Friends Love escrita por Valy Redfield Grayson, Pinkie Bye


Capítulo 6
A fábrica Reino Doce


Notas iniciais do capítulo

Eaí meu povs!
Quem está postando aqui hoje é a Bia, mas o capítulo foi escrito por nós duas! Eu & Eve.
Primeiramente:
Feliz natal para vocês!!!! Não somos o papai noel mas este é o nosso presentão
Segundamente: obrigada pelos comentários e pelos favoritos, foi nossa primeira fic FinnJuba! E nem sei explicar o quanto quero os agradecer pelo carinho, espero de coração que vocês gostem deste epílogo e que não tenham desistido de nós por causa da nossa inacabável demorar.
Espero ver vocês nas nossas próximas fics!
Bem, vou ter que ir, tenho que ajudar minhas mãe com os doces, festa de natal aqui em casa. Huehue. Tá uma loucura aqui, para ter ideia quase quebrei meu foninho agora a pouco. Kkkkk. #Maior_correria_aqui. E olha, ainda tem muito parente para chegar ainda Kkkkk
Enfim, Boas festas para vocês! Feliz natal e um prospero ano novo!
Espero que gostem. Bjos❤
Amo vocês com todo o meu coração❤❤



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Bonnibel

 

TRIIM! TRIIM! TRIIM!

O despertador tocou, me acordando mais uma vez do meu mundo dos sonhos. Tive um sonho tão estranho e romântico com o Finn...

Me levantei e fui para o banheiro tomar banho, escovar os dentes e o cabelo, fazer minhas necessidades, sabe, as coisas básicas. Além de gostar de ficar limpa, eu tinha que me encontrar com a Marcy hoje no Reino Doce.

Ah, não sei se vai me fazer bem voltar ao Reino Doce, talvez me faça lembrar do Finn... Para Bonnibel! Nada de pensar no Finn hoje!

Bufei.

Depois de tomar banho, fui para a cozinha preparar meu café, e como sempre, meu irmão não estava em casa. Ele chegou tarde ontem e saiu cedo hoje. Ele trabalha muito mesmo, espero que um dia eu não acabe ficando igual a ele, trabalhando o dia inteiro sem tempo para mim e para a família.

Fui até a geladeira, peguei a manteiga e a coloquei sobre a mesa. Depois, abri o forno e peguei uma torrada, colocando-a também em cima da mesa. Passei a manteiga na torrada e a comi. Depois voltei e peguei a travessa com as torradas. Estava comendo tranquilamente quando meu celular vibrou.

Era Marceline.

Maravilha! O que ela quer logo cedo?

Atendi a chamada, ouvindo a voz estridente do outro lado do telefone.

— E aí, Tutti-Frutti! Está pronta para começarmos o dia?

Arqueei uma sobrancelha, confusa.

— Começar o dia?

— É, ou por acaso esqueceu que hoje iríamos à fábrica do Reino Doce?

Soltei um suspiro, era claro que eu lembrava.

— Sim, sim, me lembro. Mas não sei qual é o seu interesse em me levar lá justo hoje, Marceline.

— Talvez seja para eu te tirar desse poço de bad em que você está — Balancei a cabeça, indignada.

— Eu não estou na bad, Marceline.

— Vai mentindo, Jujuba, mas o que interessa, de fato, é que estarei aí na sua porta às 10 horas. Então, você tem meia hora para se arrumar, e nem adianta reclamar. Tchau!

Antes mesmo de poder retrucar, a filha da mãe havia desligado na minha cara.

Hm, chata...murmurei para mim mesma. Quando estava prestes a me virar, ouvi o som de uma mensagem de texto chegando.

“Não esqueça de se arrumar apresentavelmente e ficar podre de linda, Bonnie ;)”, dizia a mensagem.

Sorri ao ver a tela do celular. Apesar da inconveniência da Marceline, ela tinha razão. Eu precisava sair e me distrair um pouco para parar de pensar nesse garoto que só me fazia infeliz.

Fui até o meu guarda-roupa e comecei a avaliar meus vestidos. Por fim, escolhi um branco com estampas florais vermelhas e rendas delicadas nas pontas, que ia até acima do meu joelho. Peguei também meus brincos de pérolas e uma tiara para combinar. Decidi usar sapatilhas mesmo.

