Guardiões escrita por Hikari


Capítulo 1
Único




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No mundo em que vivemos, cada criança é protegida e guiada por um signo de um dos horóscopos existentes. Essas crianças podem ter como Guardião um dos servos ou, se for muito importante, um líder de signo. Esses Guardiões geralmente vêm da cultura em que a criança nasceu e são designados às crianças assim que a gravidez começa.

Os Guardiões só podem vê-las no parto, então, tudo é sempre uma ansiedade para esses seres, principalmente para os lideres, que só tinham afilhados raramente.

Por isso Gemini, um homem de cabelo preto e branco e olhos heterocromáticos da mesma cor, não via a hora do parto de sua criança. Depois de séculos, finalmente alguém para proteger e ter orgulho. Era a hora de mais um ser racional impactar o mundo, e esse ser estava para nascer daqui à uma hora. E era para a sala de parto que ele iria agora.

*****

Já na sala que se enchia de gritos, Gemini viu uma figura conhecida, Mei Long, cabelos pretos e olhos vermelhos como sangue, o signo Dragão Chinês. Por que ele estava ali? Não haviam passado lhe nenhuma informação sobre gêmeos.

— O que faz aqui, Long? Não me lembro de ter sido informado sobre gêmeos. - Nunca gostou de Long, sempre foi muito arrogante, além de ser virado para lua.

— Também não fui informado sobre gêmeos, só sei que... – Long foi interrompido devido a um choro que encheu a sala. Um choro fino e irritante, mas que parecia a melhor música para os ouvidos dos Signos Líderes. Sua protegida tinha começado seu primeiro dia no mundo.

A pequenina foi colocada na incubadora. Nascera prematura, dois meses antes do normal.

Dragão e Gêmeos olhavam encantados para o pequenino ser que iriam proteger. A felicidade que transbordava dos dois era tão forte que até mesmo os humanos na sala de parto e na sala de espera sentiram.

— Ela é tão pequena. – Dragão e Gêmeos falaram juntos e, ao perceberem o fato, se olharam de forma interrogativa.

— Não é para você estar esperando a chegada de sua criança ao invés de ficar olhando a dos outros? - O moreno deixou claro sua irritação com uma carranca no rosto.

— Não era isso que você deveria fazer? Afinal, essa é minha criança. – Gemini mostrava uma cara indiferente para o outro. Mas por dentro estava confuso e um pouco irritado.

— Sua?! Creio que está com algum problema em reconhecer seus protegidos, Gêmeos. Essa garota me pertence. A mim e somente a mim.

— Você tem algum problema, olhe a marca, ela é... – Gemini perdeu a fala ao ver a marca de ligação no braço do pequeno bebê. Diferente do que ele pensou, não havia o típico II que o simbolizava, havia dois dragões gêmeos, um preto e outro branco. As cores eram dele, o fato de serem gêmeos também, mas, por que dragões? Dragões simbolizavam única e exclusivamente ao Mei Long. O que isso poderia dizer?

O Dragão teve a mesma reação, se não mais incrédulo afinal, ele é bastante egoísta. Como poderia um símbolo daqueles ser a marca de ligação daquela garotinha?

— Vamos até o conselho. Eles saberão o que fazer. – Gemini sendo um dos signos mais racionais, logo se desfez do choque. O moreno, ao contrário, ainda estava sem reação, somente assentindo com a cabeça de desaparecendo da sala de parto.

*****

— Gemini, Mei Long, o que fazem aqui? – Uma mulher gorda de cabelos curtos pretos e olhos fechados os chamou assim que apareceram na sala. A chefe do conselho de signos, chamada simplesmente de Chefe, já que ninguém sabia o verdadeiro nome dela, se é que ela o tinha.

