—Jonathan, o que você quer?

—Por que você acha que quero algo?

—Porque são – ela olhou um instante para o relógio pendurado elegantemente na comoda que ficava ao lado da cabeceira da cama— cinco e meia da manhã e você esta no meu quarto, então o que quer ?

—Preciso mesmo falar?! 

Então um silencio se fez presente enquanto ambos se olhavam, mas Melissa cortou a conexão enquanto tirava os saltos e os adereços que usava, e Jonathan acompanhava cada movimento dela, por minimo que fosse, aquela mulher era uma perdição pra si. Então a moça se aproximou dele como um pedido silencioso para ele abrir o zíper do vestido, que ficava nas costas. Um belo erro pra quem não queria algo naquela madrugada.

A cada pedaço de pele exposto pelo zíper aberto era um beijo que Jonathan depositava em Melissa, e a cada beijo um suspiro dela, crescendo assim o desejo de ambos. Ele adorava os jogo de sedução, mas ela era sempre melhor nisso do que ele pensará em um dia ser capaz, cansada de apenas ficar a merce de Jonathan, a garota se virou, agora de frente para o belo rapaz decidia entre manda-lo embora do quarto ou aproveitar o que lhe era oferecido; decidiu aproveitar.

Tirou por fim o vestido, e largou o no chão, agora apenas de lingerie preta, poderia começar seu próprio jogo de sedução; com beijos e pequenas mordidas no pescoço atiçava ainda mais o rapaz, ao passo que ao tomar os lábios deles nos seus fez um frenesi de desejo e paixão correr em ambos. Envoltos em beijos caíram na cama, Melissa por cima tirava as roupas de Jonathan, uma por uma ia embora, camisa, calças, meias, gravata, cueca, e cada peça fora eram beijos e chupões na pele exposta, mas ele também clamava pelo que era seu, tirou o belo conjunto dela em simples puxões, e quando ambos já não aguentavam mais de desejo e jogos, ele os tornou um só.

Envoltos nos lençóis brancos da cama, amavam-se tão profundamente que perdiam as noções do que havia em volta, entre sussurros e gemidos espremiam o prazer que transbordava de seus corpos, e quando chegaram ao êxtase supremo, estavam suados e satisfeitos. Agora cobertos pelos lençóis e deitados lado a lado, se olhavam de novo, viam um no outro o brilho da satisfação nos olhos; Melissa de cabelos bagunçados era quase uma obra de arte para Jonathan, assim como seus gemidos, apenas por saber que tinha sido ele a deixa-la assim. Sem palavras se aconchegaram um no outro, com ela deitado do peito dele, em segundos foram pegos pelo cansaço e adormeceram, compunham agora a cena perfeita de dois amantes que em breve seria desfeita.  

—Calada Madeline, se minha irmã descobrir que você esta aqui, tudo nosso plano vai por água a baixo!

—Já esta indo né Marcos, não se esqueça que você me prometeu que os Laughlin, teriam a cadeira na cúpula da Vertice, e até agora nada.

—Por Deus mulher, nos fechamos esse acordo a três dias, você acha que pra conseguir uma cadeira na Vertice é fácil?! Alias não me disse porque tanto interesse na Vertice, há um tempo atras você odiava a instituição.

—Futuro Marcos, a Vertice é um futuro quase ganho, eu estou garantindo o meu futuro! 

Era manha de quarta-feira, quando Marcos recebera a ligação da moça de cabelos loiros, avisando que estava em frente a mansão. Cuidadosos e rápidos, ambos foram para o escritório do menino Roosevelt, não queriam que ninguém soubesse daquele encontro, era arriscado demais, qualquer deslize e os dois acabariam mortos.           

Conversavam quase em sussurros, Madeline cobrava o acordo que tinham fechado anteriormente, Marcos lhe conseguia uma cadeira na cúpula da Vertice, de preferencia a cadeira que era da irmã, e Madeline o ajudava a conquistar a presidência da Roosevelt Enterprise; erra arriscado demais jogar contra a irmã, Marcos sabia disso, mas a ambição e a cobiça falavam mais alto, certamente em algum momento ele iria se arrepender, mas não seria agora esse momento.

—Primeiro, ontem tivemos uma reunião, ira ser aberto mais ou menos 50 vagas de associados, você precisa fazer seu pai se associar, precisa que ele entre no meio dessas 50 vagas, e precisa ser uma das conselheiras dele Madeline, ou se não, o seu ‘futuro’, nem vai ser possível ser cogitado. Segundo, teremos eleição para um Lord ou Lady da Vertice.

—E oque essa eleição nos importa Marcos, eu não quero ser isso de ‘Lord da Vertice’.

—Você é burra mesmo senhorita Laughlin; veja bem eu disse Lord ou Lady, minha irma vai concorrer e se ela ganhar adeus cadeira da Madeline, não exitira uma unica chance de você conseguir chegar a cúpula, entende?! Temos que impedir da minha irma ganhar, e depois trabalharemos pra você conseguir o seu ‘futuro’.

—Certo, e sobre a minha parte de lhe ajudar, meus contatos disserem que há um investidor querendo as tecnologias da Roosevelt Enterprise, e ele seria o responsável, por aumentar a receita da empresa de forma considerável, se você, e só você conseguir fechar esse contrato, acredito que seus investidores ficariam mais propensos a pedir que mude o CEO da empresa, e que você assuma o cargo. Claro, temos que criar um escândalo com o nome da sua irmã, também, para aumentar as suas chances.

Marcos iria questionar quem era o investidor, mas ouviu passos no corredor, e então se atentou para a hora, já se passava de oito e meia da manha, sua irma deveria estar acordando, ou já estava acordada, as duas possibilidades eram péssimas, visto que Madeline ainda estava lá. Decidiu por fim, encerrar aquela pequena reunião, e marcando de se encontrarem em outro dia, outro horário e outro local.

Ajudara a jovem Laughlin sair sem ser percebida, e então voltara para seu quarto, fingiria que tivera acabado de acordar, e em seu intimo torcia pra que pelo menos dessa vez, sua irma comprasse a sua mentira.