Mesmo depois de anos, ela ainda lembrava-se do seu rosto. Ela ainda lembrava-se de seu sorriso, lembrava de seu cheiro, lembrava de sua voz. Elena ainda lembrava-se de Stefan. Como ela não poderia lembrar? Ela o amava, ela sempre amou e irá amá-lo, não importa de qual forma ou onde estejam.

Ela tinha feito uma promessa para ele.

“ —  Eu vou sempre te amar, Elena.

—  Eu vou te amar para sempre também.”

E Elena se lembrava dessa promessa, ela se lembrava de todos os momentos, todos os abraços, beijos e das conversas. Ah, Elena se lembrava das conversas que tinha com Stefan. Ele não foi apenas seu amante, ele também foi seu melhor amigo. Ele tinha lhe dado a vida, ele tinha lhe dado a vida mais de uma vez. Como ela poderia se esquecer? Como ela ousaria se esquecer? Nem mesmo quando sua memória se fizer falha, quando ela começar a esquecer o nome de seus filhos, amigos, marido, ela não se esquecerá de Stefan, de seu rosto. Está cravado nela, está cravado na sua memória, na sua historia. É uma das partes mais importante. Oh, Deus, como Elena poderia fazer isso?

Quando segurou seu filho e de Damon nos braços eles fizeram questão de que seu nome fosse Stefan, Stefan Salvatore. O pequeno Salvatore não tinha nada que lembrasse fisicamente seu tio. Ele tinha olhos castanhos e cabelos negros como à noite, mas seu sorriso. Ah, seu sorriso. Elena lembrava o quanto chorou quando notou o quão parecido o sorriso de seu filho era com Stefan e ela sabia, ela sabia que Damon sentia o mesmo, era torturante algumas vezes quando seu filho sorria, mas era bom, era como uma luz. Era um sorriso quente, lindo, acolhedor, carinhoso. Era o sorriso de Stefan, sim, era definitivamente Stefan.

Muitas vezes seu filho se encontrava assustado e sem graça quando Elena o abraçava de repente, e quando ele via seu rosto banhado por lágrimas e ela sussurrava para ele que sempre iria amá-lo. E isso era verdade, ela sempre iria amá-lo, tanto seu filho quanto o tio dele. Eles todos iriam. Era Stefan, como não poderiam amar Stefan? Ele sempre se sacrificou por todos assim como sua melhor amiga Bonnie.

Às vezes, quando chegava um parque na cidade Elena ia com seu marido, mas sempre se recusava a ir à roda gigante, ela se dava por satisfeita apenas por admirá-la de longe ou de perto, cheia de jovens casais apaixonados se beijando quando chegava ao topo e ela se lembrava, Elena se lembrava dela e de Stefan, dele acariciando seu rosto e a beijando logo em seguida no topo da roda gigante, de suas palavras para ela.

“— Eu voltei para esta cidade para começar uma vida com você, não vamos esquecer de vive-la.”

E nesta mesma noite ele tinha dito que amava ouvir o som da risada dela, mas ela nunca disse de volta. Ela nunca disse que amava o ver sorrir, os raros sorrisos que não eram dificilmente vistos em público e ele guardava apenas para ela e ela guardava apenas na sua memória e nas poucas fotos que restavam. Deus, como Elena se arrepende de não der dito isto, ainda tinha tantas coisas, tantas coisas para serem ditas. O pouco tempo que tinham tido juntos não era o suficiente e a despedida fora muito rápida. Ela não conseguiu pronunciar muito coisa, ela só conseguiu sentir. Ele se despediu dela enquanto a mesma estava em coma como na ultima vez, ele tinha dito que tinha que fazer isso, que ele não era o melhor homem. Como ele poderia fazer isso? Por que ele se culpava tanto? Como tinha ousado dizer que não era o melhor homem, ele era e todos sabiam, ele sempre foi, sempre, até o ultimo segundo de sua vida. Oh, Stefan, só por que foi egoísta uma vez em sua vida, com o profundo desejo de ter seu irmão ao seu lado se culpou durante toda sua existência por este ato. Será que ele sabia o quanto ela estava grata por ele ter feito isso? Se ele não tivesse feito isso ela nunca poderia conhecer ele nem Damon. Ela estaria morta.

Stefan era seu herói, sempre, em todos os momentos. Deus, Elena sentia tanto a falta dele. Ela sentiu a falta dele quando seu filho teve filhos, e ela lembrou-se que, este era o sonho de Stefan, quando os cabelos brancos começou a aparecer entre suas madeixas castanhas e suas costas ficavam doloridas quando se sentava em frente ao tumulo.

E quando ela começou a não se lembrar dos momentos com Stefan ela pegava os seus diários e os lia, ela podia se esquecer disso, mas nunca, nunca se esquecer de seu nome, Stefan Salvatore, e nunca, nunca ela se esqueceu de seu rosto, de seus olhos verdes, de seu sorriso, de seu cheiro.

A primeira vez que ela viu Stefan foi no corredor, e Elena não sabia quando fechou seus olhos e deu seu último suspiro, quando seu coração bateu pela ultima vez, que, aquela despedida no seu coma com Stefan seria a ultima vez que o veria também, por que ela tinha tido a esperança que depois de sua morte ela se reuniria com todos que amava.

E Elena, tudo o que teve durante o resto de sua vida, foi memórias, e depois dela também.