A Vingança escrita por Samantha


Capítulo 9
Desistir, e Esquecer!


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada, meninas!
Boa leitura!



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A Vingança

Capitulo

Desistir, e Esquecer!  

Confúcio já dizia: Antes de sair em busca da vingança cave duas covas...  Victoria nem percebe a pessoa que a observava. Confiava tanto em sua descrição que nem percebe que Estevão se aproximava mais e mais da verdade. Ele saiu do carro e se escondeu entre as arvore e a viu abraçando um homem que aparentava uns sessenta anos. Estevão observa os dois entrarem na casa, que parecia está em ruinas. Pensou em se aproximar mais foi impedido quando outro carro parou.  Estevão sabia que seria impossível descobrir quem eram aquelas pessoas pelo menos naquele momento, como não queria ser surpreendido por Victoria, decide pegar a estrada e investigar com seus próprios métodos.

Ele pega a estrada, e percebe o quanto estava sendo tolo...  Seguir uma mulher, e sentir essa necessidade absurda de descobrir mais sobre ela. Além de patético era sem nenhum sentido, mas algo gritava dentro dele, para prosseguir com essa loucura. E Estevão não estava disposto a desistir.

 

Victoria deixou Eduardo e Regina aproveitaria esses raros momentos de intimidade, entre pai e filha. Antes mesmo do nascimento dela o pai pagava por um crime que não cometeu. E ela como Victoria ficou desamparada e teve que passar a infância entre lares adotivos e orfanatos. Fazia apenas quatro anos que Regina estava morando com Victoria, mas os laços que as unia era tão forte quanto os de sangue.

— Vitoria, onde você está? _ Chamava Eduardo, que segurava uma checará de café.

— Estou aqui. _ Victoria segue ao encontro de Eduardo.

— Você me parece preocupada, dês que chegou parece que precisa desabafar. O que está acontecendo?

— Você me conhece, melhor que eu mesma. _ Victoria senta em uma cadeira de balanço, seu olhar estava pedido, assim como ela.

— O que houve?  _ Pergunta Eduardo, sentando ao lado dela.

— Eu não sei...  Eu queria poder dizer mais eu não sei o que acontece comigo. Estou cheia de duvidas, e medo. Eu me pergunto se continuar com tudo isso vai me fazer feliz, se eu vou ter alguma paz. _ Disse isso com os olhos lacrimejados. _ Sabe Eduardo eu nunca tive duvida nenhuma, sempre soube que precisava destruir Estevão, mas agora eu não sei se isso vai me bastar. E se quando tudo acabar, quando eu conseguir provar sua inocência e ele estiverem atrás das grandes o que vai me sobrar?  _ Victoria deixa o olhar se perder na vasta imensidão de arvores.

— Ter duvida é normal, eu me espantaria e se não as tivesse.

Victoria sabia que isso ia além de duvidas, era como se o que ela fizesse fosse errado e injusto.

— Eu não sei se posso continuar talvez o melhor seja esquecer, nós podemos fugir. _ A voz de Victoria tinha um desespero.

Eduardo se assustou com a mera possibilidade de Victoria desistir, ela era o único motivo dele está vivo. Sem nenhuma utilidade o que Miguel faria com ele... Ele não poderia deixar isso acontecer.

— Victoria. _ Ele se ajoelha ficando com as mãos no joelho de Victoria. _ Se você se acha capaz de deixar o assassino dos seus pais a solta, vivendo feliz, enquanto você se tortura todas as noites com o pesadelo daquele maldito dia, eu serei o primeiro a te apoia. Mas eu acho que você, nem mesmo eu, ou Regina vamos conseguir seguir em frente. Nós merecemos colocar um fim nisso, e você é a única que pode conseguir.

— Esse é o problema, eu não sei se consigo... _ Ele me beijou! _ Disse Victoria em prantos.

— Mas isso é ótimo! _ Disse Eduardo com entusiasmo.

Victoria o encara como se ele acabasse de falar o maior disparate que ela já ouviu.

— Ótimo?  Você só pode ter enlouquecido!