— Chefe, ocorreu um problema com a criança que nos foi indicada. – Long, como um signo de características líderes, tomou logo à frente, informando o conselho. – Hoje foi o nascimento da criança que me foi designada, porém, a marca dela são dois dragões gêmeos, um branco e um preto. E, pelo que parece, Gemini também é guardião da garota. – Os membros do conselho, nas cadeiras dispostas pelo salão de abóbada dourada pintada com imagens do zodíaco chinês, ocidental, xamã, cigano, asteca, etc., não se assustaram.

— Sim, vocês estão com a mesma criança. - A morena realmente já sabia de tudo, mas era de se esperar. - A alma  da criança, na verdade, é a mescla de duas outras almas.

— Como assim? Não a compreendi. - O moreno tinha no rosto uma expressão quase que completamente contida de incompreensão. Já o heterocromático só ouvia calmamente.

— Sossegue garoto, deixe-me terminar de explicar. - Chefe deu um sorriso. - Aquela mulher iria dar luz a duas meninas gêmeas, uma regida pelo signo Dragão Chinês, Mei Long, e a outra por Gêmeos Ocidental, Gemini. Porém, a menina menor, a geminiana, morreu e, ao invés de ir para reencarnação, sua alma se fundiu a maior, gerando assim uma terceira criança.

— Então, ela é minha? – Long já sorria largamente.

— Não, caro, ela é de ambos. Irão cuidar dela juntos. Esse é o dever de vocês. 

*****

“Ela é tão fofa! Tão pequena! Tão doce!” Eram os murmúrios inaudíveis a ouvidos humanos que vinham do quarto rosa e roxo de um apartamento moderno. A criança, agora chamada Sáfira, já havia completado três meses de vida, e era a menina dos olhos de seus guardiões e de seus pais. Cada reação que a menina exibia era motivo para festa, algazarra.

Sáfira Rissomi era o bebê perfeito dos pais, dos avôs, da família, dos guardiões. Sáfi era uma criança amada e protegida, com um futuro já imaginado, já grandioso.

No berço localizado no canto direito do quarto todo decorado em tons claros de rosa e roxo, cheio de bichinhos e com um tapete felpudo que era limpo a cada dois dias, estava Sáfira, com seus cabelos loiro-acinzentados e olhos castanhos mel, dormia calmamente abraçando um coelhinho de pelúcia e segurava firmemente o dedo de Gemini, que derretia lentamente com esse ato. Long, sentado na cadeira de balanço ao lado do berço, dormia e seu ressonar suave só podia ser ouvido por aqueles que estavam no quarto. Anteriormente ele sentia muito ciúme do albino com a criança, mas, com o tempo foi aceitando que ela não era somente dele, era dos dois.

Já o albino teve mais problemas em aceitar a personalidade do moreno, que tinha uma personalidade que, para os que não o conheciam, era ruim. Mas por dentro, Gemini viu que Mei tenha um coração bom e às vezes infantil. Os dois passaram a se suportar aos poucos, para a felicidade dos pais de Sáfira, já que esta chorava até que eles parassem de brigar.

*****

Gêmeos e Dragão olhavam para a cena em sua frente, indignados e impotentes. Um pai que antes era tão amoroso, fazendo tal crueldade com sua filha. Como poderia imaginar que isso aconteceria?

O pai de Sáfira, Ross Marcus Rissomi, batia em sua filha de cinco anos com resquícios de crueldade, o couro estalava cada vez que entrava em contato com a pele da criança, formando marcas e cortes. Era dolorido de ver sua protegida sofrendo, gritando, chamando por eles e sua mãe, mãe essa que estava morta.

Sáfi nasceu como a cópia carbono de sua mãe, elas eram realmente idênticas, e esse foi o motivo da cena cruel. A mãe de Sáfira, Merlinda Cruz Rissomi, descobriu que tinha câncer no útero há dois anos. O tratamento estava indo bem até uma complicação inesperada a levou a morte. Quando Ross chegou em casa, bêbado e amargurado, não se conteu a bater na filha assim que ela chegou em sua frente com um sorriso no rosto e perguntou: “Papai, bem vindo! Onde está a mamãe? Ela não veio com você?”.