Quando terminei de me vestir, me olhei no espelho para ver o resultado. Fiz uma trança lateral como acabamento e coloquei a tiara. Como não sou muito fã de maquiagem, passei o básico: um batom rosa e máscara de cílios.

No exato momento em que acabei, a campainha tocou anunciando a chegada da Marceline. Fui até a entrada e abri a porta, vendo o ser que parecia nunca pegar sol parado na minha frente.

— Pronta, Jujubinha? Ghr! Você devia deixar esses vestidinhos de lado um pouco, não acha?

Ela usava o “estilo Marceline” de sempre: calças jeans escuras rasgadas, uma blusa de alça com a imagem de uma caveira e pequenas fendas abertas dos lados. Pulseiras grossas e colares não faltavam e o batom roxo também.

— Alguma coisa contra vestidos? — retruquei.

— Tudo!

Rimos e descemos os pequenos degraus, tranquei a porta de casa.

Marceline havia chamado um táxi. O Reino Doce não ficava tão longe assim de onde eu morava, mas para ir caminhando até lá, iríamos gastar uma boa parte da manhã.

Assim que o táxi chegou, entramos e demos o endereço. O silêncio tomou conta do automóvel, dando um certo desconforto. Eu olhava as árvores passarem do lado de fora da janela e observei um rapaz loiro na calçada. E quem foi a primeira pessoa em que fui pensar? Isso mesmo, o idiota do Finn! Realmente, às vezes tenho certa raiva de mim mesma.

— Pensando no Finn, é? — Olhei para a minha amiga idiota com os olhos levemente arregalados e alarmada.

— Quê! Claro que não! Ficou louca?!

— Bingo! Seu nervosismo entrega tudo, Rosinha — Realmente é irritante quando a pessoa te conhece mais do que você mesma. — Então, ainda estão de frescura.

Pisquei os olhos, sorrindo em descrença.

— Não é frescura, Marceline. Eu só não vou ficar sendo feita de trouxa pro resto da vida.

— Isso envolve, de certa forma, a Phoebe, tô certa? — Fiquei em silêncio, encarando minhas mãos pousadas sobre minhas pernas. — Hmm, é ciúme!

— Claro que não! Ciúme, há! Muito engraçado. — disse com certo desespero.

Não demorou muito para chegarmos em nosso destino. Repartimos o preço da corrida e descemos.

— É ciúme sim, eu sei. — continuou Marceline, provocativa. Revirei os olhos em desgosto.

— Eu não tenho ciúmes do idiota do Finn, Marcy, até parece. Cada um com seus amores, né?

— Bem, já que você afirma tanto assim. — Deu de ombros. — Você não está. — Ela olhou descontraidamente para os lados. — Jujubinha vou ali naquela barraca de cupcakes ali comer um cupcake vermelho. É rapidinho. — Saiu andando em direção a uma das pequenas barracas.

Bufei pesadamente e me sentei em um puf em formato de um cupcake gigante, olhei para meu relógio... Que legal! Esqueci o relógio! Bufei de novo começando a ficar levemente irritada quando senti alguém chegar por trás de mim.

— Marceline! Eu sei que você está aí. — declarei.

Essa mesma pessoa tampou meus olhos com suas mãos rosadas... Pera, a Marcy não tem mãos cor de rosa!

E ouvi o ser dizendo:

— Adivinha!

— Finn! — gritei automaticamente. O que aquele idiota está fazendo aqui?

Pulei para frente e ele soltou suas mãos do meu rosto. Olhei estupefata para o garoto a minha frente que estava fantasiado de... Super-herói?? WTF?!

— O que você está fazendo aqui e que raio de roupa é essa?!

Ele riu sem graça e coçou o pescoço, tentando achar alguma desculpa.

— Olha só, mas que surpresa agradável te ver aqui justo hoje, Bonnie. — Sorriu amarelo tentando disfarçar. Ah, eu que não caiu nessa!

— Fala logo Finn, o que faz aqui justo na hora que a Marceline resolveu me deixar sozinha e...? Espera.

Pensando agora, Marceline estava muito feliz hoje e parecia muito interessada no que estava acontecendo entre mim e o Finn no táxi. Ah, mas se aquela peste com cara de defunta da Marceline estiver aprontando algo, ela vai se ver comigo.

