A Aventura de Jeanne D'Arc a 10ª escrita por TyllerYang


Capítulo 18
Capitulo 17




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/728058/chapter/18

No vasto território do leste, o reino humano prosperava calmamente na superfície, enquanto ocultava toda a escuridão da realeza, entre assassinatos, corrupções, planos, e tentativa de tomada da coroa. Como sempre é mencionado em várias histórias, o ambiente do palácio real pode ser mais tenebroso do que um campo de batalha sangrento, pois num campo de batalha o seu inimigo está visível ao empunhar uma espada para cortar a cabeça. Mas no palácio real, todas as tramas estão sempre ocultas nas sombras, e as vezes nem mesmo na hora da morte se sabe porque morreu, e quem foi o autor do ataque.

O reino humano era cercado por imensas muralhas brancas que eram revestidas com uma camada de magia que nunca deixava uma única sujeira permanecer. A cidade em seu interior era muito movimentada no primeiro dos 3 níveis, onde viviam os plebeus, que montavam suas barracas na rua vendendo suas mercadorias, os comerciantes abriam suas lojas para os residentes e forasteiros, com a ganancia de ter um pouco mais de lucro pelo dia. Perto da divisa entre o nível 2 da nobreza de baixo escalão como aristocratas, membros das guildas, e os soldados, existia a igreja da deusa da criação. Dentro da enorme construção dourada, um amplo espaço preenchido com vários bancos para os fiéis, seus vitrais com a imagem da deusa e seus anjos embelezavam o local, e lhe dava um ar sagrado. No altar, um homem de cabelos brancos e uma batina de padre dourada pregava os ensinamentos para todas as pessoas que ouviam devotamente. No interior da igreja, atrás de uma grande porta de madeira talhada com anjos, vários membros do clero estavam sentados ao redor de uma mesa redonda. E o de status mais alto, era um homem de aparência idosa de cabelos brancos que poderia enganosamente passar a imagem de um avô benevolente, mas em seus olhos estava a firmeza, confiança e inteligência de um líder. Esse homem era o papa da igreja da criação, que tinha convocado seus bispos e cardeais para uma reunião para anunciar a chegada do novo herói.

— Caros amigos, eu vos chamei hoje para anunciar algo muito importante. O herói desta era desceu ao mundo, e vive entre nós. – disse o Papa num tom calmo e recatado, mas suas palavras trouxeram espanto, e um tom de alegria aos homens que já imaginavam como poderiam tirar proveito disso, exceto um cardeal vestido com uma batina vermelha que era o braço direito do papa, que franziu a testa ao ouvir o tom que o papa disse isso.

— Sua Santidade não ficou muito feliz de receber essa notícia não é? Por que? – perguntou o cardeal vermelho ao papa que sorriu, ao adivinhar certo que seria o seu braço direito que iria adivinhar primeiro.

Ao ouvirem isso, os outros bispos e cardeais que falavam sem parar, em uníssono calaram a boca imediatamente e olharam diretamente para o papa que aguardava calmamente que o silencio voltasse antes de prosseguir.

— A revelação do oráculo descreveu que o convocado dessa vez é uma heroína do mesmo mundo do herói anterior que nos traiu depois que descobriu o que pretendíamos fazer com ele. Assim como ele, parece que a menina pediu diretamente a deusa para não ser enviada a nenhuma cidade humana, e preferiu ser deixada na floresta das sombras. E recentemente o espião que ordenei investigar a floresta e a garota, relatou antes de morrer que a menina escolheu uma deusa estrangeira para se alistar, e que em sua jornada de treinamento ela teve contato com a raça demônio. O que suponho, ela já deve saber os motivos da guerra de nossas raças, e nos evitará a todo custo enquanto estiver sob a proteção da deusa estrangeira. – disse o papa com um olhar frio de desagrado. Ele já sabia há muito tempo, quando o próximo herói iria descer a este mundo. Mas, não contava que dessa vez a menina fosse escolher se opor diretamente sem ao menos colocar um pé nas terras do reino.

— Mas sua Santidade, o que iremos fazer agora? A heroína deste mundo rejeita ser associada conosco de qualquer forma, e sem que ao menos possamos chegar perto, nossos métodos de controle não irão funcionar. Além disso, ela já teve contato com os demônios. – disse um bispo gordo com um olhar irritado, mas com a voz respeitosa.

