Adventure Hunter escrita por Jan


Capítulo 9
Problemas!




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Eu não sei quanto tempo passei apagado, quando abri os olhos estava com barulho de sirene em volta, eu estava tonto, eu abri o cinto de segurança e cai sobre a porta do carro, o carro tinha virado e eu estava dentro.
Então eu procurei a chave, e destravei os carros abrindo os vidros, fiz o máximo de força possível já que estava muito tonto, quando eu ia saindo pela janela, uns dois bombeiros me auxiliaram a sair do carro, quando fui colocado em pé no chão eu reparei o grupo de pessoas em volta, eu estava muito tonto, então não consegui andar direito, tive que ser carregado até a ambulância, lá uma paramédica limpou meu rosto que estava cheio de sangue, parecia eu eu tinha batido minha cabeça em algum lugar.
Quando consegui prestar atenção em volta, eu percebi que tinha várias pessoas, os outros pilotos não ficaram, já que poderiam ser presos ou se tornar testemunha de alguma coisa, o carro bateu no muro após capotar, por sorte não tinha ninguém próximo, então o único machucado era eu, eu tinha dado perda total no carro, não sei se me preocupava se eu tive alguma coisa ou como ia pagar o carro.
– Você está bem, e já vai poder ir, só teve uma concussão, você acha que consegue responder umas perguntas a uns policiais, apenas coisa de rotina.
– Não eu não vou conseguir, não Agora, daqui a umas horas talvez!-Eu tinha que jogar a isca, eu joguei e ela pegou, eu não podia responder nada para a polícia, já que a polícia não poderia nem me vê, eu tinha muitos problemas com ela já.
Depois de alguns minutos sozinho eu me senti melhor, já conseguia andar, não conseguia correr, mas já era o bastante pra sair dali, como ainda estava um tumulto muito grande próximo ao carro, consegui sair sem que muita gente me visse, e os que me viram pensaram que eu tinha sido liberado,claro que agora eu tinha que sair o mais rápido possível dali, eu andei um pouco e depois de uma curva eu tentei de tudo para pegar um táxi, até que conseguir, ser negro nos Estados Unidos não é nada fácil.
Quando fui conferir meu celular, já que eu teria que ligar para o Duncan, e para o Daimon, precisava da satisfação para um, e arrumar dinheiro com o outro, eu teria que dar um carro novo para o Duncan, o que ia me custar cerca de trinta mil dólares, eu estava mais fodido do que nunca, eu teria que fazer corridas de moto em Rua, já que é o que rende mais dinheiro, e que também é ilegal.
Eu peguei o celular, e uma dor em meu coração, ali estava a tela do celular toda rachada, eu tinha mais um gasto e mais um problema, por sorte a pancada não danificou o display do celular, então vi mais de dezesseis ligações perdidas de minha mãe, e umas dez da Sheila, minha irmã é do tipo que não se importa e desiste fácil, então tinha apenas umas três ligações.
Eu não podia ir pra casa, não pra ouvir o Sr.Foster enchendo meu saco, decidi que ia arrumar o dinheiro, de uma forma ou de outra, eu tinha uns amigos que conseguiriam uma parte do dinheiro pra mim, tinha o Jackson, e o resto eu arrumava, eu poderia ganhar U$5.000,00 em uma corrida. Eu não podia perder tempo, minha moto estava no Jack, eu já pegava a moto e resolvia tudo, nem liguei para o Duncan, minha mente estava cheia.
O táxi me deixou lá, e entre eu e você, ele me deu uma facada no preço, me sobrou apenas cinco dólares na carteira, eu ainda estava todo sujo, mas não fazia mais diferença, demorei um tempo tocando a campainha, até que a mãe do Jack atendeu a porta, e quando me viu me abraçou chorando, disse que estava muito preocupada comigo, a televisão da sala estava passando o noticiário, e eu era a atração principal da tarde, não tinha nem almoçado ainda, e pelo visto ninguém dentro de casa, a mãe do Jack insistiu que eu tomasse um banho, e vestisse as roupas do Jack, se já não bastasse isso tudo depois de pronto ouvi os gritos.
– Tyler, Tyler vem pra mesa, vamos almoçar!- A mãe do Jack era uma segunda mãe pra mim, o pai também gostava de mim, mas não era tanto, eu não tinha visto nem ele nem o pai ainda desde que cheguei na casa.
Eu desci as escadas, e encarei a mesa, todos os três estavam sentados, e eu morto de fome, me sentei na mesa e não tive pudores ao comer sem esperar os demais, que em seguida seguiram o mesmo destino.
– Então Tyler…-O pai do Jack parou de comer e começou a falar!- Você está bem?
– Estou bem tive apenas uma pancada na cabeça.
– Me diga como você virou o carro, em plena manhã, em via pública?
– Querido!- A mãe do Jack encarou o marido após o repreender. - Desculpe Tyler, não precisa falar sobre isso.
– Nada, está tudo bem, eu estava meio que com pressa então fui ultrapassar um carro, e quando vi estava de frente com outro, então virei o volante de uma só vez, e puxei a trava para não virar o carro, mas parece que não deu muito certo, aquele carro tinha a direção muito leve.
Ninguém mais falou nada na mesa até que o pai do Jackson voltou a se pronunciar após terminar de comer, e se levantar da mesa.
– Antes de sair passe no meu escritório lá em cima, sei que vai ter que pagar o reparo do carro, e não é nada barato, então vou te dar uns U$15.000 e nem tente recusar, você vai precisar, sabemos que as corridas que você faz não rendem dinheiro suficiente, e que a última quase te matou.- O Sr.Aldmand se referia ao acidente que tinha acontecido, algumas horas antes.
O Jackson parecia muito puto comigo, mas evita falar muito, e como fez o pai, esse que ele admirava, se levantou da mesa e se pronunciou.
– Antes de sair eu vou te dar cinco mil dólares, pra te ajudar, e os outros blablablás meu velho já te disse.
Tudo estava muito bom pra mim, já tinha uns vinte mil garantido, faltava uns dez, já sabia com quem ia pegar metade, mas aí que ia ser a dificuldade, o pessoal que eu ia pegar o dinheiro não era muito amistoso, eu já tinha pegado vinte mil com os Aldmand e não estava feliz com aquilo, nem um pouco, me sentia miserável, e inútil, de depender dos outros, era um Puta sentimento ruim pra caralho.