— Na verdade, hoje é aniversário da fábrica Reino Doce — justificou Finn com a voz calma e eu me virei para ele prestando atenção em suas palavras. — Aqui é o meu... nosso lugar favorito, não por ser uma fábrica de doces, mas porque esse ambiente me deixa tranquilo, mais leve e todos os problemas parecem desaparecer aqui. E também este é um lugar que me faz lembrar de você, Bonnie.

Franzi o cenho em confusão, olhando-o e abri a boca diversas vezes antes de lhe perguntar:

— E por que você iria querer se lembrar de mim?

Ele pareceu baixar seu olhar por um instante.

— E por que eu não lembraria de você? Acha que eu seria tão canalha em me esquecer de você por um simples mal-entendido?

— Pois é o que aparenta ser, Finn, e quem me dera ser um mal-entendido.

Não conseguia compreender o que se passava na cabeça do Finn. Primeiro, ele se afasta de modo frio e me ignorava praticamente todos os dias na escola. Mesmo que ele viesse dar o seu “bom dia” monótono, ele ignorava meus sentimentos, nossa amizade, nossa vida de antes.

— Por favor, Bonnie, eu quero conversar sinceramente com você, sem discussões, sem nada, apenas quero que esclareçamos o que estamos sentindo um pelo outro, como bons amigos que somos.

Fiquei um pouco relutante com isso, não queria me magoar mais ainda, mas no fundo, queria saber o que Finn queria me dizer, pois ele parecia sincero. Suspirei pesadamente.

— Tudo bem, eu quero ouvir a desculpa que você vai ter.

— Bom... então, aceita dar uma volta comigo? — perguntou, me estendendo sua mão.

O olhei por alguns instantes, vendo sua feição serena que me deixava tão desnorteada. Mas não cedi, ainda estava magoada, portanto passei em sua frente rapidamente.

— Vamos logo então.

 

Finn

 

Entramos na fábrica pelo enorme portão principal, que era quadrado e rosa, e as paredes ao redor pareciam verdadeiramente feitas de doces. Por dentro, a fábrica parecia a mesma coisa de um ano e meio atrás, exceto pela parede que antes era roxo claro, agora rosa fluorescente. Até os funcionários, vestidos como doces, pareciam os mesmos.

— Aqui não mudou nada. — comentei, tentando quebrar o silêncio.

— Não mesmo. — Ela afirmou, sem olhar nos meus olhos. Fiz um biquinho e suspirei fundo.

— Bem, podemos conversar, Bonnie? — perguntei, olhando para ela.

— Claro, mas onde podemos conversar? Essa fábrica ainda é enorme. — respondeu, e eu ri baixinho.

— Venha. — Peguei o pulso dela e a levei para a terceira parte da fábrica, que era a parte que mais gostávamos. Era lá que os doces começavam a tomar forma, depois dos dois primeiros processos de preparar a massa e assar. Lá, eles eram confeitados pelos funcionários vestidos como bananas. Um vidro longo e transparente, somente para nós, como os das delegacias, nos separava do processo.

— Nossa! — Bonnie começou a exclamar, admirada. — Eu adoro essa parte! Aqui parece que os doces...

— Ganham vida. — completei a frase, sorrindo.

Ela me encarou estupefata.

— Co-como...?

— Nós temos pensamentos iguais. — Lancei um sorriso sincero para ela, e suas bochechas ficaram um pouco avermelhadas. Que fofa!

Continuamos a ver o processo. Depois de um tempo, tomei coragem e comecei a falar, sem encará-la.

— Bonnie... — “Ai, cara, como eu começo?”. Cocei a nuca, tentando achar as palavras certas, e engoli em seco. — Sabe, eu percebi que ultimamente nós dois estamos, tecnicamente, distantes. Tudo bem que nos vemos de segunda à sexta na escola, mas eu me sinto distante de você e não estou me sentindo bem com isso. Tudo bem que a gente troca algumas palavras, mas... desde que eu e a Phoebe começamos a sair... você sabe, nos afastamos. Eu queria saber se eu fiz alguma coisa de errado para isso acontecer e... como eu poderia consertar...

— Finn — Sua doce voz me chamou. — Você não fez nada de errado.

