Jackson e Daimon agora conversavam,  estavam tranquilos, quanto a polícia atrás deles, tinham certeza que estariam liberados, que a pena deles seria pequena, eles comemoravam a Vitória na casa do Jackson, eles brindando champanhe, até que a reportagem passou.

“Nesta tarde, após meses de investigação o meliante, Tyler Foster que a um Bom tempo causa problemas a cidade, e até a polícia, foi preso, fugindo da cidade, com um carro repleto por todas as suas coisas, finalmente preso, vai a julgamento ainda hoje, o governo quer que seja um caso rapido!”

Jackson deixou cair sua taça de champanhe ao ouvir aquilo,  ele tinha perdido o chão, e logo depois, ele se asustaria mais, a porta de trás da casa e a da frente foram arrombada aos mesmo tempo, quatro policiais, invadiram a casa, com armas de grande porte gritando para todos deitarem no chão.

E eles obedeceram, Jackson e Daimon foram levados presos, aquilo não era bom, tudo tinha saído dos planos dos amigos, o que fariam agora?

Mas diferente do pai de Tyler o Senhor Aldman não aceitaria seu filho preso, ele era um homem correto, e protetor, e ele usaria todos os recursos possíveis para soltar os dois garotos, nem que tivesse que gastar até o último centavo.

A tarde bonita em que o sol brilhava em meio a um céu azul bem claro isento de nuvens, uma tarde feliz, que agora se tornava uma tarde de problemas, o silêncio da rua foi rompido com a BMW dos Aldmand comendo pneu na porta de casa e sair em alta, ele estava muito irritado no volante e faria o possível para liberar seu amado filho.

A Bmw só parou em frente em frente ao escritório do promotor da cidade, ele sabia que quem queria os garotos presos era o promotor, esse irmão do diretor do Colégio em que os garotos estudavam, ele estava protegendo o irmão que foi chantageado pelo jovem Foster, e como um bom irmão mais velho, colocou a polícia atrás dos garotos.

A porta do escritório bateu contra a parede quando o pai de Jackson entrou no escritório ignorando a secretaria.

— Olha seu desgraçado!-  O senhor Aldmand estava falando em voz alta e firme- Você sabe onde se meteu quando mandou a polícia atrás de meu filho, e você não me quer como inimigo, então enquanto ainda tenho minha consciência e me importo se você está vivo ou não vou te fazer uma proposta a você.

— Calma grandão, não se fala assim com um promotor!- O desgraçado mantinha um sorriso no rosto.

O velho ali de pé se aproximou do promotor.

— Olhe, está vendo este cabelo branco, isso é por causa de minha idade, e sabedoria, olhe no espelho você também tem, então você deve saber que é melhor ouvir o que tenho a dizer.

— Fale! - O promotor parou um segundo antes de falar.

— Eu conheço toda a corrupção de sua família, tenho provas pra te pôr na cadeia, eu posso não expor vocês e da uma quantia, se você garantir meu filho e o amigo, livres dentro de duas horas.

— Por que não pediu a liberdade do outro amigo também!

— Eu conheço minha prioridade, e sei os meus limites.

— Vou soltar os garotos.

— Transfiro o dinheiro para sua conta quando estiverem livres.

O promotor pegou o telefone de mesa, discou um número bem grande, e em seguida se pronunciou “Solta os garotos, o outro pode deixar preso, garanta que ele fique preso.”

— Pronto, pode ir buscar os garotos.

Eles apertaram as mãos, e o ódio entre os dois apenas aumentou, agora o Senhor Aldman só precisava buscar os garotos.

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Sentando na plateia todos os conhecidos, amigos, inimigos, e família de Tyler estava ali, ele de roupa laranja de prisão, e uma cara de merda.

Esperavam o juiz chegar, tudo já estava pronto, e Tyler sabia que aquilo era um complô para o prender.

Não demorou até que se desse início ao julgamento, a juíza entrou, e todos levantaram e uma voz de um policial se fez alta.

— O caso Foster contra o estado está aberto.

Todos voltaram a se sentar quando a Juíza se sentou.

