Companheiros de Sangue escrita por SherlockAPT


Capítulo 1
Prólogo




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COMPANHEIROS DE SANGUE

Prólogo

 

(Los Angeles, California, 19:50h)

 

—Ok. A gente está preso nesse trânsito já faz cinquenta minutos!(exclama a ruiva de cabelos até os ombros, enquanto ficara inquieta no banco de trás olhando para fora da janela)

—Calma, Amelia. Você e o Dylan aí atrás tiveram sorte que eu tinha duas toalhas para poder colocá-las na janela. Se não 'bye, bye' a pele de vocês(diz Richard, com as mãos apertando o volante)

—Pois é. Pelo menos não tivemos que vir abaixado como o Elliot aí na frente, hahahaha! Se alguma viatura policial nos parasse e o visse aí abaixado sem motivo nenhum, seria com certeza uma situação bizarra pra ele(diz Dylan, arrumando o chapéu preto em sua cabeça enquanto se inclinava para espionar o Elliot no banco de passageiro com um sorriso no rosto)

—Da próxima vez vai ser você que virá aqui na frente, hein!(exclama Elliot, enquanto se vira para trás com uma expressão atípica das noites de passeio) Por quê você não coloca uma outra toalha aqui no vidro da frente? Só deste lado?(acrescenta ele apontando para à sua frente)

—Não, eu não vou fazer isso!(grita Richard, enquanto soltava suas mãos do volante e começara a apalpar por baixo do banco) Qualquer policial acharia estranho demais tampar um lado do vidro da frente só por conta da luz do Sol, não acha?! Aí sim você quer nos entregar que somos vampiros, idiota!

—Que saco(murmura Elliot, após escutar aquele sermão. Em seguida, se vira para o lado de sua janela com uma expressão de desgosto e infelicidade, como a de um garoto de 5 anos após levar uma bronca do pai. Alguns segundos depois, em meio ao silêncio que pairava no carro, ele olha novamente para Richard, agora em direção às suas mãos na espera de algo surgir nelas) E aí, achou?(indaga ele ao cerrar seus olhos para enxergar melhor por baixo do banco de Richard)

—Não...(responde Richard, enquanto passava as mãos inúmeras vezes por baixo do banco) Onde está essa merda de bolacha??!

—Ah, não. Eu esqueci as sacolas em casa(pronuncia a ruiva, enquanto passara as mãos por cima dos ombros ondulando algumas mexas de seu cabelo) Foi mal

—Puta merda... Eu estou com fome! Não posso ficar esperando chegarmos na merda desse bar, Richard!(exclama Elliot, passando a mão por sua testa, que começara a escorrer gotas de suor e as compilando em seu cabelo loiro-prateado)

Não é nada fácil ser o único vampiro do grupo que não tem problemas com a luz do Sol. O vampiro loiro e infantil ao meu lado se chama Elliot Cumgrave. Ele tem 382 anos, por ser o mais novo do grupo eu acabo tolerando as babaquices dele. A não ser quando ele deixa a porra da toalha molhada em cima do sofá todos os domingos, enquanto tem duas prostitutas deixadas em um mesmo sofá. E em seguida ele se agarra às duas para dormir. Essa cena deixaria qualquer físico quântico com os cabelos em pé.

A ruiva, que está nos bancos de trás, se chama Amelia Boyle e tem 425 anos. Mesmo sendo 5 anos mais velha que eu, ela é a que mais tem pique para aguentar todas as bebidas das festas e nas gincanas que fazemos em nossa casa. Quase sempre que a policia é noticiada de que há problemas na nossa rua, é por conta de alguma merda que ela causa nas festas. E mesmo enquanto bêbada, ela consegue parecer mais sóbria do que o restante de nós que estamos sóbrios de verdade. E é com certeza o pilar de nós quatro. Sem o otimismo e confiança dela, talvez teríamos feito muita merda maior. Ou estaríamos mortos. Ah, e faz uns 3 meses que ela se divorciou de um vizinho humano nosso chamado Bill. Coitado, o namoro durou 6 meses, e ele por fim, nem descobriu que ela é uma vampira.

Esse lance todo das toalhas no vidro, por sorte, nunca se tornou um problema pra nós. Deve ser uma tolerância automática vinda dos policiais á paisana nas rodovias e estradas, já que o calor da California castiga qualquer um até mesmo dentro de suas casas com dois ventiladores ligados num ambiente só. E com esse contexto todo, já tenho me desculpa caso algum policial nos pare por achar estranho toalhas tomando conta dos vidros. Ah, eu não preciso já que sou o único que não sofre desses problemas com luz do sol. Nem mesmo com crucifixos, alhos, água benta, estacas de madeira; e também consigo me ver no espelho. Outro dia desses, em um bar, eles me perguntaram qual era meu segredo pra conseguir ser imune a tudo isso. E eu respondi: ''O segredo está em uma balada no sul de Miami no qual frequento há um ano. Algum dia os levarei para lá também''. E cá estamos indo para um bar na primeira parada, e na segunda os levarei pra conhecer o meu segredo.

Ah, e antes que eu me esqueça, o vampiro que tem cabelos negros longos e que usa um chapéu preto com uma fita vermelha em volta se chama Dylan Gainsbourg. Ele tem 490 anos, e é isso que me preocupa muito. A estimativa de vida de um vampiro é aproximadamente 500 anos. Mas o quanto esse cara bebe de sangue me deixa aliviado demais, ele tem que ser o mais saudável de nós, porque se não: então não sei quem deve ser.

—Quer algum dinheiro pra comprar algo naquele mercadinho atravessando a avenida?(questiona Richard, enquanto olhara Elliot com uma cara de pena)

—Tá... Pode ser então...(responde Elliot, agora ansioso pela ideia de Richard e estendendo sua mão na direção do mesmo)

—Vê se não demora, porque podemos andar à qualquer momento, ok?(exclama Richard entregando o dinheiro para o jovem vampiro)

—Ok(responde rapidamente ele, abrindo a porta do carro e batendo-a por conta da empolgação)

—Espero que ele não faça merda como da outra vez(sussurra Amelia, enquanto cruzara os braços e deitando sua cabeça no banco do carro)

—--CONTINUA


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