A Vingança escrita por Samantha


Capítulo 11
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, semana puxada...
Espero que gostem, feito com todo carinho pra cada uma de vocês!
Boa leitura.



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A vingança

Capitulo

Ameaça 

Você não gostaria de subir, e olhar o apartamento comigo?  Eu sou péssimo, em detalhes.

Estevão sabia que Victoria iria recusar, ela sempre fugia na primeira oportunidade. Mas não custava tentar. Ele foi surpreendido quando ela respondeu que sim.  — Essa mulher realmente é imprevisível. _ pensou ele.

 

— Victoria, você realmente é o ser mais imprevisível que eu já conheci. _ Diz Estevão. _ Acho que é isso que mais gosto em você, eu nunca sei qual será sua reação em relação a nada.

— Era isso que você deveria temer! _ Declara Victoria, seu tom de voz era ameno, não havia ameaça, talvez um aviso, que com toda, certeza seria ignorado. 

— Eu adoro um perigo, Sandoval! Principalmente um tão bonito. _ Estevão diz isso dando uma piscadela para Victoria.

Victoria engole a seco, e os dois entram no prédio.  Ao pegarem o elevador, o silencio é cortante. Até que Victoria o rompe.

— Então Estevão, como foi morar tanto tempo fora... _ Victoria  queria mesmo perguntar onde ele estava, na data do assassinato dos  seus pais. Mas essa pergunta teria que esperar. Afinal ela ainda precisava manter a verdade escondida.

— Foi solitário! Fiz bons amigos, mas uma família faz falta...  E  você, como foi sua vida.? Com quem ficou quando seus pais morreram... _ Estevão diz isso, e no mesmo momento lembra-se do homem que abraçava, talvez fosse um familiar... _Pensa ele.

Antes que Victoria respondesse o elevador, para no andar desejado. Victoria não queria falar sobre sua vida, mas como ela necessitava saber mais sobre o passado de Estevão era justo ele saber o dela, pelo menos o que fosse possível dizer.

— Foi normal, solitária também! Tive um tutor, que na verdade nunca se importou comigo, gastou tudo que pode dar minha herança e depois sumiu. Fiquei dos quinze aos 18 vagando de um lugar, pra outro... _ Victoria se surpreende com ela mesma, as palavras pareciam dançar em sua boca, ela tinha uma facilidade tão grande em falar com Estevão, principalmente quando se tratava da verdade.

Os estava parado, frente ao apartamento. Estevão nota, que Victoria, em nenhum momento ficou emotiva ao falar de um passado, tão difícil.

— Você é uma mulher forte! _ ele pega a mão de Victoria. _ Eu sinto muito, por tudo que você passou. 

O toque de Estevão faz um arrepio excitante percorrer o corpo de Victoria. O inconsciente de Victoria a manda beija-lo, e por um momento ela pensa em o obedece-lo.  Mas consegue com uma dificuldade extrema se libertar dos dedos de Estevão que já estava entrelaçado com o dela.

— Vamos entrar... _ Victoria diz isso rompendo o clima que já se instalava entre os dois.  — Meu Deus, talvez tenha sido um erro, ficar a sós com esse homem, e mais difícil a cada dia. _ Pensa Victoria.

— Vamos!

Estevão abre a porta, o apartamento era clássico, a sala era espaçosa, as paredes brancas dava uma sensação de paz, tinha uma janela de vidro, que cobria metade  de uma parede, dando uma vista espetacular. O apartamento estava todo mobiliado, o corretor caprichou em cada detalhe, abastecendo até o bar, com vários vinhos importados.

— E lindo apartamento! _ fala Victoria, indo até a janela e observando a vista para um parque.

— Gostou?

— Sim...

— Poderia vim morar comigo! _ Diz Estevão, erguendo uma sobrancelha para Victoria.

— Não seja tolo, por favor!

— Se isso funcionar... Eu posso ser o que você quiser! Seu escravo, seu súdito ou seu marido! _ Uma sombra de um sorriso toca os lábios de Estevão, ao vê a reação exagerada de Victoria.

— Foi um erro, eu tentar ajudar você! Acho que você consegue se virar com os detalhes. _ Victoria tenta pegar a bolsa, que estava no sofá.

Estevão a impedi...

— Me desculpe! Só estava brincando. Fique por favor! _ Pedi Estevão. _ Prometo não pedi-la em casamento, pelo menos por hoje!

Victoria solta à bolsa, deixando apenas Estevão com ela...

— Próxima gracinha, eu vou embora!

Os dois ficam conversando e conhecendo o restante do apartamento. Victoria consegue poucas informações sobre Estevão, mas alguns serão úteis. Os dois chegam até o quarto principal...

— Acho que quarto é algo muito pessoal, melhor você olhar sozinho. _ sugere Victoria.

— Ah Victoria, você já entrou em um dos meus quarto... Não seja boba, entre! _ Estevão, puxa com delicada e os dois deslizam para dentro do quarto.

— Espaçoso! _ comenta Victoria.

— Gostou? Eu gostei... Principalmente da cama... _ Estevão já estava jogado na cama. Ele deita com os braços apoiado na cabeça.

Aquele Estevão despojado, à vontade... Fazia Victoria se sentir tonta.

— Vem, experimente! Deite aqui...

— Acho melhor eu ir... Já está tarde... Tenho varias coisas para resolver. _ Victoria evitada olhar para Estevão.

