corpete que foi apertado ao ponto de borrões pretos aparecerem em minha visão, sua barra se arrastava pelo chão deixando uma caminho de pano por onde eu andava. Por pedido do rei meu cabelo estava solto e batia nas costas.

Finalmente pude me olhar no espelho, pois era tão importunada pelas servas que não parava um segundo. O que vi foi de tirar o fôlego, parecia–me com uma entidade celestial, meus lábios vermelhos cor de sangue, bochechas rosadas de tanto pó e delineador preto realçava meus olhos eram contrastes incríveis com a brancura da minha pele e dos meus cabelos.

Eu estava maravilhosa.

Quando a hora chegou me encontrei com o rei na carruagem, ele estava de tirar o fôlego também, usava uma roupa justa, sua calça negra e a blusa branca com um amontoado de panos nos ombros, envolta de seu pescoço passava a corrente que segurava a capa real, branca com manchas pretas era felpuda.em seus cabelos negros realçavam sua coroa, uma diferente da que usara ao me encontrar e que usava ao dia a dia, era toda ornamentada de rubis enroladas no prata da coroa que parecia ramos de arvores se entrelaçando.

 Ele me ofereceu sua mão para me ajudar a entrar na cabine. Sentei-me o mais perto da outra janela, por um momento quis ri, pois parecia um amontoado de pano com a calda do vestido enrolado em mim me sufocando.

Em nenhum momento me dirigiu a palavra e eu concordei com o silêncio, não saberia o que dizer. Durante o caminho sentia seu olhar pousando em mim, mas não tive coragem de olhá-lo de volta.

O casamento foi concretizado no templo da vida, que era um prédio enorme como um anfiteatro, no centro um palco redondo onde ficava a pequena fonte de água de marfim que simbolizava a vida, os convidados ficaram ao redor do palco lotando o templo.

A carruagem nos levou até o inicio do tapete branco que começava das portas onde ficavam duas estatuas representativas da deusa da vida como a forma mitologica, alta e imponente esculpida em mármore vestindo uma túnica longa como seus cabelos, mas o que chamava a atenção de todos era o rosto severo da bela mulher. Fiquei extasiada, senti minhas pernas tremerem e quando a carruagem chegou tive um desejo enlouquecido de não sair da cabine, mas o rei ao sair primeiro ofereceu-me sua mão e antes que eu pudesse pensar já estávamos de mãos dadas e fora da cabine.

Ele se inclinou e beijou minha mão como forma de promessa de amor, meu coração já disparado tomou coragem e oferecia a ele um sorriso verdadeiro, mas nervoso, ele sorriu de volta.

Entramos o rei e eu ao mesmo tempo, juntos e de mãos dadas ao altar, o silencio no templo era notável, quebrado apenas pelos nossos passos. Ficamos de frente um para o outro ao chegar, um cálice de prata ornamentado de rubis aguardava do lado do rei. Ele encheu com a água da fonte dando um gole do seu cálice e oferecendo o restante para mim, bebi até a última gota me vinculando para sempre com Feige, o rei e ao exercito do naipe de copas, como sua rainha.

Em um rompante todos começaram a comemorar pensei que me sentiria especial, mas me senti muito pequena em volta daquelas pessoas e da grandeza do rei que segurou minhas mãos como forma de chamar minha atenção. Estava sorrindo e acredito que eu também.

O silencio só parou quando a coroa chegou carregada em uma almofada pelo pajem do rei. Ele se ajoelhou diante de nos e o rei pegou com as duas mãos a coroa, eu me pus de joelhos diante do dele que calmamente colocou a coroa prata em minha cabeça.

Mais aplausos e gritos de comemoração, ouviam-se cachões sendo disparados para alertar a população da nova rainha. Feige me ajudou a me levantar e me puxou para um casto beijo.

Eu era a rainha branca.


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