A sessão de tortura acabou assim que Ross não tinha mais se quer força para levantar o braço. Já desacordada, Sáfira foi levada para seu quarto por Long enquanto Gemini pegava a caixa de primeiros socorros no banheiro para tratar a menina.

— Como ele teve coragem de fazer isso? Quero mata-lo. – O moreno tinha seu rosto vermelho de raiva, as mãos cerradas e a pele que estava sendo pressionada pelas unhas ameaçando se romper.

— Sabe que não podemos interferir Long, são as regras.

— Que se fodam as regras, ele merece a morte. Você não concorda comigo?

— Também estou irritado, ela é minha criança também, vocês esqueceu? Mas não adianta nada tentar interferir agora, só seríamos punidos e se duvidar, separados da Sáfi. Só vamos esperar ela acordar e reconforta-la, ok? – Olhos heterocromáticos e olhos vermelhos se filtravam com uma intensidade enorme. Gemini ainda segurava o rosto do companheiro firmemente próximo ao seu, e Long não queria que ele soltasse. Ficaram ali, se filtrando até que ouvissem um gemido fraco e correrem até a cama da garotinha.

— Safira! – Os dos guardiões pararam ao lado da loirinha que abria os olhos molhados. – Sáfira, como está se sentindo?

— Dói. Meu corpo dói. – A menina virou de costas para eles com as mãos escondendo o rosto, lagrimas podia ser vistas escorrendo e molhando a cama. – Por quê? Por que papai fez isso comigo? Por que vocês não me ajudaram? Disseram que sempre estaria aqui para me ajudar e não fizeram nada! – Os signos sentiram seus corações quebraram com a afirmação. Como poderiam explicar que não devem interferir nesse tipo de coisa? Gemini foi o primeiro a reagir, abraçando a criança cuidadosamente e a colocando em seu colo.

— Minha princesa, perdoe-nos, não podemos interferir. Gostaríamos muito, mas não há como, é contra as regras. Se pudéssemos, já teríamos feito, olhe para as mãos do Mei, ele quase não se controlou. – A criança que antes escondia o rosto no peito de um de seus guardiões, saiu do colo dele rapidamente e correu até o outro, puxando sua mão.

— Long, você está ferido! Precisamos tratar disso. – A menina correu para porta pegar o kit de primeiros socorros que ela achava estar no banheiro.

— Calma querida, as mãos de Long já estão bem, veja. – O albino pegou-a pelas axilas, a aninhando e se aproximando do Dragão que estendeu as mãos até o campo de visão da garotinha que foi se acalmando.

— Preocupada e altruísta como sempre, não sei a quem essa pequena puxou. – Bagunçou o cabelo loiro assim que a criança dormiu.

— A você é que não foi. – Gemini deu um sorriso debochado para o companheiro que pegou a pequena e a colocou na cama, para logo pegar o outro pela cintura, o rodando.

— Está dizendo que não sou preocupado? Pois lhe digo, mais que a mim, ela não puxou a você. – O albino esmurrava o peito musculoso do moreno, que mal sentia.

A única garota no cômodo sorria escondido ao ver aqueles a quem admirava e amava tanto se divertindo. Ela sempre imaginou os dois como os príncipes dela que faziam um bom casal junto, como seus tios maternos, Jonh e Matheus. Ela queria um final de contos de fadas para os dois, como os que sua mãe lhe contava antes de ir dormir.

*****

Era dia de festa para os alunos formandos em medicina na faculdade de Herverd, o dia de sua formatura. Pais e professores orgulhosos lotavam o Salão de Cerimônias.

— Chamo para fazer o discurso, a oradora o curso de medicina do ano de 2XXX, Sáfira Rissomi. – O diretor do curso de medicina da Heverd terminou sua fala chamando  a protegida do Dragão Chinês e o Gêmeos Ocidental. Estes que estavam super orgulhosos e quase pulando de alegria.