— Ah, por favor! Não precisa inventar desculpa, sei que você sempre foge de mim... Ou talvez fuja do seu desejo de estar comigo.

— Você é tão prepotente! Acha que todas as mulheres tem o dever de cair de amores aos seus pês. Pois que fique claro, que eu não serie uma dessas.

— Você sempre, com suas respostas prontas...  Sabe que cada dia que convivo com você eu vejo que cada movimento seu é programado. O jeito que fala, e que agi.  E como se fosse uma maquina programada para prestar um serviço.  _ Estevão levantasse.

— Dizer a verdade agora, é ser programada?

— Não, você não conhece a verdade, e se conhece não tem o hábito de usa-la. _ As palavras eram sussurradas. _ Você pode ir embora, para seus compromissos, mais antes disso eu vou beija-la.

Estevão a segura em seus braços. Não havia luta, ela queria tanto quanto ele esse beijo... O hálito dele embriaga-a de tal maneira que a mesma é que toma iniciativa. Victoria o beijava timidamente. Suas mãos segurava firme o rosto de Estevão. O sangue em sua veia fervia. Mil coisas passavam em sua mente, mas a principal que seu inconsciente gritava, era... Não se entregue ele é seu inimigo, não se entregue. Ela se afasta e o encara...

Nosso amor é uma vereda onde a lua se derrama
Somos lenha e labareda uma paixão em plena chama
Sei que a vida tá brabeira tanto amor na corda bamba
Que a alegria é passageira frágil como porcelana
É as vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......
Ai, ai, ai, ai, ai,

É as vezes tudo é lindo ás vezes tudo engana.....mas
Basta um beijo teu e eu......
Ai, ai, ai, ai, ai,

— E uma ótima casa! Talvez devesse comprar. _ Sugeri Victoria.

— Foi um ótimo beijo, talvez devesse aceitar meu pedido... Case comigo! _ Estevão não contém o sorriso.

— Já tive experiência de beijos muito melhores e nem por me casei. A única vontade que seu beijo me desperta é a vontade de ir embora. _ Victoria caminha em direção à porta. _ Um ótimo dia pra você, senhor San Roman.

— Um ótimo final de pra você também! _ Responde Estevão. _ Espere, pedi Estevão.

— O que quer agora?

— Minha mãe a convidou para um jantar, ela quer conhecer a nova sócia. Sábado, as 20h00min... Vou esperar por você!

— Diga a sua mãe que eu não vejo a hora de conhecê-la. _ Compre um vinho descente, por favor! _ Diz Victoria com sarcasmo.

— Pode deixar senhora Sandoval!

Victoria chega ao apartamento em que mantinha todas as informações sobre Estevão. Tinha fotos da família San Roman, mas principalmente de Estevão, cada passo dele, durante anos. Era um dossiê, muito bem organizado. Com datas, e até mesmo uma pequena pesquisa da vida de cada um que Estevão convivia.

O que eu deixei passar? _ perguntava Victoria olhando as fotos na parede. Tem algo muito errado, ou será apenas meu desejo que me confunde. Meu Deus me faça tirara-lo da cabeça. Faça-me ter novamente o controle. O pensamento de Victoria é interrompido, por  Regina.

— Oi minha querida! Que bom que chegou...

— Ah, eu consegui o que você pediu... _ Responde Regina.

— O que? _ pergunta Victoria.

— Uma copia do exame... Esqueceu?

— Ah claro, que bom que conseguiu. Mas não será útil, pelo menos não agora. Como conseguiu?

— Digamos que eu tenho um amigo no hospital que Heitor faz tratamento, e claro que foi lá que Estevão descobriu que  não é pai biológico da filha. Agora é só esperar.

— Esperar, é isso que tá me matando... Eu não sei qual será meu próximo passo... Eu não tenho nada que incrimine aquele...

— Nada de pessimismo... Hoje eu estava hoje ouvindo as escutas que você colocou na mansão daqueles infelizes... E adivinha... Descobri algo.

— O que você descobriu? _ O medo percorreu a corrente sanguínea de Victoria. Mesmo tento a certeza que Estevão é culpado, algo dentro dela torcia que um milagre acontecesse e não fosse ele.

— Aquela asquerosa, da Luciana. _ Regina faz cara de nojo ao pronunciar o nome. _ Está sendo ameaçada...

— Como assim ameaçada, por quem, por quê?

— Me deixe terminar... Não deu pra entender bem. Sei que ela recebeu flores, e nessas flores tinha um bilhete, que dizia que o fim dela se aproximava... Ela ficou bem louca, quebrou coisas, o barulho era horrível. Os empregados que sofreram depois. Coitados!

— Quem será que mandou? E o que ela fez...

— Ligou para alguém, uma ligação misteriosa. Ela queria saber o paradeiro de alguém chamado Miguel...  Mas ai o chato do neto chegou e ela desligou.

— Miguel nunca ouviu esse nome. Precisamos de mais informações. Eu sei que eu não devia te pedi isso, mas quero que você se aproxime de Heitor... Ele e avo têm uma ligação forte, talvez ele saiba de algo.

— Serio? Aquele garoto é insuportável...

— Eu posso dar outro jeito.

— Eu vou fazer isso. Não será difícil, ele não parece um cara que tem muitos amigos. Agora vamos jantar, reservei uma mesa no seu restaurante favorito. Vamos relaxar...


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