— Victoria, ele confiando em você tudo pode ser mais fácil, você terá acesso à mansão, e a vida dele, a vida pessoal.  Seja o alicerce de Estevão e quando você conseguir o que precisa, o destrua. _ Eduardo falava como se tivesse descobridor o pote no fim do arco-íris.

— Jamais! Eu nunca seria tão baixa... Isso é sujo e eu me odiaria para sempre se tivesse... _ Victoria nem ao menos conseguia dizer as palavras, só em pensar na possibilidade de fingir uma relação amorosa com Estevão, fazia seu sangue gelar.

Como fingir sentir algo, se o que ela necessitava era esconder o que sentia esconder de si mesma e do mundo.

— Eu sei que isso não será fácil, eu seu o quanto a ideia é repulsiva, mas a confiança dele é o que você precisa. _ Diz Eduardo tentando convencer.

— Eu não ganharei a confiança dele, indo para cama. Eu não sou esse tipo de mulher! Você me ofende só em pensar que eu seria capaz de concordar com algo tão sujo.  _ Diz Victoria levantado, e se afastando de Eduardo.

— Me desculpe! Estou tão desesperado...  A solidão desse lugar me faz sentir sozinho e às vezes penso que nunca deveria ter fugido da cadeia.

— Não diga isso... Eu sei que é difícil, e se fosse seguro, eu o levaria para minha casa, mas tenho medo. Quem sabe eu possa manda-lo para outro país. Será mais fácil, você vai poder sair e se distrair?  _ A raiva pela as coisas dita por Eduardo acaba passando, o que Victoria sentia era pena.

— Não, aqui pelo menos me sinto mais perto de você e Regina.

— Tudo bem! Eu prometo que vou resolver isso, prometo que vou devolver sua liberdade.  Eu o devo tanto! O que você fez por mim, eu nunca conseguirei pagar. _ Victoria toca o rosto de Eduardo com afeição. _ A mulher que eu me tornei eu devo a você, e não desistirei, não posso fazer isso com você nem com meus pais. Mas vou usar de métodos limpos, sem causar danos desnecessários. E principalmente sem precisar usar de golpes baratos e baixos.  _ Diz Victoria

 _ Tudo bem o que pretende? _ pergunta Eduardo

— Primeiro, eu preciso de um novo detetive, o que eu contratei antes deixou de descobrir coisas importantes.

— Como o que?

— Não é nada tão importante. Apenas que Estevão não é o pai da Isabel. _ Diz Victoria com o desinteresse.

— Mas isso é um grande trunfo. Você pode se aproximar dela, tornar amiga, e quando ganhasse a confiança você daria um jeito dela saber a verdade sobre paternidade. Ser a pessoa mais próxima dela pode ser uma grande arma, imagina quanto segredo ela pode saber ou ter ouvido algo que possa te ajudar a prender Estevão.

Victoria ódio essa ideia. Não gostaria de usar uma adolescente em seu plano.

— Não sei... Ela é só uma adolescente, não é nem maior de idade. E não tem culpa pelo pecado do pai.

— Sempre vai ter danos colaterais. Você sabia disso! O pai dela não se importou de matar seus pais na sua frente, e você era muito mais nova que ela. Então faça o que tem que fazer! Não você, eu e Regina seremos os únicos danos colaterais.

As palavras de Eduardo era como ter uma arma na cabeça de Victoria, ela se sentia obrigada, a terminar o que começou.

— Eu sei! Não se preocupe, eu vou terminar o que comecei! _ Victoria se sentia mais irritada, cada estratégia que Eduardo mencionava deixava enjoada... Era como se tudo tivesse mudado, era como existisse dois anjos dentro dela, um a mandado parar, e outro mostrado que ela tinha o dever de continuar.

Dia Seguinte.

Empresa San Roman

Victoria chegou à empresa mais cedo, queria tentar encontrar algo que ajudasse. Queria acabar logo com tudo, e ficar assim o mais longe possível de Estevão.

Aproveitou que seu “inimigo” não estava e decidiu vasculhar sua mesa e seu computador. Como já era esperado o computador tinha senha, ela tentou varias alternativa, mas nenhuma deu um bom resultado. Ela resolveu tentar encontrar algo útil entre os papeis. Encontrou uma graveta fechada, e uma esperança logo surgiu em seu olhar, mas logo a esperança tornou-se pânico. Quando a porta é aberta...

