Uma Segunda Chance escrita por SwanQueen


Capítulo 1
Capítulo 1 Como dói


Notas iniciais do capítulo

Bom, é a primeira vez que escrevo uma fanfic SwanQueen. Sempre gostei muito de escrever. Gostaria de saber o que vocês acharam desse primeiro capítulo e se devo continuar a escrever.
Aconselho ouvir a música "Let It Go", de James Bay. Segue link do youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=GsPq9mzFNGY


Beijos. Até mais



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/728003/chapter/1

No topo da majestosa da colina, Regina Mills tinha uma visão imponente. Lembrou a primeira vez que levou Emma aquele lugar. Lembrou de como o sorriso da mulher ofuscava a luz do sol. Lembrou do sorriso que a loira, de cabelos longos e cacheados nas pontas, havia dado. Aquele sorriso quase a desmontou inteira. Estava ainda mais apaixonada pelo brilho dos olhos esverdeados naquele dia. Em sua mente, Emma era a mulher perfeita. Mas, agora, aquele encantamento se tornava espinhos e farpas cravadas em seu coração.

Lágrimas molhavam todo o seu rosto. A morena sentiu como se uma parte de si tivesse sido arrancada. Soluços surgiram. Pensou que seria incapaz de se recuperar. Como poderia? Achava que a esposa era tudo em sua vida. Gritou, gritou o mais alto que conseguiu, como se assim sua dor pudesse parar de machucar. Se aproximou ainda mais da ponta do penhasco. Fechou os olhos, e sentiu o vento bater, em um momento de esperança pediu silenciosamente que o vento levasse tudo embora. Mas, era impossível.

E pela primeira vez se permitiu olhar para o precipício daquele lugar. Os pensamentos ficaram menos nublados. A respiração estava mais forte. Mantinha o olhar fixo naquele abismo. Sentiu como se aquele abismo fosse sua extensão. E sentiu, de alguma forma, presa ao seu próprio desespero, que se pudesse tocar o fim daquele abismo, se libertaria daquela dor violenta. O pensamento lhe parecia tão certo naquele momento. Fechou os olhos. Decidiu tomar fôlego uma última vez.

—---------------------------------------------------------------------------------------------------------

— Merda, merda, merda.

Emma dizia para si mesma, andando de um lado para o outro, enquanto tentava ligar mais uma vez sem sucesso para a esposa. Chutou a escrivaninha que ficava ao lado da cama. Deixou-se cair no chão, recostando as costas na madeira da cama. A cabeça levemente levanta. Ficou assim por alguns instantes. Os olhos estavam fechados. Os braços estavam sobre os joelhos que estavam semiabertos e dobrados. Entre as mãos entrelaçadas estava o aparelho celular. Recostou ainda mais a cabeça, ao mesmo tempo abriu os olhos. Se deparou com um quadro da família.

Sorriu tristemente ao observar a beleza da esposa. Os cabelos repicados, na altura dos ombros. O olhar castanho que, juntamente com as sobrancelhas arqueadas e perfeita, a deixava sem ar sempre que a encarava. O sorriso era mais-que-perfeito e a deixava hipnotizada sempre que surgia. A mente vagou para o tom de voz da mulher que sempre lhe soava sexy. Ela era perfeita. Era a mulher da sua vida, e agora ela a tinha perdido. Recordou dos momentos em que viveram, as lágrimas começaram a surgir.

As memórias se faziam insistentes. Regina foi a única pessoa por quem Emma se apaixonou. Lembrou de quando a levava em casa, após seus encontros, e conversavam à durante o percurso, e de como prolongava a hora de dar tchau. Recordou de como ficava nervosa na presença da morena, dos toques e primeiro beijo, da primeira vez que dormiram juntas e acordou ao lado dela, aquele fora um dos dias mais felizes de sua vida. Lembrou de quando Regina mencionou que não sabia o que elas tinham, e a loira disse com todas as letras “Você é primeira e única namorada da minha vida, porque você é a única que eu quero para ser a minha esposa, Srta. Mills”, o sorriso que Regina deu quase a matou naquele dia.

O choro veio ainda mais forte quando recordou o dia que tiveram Henry. Se questionou como tinha deixado chegar ao fim.

— Idiota, idiota, idiota.

Disse ao socar as pernas. Sentiu o peito apertar ainda mais. Estava ficando difícil respirar. O medo de perde-la a sufocava. Não podia desistir. Mais controlada, foi ao banheiro e lavou o rosto. Se olhou no espelho e retornou ao quarto para pegar o celular. Sentou na cama, discou um número e esperou que atendessem.

— Vamos, Zelena. Atende.

—---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Lá no alto, tão distante de tudo, e ainda olhando para baixo, Regina sentiu como se realmente tivesse direito ou pudesse dar fim a tudo. Ouviu o celular tocar diversas vezes, uma, duas, três, quatro vezes... Até cair na caixa postal. O choro havia cessado. Porém, os lábios permaneciam trêmulos e entreabertos. O suspiro que havia decidido há alguns minutos que seria o último se repetia. Se decidiu, faria isso de olhos fechados. Assim, fechou os olhos. Ouviu o celular tocar novamente, mas aquele não era o mesmo toque. Abriu os olhos. Sentiu-se mal. Como podia tê-lo esquecido? Como podia tê-lo esquecido? Sentiu-se mal não era a palavra, estava se sentindo a pior mãe do mundo. Saiu da ponta do penhasco e começou a procurar o celular, que havia deixado em algum lugar dali quando desceu do carro. Viu algo luminoso piscando. Correu na direção da luz e pegou o aparelho, e atendeu a ligação o mais rápido que pode.

