Guerra de Amor escrita por Débora Silva
Numa fração de segundos ela levou a mão a barriga deitada no chão.
— Victorianoooo.
Gritou sentindo muita dor.
...
Uma das empregadas que ouviu o grito foi ate ela.
— Senhora... Ajoelhou-se... - O que aconteceu?
— Chame Victoriano, por favor.
Moveu-se sentindo muita dor, a empregada subiu bateu na porta mais ninguém saiu, ela entrou ouviu o chuveiro e foi ate a porta.
— Patrão?... Bateu e ele respondeu "Sim"... – D. Inês precisa do senhor ela caiu.
Victoriano no mesmo momento saiu enrolado na toalha... - Como assim?
— Não sei senhor eu ouvi o grito e fui ate ela... Sacudiu as mãos... – Ela não esta bem senhor.
— Fique com ela que eu vou me vesti.
A empregada saiu correndo e ele se vestiu o mais de pressa possível e desceu Inês estava chorando com a cabeça apoiada no colo da empregada ele se ajoelhou.
— O que aconteceu meu amor?
— Eu escorreguei... Faz cara de dor... - Nosso filho Victoriano.
Ela segurou o braço dele e ele a pegou no colo e saiu em direção ao carro a colocou e logo deu partida, foram os minutos mais longos de toda a vida deles, Inês se retorcia no banco do passageiro e Victoriano tentava acalmá-la e se acalmar o que não era nada fácil, entraram no hospital e ela foi levada.
...
Consultório de Henrique...
Henrique e Cassandra se encontravam no sofá namorando.
— E então já decidiu a data?
Ele diz.
— Sério que você quer que eu entre em um vestido branco novamente?
— Sim meu amor, você não quer?
— Por mim só moraríamos juntos é mais pratico e estaríamos juntos do mesmo jeito.
Henrique se levanta.
— Porque tanto medo ao casamento?
— Não é medo ao casamento meu amor... Levanta-se ficando frente a ele... - É o que ele trás com o tempo.
Da um beijo molhado nele quando o telefone toca, ele se afasta e atende, automaticamente olha Cassandra e desliga.
— Algum problema?
— É... É Inês...
— O que aconteceu com minha filha?
— Acabou de dar entrar parece que caiu, eu preciso ver ela.
— Eu vou com você.
Pega a bolsa e o olha... - Você não pode, é melhor ficar com Victoriano que não deve estar nada bem.
Ela assente da um beijo nele e vai ate Victoriano que andava de um lado para o outro impaciente e tentando entender como ela caiu, Cassandra tentou o acalmar por um bom tempo.
...
Uma hora depois...
Henrique chama Victoriano para conversa e o leva ate Inês, quando ele entrou foi correndo ate ela e a beijou, Inês tinha os olhos lavados de lagrimas ainda.
— Como está meu amor?
— Desde que eu cai eu não o senti mais mexer meu amor... Começa a chorar... - Tem algo errado e ele não quer dizer.
Victoriano olhou Henrique que se aproximou mais da cama.
— Seu bebê está bem Inês até o momento, e é por isso que eu os chamei aqui... Fez uma pausa... – Inês esta com 29 semanas e deveríamos segurar um pouco mais o parto dela.
— O que está acontecendo? Porque diz deveriam segurar? Vocês não vão? O que esta acontecendo com o meu bebê?
Estava aflita e não controlava as lagrimas.
— Meu amor calma.
Victoriano segurou a mão dela.
— Inês sua gestação não foi nada fácil desde o começo e com essa queda agravou um poucos as coisas, Miguel esta com os batimentos fracos se ate a tarde ele não apresentar uma melhora teremos que tira-lo.
— É muito cedo, não pode.
Ela diz em pânico.
— E porque já não fazem isso agora?... Victoriano perguntou... - É arriscado mais é a vida do meu filho, quais as chances de um prematuro?
— Podemos fazer mais com o consentimento dos dois, hoje um bebê prematuro tem mais chances de sobreviver do que antigamente e o bebê de vocês é saudável.
— Victoriano... O olhou chorosa... - Nos deixe a sós doutor.
Henrique sai os deixando a sós.
— Meu amor...
Victoriano começa a falar mais ela o corta... – Não Victoriano, ele é muito pequeno pra nascer agora.