— Tyler Foster, você é acusado de direção perigosa, está dirigindo acima do limite de velocidade em local público, usar identificação falsa, por porte ilegal de arma, desrespeito a autoridade, resistência à prisão por fugir, chantagem, oferecer suborno, participar de corridas de carro e motos ilegais e destruição de propriedade pública. Você destruíu três de nossas viaturas e deu muito trabalho a nossa polícia, você nega algum desses crimes?

Ele negou com a cabeça encarando a juíza.

— Meritíssima peço permissão para falar!- Tyler falou com uma voz não muito alta, surpresa com o pedido ela permitiu.

Demorou uns segundos para ele se levantar e ficar no meio do tribunal e se preparar a falar, inicou após um “proceda” da Juíza.

— Eu estou assumindo todos os crimes que foram ditados pela Juíza, quero apenas me esclarecer, primeiro lugar eu era menor de idade então peço que considerem isso, segundo lugar eu peço que retire da lista chantagem, já que apenas chantagiei o irmão do promotor que é diretor de meu Colégio, e estava roubando dinheiro, estuprou a secretaria, e teve relações com algumas alunas, as provas estão em meu celular, podem conferir. -O diretor tentou sair dali, mas foi barrado por dois policiais.- Quero que levem em consideração que cresci sem pai e tive que fazer o possível para arrumar dinheiro para minha mãe e irmã. É só isso que tenho a dizer, ah e antes que eu esqueça todas as viaturas eu quebrei sozinho!

— Então assume tudo e toda a culpa!

— Assumo.

— Eu Não irei esperar pela  opinião dos jurados,já que tomei minha decisão, o acusado era menor quando cometeu a maior parte dos crimes, ele tem justificativa para alguns de seus crimes, isso não diminui o crime, como ele entregou o irmão do promotor, caso as informações estiverem corretas, ele ajudou em um caso que a polícia trabalhava a um tempo, então decidi, Tyler Foster você está sentenciado a seis anos em um regime fechado.-E o Martelo bateu na mesa.

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Estavam sentados em uma mesa frente a frente, um mês tinha passado desde o julgamento, o Pai de Tyler estava ali, fazendo uma visita, a primeira e a última.

— Sua irmã agora é uma alcoólatra, está nos causando problemas, vamos leva-la a uma clínica de reabilitação, uma garota de dezesseis anos em uma clínica de reabilitação.

— Essa é uma decisão de vocês, não minha, não me envolva, não quero minha irmã mais nova me odiando.

— Então é isso, seis anos preso, jogou parte de sua vida fora.

— Isso importa pra você? Você passou parte bem maior de minha vida longe, não tem direito de falar sobre ela.

— Então vai ser assim, vai me odiar, quando dormir a noite vai dizer que a culpa de você  tá aqui é minha!

— Se você não tivesse ido embora, e me feito me tornar adulto muito novo, eu não estaria aqui!

— Se você isso… se você aquilo, realmente se não fosse por mim você não estaria aqui, provavelmente morto.

— O que quer dizer?

— Você sempre disse que não sou seu pai Tyler, você está certo, você quer saber? Eu não sou seu pai, seu pai esta morto.

— Que merda você ta falando?

— Sua mãe tem uma irmã, que era casada com um traficante, quando ela estava grávida de você ele foi morto pela polícia, sua mãe não podia cuidar de você, ela não tinha condições emocionais, nem financeiras para cuidar de uma criança, então eu peguei você, pra não te deixar se tornar como o merda de seu pai, mas aqui estamos, eu me lembro que uma vez eu tava em uma mesa dessa com seu pai, era ele em seu lugar, você é como ele, não há como mudar.

Tyler não sabia o que dizer, lágrimas desciam sobre seu rosto, ele não podia acreditar.

— Antes que pense que sua mãe te abandonou, eu não deveria te contar, mas vou, quando você estava morrendo, uma mulher te ajudou, ela era sua mãe, ela tinha prometido a sua mãe de criação que não te pegaria de volta porque ela não o tinha criado. Enfim garoto, você estava certo o tempo todo você não é meu filho.

O senhor Foster saiu pela porta, sem esboçar sentimentos, enquanto Tyler chorava ali, sem reação sentado, na cadeira, com as mãos presas a mesa. Sua vida não teve sentido, tudo uma puta mentira. O que Tyler pensava era “agora eu sei, se realmente vivo ou se apenas existo”.