Sister-In-Law escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 1
Onii-chan Sivouple


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores viciados em Pokémon! Tudo bom com vocês? ^-^
Bem, essa é minha primeira e (provavelmente) única fanfic de Pokémon, mas eu espero que gostem, trabalhei nela com muito carinho :3
"Sister-in-law" é o termo em inglês para cunhada e, ao pé da letra, fica "irmã por lei". Só para entenderem direitinho ;)


Sem mais, aproveitem e boa leitura ♥



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A tranquilidade e o silêncio reinavam naquela noite em Kalos, no bosque onde Ash e seus amigos acampavam. Embora o céu estivesse encoberto e caísse uma forte garoa, isso não atrapalhava em nada o sono de nossos aventureiros. Porém, outra coisa atrapalhou.

Na barraca das meninas, Serena foi acordada de seu lindo sonho (com Ash num cavalo branco e campos floridos) pelo som do zíper da barraca se abrindo e da chuva ressoando em seus ouvidos. De primeiro momento, ela resmungou por ser acordada, mas assim que também captou os soluços chorosos, Serena sentou-se e procurou pelo dono do choro. Não se demorou em ver uma silhueta pequena na abertura da barraca.

— Bonnie? – chamou Serena ainda sonolenta, esfregando os olhos e acendendo uma luminária portátil. A figura da pequena loira foi iluminada e a castanha pôde ver lágrimas em seus olhos azuis. – O que foi?

— E-eu... – Bonnie fungava, agarrada a um Dedenne que a fitava preocupado. – Eu tive um pesadelo.

— Oh... – foi tudo o que Serena conseguiu dizer. Ficou uns segundos olhando para Bonnie, pensando em algo que a confortasse, mas tudo o que pôde pensar foi: - E aonde vai?

— Onii-chan... – Bonnie conseguiu murmurar antes de mais lágrimas começarem a escorrer.

Serena pensou um pouco; não podia deixar a mais nova sair no escuro e na chuva, mesmo que fosse somente para ir à barraca ao lado. Sem falar que... ela não aguentava ver Bonnie chorar daquele jeito. A castanha, então, se lembrou das noites em que ela mesma era pequena e acordava assustada; recordou o modo como sua mãe a abraçava com carinho e cantarolava ou contava uma história, e como aquilo a acalmava.

E de repente, Serena sentiu que poderia fazer aquilo também.

Abrindo um sorrio gentil e amoroso, ela declarou:

— Você não pode sair nessa chuva; deixe o Clemont dormindo.

Bonnie se surpreendeu com aquelas palavras, ficando mais triste ainda. Se ela não podia ir até o seu irmão, ficaria sozinha após aquele pesadelo horrível! Não queria isso... não queria de jeito nenhum.

— Vem cá. – Serena falou novamente e Bonnie conseguiu sorrir pela primeira vez desde que acordou ao ver a mais velha abrir um espaço em seu saco de dormir.

A loirinha não se demorou em aconchegar-se ao lado de Serena e abraça-la, deixando as últimas lágrimas escorrerem ao sentir Serena corresponder o abraço, num gesto que envolveu Bonnie em um calor e carinho que ela só sentia iguais com seu irmão. Entre elas, Dedenne era confortavelmente esmagado.

— Pronto, pronto. – a castanha falou docemente, acariciando os cabelos loiros de Bonnie. – Foi só um sonho.

— Foi um pesadelo. –corrigiu Bonnie, apertando mais o abraço ao se lembrar das imagens irreais que seu cérebro inconscientemente formara durante o sono. – Foi com a... Com a minha mãe. Sonhei que ela ia embora de novo.

O coração de Serena se apertou e ela sentiu-se um pouco culpada por não poder fazer nada para livrar sua pequena amiga daquela dor. Serena já conhecia toda a história sobre a mãe de Clemont e Bonnie, e o modo como ela abandonou a família quando a loira não era mais do que um bebê, que foi então criada, praticamente, pelo irmão mais velho, já que o pai vivia ocupado e fora de casa.

Então é por isso que ela ia atrás do Clemont, pensou a castanha.

— Está tudo bem, Bonnie, você não está sozinha.

Serena sentiu os braços da garotinha enfim afrouxarem um pouco ao ouvir aquela última frase. Bonnie ergueu a cabeça e a mais velha deparou-se com seu rostinho surpreso e levemente feliz, embora um resquício de lágrimas ainda brilhasse no canto dos olhos azuis. Essa visão fez Serena sorrir; ela queria ver Bonnie sempre feliz.

— Você sempre terá ao seu pai e ao Clemont. – Serena continuou. – E o Ash e eu também sempre estaremos com você, mesmo que à distância.

— Serena... – Bonny murmurou, sorrindo, verdadeiramente agradecida.

— De, Dedenne!

— Ah, e o Dedenne também. – Serena concluiu, fazendo ambas rirem. Elas até tinham se esquecido da presença do pequeno Pokémon elétrico.

— Serena – chamou Bonnie, quando as risadas sessaram. – Obrigada.

A mais velha apenas sorriu e assentiu em resposta. O silêncio voltou a reinar na barraca e, aos poucos, o recente clima de animação era substituído pela volta do cansaço e sonolência. E quando Bonnie bocejou, Serena decidiu que era o momento de voltarem a dormir.

Mas quando ambas estavam prestes a retornarem para o mundo dos sonhos, Bonnie falou uma última vez:

— Serena...

— Hmmm... – a mais velha apenas murmurou para indicar que estava ouvindo.

