Looking for Lily escrita por Mari


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olááá, como vocês estão indo? Siiiim, isso não é uma oneshot. Ano novo, experiencias novas. E eu devo admitir que estou animada com esta aqui. Além de ser um AU Jily, tem coisa mais amor que isso?
Boa Leitura, espero que gostem!



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PRÓLOGO:

"Cuidado, as Redes Sociais são um perigo para alguém sem juízo!"

 

LILY EVANS

Olhou mais uma vez seu reflexo no espelho a procura de qualquer imperfeição que se destacasse. Petúnia costumava a dizer que quando se errava algo na maquiagem, mesmo que todo o resto estivesse impecável, o erro se destacaria e arruinaria tudo. Lily definitivamente não queria estar arruinada hoje. Suspirou aliviada quando percebeu que estava perfeita na medida do possível. Era o que tinha para hoje e não dava tempo de tirar tudo e começar do zero. Não gostara da cor do glitter que Lene havia colocado em suas pálpebras - um verde esmeralda para destacar seus olhos - extremamente extravagante. Mas agradeceu os lábios em um nude claro. Gostava quando estes estavam mais apagados e não sabia bem o motivo disso. Passou a mão nos cabelos - que estavam soltos e ondulados - bagunçando um pouco todo o trabalho que Dorcas fizera com o babyliss. A loira era perfeccionista e domara sua juba de leão vermelha em tempo recorde. Mas era um show de rock/indie alternativo. E a ruiva estava se sentindo perfeita demais. Faltava uma bagunça familiar naquilo. Contudo, não era o cabelo que estava a incomodando, nem a sombra verde, ela estava sendo consumida interinamente de maneira muito lenta pela ansiedade. E Lily era péssima tendo de lidar com sua ansiedade excessiva.

Jurara de dedinho que não surtaria e nem desistiria na hora do show para a mãe. Mas era péssima com promessas mesmo, sempre quebrava a maioria, e a mãe superaria em algumas semanas. Levantou-se da penteadeira, pronta para sair pela porta do camarim rumo a sua tão adorável casa e seu laptop novinho para ver Teen Wolf na Netflix quando três garotas entraram absurdamente eufóricas. Lily sentiu vontade de vomitar o lanchinho da tarde que comera.

Marlene deu um gritinho histérico, ao passo que Alice bateu palmas. Dorcas - a mais controlada de todas - sorriu amigavelmente contente com o resultado quase final, apesar de notar a singela mudança que Lily fizera nos cabelos. Alice balançou um cabide e ruiva ficou curiosa. O figurino bombástico de as garotas tanto falaram e se recusaram a mostrar. Queriam que ela tivesse um ataque de nervos e quebrasse tudo igual ao Kylo Ren, certeza.

— Pelo talento do mestre! Pare de balançar essa droga e me mostre o que vou usar antes que eu desista de tudo isso – Alice gargalhou. O mestre era David Bowie. As cinco haviam chorado por três horas seguidas quando este faleceu e desde então se referiam a ele como "mestre".

— Não use o místico nome do mestre em vão, Lily – Lene repreendeu risonha, fazendo a ruiva bufar irritada. Ela ia dar um piti e não seria nada bonito.

— Parem de torturar a ruiva, meninas - Dorcas interviu e Lily agradeceu com um sorriso aliviado. Mas o tom divertido entregava o quanto estava se deliciando com a cena – Ela já sofreu demais, está apanhando mais que o Mascott.

Lily tinha que concordar. Brigaram com ela por querer se apresentar a algumas semanas atrás e depois por não querer mais. Lene havia lhe dado um tapa estalado no braço por ficar mexendo o olho enquanto ela fazia o delineado gatinho, ela tinha uma marca vermelha dos cinco dedos para provar. Dorcas a queimara na orelha com o babyliss sem querer, quando Lily mexeu a cabeça para olhar no espelho como estava ficando. Estava apenas apanhando desde que acordara e ela que havia agitado tudo aquilo. Se alguém era culpado de tudo aquilo e mais um pouco, esse alguém era Lily Atrapalhada Evans.

Quando Alice finalmente deixou seu ser maligno de lado e tirou a capa que protegia o figurino, Lily pode suspirar aliviada mais uma vez. Estava esperando algo ousado, curto e justo, que ficaria muito melhor nas curvas latinas de Emmeline Vance. Não, Lily não invejava a garota. Nem queria ter cabelos pretos grossos, pele morena, olhos âmbar, aquele corpo violão, ser extrovertida e megacomunicativa. Nunca pensava isso quando a via nos palcos. Mas a calça jeans e a blusa – que mais parecia um corpete – eram confortáveis e bonitos.  Alem de negros, afinal de cor já bastava a sombra verde glitterinada. Ficaria sexy. Lily soltou um gritinho e todas começaram a dar pulinhos maduros de animação. Um flash brilhou no ambiente apertado quando elas se abraçaram. Frank, o fotografo não remunerado e o boy do team, estava como sempre bancando o paparazzi.