— Não? — A encarei, incrédulo.

— Não. Nenhum de nós fez, mas o tempo foi nosso inimigo, crescemos, mudamos nossos jeitos e sentimentos em relação um ao outro. — Ela deu uma pequena pausa para suspirar, o que embasou um pouco o vidro à nossa frente. — Sabe, quando você começou a namorar com a Phoebe, eu pensei: “Nossa, como alguém como o Finn pôde se apaixonar por uma menina que nem a Phoebe?”

Ela riu sem graça, limpando com uma das mãos o vidro embasado. Prosseguiu:

— Vocês poderiam ter vários pontos em comum e sempre se deram muito bem, mas eu não gostava disso, pra mim vocês não eram compatíveis. Talvez possa parecer egoísmo da minha parte, mas... Eu não queria que você e a Phoebe namorassem, eu sempre pensei que, se vocês começassem um relacionamento, nós dois iríamos nos afastar um do outro e... Isso acabou por acontecer mesmo.

— Infelizmente...

— Apesar disso, reconheço que só pensei em mim, que me neguei em enxergar a verdade que uma hora ou outra isso teria que acontecer, assim como eu mudei, você também iria mudar e mesmo que eu e Phoebe nunca nos déssemos bem, eu não podia colocar minhas vontades por cima das suas... Mas foi muito difícil pra mim ver você mudar drasticamente dessa forma e ter que disfarçar que estava feliz quando realmente não estava... e ter que engolir seu namoro mesmo sabendo que aquilo não é o melhor pra você. Isso me machucava.

Bonnie terminou olhando para o chão, com uma voz chorona. Fiquei sem reação. Eu mudei tanto nesses últimos anos e nem percebi?

— Bonnie... Eu... Eu... — Tentei falar alguma coisa, mas as frases morriam em minha garganta.

— Desculpa, Finn... — Pediu baixinho.

Fiquei parado, imóvel, enquanto suas palavras reverberavam na minha mente, martelando meu peito com força. Atordoado, tentei processar tudo o que ela havia dito, porém nada fazia sentido. Foi só quando vi Bonnie caminhando em direção ao quarto bloco da fábrica que percebi que tinha que correr atrás dela. Meu coração acelerou, uma mistura de medo e esperança tomou conta de mim, e eu não podia deixá-la ir.

Corri desesperadamente pela fábrica, tentando encontrá-la, entretanto não a encontrava em lugar algum. Coloquei as mãos na cabeça, começando a me preocupar. Por que eu sempre acabo magoando as pessoas mais especiais da minha vida?

Bonnie sofreu em silêncio todo esse tempo, enquanto eu queria fingir que não enxergava a verdade. Sempre estivemos juntos nas melhores e piores horas, e sempre sentíamos as dores um do outro, prova de que éramos tão ligados emocionalmente.

Pensando agora, mesmo que eu não estivesse nas melhores horas, bastava Bonnie abrir um dos seus melhores sorrisos que as angústias pareciam sumir. Ela sempre me entendeu, me motivou, me repreendeu quando eu estava errado. Quando tínhamos 12 anos, inventávamos nossa própria aventura, onde eu sempre era o herói que salvava a princesa indefesa, no caso, Bonnie.

Mas de indefesa ela não tinha nada. Uma menina inteligente, guerreira, gentil e destemida, ela sempre foi assim. Até hoje, a maior prova que tive de que essa garota vale ouro foi esconder suas tristezas apenas para não me machucar.

Ao lado da Bonnie, vivi coisas e senti coisas que nunca senti com a Phoebe. Apesar de sentir atração ou um carinho pela Phoebe, o que sinto pela Bonnie não se compara ao que senti por nenhuma garota na minha vida.

Como pude ser tão tolo em relação aos meus próprios sentimentos? Deixei de ser o herói e me tornei o vilão da garota da minha vida.

Comecei a andar novamente pelos corredores da fábrica e a cada passo que dava, uma imagem do sorriso da Bonnie aparecia em minha mente. As gargalhadas, os abraços... Foi quando voltei meu olhar para frente e me deparei com a paisagem de uma macieira, repleta por aquelas frutas vermelhas que em contraste com o verde das folhas se tornava uma visão esplêndida. Um pequeno banco embaixo da árvore tornava o ambiente tranquilo ainda mais lindo. O Reino Doce teve uma ideia meio louca de colocar essa macieira dentro do prédio, mas foi nesse local... Espera! Eu... Me lembro.

