Um novo dia começa, Saito e Louise já estavam acordando.

- Louise, - Saito chama, mas ela ainda esfregava os olhos. – Se veste porque hoje vamos sair.

- Eu pedi umas roupas pra sua irmã.

- Beleza! Vou descer pra pegar o café da manhã pra você e já volto.

- Café? – ela estranhou – “Mas eu nem mandei.”

Saito estava sendo romântico com Louise, seria isso? Ela pensava que não, afinal Saito já sabia suas obrigações como animal de estimação. Mas Saito sempre estava falando que ela era sua esposa e ele ria quando falava isso, ela mal conseguia dizer alguma palavra de amor pra ele. Ela só sabia gritar com ele, mas ele mesmo assim não ligava, parecia que até gostava, Louise pensava que ele sabia que esse era o jeito dela de demonstrar amor.

Saito acabará de descer a escada e foi pra cozinha, aonde Soka estava na mesa.

- Bom dia, Soka. – Saito disse com desprezo.

- Quando vai ser meu encontro com a Louise?

- Tá doido?!

- Fala sério, Saito. Nós sabemos quem ia vencer.

- O pai atrapalhou, então a luta não terminou.

- Eu tenho a Masamune.

- Eu tenho o Der-kou.

- E daí?

- O Der-kou é a espada lenda... - e Saito lembrou que não podia dizer isso. – Esquece!

Soka comia torrada, e Saito começou a pegar ingredientes na geladeira.

- Saito, - Soka estava sério – Como você sabia o estilo Hiraga?

- Eu...

- Bom dia, pessoas que se amam. – cumprimentou Sora.

- Eu amar ele? Tá caduco, velho?! – e Soka saiu da cozinha.

- Eu estou na flor da idade. – e Sora olhou Saito preparando alguma coisa na mesa. – Pra quem é, filho?

- Pra Louise. – Saito preparava o café-da-manhã todo sorridente.

- Sei. – Sora se sentou na mesa, e ficou observando a marca do contrato na mão do filho. – Você realmente ama ela?

- Claro, pai.

- Como conheceu ela? – Sora estava intrigado.

- Eu conheci ela no dia que desapareci.

- E porque não volto pra casa depois?

- É que... – Saito tentava imaginar alguma coisa. – Você sabe que na época eu estava atrás de uma namorada, aí...

- Se casou com ela?

- Não, isso foi depois.

- Essa história está muito mal contada, depois conversamos. – Sora coloca seu sobretudo. - Vou indo, tenho que comprar um presente pra sua mãe.

- Por quê?

- Se esqueceu?

- Do quê?

- Amanhã é dia dos namorados.

Foi como se um raio acertasse a cabeça de Saito, ele tinha que comprar uma coisa especial pra Louise, além de especial tinha que ser uma coisa que ela gostasse. Sora saiu, e Saito terminou de fazer o café da manhã e subiu para levar pra Louise.

Sayo entrará no quarto de Saito.

- Bom dia, Louise. – ela segurava um vestido verde com babados brancos. – Trouxe o vestido.

- Obrigado, Sayo.

- Esse vestido eu usava quando o Soka gostava de mim.

- Gostava de você? – estranhou Louise.

- Gostava de mim porque eu tinha peitos pequenos, agora ele me chama até de aberração.

Saito entra no quarto todo sorridente segurando uma bandeja.

- Café-da-manhã, Oba! *-* - Sayo já ia pegando a bandeja.

- É pra Louise! – e ele desviou a bandeja das mãos da irmã.

Saito deixou a bandeja na frente de Louise, ele tinha preparado muitas coisas pra ela. Sayo começou a perceber que quando Saito olhava pra Louise ela corava ou desvia o olhar. Sem pensar muito, Sayo perguntou:

- Vocês fizeram alguma coisa de especial ontem à noite? – ela foi direto ao ponto.

- N-Não. – gaguejou Louise.

- Então cuidado, minha cunhadinha. Homem quando agi assim é porque quer alguma coisa.

- Tá é com ciúme, Sayo. – retrucou Saito. – Porque não tem um homem que faça isso pra ti.

- Pra sua informação estou à procura. – e Sayo se retirou do quarto.

Saito e Louise estavam prontos para ir, ele com sua típica roupa azul e ela com o vestido que a Sayo tinha lhe emprestado.

- Der-kou me desculpe, mas não posso te levar.

- Vai me deixar, parceiro?

- Vou. Mas vê se não fala com ninguém.

E ele deixou Der-kou debaixo do futon.