— Não se preocupe, eu já tenho um plano para cuidar que essa menina seja obrigada por bem ou por mal a ficar sob o nosso controle, e o plano já está em ação. – disse o papa com um sorriso confiante ao elevar sua mão ao ar, e com balanço um círculo mágico de invocação surgiu no ar, e dele apareceu um pequeno macaco azul, que agora aumentava de tamanho e aos poucos transformou-se em um homem alto e forte, com músculos grandes e perfeitos com peitoral coberto de vários cabelos azuis que adornavam um ar meio selvagem. Estava vestido com uma armadura de couro que cobria todo o corpo bárbaro. Seus braços poderosos eram cobertos de tatuagens azuis, que seguiam uma linha pelo pescoço, e adornavam seu bonito rosto lhe dando um ar misterioso, junto de seus olhos e cabelos azuis longos que caiam pelas suas costas como uma cortina de seda cintilante. O rosto definido por faca era viril e sedutor, em sua orelha vários brincos dourados estavam presos, e sua boca dava um sorriso desdenhoso ao olhar para o seu invocador.

— Chamou invocador? – disse o homem macaco azul com um sorriso falso com um olhar acusador que tinha uma lasca de ódio pelo velho bastardo que o convocara como seu escravo.

— Uma simpatia como sempre não é mesmo Aran? – disse o papa com um sorriso irritante a Aran que internamente rangeu os dentes e controlou a vontade de explodir a cabeça desse desgraçado.

— O que você quer de mim agora? – disse Aran num tom ríspido com uma expressão fria sem demonstrar nenhum respeito ao velho, que incendiou o temperamento dos outros velhos na sala.

— Como ousa uma besta imunda como você não demonstrar respeito por sua Santidade! – disse o cardeal vermelho friamente com uma sede de sangue, que não fez Aran piscar uma vez.

Aran apenas o ignorou como se fosse um inseto, ao olhar diretamente para o velho vestido de branco que atuava como um discípulo da deusa, enquanto cometia enormes atrocidades em busca de mais poder.

— Como está seu relacionamento com sua mestra Aran? Já infundiu nela uma parte da magia da igreja em seu corpo? – perguntou o papa ansioso ao olhar diretamente em seus olhos como se pudesse ler sua alma, o que provavelmente poderia.

— Apenas um pouco, pois a magia da deusa estrangeira bloqueia sua magia, expulsando toda energia que não for similar ao da mestra. – disse Aran ao imaginar a cena do dia do contrato com a menina na floresta, e deixar o velho olhar em sua mente, que acenou a cabeça satisfeito.

— Não importa que seja apenas um rastro de magia ínfima, contanto que exista alguma magia da igreja em seu corpo, posso faze-la lentamente ser mais e mais influenciada por nosso poder, para ser nosso soldado mais forte. Pode ir agora. – com um aceno de mão, Aran sentiu sua visão desfocar enquanto olhava a cena daqueles velhos desaparecer enquanto fechava os olhos.

Quando Aran acordou, estava novamente na floresta das sombras como um macaco pequeno azul. Com grande agilidade achou a árvore onde encontrou sua mestra atual no dia em que ela surgiu do céu. Ele não poderia esquecer a cena divina de sua chegada a terra de Fleuma. Ele estava descansando num ramo de árvore oculto dos predadores, quando o ar a sua volta se encheu com uma magia sagrada e devastadoramente poderosa que caia do céu como um enorme cometa de luz dourada brilhante. Ao encostar na terra, toda a floresta das sombras que nunca permitiu que nem mesmo a luz do sol atravessasse as folhas, foi iluminada pela divindade da luz, e o que surgiu dessa luz, foi uma bela menina jovem, e ingênua que olhou para os lados aturdida e com um suspiro irritado resmungava alguma coisa. Aran então adivinhou que devia ter sido a descida do herói, depois de 50 anos. A menina começou a andar de um lado para o outro, enquanto observava seus arredores, e sempre se escondia entre os ramos de maneira desajeitada que o fazia rir secretamente. Para todos os moradores da floresta das sombras, as tentativas de esconderijo da menina eram risíveis e infantis. O macaco azul Aran continuou a observar com interesse a menina loira de olhos azuis, que observava o que os animais comiam, e só depois de confirmar ela aceitaria comer as frutas não venenosas.

Ao chegar da noite, ele viu a menina escalar para árvore onde ele estaria deitado naquela época, com várias frutas em seus bolsos. Aran não soube se era sua curiosidade para com aquela menina humana, ou se era parte culpa do plano daquele velho miserável que fez com que a magia em seu corpo detectasse a marca de herói da menina, que o fazia empurrar seu corpo para frente para ficar visível a menina que assustou-se, mas rapidamente começou a olhar para ele com curiosidade, tirando uma fruta que ele cobiçava com fome, e colocando perto dele e se afastando com medo de não assustá-lo. Apesar de ser um membro da tribo dos homens besta, ele achou divertido que a menina o tratasse como um macaco comum faminto, e jogou junto da menina pegando a fruta depois de olhar para ela e comê-la. O tempo passou, e a cada fruta que a menina deixava cada vez mais próxima dela, Aran se aproximava inocentemente mais e mais, quando sentiu um toque suave e delicado em seu pelo azul, e olhou para a menina que tinha um sorriso de anjo, e deixou ela continuar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Aventura de Jeanne D'Arc a 10ª" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.