Remember me for centuries escrita por Jojs


Capítulo 1
ONE POST | Heróis são eternos




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O relógio no canto da sala fazia um barulho irritante aos ouvidos de Lila, fazia tanto tempo que ela não meditava que um pequeno barulho não conseguia passar despercebido, não dava certo se algo ainda emitisse o mais pífio som. Depois do último badalar, exatamente a dois segundos e trinta e sete milésimos atrás, ela abrira os olhos devagar e respirara fundo, aos poucos os objetos que flutuavam na sala tocaram o solo e a cortina abriu como em um passe de mágica, ela dava um solene obrigado a sua telecinese.

Agora apoiada no beiral da janela do pequeno apartamento no Brooklyn, ela pensava em sua vida como um todo, ela poderia ter a idade do seu pai quase, poderia ter rugas em sua face e não ser tão jovem quanto na verdade era. Lizandra Stark é um experimento, uma tentativa da Shield em um tempo remoto de clonar os genes de Howard Stark, na verdade foi um pedido dele, mas Howard logo teve um filho e não pareceu necessário que aquele gene fosse usado, então ele foi esquecido.

Os anos passaram, muitos na verdade, com o sucesso de Tony e seu desapego pela palavra família ela foi criada. Fecundada em um útero sem nome, apenas com um código, mas não um útero qualquer. AY-4935 era uma inumana com poderes psíquicos e Lizandra – que até os 12 anos era apenas um algoritmo como a sua mãe – nasceu especial. Ela era conhecida como L174, que mais tarde virou anagrama para Lila, o seu nome. Foi educada pela Shield, treinada como uma espiã, mas sempre foi muito mais de pensar do que agir.

Tony não a recebeu muito bem, ele não era o tipo de homem que estava preparado para uma filha de vinte e dois anos, ainda mais quando geneticamente ela era sua irmã caçula. Lizandra agiu por fora em todas as missões dos vingadores, ajudou Maria Hill, foi braço esquerdo de Nick Fury e assistiu de longe todo o afastamento que Anthony Stark tentou ter com ela, mas de uma forma ou outra ela não o odiava, tão pouco conseguia vê-lo como o irmão que por DNA eles eram, para ela Tony era seu pai, para ele Lila era um código genético.

O famoso Homem de Ferro só negava a verdade por medo de perde-la, quando Pepper foi embora após o acontecimento com Ultron só restou a ele os Vingadores e ela, sua única parente viva. Foi Steve Rogers que o convenceu, palavras e mais palavras de consolo, de ordem e justiça, Lizandra crescera ouvindo histórias sobre o famoso Capitão América, sobre sua bondade, seu altruísmo e sua coragem sem igual, ela cresceu se espelhando no herói dos quadrinhos, até vê-lo andando por aí.

— Você demorou, Clint. — Ela murmurou, mas o riso anasalado do loiro com uma sacola de compras em mão provou que ele ouvira. — Mesmo com mais de quarenta anos você me escuta tão bem.

— Não subestime a quase terceira idade. — Ele comentava colocando as compras sobre a mesa e reparando alguns relatórios intactos sobre o local. — Fugindo dos seus problemas?

— Contornando as ordens da Hill. — Ela exibira um fraco sorriso enquanto ocupara um lugar perto do sofá. — Alguma boa notícia de Wakanda?

— Não. — Clint encheu os pulmões olhando a mulher que tinha o mesmo nome da sua filha mais velha, T’Challa prometeu entrar em contato caso tivesse novidades sobre Bucky. — Wanda ficou de ir até lá para ajudar, ou tentar.

— Você sabe que eu ... — Ela balançou os dedos gesticulando sobre suas habilidades psíquicas.

— Não te quero mexendo com a cabeça das pessoas, na verdade não gosto nem mesmo da Wanda fazendo isso. — Ele olhou o relógio sobre seu pulso direito. — Eu tenho que ir, não deveria nem ter vindo devido a minha cara estampada como procurado pelo governo, mas você sabe que me preocupo.

— Eu não sou uma criança, Clint. — Ela encarou a janela próxima, só dava mesmo para ver o céu sentada ali em um apartamento no quinto andar. — Você que deveria estar mais preocupado com a própria segurança, os noticiários não tem sido gentis.

— Eles nunca são. — Ele ponderou com a cabeça.

Ela se sentou ali, pegou o hambúrguer que Clint havia trago e colocou algumas outras coisas na geladeira antes. Ao abrir aquele relatório ele era diferente dos demais, Hill não mandava a ela formas de tirar Steve e os outros do perigo, aquela pasta em questão estava cheia de prontuários médicos, todos eles pertencentes a Tony Stark. Ela engolia seco cada uma daquelas palavras e quando chegou no fim da penúltima página havia um número de semanas que ela se recusou a ler.

