Sou Rosalie Hale uma adolescente de 17 anos que é linda, que namora um cara lindo: o Emmett e era muito feliz com minha vida até meu pai dizer que eu fiquei sem cartão de credito e que minha mesada tinha sido reduzida a quase nada por causa de minhas notas. Eu sei que nunca fui uma aluna exemplar mas tirar o meu cartãozinho me deixou super irritada com ele.

  Mas esse não é o acontecimento do dia, o negócio é: meu tio Carlisle e minha tia Esme que não vejo há muitos tempo voltaram para nossa calma (Le-se tediosa) cidade: Forks. Eles não eram meus tios de verdade, mas meu pai e tio Carlisle eram amigos desde a escola e desde que nasci são como meus tios.

  Soube que agora eles tinham uma penca de filhos: quatro crianças. Ainda bem que não sou eu que tomo conto deles, nem sei por que tanto filho e nem foi por acidente: esquecer de tomar a pílula, camisinha furada, nada disso: tudo adotado, eles quiseram mesmo as crianças. Mas o problema não é meu.

  Meu problema é que eles iam dar um jantar hoje à noite e eu tinha que ir, mas o Emmett ia comigo, sem ele eu não iria, soube que os pais dele também foram convidados e isso ajudou muito, problema resolvido? Não! Eu não vou ficar a noite inteira com eles, mas não vou mesmo. Adorava meu pai e meus tios Carlisle e Esme mais eu não iria ficar à noite toda ali.

  Combinei com meu pai assim: eu vou ao cinema com o Emmett e depois irei ao tal jantar. Foi um custo ele deixar, mas eu o convenci dizendo que eles só iam falar do hospital, já que os dois são médicos e os outros dos convidados eu nem conhecia direito.

  Seis horas da noite, longa noite, e estava me arrumando para sair com o Emmett que deve chegar aqui as sete para irmos ao cinema, o bendito jantar também começava as sete e eram umas 18:50 quando meu pai saiu. Eu estava dando os últimos retoques na maquiagem. Perfeita. Uma saia de cintura alta curta e balonê preta, sandália de salto preta, blusa branca e um blazer preto por cima. Um pouco formal pro cinema e um pouco largada para a pequena recepção dos meus tios.

   Mas não tinha jeito, porque eu não iria de esporte fino ao cinema e nem iria de short, blusinha e all star pro jantar, e como fico linda de qualquer jeito...

Desci e olhei o relógio, sete em ponto, meio milésimo depois a campainha tocou. Já disse que amo meu namorado, lindo, me amava e ainda era pontual, mas tá certo, eu não merecia menos que isso.

  Abri a porta e logo nos beijamos, ficamos ali alguns minutos e saímos, não podíamos nos atrasar para o filme se não, ou pegaríamos uma sessão mais tarde, chegávamos no jantar muito tarde e levávamos a maior bronca ou não víamos filme nenhum e aturávamos aquele povo falando de como é ser velho.

O filme? Sei lá, se era bom ou ruim nem prestei atenção, fiquei foi é me agarrando com Emmett no meio do cinema. Acho que era comédia, pelo menos eu ouvi um povo rindo de vez em quando.

Estávamos no carro a caminho da nossa incrível festa (sarcasmo é sempre bem vindo) e começamos a conversar.

–Preparada para nossa tortura? -Ele disse quase rindo

–Não e se eu tivesse dinheiro, pagava alguém apenas para me seqüestrar, tudo pra não ir a aquela festa. Emmet começou a rir. –É sério. Disse dando um tapinha no braço dele. -Você ri assim porque seus pais não são tão íntimos dos meus tios, só vão ficar um tempo de depois vocês vão embora, já eu se duvidar durmo lá e só vou embora na segunda-feira de manhã porque tem aula.

–Calma Rose, você sabe que se dependesse de mim eu ficava com você até você sair de lá, mais você sabe que meus pais querem ir domingo bem cedo visitar meu irmão na faculdade então minha família não vai ficar até tarde.

– Você tem que ir mesmo ursão? Eu sempre falava assim quando queria algo.

– Tenho mesmo ursinha. Ele apertou uma das minhas bochechas. – Meu irmão nem ligaria, mas meus pais iam fazer um escândalo.

– Aff, e o que eu vou fazer em pleno domingo sem você? Já até imagino meu pai me levando pra algum lugar chato com um povo chato. Ele riu de novo e eu comecei a bater nele. -Não ria da minha cara, seu bobo!

–Para Rose, para! E foi o que fiz, parei de bater nele e liguei o rádio e começou a tocar Fabulous do High School Musical 2

–Que troço é esse? O que aconteceu com as rádios de hoje em dia? Musiquinha de filme de criança, eu não mereço isso.

–Eu acho que combina com você ursinha, tudo fabuloso, roupas de marca e gosta de um cara bonito.

Eu olhei pra ele com um olhar de: continue me comparando com isso e eu te mato e ele riu.

Emmett McCarty, pare de me comparar com esse filmezinho porque sou muito melhor que essa aí. Desliguei o rádio, aquela música cansava minha beleza.

Fiquei olhando pra frente, de braços cruzados sem nem olhar pra cara dele. Eu era muito melhor que aquelazinha do filme. Como ele pode, se ele a quer, eu não estou impedindo. Fiquei assim alguns segundos até ele dizer:

– Sabia que você fica linda com ciúmes ursinha. Ele me mandou um beijo e eu sorri, não dava pra brigar com ele, Emmett era muito perfeito. – E aquela música já deve ter acabado. Ele ligou o rádio e graças a tudo que é sagrado, a música tinha acabado, agora tocava Good Girls Go Bad- Cobra Starship feat Leighton Meester.  

–Essa é bem melhor. Olhei pra ele e disse: - Te amo Emmett!

Ele sorriu, segurou a minha mão e disse:- Te amo mais.

–Quem disse? É claro que eu amo muito mais!

–Nada disso ursinha, eu amo mais e pronto.

–Pronto nada, eu amo mais e está D-E-C-I-D-I-D-O.

–De jeito nenhum amor!

E nós ficamos assim, de mãos dadas, ouvindo música e discutindo quem amava mais, no final a gente decidiu que nos amávamos igualmente e conversarmos sobre como aquele jantar seria tedioso.