- Até mais, mãe. – Saito despediu-se, descendo as escadas e saindo pela porta da frente.

- Não faltem o jantar. – Sayame avisou.

Saito puxava Louise, ela se impressionava cada vez mais que andava por Tóquio. Ele mostrou as lojas de roupas, ela estranhou como as roupas podem ser diferentes de um mundo para outro. Eles corriam quando passaram por uma banca de revistas e Louise viu uma revista que era igual ao livro sagrado dos Zerbest, a família da Kirche.

- Olha Saito. – ela apontou para a revista. – Não é igual ao livro sagrado dos Zerbest?

- Na verdade é uma revista pornográfica.

- E pra que serve?

- Pra que serve? – Saito não sabia como responder tal pergunta para Louise – Serve pra...

- Oi gente!

- Sayo! Tá seguindo agente? – Saito estava aliviado por não ter que responder a pergunta de Louise.

- Claro que não, eu estou procurando um namorado e quero a ajuda da Louise.

- “Beleza”! – pensou Saito, seria a oportunidade dele se afastar de Louise e procurar algum presente pra ela. – Então tá bom, pode levar ela. – Saito fazia uma cara de como não se importasse e Sayo riu.

- Vamos, Louise! – a cunhada puxava a rosada.

Elas se afastaram de Saito, e Sayo começou a sorrir pra cunhada.

- O que foi, Sayo? – perguntou Louise corando, pois a cunhada não parava de olhar pra ela.

- O Saito deve te amar mesmo.

- É. – ela corou não entendo muito a situação.

- Você sabe que dia é amanhã? – e Louise balançou a cabeça negativamente. – É dia dos namorados.

- Tem um dia parecido no meu mundo.

- No seu mundo? - estranhou Sayo.

- No meu país. – Louise riu, tentando disfarçar.

- Você viu a cara que ele fez, ele deve tá comprando seu presente agora. – Sayo parou em frente de uma loja. – Meu irmão é muito previsível. – e as duas começaram a olhar Saito dentro da loja vendo um monte de roupas.

- O que eu levo pra ela? – ele falava sozinho. – Ela não vai gostar disso. – e jogou um saia pra um monte de roupa perto dele. – Não adianta, não consigo decidi.

- “Ele tá se esforçando por mim.” - pensou Louise.

- Parece que ele não vai sair daí tão cedo.

Saito mexia e remexia as peças de roupas, quando viu uma prateleira com lingeries, e ele pegou uma vermelha. Começou a imaginar Louise vestindo aquela lingerie e começou a babar.

- Será que ele está pensando... - disse Sayo.

- BAKA INU! – Louise gritou e bateu na vidraçaria como se soubesse o que seu animal de estimação tinha pensado. A cunhada puxou ela pra se abaixar e se esconder.

- Louise, ele não pode ver agente.

- Hum... – Saito olhou pela vidraçaria – Estou pensando tanto na Louise que eu acho que até imaginei o que ela faria se soubesse o que eu pensei. – e ele riu. – Já sei o que a Louise ia gostar! Porque não pensei nisso antes. – Saito saiu da loja correndo, Louise e Sayo não ouviram essa parte.

- Bom minha querida cunhada, acho que por hoje é só. – Sayo falou com a voz baixa num tom triste, que com certeza era porque não tinha arranjado um namorado.

- Você não disse que ia arrumar um namorado? – Louise tentava animar ela.

- Ia! Mas já está anoitecendo.

No mesmo momento que Sayo falou, um menino de óculos, olhos castanhos e cabelos pretos aparecia na esquina, ele não chamava muita atenção mas parecia combinar com a Sayo.

- E aquele ali? – Louise apontou pro menino.

- Só se for pro meu pai e meus irmãos me matarem. – Sayo negou sem pensar duas vezes.

- Por quê?

- Ele é da família Rokaido, o nome dele é Rokaido Toni.

- Toni? Um nome diferente.

- É. – afirmou Sayo. – A família Hiraga e a família Rokaido são rivais há muitos anos. Mas não é hora de falarmos disso não acha? Vamos pra casa. – Louise ficou intrigada, com as palavras de Sayo.

Sora chegará em casa, e guardou o presente da esposa na sua gaveta de cuecas. Ele subiu até o quarto de Saito e logo ouviu uma voz:

- Finalmente parceiro, não aguento mais ficar escondido aqui. – Der-kou falou pensando que era Saito. Sora respondeu:

- Derflinger, quanto tempo, hein?