Órion escrita por Makemecry


Capítulo 12
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Estou no meu quarto quando a confusão começa, posso ouvir pessoas gritando ordens diferentes, há passos apressados por todos os lados. Eu sei o que está acontecendo, já passei por isso, eles estão invadindo o castelo.

Corro para o lado de fora a procura de Werner, o encontro comandando os outros guardas. Tudo o que consigo fazer é chamar pelo seu nome.

—Volte para o seu quarto agora, Naomi! Volte! —Sua voz soa acima de toda a confusão, seus olhos imploram para que eu obedeça.

—Você também tem que vir, eu não posso sem você. —Seguro com força o braço dele. —Eu… ordeno que você entre comigo! —Werner não presta atenção, apenas me manda voltar.

—Eu sou treinado para te proteger, me deixe fazer isso. —Ele me encara por alguns segundos. —Limparemos o caminho até levarmos você a um lugar seguro. —Balanço a cabeça negativamente. —Agora entre e espere por mim. Agora. —Não sou capaz de discutir com ele e entre no quarto, sinto o meu coração disparar.

Vai ficar tudo bem.

Estou encostada na parede quando algo se quebra. Me viro na direção de minha janela e a vejo se despedaçar. Alguém mascarado entra pela janela e corre em minha direção, consigo desviar a tempo, procurando algo para usar como arma. Jogo um livro de capa dura nele, mas não parece fazer muito efeito. Pego outro e, assim que ele parte em minha direção de novo, bato-o contra a cabeça do invasor, que cambaleia alguns segundos, tento correr em direção a penteadeira para pegar a minha faca, mas antes de percorrer metade do caminho, sou atingida por um soco, sinto a dor percorrer meu corpo imediadamente, mas não posso parar, chuto o agressor para longe e termino o trajeto até a penteadeira, abro a gaveta com violência e tiro a faca de dentro, posso ver o mascarado correr em minha direção de novo e arremesso a faca com precisão em seu peito.

Ele cai com violência no chão e fica imóvel, o sangue se espalha pelo chão.

A dor volta ainda mais forte, me encolho no chão e congelo. Aperto a minha mão contra a barriga e sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

—Naomi! —A voz de Werner domina o cômodo. —Minha nossa, Naomi! —Tento me levantar, mas as minhas pernas falham.

—Acabou? —A resposta dele soa abafada, posso escutá-lo dizendo que perdemos alguns dos guardas reais, mas que sim, acabou. —Onde está Jeanne? Ela está bem? —Assim que tento me levantar de novo, Werner já está pronto para não me deixar cair. —Sim, havia poucos invasores, provavelmente apenas algo para assustar.

—Eu estou bem, você não precisa me carregar. —Ele finge não me escutar. —O sangue lá não era meu, era do invasor. —Minto pois não quero que ele me leve ver a doutora, tenho medo do que pode ter acontecido.

—Não importa, eu quero que ela faça um exame geral em você, para garantir que está tudo no lugar. —Balanço a cabeça, estressada.

—Me deixe lá e vá cuidar das coisas mais importantes. —Werner para.

—Não há nada mais importante que você, Naomi. —Minha visão se enche de pontos pretos.

—Você tem um reino para cuidar e um castelo em estado de caos para reerguer. —Falo e passo a mão com suavidade em seu rosto. —Eu estou bem, e, assim que me recuperar, ajudarei você. —As outras alas médicas estão com poucos feridos, posso perceber isso. —E não se esqueça de tomar um banho, uma boa aparência é sempre necessária. —Assim que ele entra na sala da doutora Charlotte, ela corre em minha direção e dá algumas instruções para ele, e, assim que ele é obrigado a se retirar, adormeço.

 

Meus olhos doem com a claridade do local, assim que tento me levantar sinto mãos em meu corpo me impedindo de continuar.

—O que está acontecendo? Eu preciso… —Luto até que as pontadas de dor se tornam fortes demais para que eu possa continuar.

—Naomi, você não pode fazer isso toda vez que acordar! —A voz de Charlotte soa estressada. —Você precisa ficar em repouso.

—Ficar em repouso? —Olho ao redor e posso ver a doutora congelar. —O bebê…

—Quando você chegou já era tarde, querida. —Sinto um tipo diferente de dor, uma mais intensa do que eu achava ser possível. —Eu não pude fazer nada, ninguém poderia, mas você está bem, sem grandes… —Fecho os olhos com força.

—Saia. —Minha voz sai baixa mais firme, posso ouvir protestos e isso me irrita. — Saia daqui. AGORA. —Grito com raiva e sinto as lágrimas escorrerem e agradeço ao ouvir os passos acelerados da mulher e a batida forte da porta.

 

Não sei exatamente quando peguei no sono, também não sei como cheguei ao meu quarto e acordei vestida com os meus pijamas.

—Você já está melhor? —É a voz de Jeanne que ouço dessa vez, ela aparece ao meu lado com alguns remédios e um grande copo de água. —Ela me contou o que aconteceu, eu só gostaria que você soubesse que eu estou aqui para o que a senhora quiser. Charlie a liberou porque achou que assim a recuperação se tornaria mais… fácil, mas, mesmo assim, ela fará visitar e essas coisas de médicos. —Tomo os remédios, mas fico em silêncio, Jeanne me olha preocupada. —Você deve saber que Werner está se saindo muito bem como rei e está segurando as pontas enquanto você está fora. —Sinto meu coração ficar pesado demais. —Ele a visitava sempre que tinha a oportunidade, Charlotte até teve que pedir para ele reduzir o número de visitar e se controlar um pouco. —Posso ouvi-la rir um pouco. —Ele estava muito preocupado.

—Como ela explicou a minha… situação para ele? —Minha voz sai fraca.

—Disse que não era nada demais, que você estava mal assim por causa do trauma do que aconteceu. —Me levanto e posso ver a careta assustada que Jeanne faz, mas ela não me impede.

—Eu preciso ir. —Logo, Jeanne já está com as roupas prontas, me vestindo com agilidade e, ao mesmo tempo, cuidado.


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