O peso das escadas abaixo de seus pés parecia ter parado em suas costas, o metrô vazio para um fim de domingo monótono e um cheio de cigarro no ar. Foi até onde lhe era possível, caminhando quase vinte e cinco quadras até o hospital em especial, enquanto chutava uma pequena pedra pelas ruas com letreiros coloridos e carros que passavam rápido, Lila pensava no número que não viu, principalmente por não gostar de contagens regressivas.

Transpôs a porta central com tanta rapidez que ignorou o choro abafado do bebê no colo de um homem de terno alinhado, as páginas de revista passadas com rapidez por uma garotinha de longos cabelos loiros na recepção, ignorara até mesmo o barulho dos saltos de uma velha – porém muito conservada – senhora impaciente.

— Eu vim ver o senhor Stark. — Comentou batendo nos bolsos atrás de uma credencial. — Aqui está.

— Lizandra ... Hmmm ... — A mulher olhou a foto, ela estava de cabelos longos, mas não era tão diferente. — O senhor Stark estava a sua espera.

— Estava? — Ela enfiara as mãos nos bolsos da jaqueta de moletom. — Não está mais? — Ela engoliu seco entrando no elevador com a mulher.

— Não. — Ela olhou Lizandra de cima a baixo. — Você chegou um pouco tarde, Coronel Rhodes e a senhorita Romanoff saíram daqui a mais de uma hora.

— Como ele estava? — As portas do elevador se abriram devagar.

— Tossindo como sempre. — A mulher mais velha arfou tomando a frente.

— Perguntei sobre o Coronel Rhodes. — Lila movia os dedos dentro da jaqueta de forma impaciente.

— Sem esperança. — A mulher parou a frente da porta do quarto e o abriu empurrando Lila para dentro. — Tenha uma boa noite, senhorita Stark.

— Eu não ... — Antes que ela pudesse falar a porta já tinha se fechado.

O vento da sacada ventava bem fraco, empurrava a cortina branca e deixava o quarto fresco. Ao lado da cama havia uma poltrona branca, essa da qual Lila arrastou para perto da porta da sacada, ela se sentou, olhou o movimento na rua algumas quadras dali, estavam tão alto que poderia ver crianças em um parque tão longe seus olhos iam, pelo horário já deveriam estar voltando para suas casas.

Seus olhos tinham medo de encontrar o corpo inerte de Tony sobre uma cama de hospital, mais uma recaída em semanas, o que é que estivesse afetando o Homem de Ferro, era tão misterioso quanto desconhecido. Tudo começou com alguns meses antes, Tony parecia mentalmente cansado, mas seu corpo ainda respondia, aos poucos até mesmo isso foi falhando e era como se os anos o alcançassem de forma desleal, ele estava literalmente morrendo aos poucos na frente de todos sem que eles pudessem fazer nada.

O celular de Lila estaca cheio de mensagens e coisas que remetiam a Tony, eram até mesmo ligações de Steve, coisa que ela raramente via. Encheu os pulmões e os esvaziou lentamente, a televisão do quarto estava ligada no Animal Planet, mas ela nem mesmo prestava a atenção na briga de leões para agradar uma fêmea. Passara horas ali sentada, ouvindo a própria respiração e o barulho dos aparelhos que mantinham Tony vivo, o vento parecia tão fraco e sufocante em sua face que ela tomou como pressa a questão de se erguer.

— Vai fugir de novo dos problemas? — Um murmúrio tão baixo atingiu seu corpo como uma facada. — Sabia que era fujona.

— Você deveria estar dormindo. — Ela permanecera de costas por um tempo. — E eu só ia tomar um ar.

— Chegue aqui perto. — O peito de Tony doeu quando ele tossiu duas vezes. — Nós precisamos conversar.

— Não temos o que conversar, Tony. — Ela virou o corpo o encarando, temeu parecer rude com suas palavras, ainda mais com alguém doente. — Não agora, você deveria descansar.

— Você parece o J.A.R.V.I.S falando. — Ele exibiu um fraco sorriso. — Às vezes sinto falta dele, venha cá, por favor.

Ela abaixou a cabeça, lembranças de J.A.R.V.I.S. também lhe preencheram a cabeça, ela e Visão não eram exatamente amigos, se é que o androide conhecia essa palavra, então ela preferia o programa que ele era antes, se entendiam muito melhor quando simplesmente podia ignorá-lo ou ficar fora do seu alcance, o que perto de Visão não parecia possível, ele estava sempre dentro da sua cabeça ou coisa pior, o que para ela – uma inumana psíquica – era um tanto quanto desconfortável.

