O idiota mais que perfeito escrita por SukYan


Capítulo 27
Capítulo XXVIII




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VISÃO MELISSA

Eu não sabia o que estava fazendo. A ultima coisa que eu queria era o usar o meu melhor amigo como consolo, mas algo que emitia dele, me fazia querer aproximar-me mais.

Jimin era o oposto do Yoongi, era doce, calmo, sensível e fofo. O Yoongi sabia ser doce e fofo quando queria, mas ele era quente, era uma tentação, um prazer viciante.

Separei-me dos lábios doces e macios que o Jimin tinha, abrindo os olhos lentamente... Realmente eu aproveitei do começo ao fim, mesmo sabendo que estava errada em fazer isso.

— M-me desculpe. – Falei sem olhar em seus olhos. – Não quero que entenda errado, não quero te fazer de consolo.

— Calma Mel, eu sei que você não quer me machucar e nem me fazer de consolo. Se caso um dia quiser ficar comigo, eu estarei aqui te esperando de braços abertos.

— Jimin... Eu gostaria tanto de poder mandar em meu coração. Você me acalma me faz bem, mas meu coração só aceita sofrer.

— Shiii... – ele me abraça. – Não se torture mais.

Acabei adormecendo embriagada em seu perfume.

XXX

Sinto ser carregada e logo depois deitada em um lugar quente e macio. Algo se deita ao meu lado e logo reconheço seu doce cheiro. Abro os olhos lentamente e lá vejo meu amigo deitado em frente a mim me encarando.

— Desculpe, não queria te acordar. – ele acaricia meus cabelos.

— Tudo bem. – Levo minha mão lentamente ao seu rosto o acariciando com o polegar. – Tão macia a sua pele, parece um bebê.

Ele sorri, e é um doce e gostoso sorriso. Jimin segura minha mão e a acaricia também com o polegar então encarei suas pequenas mãos e desviei minha atenção para seus olhos.

— Vou sentir sua falta, vou sentir falta desses momentos. – Saiu quase como um sussurro.

— Eu também.

Aproximei-me e ele me abraçou e mais uma vez o cansaço me venceu e acabei dormindo ali em meio ao calor que emanava de seu corpo.

XXX

O dia clareou e escuto meu celular tocar. Ainda estava presa aos braços dele, o que me deixa quente e confortável.

— Alô? – Falo baixo sem querer acordá-lo.

Filha, onde está? Nosso voo foi remarcado para tarde... Fiquei preocupado.

— Calma pai, estou com meu amigo Jimin.

Dormiu com ele?

— Humrum.

Ele é um ótimo amigo, gosto desse rapaz.

Em episódios antigos, meu pai o conheceu, e ambos ficaram “amigos”. Meu pai realmente gosta muito dele e lamento ele não poder vir conosco.

— É sim... Bem pai, terei que desligar, ele ainda tá dormindo não quero acordá-lo. Antes do meio dia eu chego em casa.

Tudo bem filha, cuide-se.

— Era seu pai? – Jimin lentamente abre os olhos.

— Sim, ele estava me procurando.

— Você já tem que ir?

— Não, meu voo foi remarcado para a tarde.

— Que bom.

— Você tá uma graça com esse cabelo bagunçado e o rosto inchado! – Aperto sua bochecha enquanto esboço um sorriso.

— Você também. – ele passa as mãos em meus cabelos que devem estar parecendo que passou um furacão.

— Qual a próxima parada?

— Que tal o café da manhã?

— Amém! Meu estômago já estava reclamando.

— Falando assim, nem parece que te dei comida ontem à noite!

— Não foi o suficiente!

Rimos.

— Toma! – ele me joga uma escova de dente ainda na embalagem. – Não quero que assuste ninguém com seu bafo de leão.

— Hahaha, digo o mesmo, senti até uma catinga de urubu daqui... Meu Deus. – Disse brincando com a mão no nariz.

Escovamos os dentes e fomos a um café perto da minha casa.

Pedimos panquecas e dois americanos.

— Mel, eu tenho um presente para você.

— Outro? – Levanto as sobrancelhas.

Ele retira uma caixinha de veludo cor vinho e empurra em minha direção.

— Aqui. – ele lentamente abre a caixinha e revela um lindo colar.

— Jimin... Não precisava.

— Eu queria que você levasse um presente meu... E que você usasse-o sempre.

— É lindo... – Levanto o colar. – Onde eu for eu levarei você no meu coração, Jimin.

Ele se levanta e se posiciona atrás de mim e se oferece para por o colar.

Seu toque em minha pele era quente, mas não me dava a mesma sensação de calor e formigamento, muito pelo contrário, era de aconchego e carinho.

Ele prende o pingente do colar e logo se vira para me olhar.

— Ficou lindo em você.

Apesar de ser simples com uma pequena pedra brilhante, mas era lindo.

— Obrigada. – sorri.

Ele sorriu de volta.

Logo surge uma barulheira no lugar e vemos cinco rapazes vindo em nossa direção.

— Quer dizer que a senhora vai embora e não se despede da gente? – Hoseok dramatizava.

— Muito feio isso viu! – Jin sorri.

— Oh meu Deus, e ela ainda se dizia nossa amiga. – Taehyung se jogava no chão e tentava fazer uma expressão triste.

— Meninos, comportem-se! – Namjoon interferiu.

— Depois eu sou o criança! – Exclamava Jungkook com birra.

— Claro que vocês são meus amigos. – Levantei-me e abri os braços para que pudessem me abraçar.

Demos um abraço coletivo e ambos dizíamos que sentiríamos saudades.


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