— O que quer na mesa do Estevão. _ Pergunta Rebecca com arrogância.

Victoria sente a petulância e arrogância no olhar de Rebecca, isso não a incomodou, mas a intimidade como ela falou o nome de Estevão deixou Victoria aborrecida.

— Você quer dizer o que eu faço na mesa do seu chefe! _ A corrige.

— Meu chefe, e meu namorado! _ Diz Rebecca

Victoria da um sorriso sarcástico, como se na tentativa de esconder um sentimento que nem ao menos deveria sentir.

— Não fui informada que vocês dois eram um casal. Mas acredito que nesse momento quem me fez a pergunta não foi à namorada, ou me engano?

— Somos um casal, independente do lugar. _ Dispara Rebecca.

— Interessante! _ Victoria sorri. _ De verdade Rebecca, não me interessa se foi à namorada, ou a funcionaria do senhor San Roman que me fez a pergunta... O que eu procuro aqui é assunto meu. Agora, por gentileza saia da minha sala.

— Mas breve do que você pensa eu serei a senhora San Roman, acho que deveria começar a me tratar como tal. _Declara Rebecca.

— Parabéns, pelo noivado! Mesmo sendo a futura senhora San Roman eu peço por gentileza que se retire da minha sala.  

Rebecca ia saindo irada da sala...

— Rebeca. _ Chama Victoria. _ Sobrenome nenhum faz uma mulher, melhor ou pior. E só um sobrenome!

Rebecca apenas vira e sai, batendo a porta com toda força possível.

Victoria volta pra sua mesa, apenas perdeu seu tempo, procurando por algo que nem mesmo ela sabia que existia.  Qual assassino guardaria prova contra si mesmo.

Novamente a porta é aberta, mas agora por Estevão que estava com uma expressão muito seria.

— Por que maltratou Rebecca? _ Pergunta Estevão

— Eu o que?

— Você me ouviu! _ Afirma Estevão.

— Sim, é claro que eu ouvi... _Victoria falava e sua voz vai ficando mais seria. _ Eu não maltratei ninguém, apenas pedi que sua secretaria por gentileza saísse da minha sala. Isso é maltratar?

— Não foi isso que ela me falou...

— Foi isso que aconteceu, e pouco me importam se você acredita ou não.

— E difícil acreditar em alguém que mente tanto! Chego a me espantar com a facilidade que você tem em mentir! _ Dispara Estevão.

— O café da manhã deve ter lhe feito, já está delirando! _ Victoria diz isso, mas seu instinto dizia que algo bom não sairia dessa conversa. _ Quando menti pra você?

— Acho que a pergunta correta é quando você disse a verdade? _ Estevão senta de frente para Victoria. _ Por que mentiu que era casada?

Victoria sentiu que seu coração disparar... O que mais ele sabia? Pensou em continuar com a versão, mas pelo jeito que Estevão a olhava isso seria como suicídio. Então ela resolveu e pelo caminho certo, se aproximar o mais possível da verdade.

— Como soube? – Pergunta Victoria.

— Não foi tão difícil, mas isso não interessa.  Por que mentiu?

— Eu me sinto casada... Foi por isso que disse! _ As pessoas podem morrer mais sempre deixam grande parte com as pessoas que ama. Às vezes planos, ou sonhos não realizados, momento, até mesmo um dever de que a justiça seja feita. _ Victoria sabia que estava sendo mais sincera que o necessário.

— Eu sinto muito Victoria, sinto muito que seu marido tenha morrido! Mas você poderia ter sido sincera eu entenderia. Eu fiquei aborrecido, e cego de raiva, e acabei fazendo algo errado e agora eu terei que concertar.

— O que você fez? _ Pergunta Victoria curiosa.

— Não importa! Foi algo estupido e errado. Pensei que fazendo isso poderia tirar você da cabeça, mas isso se mostrou tão inútil, você é a coisa mais irritante e linda, e perturbadora que já entrou na minha vida... E eu não consigo tirar você da minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Aguardo a opinião de vocês!
Beijos



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