— Henry, Henry, meu amor, a mamãe está aqui.

Disse aflita, engolindo as lágrimas que queriam voltar a cair.

— Eu estou aqui, meu amor. Eu nunca vou te deixar...

Estava tão aflita que não havia escutado o que havia sido dito. Tão pouco havia percebido que era a sua irmã, Zelena, uma ruiva alta e bonita, de olhos azuis e nariz afilado, quem estava falando.

A ruiva teve que gritar para que a irmã caísse em si e entendesse quem estava falando. E Regina finalmente entendeu com quem falava. As lágrimas tornaram a cair do seu rosto assim que tentou, em um desabafo sôfrego, falar as primeiras palavras a irmã.

— Zelena, a Emma e eu termin...

Tentou terminar a frase, mas os soluços a impediram.

— Aca-bou, acabou.

Falou em um suspiro baixo. E conseguir dizer aquilo tinha lhe dado a sensação de ter uma faca enfiada em seu peito. Nunca havia imaginado que o relacionamento com Emma pudesse acabar algum dia. Acreditava, até aquele fatídico dia, que elas eram para sempre.

— Eu não quero vê-la, Zelena. Não quero. O Henry está bem?

Disse quando a irmã se ofereceu para ir busca-la e leva-la para casa, perguntando depois pelo filho, precisava saber se ele estava bem.

— Ela não está aí?

Perguntou assim que a ruiva dizia que havia pedido para a mulher dormir na casa de Ruby, uma amiga de ambas de longa data.

— Então, eu vou para casa. Eu vou para aí. – decidiu.

E assim a preocupação da irmã em relação a sua capacidade de dirigir, devido ao seu estado, gritou.

— EU VOU, ZELENA.

—---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Zelena, estava com Emma. Decidiu ir para lá após ter tentado ligar diversas vezes para a irmã sem sucesso. Então, teve a ideia de ligar do celular de Henry, sabia que era a única pessoa que Regina jamais deixaria de atender.

A ruiva se sentiu aliviada quando a irmã atendeu a ligação, que deu um suspiro forte antes de falar.

— É a Zelena, Regina.

Mas, a mulher teve que gritar para que a morena enfim a escutasse.

— REGINA, REGINA. – voltou ao tom de voz normal - É a Zelena. Onde você está?

Quando ouviu o que a irmã, com muita dificuldade, conseguiu dizer, sobre o término da relação das duas. A ruiva tentou pensar em dizer algo que tranquilizasse a irmã. Porém, não conseguiu formular nada. Então, disse o que lhe feio a mente, sem delongas.

— Regina, eu sei. Agora, me escute, onde você está? – e antes que a irmã pudesse responder, acrescentou - Eu vou te buscar.

Enquanto respondia que o sobrinho estava bem, tentou formular algo rápido, assim que entendeu, pelo que a irmã havia falado, o motivo de não querer voltar para casa para não encontrar com a loira.

— Ele está bem, está dormindo. E eu pedi a Emma para ir dormir na casa da Ruby. Agora me diz, onde você está? Eu vou te buscar.

Mentiu para Regina, era o único jeito de trazê-la para casa. Fez um movimento de pare com a mão para Emma quando percebeu que ela ia falar alguma coisa. A loira então se calou.

— Não, ela está na casa da Ruby.

Zelena se preocupou se a irmã teria condições de dirigir de volta para casa, pois quando a cunhada ou ex-cunhada provavelmente ligou, havia mencionado isso.

— Mas, você tem condições de dirigir?

Quando Regina afirmou que ela mesma iria, resolveu concordar. Afinal, a morena já havia dirigido após a briga e estava bem.

— Tudo bem. Eu vou te esperar aqui.

Após desligar o celular, Emma falou.

— Eu vou ficar, Zelena. Eu preciso vê-la.

— Não, você não vai ficar. – A ruiva usou um tom de voz duro.

— Mas, eu preciso falar com ela, Zelena. Eu a amo, eu não vou conseguir ficar sem Regina

As lágrimas começaram a correr pelo rosto. E a loira falou quase em súplica. A mulher resolveu abrandar, então.

— Olha, vocês estão emocionalmente abaladas. Eu estou tentando resolver as coisas da melhor forma possível, e no momento ela precisa desse tempo, Emma. Depois vocês conversam... Quando estiverem mais calmas.

—---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Depois de dizer a irmã que ia voltar para casa, entrou no carro, e já estava com as chaves na mão, porém resolveu esperar alguns minutos mais antes de voltar a dirigir, precisava se acalmar. Encostou a cabeça no volante do carro. A única coisa que passava por sua cabeça era que precisava ser forte por Henry. E por ele, ela seria.

Após passar algum tempo, já mais tranquila, embora ainda sentisse um turbilhão de emoções por dentro, ligou o carro. Fazia o percurso sem pressa. Já estava próximo de sua casa. Parou em um semáforo, o sinal estava vermelho. Ainda estava um pouco aérea, pensando nos últimos acontecimentos. E estava tão dispersa que alguns carros atrás começaram a buzinar, o sinal já estava verde. Pisou no acelerador. Screeeeech! Ouviu o freio, e virou o rosto. Percebeu um carro descontrolado vindo na direção do seu. Porém, não deu tempo de agir. Trash! Trump! Trash! Truuuuuuump! Após a batida, o carro capotava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Realmente gostaria de saber o que vocês acharam. Devo continuar?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Segunda Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.