— Por favor, case com o meu irmão.

Aquilo acordou Serena de vez.

— É O QUE?!

De olhos arregalados (e com as bochechas levemente rubras), ela sentou-se em um pulo e encarou a pequena loira, que estava surpresa por sua reação. Ora, quem devia ficar surpresa era ela!

— O que foi?

— EU É QUE PERGUNTO! – um ronco mais alto que o normal, fez Serena diminuir o tom, ou arriscaria acordar algum dos dois garotos na barraca ao lado ou seus pokémons. – Por que isso agora, Bonnie? Há quanto tempo você me conhece? Pensei que só fizesse isso com mulheres aleatórias que você encontra por aí!

Ao ouvir aquela última frase, Bonnie mudou sua expressão para uma de profundo aborrecimento e até inflou as bochechas para enfatizar esse sentimento.

— Ok, em primeiro lugar: - ela mostrou o dedo indicador, começando a contar. – Eu só faço isso com garotas bonitas que parecem ser legais e boas o suficiente para o meu onii-chan. Em segundo lugar: - ergueu mais um dedo. – Eu nunca te perguntei isso antes porque, desde que a gente se conheceu, eu vi que você gostava do Ash.

Serena ruborizou forte com a declaração aberta da pequena, mas não teve chance (nem voz) para interrompê-la.

— E terceiro e último: - diferente das outras vezes, Bonnie deitou no saco de dormir e virou-se para o outro lado, deixando bem claro que não queria ver a mais velha. – Se você odeia tanto assim a ideia de se tornar minha irmã, tudo bem, não está mais aqui quem falou.

Serena ficou em silêncio por um tempo, absorvendo o que a loirinha tinha dito. Irmã? Então aquele pedido repentino se tratava disso? Ela riu baixinho com essa conclusão.

— Bonnie – chamou docemente, aproximando-se da menor com calma e colocando uma mão em seu ombro. Apesar de ainda estar brava, Bonnie não a retirou. – Eu não preciso me casar com o Clemont para ser sua irmã, eu já amo e cuido de você como se fosse minha própria irmãzinha e isso nunca vai mudar.

— Como você sabe? – Bonnie finalmente voltou a encara-la; lágrimas ameaçavam sair de seus belos olhos azuis. – Meus pais tinham garantias no papel e mesmo assim ela foi embora.

— Por isso mesmo. – Serena mantinha seu tom doce, limpando as lágrimas da menina antes que essas escorressem. – É por eu te amar tanto e ter certeza desse amor que eu não preciso de papéis para provar. Ao invés de ser sua irmã por lei, prefiro ser sua irmã por coração.

E Bonnie sorriu. Simplesmente sorriu e riu. Pois estava feliz de ter mais uma pessoa maravilhosa em sua vida, que (agora tinha certeza) nunca a iria deixar. Com toda força e carinho que tinha, ela abraçou Serena mais uma vez.

— É por essas e outras que eu digo que você seria perfeita para o meu irmão.

— Hehe – a castanha riu, meio sem-graça. – Eu amo o Clemont, claro, mas como um amigo muito querido. Falando de amor para se casar e formar uma família, eu já tenho outra pessoa em mente.

— E eu já sei quem é. – Bonnie a mirou com um sorriso malicioso.

— Ei, pode ir parando com essa carinha.

As duas ficaram rindo para o nada até se cansarem. Quando Serena olhou a hora, ela viu que o Sol logo levantaria o dia e elas não haviam dormido quase nada. Ambas decidiram tentar descansar o resto de tempo que tinham e mais uma vez, se espremeram no saco de dormir; Bonnie abraçada com Dedenne, que por incrível que pareça, esteve roncando durante toda a conversa das meninas.

Fazendo um último carinho nos cabelos loiros da mais nova, Serena fechou os olhos e ambas começaram a adormecer, cada uma feliz por estar na companhia da outra. Bonnie principalmente, não poderia estar mais feliz com sua irmã mais velha por coração.

E era por essa felicidade que não iria desistir tão fácil.

— Serena – chamou mais uma vez; sorte que a mais velha nem pegado no sono tinha. Azuis tranquilos se encontraram com azuis travessos. E outra vez, ela propôs: - Por favor, case-se com o meu irmão.

Serena sentiu uma gota em sua cabeça.

— Já não encerramos esse assunto?

— Não, porque eu também quero uma cunhada legal e gentil que cuide bem do meu irmão. – E sorriu seu sorriso de criança.

A castanha apenas revirou os olhos, depois trataria de tirar essa ideia da cabeça de Bonnie, mas por enquanto:

— Vai dormir, Bonnie. – E dizendo isso, fechou os olhos, disposta a pegar no sono de vez.

— Tá bem. – A loirinha concordou facilmente.

Estava cansada também e sabia que não iria convencer Serena de imediato. Mas Bonnie não iria desistir. Agora que tinha encontrado a futura esposa perfeita para seu irmão, ela não iria descansar até o dia em que serena se tornasse sua irmã mais velha por coração e por lei.


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Notas finais do capítulo

E tá aí, foi isso :)
Eu ainda não vi o Pokémon XY inteiro (atrasada, né?), então não sei se tem algum erro de continuidade ou algo assim. Se tiver, me desculpem e por favor me avisem.
Caso tenham gostado, deixem um comentário bem bonitinho aí em baixo ^-^ Se não for esse o caso... comente do mesmo jeito para eu saber onde posso melhorar.



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