Adventure Hunter escrita por Jan


Capítulo 12
Passado!




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Eu estava puto da vida, não sabia mais para onde eu iria, não sabia pra onde eu queria ir, não sabia o que eu queria fazer, tudo era mais confuso, tudo era confuso para mim, eu não sabia mais o que eu queria.
Sempre era a mesma coisa, sair de casa fazer merda, voltar pra casa brigar, e voltar a fazer merda, eu não tinha sonhos em minha vida, não tinha ambições, não tinha motivos pra viver, não tinha metas a conquistar, não tinha mais fé, eu estava me deixando esvair, minha vida estava escorrendo pelos vãos de meus dedos e o problema é que não me sinto mal em falar isso, minha vida não tinha mais sentido, eu que sempre vivia agora estou apenas existindo.
E como sempre eu voltaria a fazer merda, arrastei o carro, acelerando, eu poderia morrer na primeira curva virando o carro propositalmente, ou poderia me jogar de uma ponte, ou bater em um poste, mas me matar não era uma escolha, não sou do tipo que faz essas coisas, então apenas segui.
“Vou encerrar minha carreira com esportes perigosos e brutais, não vou praticar mais, chegou a hora de fazer minha vida mesmo!” Eu pensava, mas antes tinha que me aposentar antes, fazer minha última proeza. “Eu comecei com o Parkour, vou terminar com o Parkour.”
Ali eu dirigi para o outro lado da cidade, acelerando a toda, atravessando sinal vermelho, faixa de pedestre, claro que iria chamar a atenção da Polícia mas não me importava, estacionei o carro em um beco e fui para o ponto de encontro, provavelmente já estariam correndo, já que tinha passado da hora, eu estava atrasado apesar de não ter marcado hora, eu escutava o som da viatura de se aproximando, e isso lembrava o tempo que eu corria, subi o muro, e entrei no prédio em reforma, lá em cima tinha um pessoal sentado, comendo, todos de Tênis, o único conhecido meu era o Raul, que é o “líder” era estranho já que o pessoal que eu conhecia já não estava mais ali.
– Raul! - Me aproximei de braços abertos para um abraço.
– Tyler! - Com um sorriso no rosto ele me abraçou.
– Estava morrendo de saudade dessa merda mesa de lugar, cadê o pessoal.
– Você é a última pessoa que eu imaginava aqui…- Ele hesitou um segundo em falar. -Todos estão presos.
– Presos?- Me assustei com o falado- O que aconteceu?
– A gente estava trabalhando de fazer entregas, como éramos rápido, e não éramos parados por sinais, pessoas, engarrafamentos estava dando tudo certo… até que enviaram cinco caixa mandei os cinco irem buscar, cada um com uma, era pra eu ter levado às cinco no carro, mas não levei, era uma armadilha, tudo armado, pra mim, a polícia mandou eles pararem quando estavam correndo, como eles não desconfiaram, eles foram, a polícia abriu a mochila de cada e achou uma caixa de cocaína que tinha sido apreendida a dias atrás e tinha sumido da delegacia, todos presos.
– Que merda véi, algo que eu faça pra ajudar?
– Não, mas enfim, o que está fazendo aqui? Pensei que estava morto, você virou recentemente um carro num racha não Foi?
– Até você viu isso?- Ri- Virei sim. Raul, é que eu vou encerrar de vez minha “carreira” -Fiz aspas com os dedos- de esporte , e nada melhor que encerrar com o que comecei, então o que acha posso correr com Você?
– Claro meu Mano, só se junte a nós, coma, se alongue, se enturme um pouco, para corremor juntos.
– Acho que você não entendeu, quando entrei tive que correr contra um dos corredores para ser aceito, para sair quero correr contra você, é a ordem, você sabe!
– Você não vai ganhar, você sabe!
– As regras não dizem que eu tenho que ganhar!- Sorri.
– Então está feito, vamos correr hoje! Eu contra Tyler!- Todos sentados gritaram e levantaram as mãos, depois voltaram a comer.
Eu fui para um tipo de escritório quase vazio se não fosse pela janela de vidro e pela mesa junto a ela. Aquele lugar estava em reforma pelo governo e tinha sido abandonado, mas eu gostava dali.
Comemos algumas frutas e uns cereais que estavam sobre a mesa, demoramos um pouco para comer, já que conversávamos e lembramos os velhos tempos, as merdas que fazíamos e falamos, era muito bom lembrar, tempo que não voltaria mais, eu sabia que quando a corrida se iniciasse nós não conversariamos, aquilo era tenso, a decisão que eu tinha tomado internamente, essa mudaria minha vida, eu iria embora.
Depois de um tempo, nos alongamos, nos preparamos, e começou, a corrida, a nostalgia de fazer aquilo era intensa, minha mente cheia de lembranças, Raul era claramente, mais ágil, mais rápido, conhecia mais manobras, tanto que ele estava me humilhando, então eu decidi fazer uma burrice, eu pulei a cela, a cela era o lugar onde tinha a maior distância entre um prédio e outro onde nenhum de nós tinha pulado ainda, e embaixo ficava viaturas estacionadas, eu tinha fé que ia conseguir, mas não consegui eu caí em cima de uma viatura, por sorte o prédio era baixo, eu vi por uma última vez, o rosto do Raul olhando pra mim caído de cima, e voltando a correr.
Eu levantei cheio de dor e sai correndo. Entrando em outro beco, e me escondendo atrás de uma lata de lixo, eu tinha escutado um policial falar. “Aquele garoto que fodeu com a viatura não é aquele que quebrou uma viatura ontem a noite, com barra de ferro, procurem ele, e prendam-no!”
Que maravilha a polícia estava atrás de mim, e aos poucos o que eu tinha feito em meu aniversário voltava a mim, como eu e o Daimon e o Jackson correndo em direção a um local gradeado. Depois de cada um pegando uma barra de ferro que estava ali para ser soldado para fazer alguma coisa, e a gente batendo e quebrando uma viatura, e em seguida a gente quebrando as câmeras, estávamos mais fodidos do que nunca.


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