Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 3
Eu não tenho medo


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas ♥
Como vocês estão? Espero que bem!

Gostaria de esclarecer rapidinho: finalmente MEV está repostada, agora os próximos capítulos serão um mistério, pois ninguém sabe o que vai acontecer neles...(nem a autora por enquanto, mas deixemos em off hihihi)

Um grande e especial agradecimento a: Dudinca, UmaAmanteDoDiAngelo, Miranda Homer e Tia Ally Valdez (Gêmea ♥). Eu amo vocês, obrigado por me darem um apoio a continuar a postar *u*

Good Reading ^-^



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Um grito fora ouvido pelo castelo parcialmente silencioso naquela manhã, um único nome que estava sendo gritado sem parar em um fôlego só, seu tom transbordava urgência e pressa, fazendo a loira descer as escadas correndo, descalça e usando apenas uma camisola que era seu pijama dessa noite.

— Annabeth! – Percy gritou novamente mesmo sabendo que ela estava perto, conseguia ouvir seus batimentos cardíacos acelerados e o ar entrando e saindo de seus pulmões rápido demais, indicando que ela estava correndo.

Ela passou pelo arco da porta ofegante, arregalando os olhos cinzas ao ver Leo inconsciente nos braços de seu amigo, seu torso estava desprovido de roupas e soado, exibindo uma mordida letal de lobo em seu ombro e a pele envolta estava ficando acinzentada.

— Você...- O moreno de olhos verde-mar começou, porém a garota o cortou.

— Meu quarto, agora!

Ele nem hesitou em usar seus dons sobrenaturais e subir as infinitas escadas até o quarto dela, pondo o amigo em cima da cama assim que entrou, o arrumando de um jeito que imaginou ser apropriado, vendo a loira chegar logo em seguida e pedir que se afastasse, analisando a ferida do latino e sentindo seu estômago revirar, tendo que respirar fundo para pensar em algo que poderia fazer.

— O grimório, Percy! Lá deve ter algo sobre...- Antes mesmo que ela pudesse terminar sua fala, ele já havia sumido de vista e segundos depois voltava com o livro embaixo de sua blusa, tendo o devido cuidado com tal, logo entregando-a.

Annabeth subiu do outro lado da cama, ficando ao lado do latino de joelhos, sentando-se sobre suas coxas e suspirando, colocando o livro sob a cama e levando a palma da mão sobre ele, fechando os olhos e concentrando todo seu poder ali, sentindo-o correr por suas veias.

Segundos depois o objeto começou a passar as páginas rapidamente, quase fazendo a loira perder o controle e o deixar voar, respirando fundo quando parou em uma página qualquer, começando a ler de modo quase desesperado em busca de algo.

— Aqui diz...- Ela semicerrou os olhos para ver se estava lendo direito. – O feitiço é complicado, duraria no mínimo vinte minutos com uma bruxa muito poderosa, eu precisaria canalizar quase todo meu poder para que conseguisse curar Leo, o que vai gerar um grande gasto de energia, então provavelmente eu vou apagar quando acabar.  

— Isso é bom ou ruim? – Percy perguntou cruzando os braços sob o peitoral avaliando a expressão dela.

— Não faço ideia. – Admitiu e pode ver de soslaio uma movimentação, sabendo que o latino, agora, tinha consciência e seus olhos estavam bem abertos, encarando-a com confusão.

— Annabeth se afaste, não sabemos em que fase da mordida está, ele pode estar tendo alucinações. – O Jackson se preocupou, mas antes que pudesse se mover, Leo o tranquilizou.

— Estou bem, quero dizer, não tão bem quanto deveria estar, mas estou vivo por enquanto, isso que importa né?

  A loira quis dar-lhe um tapa na nuca, mas ele estava deitado de barriga para cima e exibia um sorriso irresistível, fazendo ela dar uma risadinha de alivio, sabendo que ainda tinha tempo para salva-lo.

— Feche a porta, Perseu. – Mandou fechando o semblante por completo, fazendo o amigo obedecer sem questionar. – Se quiser ficar, fique, mas não me interrompa.

Ele assentiu e se sentou em uma das poltronas que o quarto tinha, reparando em como ele era escuro, graças as grossas cortinas pretas que cobriam as janelas, junto de suas paredes que eram um tom de azul escuro, tendo uma que era azul claro, como um degrade.