Uma garota de cabelos loiros e uma coroa amarela na cabeça tornou aquela paisagem um tanto curiosa. Ela estava sentada em um banco de madeira pintado de branco enquanto balançava os pequenos pés. Até que eu, um garoto de cabelos loiros e capuz estranhamente em formato de orelhas de coelho, corri até ela sorridente segurando uma caixa cheia de doces.

— Jujubas para outra Jujuba — sorri, a entregando a caixa. Ela me olhou sorrindo.

— Só você mesmo, e essa fantasia fica horrível em você! — acusou fingindo indiferença e pegando uma das Jujubas.

— Ei! Não fale mal do meu capuz de super-herói! — Cruzei os braços, emburrado. Minha voz era fina.

— E o nome do seu personagem vai se chamar Finn mesmo?

— Sim, acho que fica mais interessante. Então será o herói Finn, a princesa Jujuba e o fiel cão companheiro, Jake — Sorri, orgulhoso de mim mesmo.

— Só você mesmo para colocar o Jake como um cachorro.

— Mas eu sempre quis ter um cachorro.

A menina gargalhou.

— Eu até entendo. Mas isso não anula o fato de ter chamado o Jake de cachorro.

— Oras, ele não pode reclamar, ele é um cão com habilidades iguais às do Homem-Elástico, veja.

De dentro do bolso, tirei uma folha de papel que continha um desenho de meus imagináveis personagens e a mostrei.

— Nossa, ficou muito bom — elogiou com sinceridade.

— E para a sua curiosidade, o nome do nosso reino vai se chamar Reino Doce, quem sabe algum dia viremos cartunistas e lançamos nosso próprio desenho chamado “Hora de Aventura”.

— É, quem sabe. Sonhar não custa nada.

Um silêncio prevaleceu entre nós, até que o quebrei.

— Ei, Bonnie, eu sei que essa é a primeira vez que você vem no Reino Doce, então este local vai ser muito especial para nós daqui em diante.

Bonnie me olhou com curiosidade.

— Por quê? — perguntou com os olhos brilhantes.

— Porque — Dessa vez tinha tirado do bolso duas fitinhas, uma branca e outra rosa que estendi para ela. — Daqui em diante vamos firmar nossa amizade e parceria, então amigos até o infinito?

Bonnie me olhou firmemente, enquanto uma felicidade imensa surgia dentro de si.

— Sim! — exclamou eufórica e fechei os olhos sorrindo antes de amarrar as fitinhas em nossos pulsos.

Meu coração voltou a bater mais forte enquanto eu dava passos lentos olhando para a macieira. A cada passo, meu coração batia mais freneticamente, e quando minha visão alcançou uma cabeleira rosa por trás da macieira, meu mundo girou. Bonnie estava com os olhos vidrados na árvore, enquanto suas bochechas eram marcadas pelas finas lágrimas que escorriam de seus olhos. Em suas mãos, ela segurava uma fita. Meus olhos se arregalaram, e automaticamente levei minha mão até o bolso da minha calça, tirando de lá uma fita branca.

Não sabia se devia sorrir ou chorar, mas quando percebi, já estava caminhando em direção à garota que mantive em meu coração por anos. Ela estava de costas e não me viu chegar, então segurei levemente em seus ombros e a virei para a frente. Ela parecia surpresa ao me ver, e tudo que pude fazer foi sorrir. Quando olhei em seus olhos, o mundo parecia fazer sentido.

— Me desculpa, Bonnie, por ser cego em relação a você por tanto tempo.

Levei minhas mãos até seu rosto e limpei suas lágrimas com o polegar.

— A verdade é que jamais conseguiria passar um minuto longe de você, pois é a razão dos meus sorrisos de manhã cedo, a primeira pessoa que penso ao acordar e ao deitar novamente. Talvez a vida tenha nos afastado apenas para que eu pudesse abrir os olhos de verdade e finalmente entender...

Peguei sua mão e a juntei à minha, que ainda segurava a fitinha. Bonnie arregalou os olhos ao ver nossas mãos juntas, segurando nossos símbolos de que nunca nos separaríamos. Ficou sem palavras, então ergui seu queixo, me aproximando e deixando aquela sensação de felicidade me invadir e me levar para onde quer que fosse.