— Bem, eu poderia fazer aquele discurso clichê de que todos fomos esforçados e tal, mas não, sou única e exótica demais para isso. – Risos foram ouvidos pelo salão. – Eu acredito que cada um está aqui por um motivo, que todos foram guiados até aqui, nossos caminhos estão traçados, mas quem faz a escolha de ir para direita, esquerdo ou para trás, somos nós. Nós, aqui e agora, nós esforçamos para evoluir a qualidade que já tínhamos, e todos podemos evoluí-la mais ainda. Todos nessa sala têm seu guia, e esse guia nos trouxe até aqui e ira nos levar ainda mais alto, se permitirmos, é claro. Então voem o mais alto que conseguirem, deixem seu corpo leve para o seu guia te puxar para cima, não que vocês vão mais longe que eu. – O discurso deixou a maioria comovida, mas todos riram com a piada já bem conhecida pelos amigos de Sáfi. – Brincadeira, talvez alguém aqui consiga ir mais alto que eu, mas pode apostar, eu não vou deixar. Obrigada formandos. – Ao final, todos gritaram e pularam, abraçaram seus amigos e parentes, foi uma festa para aqueles que estudaram tanto para seus sonhos.

Sáfi foi correndo até seu pai biológico e seus guardiões/pais que pediram autorização especial para ficaram visíveis durante esse dia importante para sua filha. Ao longo dos anos esse tipo de relação foi construída por eles. O pai de Sáfira, ao ver o que tinha feito com sua filha no dia seguinte, ficou tão irritado consigo mesmo que se afastou da garota, com o tempo ele se tornou um bom amigo, mas nunca seria como um pai para ela.

— Parabéns querida!- Gemini foi o primeiro a abraça-la, um abraço doce e firme. Em seguida Long, a tirando do chão e a girando.

— Parabéns pequena!

— Não sou pequena. E me larga, vai me deixar tonta. – Sáfi era um pouco rude com Mei, mas era a forma deles disserem que se amam.

— Parabéns Sáfira, sua mãe ficaria orgulhosa de você. – Seu pai biológico tinha um sorriso pequeno, mas verdadeiro na face.

— Obrigada, pai. – Sáfira ainda o amava, já havia o perdoado há muito tempo. Ela se despediu de seu pai e acabou vendo seus amigos, que a chamavam. Virando para seus pais, ela deu um sorriso enorme, eles não gostavam disso, era um sorriso malicioso. – Eu marquei com uns amigos, não vou chegar hoje, então, aproveitem, a casa é de vocês. – Ela não deu espaço para réplica, jogando a chave da casa.

Gemini olhou para Long com uma cara de desentendimento. Long só pode dar de ombros e dar meia volta em direção da casa.

*****

Chegando a casa em que Sáfira mora com Ross, Gemini foi direto para a cozinha para pegar um copo de água. Estava um pouco triste, queria passar esse dia importante com sua filha.

— Você sabe que nós a criamos para o mundo, não é? Ela não vai nos deixar por passar essa noite com os amigos. – Long, depois de tantos anos de convivência, sabia dizer o que o companheiro sentia e sabia consolá-lo. O albino olhou para o moreno de uma forma triste.

— Eu sei, sei que teremos de deixa-la um dia, mas ainda não quero aceitar isso. A criei desde pequena, tive todo cuidado, acompanhei toda sua vida, é agora vou ter que deixa-la ir, não quero isso. – O albino já tinha os olhos marejados, olhava para água com uma expressão indecifrável.

— Sabe, eu não gosto de quando você chora. Mas me dá um pouco de felicidade também. – O moreno sentou em frente ao albino, se olhando.

— O que você é, um sadista? – Gemini desviou os olhos para a mesa, com uma risada. 

— Não, é porque quer dizer que você confia em mim o suficiente para me mostrar suas fraquezas e dores. E eu quero que você confie em mim com todo seu ser, afinal, já estamos há tanto tempo juntos e criamos uma filha juntos. – Gêmeos e Dragão se olhavam com tanta intensidade, que era inacreditável. Um beijo foi o próximo passo.