Annabeth respirou fundo, levando as duas mãos até o peito do latino tendo um leve receio, já que seus olhos castanho-escuros a olhavam de um jeito um tanto estranho, fazendo a loira franzir o cenho e arregalar os olhos no mesmo momento que teve o pescoço agarrado, sendo arremessada para trás no segundo seguinte, sentindo suas costas colidirem com a parede e faltar ar em seus pulmões, caindo para frente tossindo quase que desesperadamente.

Pode ver Percy se levantar e preferir segurar Leo para que ele não fizesse mais nada, sentindo sua fúria irradiar de seus poros, sabendo que, por mais que o moreno gostasse do Valdez, se ele a machucasse, não faria esforço algum para mata-lo.

— Me solta seu canalha. – O latino gritou, desferindo um chute no de olhos verde-mar, que rolou os olhos e forçou mais o aperto no pulso dele, o prendendo mais contra a cama.

— Annie, está tudo bem? – Perguntou preocupado com a amiga, que se levantou de modo lento, respirando forte e assentiu, levando a mão para as costas, sentindo um leve incomodo ali, já que sua parte vampira poderia ter cuidado muito bem da lesão.

No momento de descuido do vampiro, ele havia esquecido que quando mordidos, a força triplica por algum motivo desconhecido, tendo o corpo jogado para o chão e se levantando a tempo de ouvir ossos se quebrando, vendo a loira respirar fundo e largar o pescoço de Leo, deixando seu corpo cair sem vida no chão.

— Ele vai ficar muito bravo quando acordar. – Murmurou com indiferença transbordando na voz, subindo o olhar para o amigo e sorrindo.

— Pelo menos você reagiu.

Ela tratou de rolar os olhos e pediu para que ele colocasse o corpo do latino de volta na cama, suspirando e caminhando até lá novamente, esperando que dessa vez desse tudo certo.

{...}

— A fronteira está cada vez ficando mais perigosa, e você sabe muito bem disso, Hades! – A bruxa caminhava de um lado para outro, tendo alguns livros em mãos, que organizava na estante atrás de sua mesa, colocando por ordem alfabética e por tamanho, dando agonia ao vampiro que ali estava.

— E o que isso tem a ver com o que estávamos discutindo? 

Atena rolou os olhos, bufando um tanto alto, por fim se virando para Hades e batendo com as duas mãos na mesa, apoiando seu peso ali.

— Hades, eu não vou fazer feitiços para você. Não é esse nosso acordo, portanto essa decisão cabe a mim, já que está fora do acordo eu tenho total liberdade para fazer o que bem entender, e o que me dizem para fazer é me manter longe disso. Eu não quero que as bruxas tenham mais problemas com os lobisomens.

— Se você não me ajudar, vai acabar tendo problemas com os vampiros também, e suponho que você não quer isso para o seu clã. – O vampiro encostou na mesa também, pondo as mãos em cima do objeto e ficando próximo o suficiente do rosto dela, fazendo a Chase segurar seu olhar como um desafio.

Porém, ele conseguia escutar seu coração acelerado, seu sangue passando por suas veias, sua pulsação, tudo isso dava-lhe prazer, e por um momento, se perguntou o porquê de não ter matado ela ainda, obrigando as bruxas a seguirem ele.

— Por que você não é idiota. – Ela concluiu em voz alta, deduzindo o que o olhar negro do di Angelo indicava.

— Aí que você se engana, Atena. – Hades abaixou o tom de voz, deixando-o sombrio ao ponto de a bruxa engolir em seco discretamente. – Eu sou bem idiota.

Ela recolheu os ombros, endireitando a postura e pigarreando, tendo que se controlar para não mostrar que tinha um certo receio do vampiro.

— Olha aqui, se você ousar fazer algo comigo, as coisas vão ficar bem tensas. Porque minhas seguidoras vão infernizar a sua vida, pois lá de cima eu vou ordenar para elas que façam isso.

— Eu não tenho medo. – O di Angelo deu de ombros, cruzando os braços sob o peitoral.

Em um movimento rápido, ele estava prensando Atena na parede, deixando as veias saltarem debaixo de seus olhos e colocou sua cabeça perto do pescoço dela, sentindo o cheiro de seu perfume, misturado com seu sangue, querendo colocar seus caninos ali e sugar toda gotinha do liquido vermelho possível.

— Se você não me ajudar a achar meu filho, posso garantir que vai sofrer até depois da morte, Atena.