Lutara consigo para se aproximar de Tony, com o tempo ela mesmo achou melhor permanecer afastada da figura que ele representava, aquela que claramente não estava sobre a cama daquele hospital. Ele era como um deus que descendeu de um deus maior, mas ela estava longe de ser como ele, ainda mais quando puxou a sua poltrona de antes e aconchegou-se ao lado direito da cama em uma altura confortável para que ele a visse e ela pudesse olhá-lo de rabo de olho.

— Eu sei que você está pensando. — Ele falou com uma voz rouca.

— Não, você não sabe. — Ela virou a cabeça para o homem devagar. — Você só acha que sabe as coisas Tony, mas na verdade você não sabe de nada.

— Para alguém que não sabe de nada eu até fiz muita coisa por esse mundo vulnerável. — Ele tossiu uma vez e ela se limitou a olhá-lo de canto de olho, ainda vivo. — Você está tentando cortar quaisquer ligações emocionais que possa ter comigo, pois, como Natasha e James já não tem fé que eu saia dessa.

— É mentira! — Se corpo estremeceu e ela colocou os pés sobre a poltrona. — Você está delirando.

— Então porque você veio aqui se não se importa?

— Já chega dessa conversa. — Ela se levantou rápido, tão quanto fazia quando fugia.

Ela atravessou a porta da sacada em passos largos, levou as mãos a cabeça encostando-se à proteção do local, sua mente parecia estar a mil por hora e seu coração palpitava. Vê-lo ali deitado em uma cama de hospital sendo consumido por uma doença que ninguém sabe dizer qual é era de longe a cena que ela pretendia compartilhar com seu “irmão mais velho”. Soava tão estranho quanto possível, Tony se tornou uma figura tão soberana, mas que ao mesmo tempo era tão frágil quanto possível, ele era humano.

— Lila ... — Ele tentou erguer a voz para chama-la. — Nós precisamos conversar, por favor.

O silêncio pairou e ela levou as mãos aos ouvidos querendo evitar aquela ocasião, só queria acordar em seu quarto no pequeno apartamento em que residia, mas nada.

— Não me negue um último pedido. — Ele implorou e ela tirou as mãos do rosto lentamente.

Seu corpo voltara a tremer, ela levou as mãos na grade da sacada para manter a estabilidade, tudo aquilo era de longe a piro situação que ela estava vivendo em semanas, desde que viu a doença nos olhos dele, desde que o viu decair a cada momento enquanto parecia forte. As pessoas precisam ter no que acreditar e precisa achar que isso é forte o suficiente para ser imaculado, mas acontece que atrás de tanto poder a carne era bem mais frágil do que parecia.

— Você não vai morrer. — Ela atravessou a cortina ficando no campo de visão dele. — Não pode.

— Não sou eu quem decido, você sabe. — A respiração dele ficou fraca. — Eu tentei construir um mundo melhor para alguém como você.

— Eu? — Ela riu balançando a cabeça de forma negativa. — Tem certeza?

— Sim. — Ele fez uma pausa olhando a foto do pai na mesa de cabeceira ao lado da cama. — Alguém jovem, inteligente, promissora, forte. Você representa o futuro.

— Não é um bom futuro.

— É melhor do que você pensa. — Ele tossiu mais uma vez. — É o meu futuro.

O rosto dela encontrou o dele, o balançar dos cabelos curtos de Lila representou a negação que Tony construí-la nela com o passar do tempo em que se conheciam, antes ele a repelia, agora era tentava repelí-lo, o que não era fácil. Ela se aproximou sentando na poltrona ao lado da cama, Tony ficou longos minutos encarando a face dela, já ela olhava para a janela lá fora como se quisesse arrumar uma resposta para seus problemas na estrela, ou talvez só estivesse as contando como fazia quando pequena. Fury uma vez disse que quando chegasse a um milhão de estrelas ela poderia fazer um pedido, o problema que ela sabia que eram só aviões no céu e não estrelas.

— Vamos encarar os fatos, eu estou morrendo. — Ele tentou chamar a atenção dela. — Mas eu não posso ir antes de te passar algumas coisas.

— Eu não quero nada seu. — Ela continuava olhando para fora. — Não recebi em 22 anos e não preciso agora.

— Mas eu preciso, por favor ... — A voz dele era cada vez mais fraca.

— Você é o Homem de Ferro, não precisa de nada, ou ninguém. — Ela o encarou séria.

— E você só veio quando eu estou muito doente. — Ele encarava o teto. — Fez como a Pepper, simplesmente foi embora por causa dos meus problemas.

— Se você acha que é por isso que a Pepper foi embora está bem enganado. — Lila mordiscava o lábio inferior lembrando de uma reunião com a ruiva semanas antes.

— Eu entendo a Virgínia, mas estamos aqui para falar de você. — Ele se ajeitava na cama. — Eu já acertei com Rhodes e Romanoff sobre você assumir meu lugar nas Industrias Stark.