Tenta se arrumar na cama mais sente dor.
— Meu amor, eu sei que ele é muito pequeno ainda pra nascer mais se o coraçãozinho dele esta fraco não podemos arriscar a vida dele.
— Victoriano se eu perder o meu bebê eu não vou aguentar, eu suporto tudo menos a perda de um filho.
Ele a abraçou... – Vai dar tudo certo esse é um dos melhores hospitais.
— Eu não vou decidir nada agora esperamos ate a tarde, Miguel vai ficar bem, ele já aguentou de tudo, não vai desistir agora.
Acariciou a barriga deixando as lagrimas cair, Victoriano ficou com ela o resto da tarde, Cassandra também, Esperança e Nicolas também foram mais logo voltaram pra casa.
Era noite quando Inês foi novamente levada para os exames estava angustiada e suava frio apertando a mão de victoriano, quando Henrique colocou o gel em sua barriga fechou os olhos e foi impossível não deixar as lagrimas caírem.
— Olha eu tenho que admitir o filho de vocês é um verdadeiro guerreiro... Inês abriu os olhos ao ouvir o som... – Esse é o coração do seu bebê.
Não ouve como o choro tomou conta do lugar, Victoriano a abraçou forte sentindo seu coração sair da boca, Inês mal conseguia respirar pelas muitas lagrimas que lhe escorriam pelo rosto.
— Isso não diminui os riscos Inês, ele pode nascer a qualquer momento por isso te peço repouso e nada, quando digo nada é nada de esforço vou te acompanhar semanalmente pra que vocês não corram risco e você Victoriano atenção dobrada nela sei que ela adora se aventurar... Sorriu... – Te deixarei em observação ate amanha só por precaução.
Limpou a barriga dela e um enfermeiro veio e a levou para o quarto, ouviam se respirações de alívios e sorrisos dos dois, era mais uma que João Miguel ganhava.
...
Algumas semanas depois
Era domingo e todos se encontravam na mesa almoçando era aniversario de Henrique e eles resolveram fazer somente um almoço para não desgastar Inês que conseguia levar a gravidez tranquila ate o momento, era uma alegria só risadas para todos os lados, brincadeiras e o mais importa demonstração de afeto de todos os casais presente.
— Quer mais sobremesa meu amor?
Victoriano diz mostrando o mousse de chocolate na mesa.
— Só mais um pouquinho, estou cheia.
Ela coça o nariz parecendo que iria expirar e de fato queria mais não conseguia, Victoriano a serviu e a olhou.
— Esta bem?
— Acho que eu vou fi... Menção de espirar... – Doente.
— Quer subir?
Chegou mais perto e ela o afastou e espirou três vezes seguido e o olhou com os olhos arregalados.
— Acho que eu fiz xixi ou Miguel... Sentiu-se molhar mais... – Amor.
— O que foi filha?
Victoriano estava branco a frente dela sem saber como reagir.
— Mamãe. Miguel vai nascer... Sorri... – Da água pra ele.
Aponta Victoriano que estava imóvel, Henrique se aproximou de Inês.
— Esta sentindo contração?... Negou com a cabeça... – Ótimo assim nos da tempo de chegar ao hospital.
Ele a ajuda se levantar e ela toca o rosto de Victoriano... – Amor va... Aaaaaa.
Tocou a barriga e Victoriano se levantou no mesmo momento saindo do transe e a ajudando a ir até o carro.
...
Henrique entrou na sala de parto, Inês já estava posicionada e Victoriano ao seu lado segurando sua mão, ela esta um pouco avermelhada pelas seguidas contrações que sentia
— Pronta pra conhecer seu guerreiro?... Ela confirmou com a cabeça... – Então vamos faça força quando eu contar ate três, 1,2 e 3.
Inês empurrou umas dez vezes ate que ouviu o choro de seu bebê, encostou a cabeça na maca e respirou aliviada e agradecendo a deus por dar a chance de ser mãe novamente e do homem que sempre amou, a enfermeira entregou Miguel a Inês que beijou seus cabelos pretos tinha choro forte, Victoriano ficou todo bobo vendo aquela cena Inês o olhou e ele beijou os lábios dela selando aquele momento.
"Por fim o gran final feliz"
João Miguel nasceu de 35 semanas: 45 centímetros - 2.700 gramas.
Continua!
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