— Que você é a pessoa mais especial em minha vida, e eu te amo! — admiti, finalmente conseguindo pronunciar aquela palavra. — Me deixa ser seu herói por hoje e tirar toda essa dor de dentro de você. — Juntei nossos lábios em um beijo calmo e apaixonante.

O beijo durou longos segundos, segundos estes, que foram os melhores da minha vida. Só parei de beijar seus doces lábios por causa da grande vilã dos beijos, a maldita falta de ar. Me separei um pouco dela e a olhei nos olhos.

— Bonnie, você aceita que eu seja seu herói, minha princesa? — perguntei, meio hipnotizado pelo que acabara de acontecer.

— Finn — Seu rosto corou um pouco. — Eu... adoraria — Sorriu. — Mas e quanto a Phoebe?

— Ela veio conversar comigo e decidimos que terminar seria o melhor.

— Espero não ter causado isso.

— Que isso, foi uma decisão mutua. Havíamos perdido a harmonia.

— Bom... Até que enfim uma decisão sábia sua — Sorriu de novo para mim e voluntariamente eu abri um sorriso também.

Ficamos nos encarando até que ela quebrar o silêncio.

— Finn, você não imagina o quanto estou feliz — disse com os olhos embaçados de lágrimas — Essas foram as palavras mais bonitas que já recebi em toda minha vida... e eu sempre serei sua princesa, Finn... eu também te amo.

Meu peito se aqueceu com as palavras que recebi e me senti o homem mais feliz de todos por poder apreciar as palavras e o doce olhar dessa garota que é diferente de todas as outras. Quando íamos aproximar nossos rostos, alguém pigarreou atrás de nós.

Aham! Tá tudo muito lindo, tá tudo muito fofo...

Tinha que ser a Marceline para atrapalhar esse momento. Ela estava com uma sacola de doces no braço enquanto degustava de um pacote tamanho família de ruffles.

— Mas seria bom se vocês parassem para agradecer a mamãe aqui, que patrocinou esse encontro de milhões.

— Valeu Marceline. — Batemos um toca aqui.

— Sabia que tinha dedo seu nisso. — Bonnie acusou.

— E você não gostou?

— Adorei. — Riu.

— Que bom. E além disso, consegui ganhar doces e batatinhas de graça, ah e se você pensa que eu esqueci dos meus DVDs, senhorita Bonnibel, está muito enganada, quero de volta, ouviu? — cobrou, apontando o dedo para Bonnie e colocando uma batatinha na boca.

— Até parece que sou uma ladra, Marcy — Bonnie revirou os olhos.

— Nunca se sabe.

Depois que Marceline resolveu sair dali, nos deixando sozinhos mais uma vez, comecei a olhar para a bela paisagem do local onde estávamos.

— Este lugar faz milagres, não acha? — disse para ela, sorrindo.

— É o nosso lugar de sorte.

— E já que tantas coisas boas aconteceram exatamente aqui, me permita fazer acontecer mais uma — Olhei no fundo dos olhos dela, segurei suas mãos e me ajoelhei em sua frente. — Sei que isso é muito clichê, mas aceita ser minha namorada?

Bonnie ficou calada por alguns instantes, surpresa, e sua expressão não parecia muito contente, o que me fez ficar nervoso.

— É claro que... Eu aceito, Finn! — gritou, abrindo um enorme sorriso e se jogando nos meus braços.

Eu a abracei como se minha vida dependesse disso, me sentindo o homem mais feliz da vida. Olhei para seu rosto corado, vendo como ela ficava linda dessa forma. Sorri antes de juntar nossos lábios em um beijo apaixonado. Era como se nossas bocas fossem feitas para se encaixarem perfeitamente.

É, Finn, parece que a vida te deu um dos maiores presentes que você poderia receber: A garota mais perfeita do mundo e perfeita para você.

Às vezes, precisamos de um choque de realidade para finalmente acordarmos e percebermos que, em todo o tempo que estivemos procurando por nossa felicidade, ela pode estar bem na nossa frente, sem nem percebermos. Hoje, vejo que a minha felicidade se resume a Bonnie.


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