¤****¤
Fiquei na casa do Jack até a noite, pedi para a Sra.Aldmand guardar o dinheiro pra mim, não era nada seguro sair com vinte mil dólares.
Meu celular não estava muito bom, as sequelas das pancadas começaram a aparecer, travava, desligava, quando me enraivei após sair joguei meu celular contra um muro, tirei meu chip do celular e o cartão de memória e os quebrei, sem pena, eu já tinha pego a moto, agora ir para os bairros bons da cidade.
Eu tinha perdido mais um dia de aula, como sempre, eu já estava passado de ano mesmo, com a chantagem ao diretor, eu estava pouco me fodendo para escola, não queria mais meia, eu deixaria para ir de vez em quando pra dizer que eu aparecia na escola ainda, e como o diretor não gostava de mim ele poderia me queimar com a polícia, e a Polícia daqui da cidade odiava tanto a mim como odiava racha de carro.
Meu carro ainda estava guardado, não podia sair com ele agora, pra não deixar o Duncan puto ao saber que eu tinha carro, o correto era eu entregar as chaves do meu pra ele rodar, mas ninguém dirige meu neném.
Eu acho que perdi o medo da morte, eu estava entrando em um dos piores bairros da cidade, pilotando em alta velocidade, sem capacete, eu precisava pegar o dinheiro de uma aposta de uns anos atrás, estavam me devendo quatro mil, eu não pretendia, pegar o dinheiro mas eu precisava, quando desci da moto em frente a uma casa de apostas, os guardas fizeram questão de me revistar, e por incrível que pareça fui recebido na porta pelo traficante Lionel.
– Tyler Foste, a que devo a honra de sua presença aqui? Não veio me cobrar em minha porta ou veio?
– Lionel, tem um tempo que a gente se viu, eu não queria esse dinheiro, mas infelizmente eu preciso dele.
– Você sabe que não gosto que me cobrem.
– Por isso eu parei de correr aqui.- Encarei aquele velho, os cabelos brancos e olhos azuis escondiam a desgraça que ele era.
– Uma oferta para você, se você ganhar uma corrida, você tem dez mil na hora eu pago a você, se perder esquece minha dívida o que Acha?- Eu não podia recusar a oferta, era tudo que eu precisava, eu sabia que ele iria pagar, mas que se eu ganhasse após receber não deveria mais pisar os pés ali.
– Escolha seu corredor, eu estou te esperando na pista Lionel.- Como comum, peguei minha moto e fui para a saída da rua.
Preparei a moto, eu ia correr mesmo sem capacete, estava pouco me fodendo, quase uma hora depois, Lionel chegou na garupa de uma moto de trilha, não me lembro o nome da moto, ele me jogou uma mochila.
– Se passar do sinal primeiro, não precisa nem voltar aqui.
Eu peguei a mochila estava lotada de dinheiro, essa que coloquei nas costas, os dois corredores estavam prontos então foi dada a largada por uma garota que tinha acabada de chegar, eu estranhei Lionel no telefone, então entendi tudo, quando a gente saiu e o outro corredor desligou a moto e desceu, era uma clássica brincadeira do filho da Puta, ele mandava a corrida, e ligava para a polícia se a polícia me pegasse eu perdia e o dinheiro voltava pra ele já que a polícia era corrupta, se eu escapasse eu ficaria com o dinheiro e estaria mais visado ainda pela polícia.
Eu acelerei mais a moto, o ronco do motor fazia muito, muito barulho, não demorou muito para que eu escutasse o som da viatura, eu estava chegando em um local específico, eu já tinha imaginado que o filha da Puta poderia fazer isso então joguei a moto no meio do caminho, e corri para um beco próximo, e corri, corri muito, até que cheguei a saída, tive que passar por muitos becos e vielas até chegar em meu carro, e só aí respirei em paz, conferi o dinheiro na mochila, estava contado.
Dirigi até a casa do Jackson, e vi a polícia passando com minha moto em cima de um carro de reboque, meu coração doeu naquele momento, não tinha passado muito tempo desde que saí da casa dos Aldmand, mas já tinha pego o dinheiro e saído, só faltava entregar os trinta mil dólares ao Duncan, estava quase tudo pronto, tudo em minha cabeça tinha me tirado da mente que meu aniversário de dezoito anos estava chegando, e eu não iria deixar batido.


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