— O que? — Ela o olhava ainda incrédula. — Eu não posso assumir seu lugar, você é um herói.

Tony nunca pensou em ter um sucessor, tudo isso devido a sua megalomania temporária de quem achava que seria eterno, o seu legado perpetuaria sim por séculos, mas não seria ele a guia-lo. Ele ficou receoso com ela no início, quem era aquela garota e que direitos ela achava que tinha só por ser geneticamente compatível com ele, aos poucos ele percebeu que ela era parte dele, apesar de ter sido criada em um laboratório ela era uma Stark e por mais que a genética dissesse que ela era sua irmã, ele sentia que ela era sua filha.

— Heróis não são eternos. — Ele balançava a cabeça de forma negativa. — Eles precisam de sucessores.

— As pessoas não precisam de heróis, Tony. — Ela o olhou. — Não em um mundo tão transparente como o nosso.

— Aí que você se engana. — Ele ainda a encarava. — O mal ainda está lá fora, Ultron foi a prova que somos frágeis demais. As pessoas precisam acreditar que heróis existem para se sentirem seguras.

— O problema é que eles não acreditam mais em nós. — Ela se virou de forma agressiva o encarando. — Somos só a sombra do glamour que um dia tivemos, eu não posso fazer isso sozinha, por isso você não pode ir.

— Quem disse que você está sozinha? — Tony balançou a cabeça apontando para a porta. — E eu já estou indo.

A figura ali parada era imponente, forte, Lila não o via a muito tempo. Steve tirou o boné a encarando sentada e a Tony um tanto quanto debilitado sobre a cama de hospital, não poderia fazer muito mais do que uma visita como ela. Steve fechou a porta atrás de si, não poderia ser visto sem causar certo alarde, todos ali sabiam muito bem o porque. Tony acompanhava tudo com os olhos, se resumiu em pigarrear para chamar a atenção dos dois que pararam de se olhar e o encararam, Lizandra nutriu a pressa de se levantar e arrumar a roupa um pouco amassada.

— É bom te ver aqui, Lills. — Steve enfiava as mãos nos bolsos. — Vim rápido depois que a Natasha ligou.

— Agora que você está aqui eu já posso ir. — Lila atravessava o quarto com tanta pressa que era quase impossível contê-la.

— Filha ... — A voz de Tony fez Lila estremecer e Steve entrar na sua frente. — Fique um pouco.

— Steve me deixa ir embora. — Os olhos dela estavam um pouco marejados. — Por favor.

— Nós não deveríamos deixa-lo sozinho nessa hora. — Steve passou o braço em torno dos ombros dela.

— Eu queria estar com vocês por perto quando acontecesse. — Tony fechou os olhos devagar. — A enfermeira chega em 10 min para desligar os aparelhos.

Lila se virou para Tony e ficou o observando por alguns minutos. Lembrava das semanas na última página que não leu, lembra também de ter lido a frase que estava pouco antes, que dizia que elas eram a estimativa caso o paciente resolvesse prolongar a sua vida, o que pelo visto Tony não queria fazer. Ela voltou a se sentar na poltrona e Steve ficou em pé ao seu lado olhando Tony de olhos fechados.

— Picolé quero que você me prometa uma coisa. — Ele teve dificuldade para abrir os olhos. — Que vai cuidar dela.

— Tony ... — Steve começou.

— Não diga nada, só prometa. — Era como se o ar estivesse escapando rápido dos pulmões dela. — Ela acha que é adulta os suficiente, não é. Ela não pode cometer os mesmos erros que eu, me promete que vai cuidar dela e ensiná-la a importância de um herói.

— Eu prometo. — Ele segurava firme a mão de Tony.

— E você Lila ... — Ele tossiu duas vezes.  — Prometa que não vai ser um cometa que se apaga, que vai ser uma estrela brilhante, prometa que será lembrada por séculos.

— Pai ... — Ela murmurou.

— Ela me chamou de pai. — Tony exibiu um curto sorriso. — Então isso significa que você pode me chamar de sogro, Steve.

— Eu e ela ... — O Rogers sorriu de cantos. — Nós não ...

— Só cuida bem dela.

A enfermeira não precisou chegar, eles fizeram um silêncio enquanto Tony fechou os olhos e depois de alguns minutos eles perceberam o óbvio. Lila abraçou Steve e o único barulho ouvido no quarto era o do monitor mostrando que não existia mais nenhum batimento no Stark. Quando a enfermeira transpôs a porta a cena era calma e séria. Tony Stark havia falecido em uma noite de domingo, ás 21:37h, ao lado de dois entes queridos, ele não sentiu dor nas últimas horas de vida e deixara tudo pronto para Lila continuasse acreditando em heróis e em como eles são eternos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥



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