Lily Evans poderia ser uma cantora fajuta que estava fazendo tudo aquilo pelas duzentas pratas que ia ganhar no final da noite. Apenas para finalmente comprar um box cheirosinho de Percy Jackson que sua mãe se recusava a lhe dar. Mas ela estava maravilhosa, e tinha toda uma equipe – nada profissional e muito estressada – que queira aquele box tanto quanto ela. Tudo bem, Tuney não havia dado um sinal de vida até agora, o que resultava que estava falecendo naquela prova, mas isso era preocupação para outra hora. Além do mais, a noite renderia fotos superalternativas para postar mais tarde, o que era superimportante!

 

JAMES POTTER

 Sorriu sem graça para mais uma garota que o encarava. Definitivamente, Peter não era tão bom com disfarces como alegara, porque era a quarta garota que ficava o encarando. Uma encarada do tipo eu sei que você está escondendo algo e estou particularmente louca para descobrir.  É claro que colocar uns óculos não resolveria o problema, mas não eram tão populares na Inglaterra como eram nos Estados Unidos, então dava pro gasto. Estavam conseguindo ter uma noite normal – sem holofotes, paparazzi e fãs piradas – e James não estava em condição de reclamar. Afinal, ele havia ficado com os óculos. E não a barba falsa que ficara para Sirius que deveria pinicar. Nem as cicatrizes que sobraram para Remus. Mas a mais bizarra de todos os disfarces era a peruca acaju que Peter usava. Parecia uma copia mais nova e bem estranha do Donald Trump misturado com o Rupert Grint. O pior era que ele parecia gostar e estava até pensando em pintar os cabelos. James implorava para que fosse zoeira.

 – Essa coisa ‘ta coçando – Sirius reclamara pela décima quinta vez.

— Pelo menos você não ta com cara do Donald Trump – James respondeu casualmente e Peter resmungou um “ei” – Eu não disse que era você!

 – Mas é claro que o Peter – Remus disse rindo, como se explicasse uma tese de faculdade para crianças – Eu estou sensual com essas cicatrizes, James parece o geek enrustido que realmente é, Sirius ta com ar de cachorro, o que não deixa ser verídico, sobrou o Donald Trump pro ruivo falso ali.

— Remus, você é cruel e eu estou altamente ofendido com isso.

 – Você supera, Peter – Remus deu de ombros, totalmente indiferente. Sirius gargalhou alto.

 Os garotos haviam entrado no primeiro pub que encontraram, sentaram numa mesa no fundo e estavam bebendo todas a uma meia hora como adolescentes normais de dezoito anos prontos para começar a faculdade e curtindo as últimas semanas de férias. O lugar tinha uma pegada grunge— o que alegrou o lado urban deles – e uma moça morena, de aparência latina e gostosa para caraleo nas palavras de Sirius cantava Colors, da Halsey de maneira sexy. Os garotos estavam vidrados nela, não apenas pela beleza, e sim porque estava cantando como uma sereia gótica, enfeitiçando a todos. Contudo, Sirius parecia mais interessado.

A música terminou e a garota, que se apresentara como Emm, se despediu e desceu do palco para o encontro de uma loirinha baixa, que parecia mais folk do que indie, abraçando-a contente. Sirius se levantou, falando que iria caçar fazendo James rir e Remus rolar os olhos, claramente cansado dos lances do amigo.

James tomou mais um gole de cerveja quando uma ruiva entrou no palco despojado. Caminhou lentamente até o centro e segurou o microfone com as duas mãos. Estava nervosa ao ponto das mãos tremerem levemente. James simpatizou com ela. No começo de sua carreira, suas mãos sempre tremiam. O habito passara com o tempo, mas o frio na barriga era algo que permanecera. Ela sorriu tímida quando a melodia inconfundível de I Wanna Be Yours começou. James tinha uma queda por garotas que curtiam Arctic Monkeys. A garota passou os olhos pela plateia, e entrou em pânico. Fechou os olhos e começou a balançar o corpo no ritmo. Adorável. James tinha uma queda por garotas tímidas. E quando uma voz baixa e um pouco rouca preencheu o local, cessando em parte as conversas paralelas, James percebera que agora tinha uma queda por ruivas. Ruivas exatamente iguais aquela.

Quando a música acabou e uma explosão de aplausos começou, iguais como foram com a tal de Emm, a ruiva respirou fundo e sorriu radiante. Desceu do palco sem falar mais nada, como se abrir a boca mais uma vez a faria desmaiar. James se levantou da cadeira, avisando aos amigos que iria ao banheiro e seguiu em direção a ruiva, que era abraçada por um monte de garotas, incluindo a musa latina de Sirius.