Um pouco mais ao longe, depois da fronteira, a única coisa que se escutava no mansão de Luke, era o próprio gritando enquanto subia as escadas furioso, se controlando ao máximo para não se transformar ali no meio e sair atacando qualquer coisa que visse pela frente.

— THALIA! APAREÇA MENINA INSOLENTE!

A pequena, por sua vez, corria pelos corredores da casa o mais rápido que suas perninhas conseguiam, se escondendo entre as esquinas, atrás das portas e sentindo as lagrimas deslizarem por seu rostinho pálido, temendo cada vez que escutava o grito de seu pai e sabendo que se ele a pegasse, provavelmente iria sair muito machucada; o que dava a ela o incentivo de correr o máximo possível.

Por mais rápida que ela fosse, Luke sempre conseguiria alcança-la, já que era apenas uma criança tola, o que facilitava o trabalho dele. Assim que viu ela passando correndo entre a sala e a cozinha, agarrou-lhe pela barra do vestido que usava e a puxou para trás, deixando seu corpo leve cair perto da mesinha, fazendo-a começar a chorar alto graças a pancada, passando a mão pelo rosto desesperadamente.

— Pa...papai...de...de...desculpa. – Gaguejava loucamente, se encolhendo o máximo que pode, escutando os passos dele irem em sua direção.

— SUA ESTÚPIDA! – O loiro praguejou e ergueu a perna pronto para chuta-la, mas antes que o fizesse, sentiu a gravidade mudar e quando se deu por si novamente, estava sujo com a tinta da parede, onde fora arremessado, e suas costas doíam de modo insuportável.

— SE AFASTE DELA! – Silena berrou a plenos pulmões, fazendo Chris, Octavian e Jake entrarem na sala em alerta, olhando para o Alpha que estava totalmente irado, tendo suas pupilas vermelhas e as garras presentes em suas mãos.

— Vamos acalmar os ânimos antes que vocês dois destruam a casa. – Chris tentou, se aproximando com as mãos esticadas a frente do corpo, prevendo que a treta acabaria para ele por tentar amenizar aquilo, mas ao ver a pequena Grace chorar sem fôlego deu vontade de abraça-la e dizer que tudo iria ficar bem.

— Beauregard, você está morta. – Luke disse entredentes, enquanto limpava os ombros com os restos mortais da parede, sentindo seu sangue ferver em todo seu corpo, seus punhos cerrados o faziam não se transformar, já que suas garras estavam infiltrando sua pele de modo doloroso, o que fazia ficar sã.

— Eu não tenho medo de você, muito menos da morte, então cai dentro lobinho de merda. – Silena retrucou mantendo-se na frente de Thalia, sentindo-a agarrar suas pernas como se aquilo fosse sua âncora para a vida, sua vestimenta estava encharcada e ela tinha certeza que a pequena estava apavorada. – Octavian, tire Thalia daqui, agora.

— Octavian, deixe-a. – O Alpha ordenou olhando para o beta, que nem ousou se mexer. – Eu vou matar as duas, saíam daqui vocês três.

 – Você não vai matar ninguém. – A melodiosa voz de Sky invadiu os tímpanos de todos presentes, fazendo a atenção virar para a garota que estava encostada no arco da porta, mantendo os braços cruzados embaixo dos seios, realçando-os por usar uma regata preta, junto de uma calça da mesma cor, que tinha uns rasgos no joelho.

Foi essa a deixa que Thalia precisava, saindo correndo em direção a cozinha, empurrando Jake para o lado e abrindo passagem, sendo seguida por Silena, que foi atrás dela, pronta para pega-la nos braços e dar um passeio para distrair a menina do trauma que possivelmente ela sofreria.

Sky, por sua vez, passou os olhos como alerta para os três betas que permaneciam ali, bobos com o jeito que ela tinha de acalmar o alpha quase que instantaneamente com sua presença; viu ambos saírem da sala, deixando-a sozinha com o loiro, que se virou para a mesinha que estava apoiando um vaso, pegando-o e jogando em direção a menina, que o segurou sem esforço algum.

— Precisa mesmo disso?

— Eu odeio aquelas garotas!

Ela rolou os olhos e caminhou até a mesinha, depositando o objeto novamente ali e se virando para o loiro, tomando seus lábios em um beijo que não demorou para ser correspondido, sentindo o quão quente o corpo dele estava.

 


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao final de mais um capítulo! ♥
E então? O que vocês acharam? Críticas? Sugestões? O que querem que aconteça?

Nos vemos no próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



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