Mei Long contornou a mesa sem quebrar o beijo. Se pós em frente de Gemini e o sentou na mesa, diminuindo a diferença de altura. Ficou entre as pernas no menor, colocando a mão dentro da camisa do mesmo, enquanto a outra o puxava ainda mais para perto de si pelo pescoço.

O clima quente fez as camisas irem para algum lugar desconhecido. Long puxou o amante para fora da mesa, fazendo este enrolar as pernas em seu quadril para não cair. Dragão foi andando até o quarto e jogou Gêmeos na cama, que fez um som de dor.

— O que foi? 

Gemini pegou uma caixa de baixo de seu corpo, uma pequena caixa de presente azul claro. Dentro dela havia um potinho semitransparente e um bilhete.

— “Um presentinho meu, sei que vão precisar. Com amor, Sáfi.” O que ela quer dizer com isso? – Gemini tinha o rosto um pouco corado pela situação. Sua filha lhes deu um lubrificante!

— Isso quer dizer que ela já tinha percebido que eu te amava, então preparou uma surpresinha para nós, agora entendo porque ela decidiu sair com os amigos hoje. Mas vamos deixar isso de lado. – O moreno subiu na cama e ficou em cima do albino. - Agora quero me aproveitar um pouco do meu uke.

— Uke? O que é isso? – A curiosidade geminiana é muito forte, muito mais até que a vergonha.

— Você não faz ideia do que nossa menininha tem lido, não é? Uke é o passivo em uma relação gay. –

— Quem disse que eu sou o passivo? Por que não pode ser você?! – O olhar meio irritado e desafiador no rosto corado deixava Gemini mordível, era o pensamento de Long.

— Veja sua situação, pequenino. – Mordidas começaram a ser distribuídas pelo torço do albino, chegando até o umbigo e depois a calça. – Nem em mil anos você ficaria por cima de mim.

— Mil anos é muito tempo, Dragão Chinês. – A voz sexy e ofegante de Gêmeos foi como uma permissão para o moreno de costas largas.

*****

Sáfira entra em casa com a chave escondida no capacho, joga a bolsa no sofá e, vendo as camisas jogadas no chão, vai direto para o quarto, esperando ver uma cena fofa, e justamente o que ela encontou.

Long e Gemini na cama, de conchinha, Long abraçando firme e egoisticamente se companheiro.

— Que fofo! – O grito de sua filha fez os dos signos acordarem desnorteados. – Eu sabia que a ideia do presente com lubrificante iria dar certo. Meu, como são fofos!

— Sáfira, como pode fazer isso com seus pais, isso é um desrespeito. – Gemini corava como nunca, Long não estava atrás.

— Desrespeito que, pelo visto, você gostou muito, não foi, papa?- A garota deu um sorriso malicioso que incrivelmente combinava com seu rosto doce. – Eu desde criança queria vocês juntos, por isso armei essa oportunidade de você se entenderem. Estava na cara que vocês gostavam um do outro, só não admitiam. Quero você juntos para sempre. – O moreno deu um sorriso doce, raro vindo dele, e abraçou o albino ao seu lado.

— Vamos ficar juntos para sempre sim. – Gemini olhou para ele como se tivesse crescido uma segunda cabeça. “O que?”, era o que ele pensava. – E você vai ficar conosco, por toda sua vida e depois dela. – Sáfira, sorriu ao ouvir a frase na voz autoritária de seu pai. – Agora vem aqui me dar um abraço.

— Eu? Claro que não, vocês estão cheirando a sexo e sujos de sêmen, que nojo, vão tomar um banho. – Sáfira fez um som de nojo e Long lhe deu um olhar desafiador, saindo da cama e indo correr atrás da filha. Gemini suspirou, era uma família louca e estranha, mas era a família dele.


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