Mas parara no caminho quando percebeu que não deveria interromper o momento. O grupo de cinco garotas parecia começar a curtir a noite. Andaram em bando até ao banheiro, uma atitude típica das garotas já que os sanitários femininos dispunham uma maior privacidade que o masculino, rindo e falando alto, passando reto por ele como se não tivessem reparado que ele estava ali. E realmente não tinham. James voltou ao seu lugar decepcionado. Mas a noite só estava começando.

As horas passaram voando, e apesar do clima entre os marotos estar de pura diversão, a atenção de James estava voltada a ruiva. Bebia um cerveja direto da garrafa e dançava com as amigas. Seu corpo se mexia ao ritmo de Aint my Fault, o quadril cometendo loucuras, os braços, por vezes, sendo erguidos para depois brincarem com o cabelo que lhe cobria o rosto. Sexy.

James a encarava. Não conseguia evitar. Ela achava as americanas maravilhosas, até ver o que uma inglesa meio bêbada e muito ruiva poderia fazer. A moça deve ter sentido o olhar sobre si, pois virou os rosto rapidamente, fazendo os cabelos flamejantes voarem e baterem em suas costas. James não desviou o olhar dela, que o manteve com a mesma intensidade por alguns instantes. O garoto estava reunindo toda sua coragem para levantar a bunda da cadeira e ir falar com ela. Um pena outra garota caíra no chão e a ruiva virou-se para ajudá-la. Assim, todas estavam rindo uma das ostras e saindo da pista. Sorriu de lado com a cena e se levantou antes que a covardia lhe dissesse oi novamente.

— Hey – James falara tímido, e quando todas as cinco garotas olharam para ele, incluindo a loira do tombo épico, mexeu nos cabelos. Um claro sinal de nervosismo. – Eu só queria falar que você foi demais – disse, os olhos cravados nos verdes dela, demorou alguns segundos para notar a presença de Emm, virou-se para ela, atrapalhado o suficiente para ser perceptível até para a mais bêbada delas – Você também. As duas foram incríveis!

James se enrolou todo, mas recebeu como resposta um sorriso simpático da morena. A ruiva sentiu as bochechas queimarem e o sorriso do garoto aumentou ao notar a garota, a qual ele ainda não sabia o nome, corar. Sirius, que ate então havia sumido, apareceu por trás, abraçando os ombros de James. Apresentara-se para todos, mas os olhos cravados na Emmeline. James sentiu vontade de mata-lo.

Marlene, a loira das quedas, se apresentou para eles e começou a empurrar as outras garotas desajeitadamente, Alice, que já corria em direção ao que deveria ser seu namorado, e Dorcas, que parecia querer esganar Sirius e segurava a mão de Emmeline com um pouco de possessividade demais para um ser tão fofo. James sacara, mas Sirius, se o fizera, não desistira. As três se afastaram, a ruiva olhou para as amigas certificando que Mals não daria outros beijos no chão, e Sirius puxou Emmeline para um papo mais privado. James não achava que ele conseguiria tão fácil. Duvidava que a morena cairia na dele. A ruiva sem-nome sentou em cima de um amplificador e o encarou. O moreno engoliu em seco.

— Posso tirar uma foto sua? – a pergunta saiu antes que ele pudesse segurar, mas a moça sorria.

 – Claro.

 – Sorria – James orientara, mas ela fizera uma careta fofa mordendo a língua. – Eu sou o James, e você?

 – Eu sou a... – sua fala fora interrompida quando Smell like Teen Spirit começou a tocar no bolso da garota. Ela o pegou e fez uma careta – Droga, eu preciso ir!

— Mas...

Os cabelos ruivos se movimentaram como ondas de sangue vivo enquanto ela corria pelo pub em direção a saída.

 – Ela me deu o telefone, mas n rolou nada – Sirius se aproximou na mesa, uns cinco minutos depois da fuga da ruiva. James estava chateado. Nem sabia o nome. Um fucking nome.

— Sinto muito pelo seu fracasso, - Peter começou risonho – Mas pelo menos você tem o telefone, James não sabe nem o nome.

 – Não por muito tempo – James falou maléfico e Remus se inclinou para ver o que o garoto fazia no celular.

— Vai postar a foto no Instagram e começar uma busca pela Cantora Ruiva Flamejante?

— Porque não? – James dera de ombros – Não é como se fosse parar a internet ou algo assim.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Já estão shippando quais casais? Esse capitulo é pra iludir mesmo, vai acontecer muita coisa entre eles que vocês nem imaginam.
Gostaria de falar que a protagonista é a Lily, mas a rainha da porrada toda é a Emme ♥
Vamos ter várias músicas ao longo do capítulo, escutem, ok?
Quero saber o que você acharam, comentem ♥



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