In the name of Love escrita por Flowey M


Capítulo 1
Running in the name of love




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"Would you trust me

when you're jumping from the heights?

Would you fall in the name of love?"

Octavian sentiu suas mãos gelarem e o suor frio descer pela sua nuca, os platinados fios de cabelo na mesma se eriçaram.

Lagrimas corriam pela bochecha fina e rosada pelo repentino tapa que ele havia levado, seus olhos instintivamente se arregalaram e ele cerrou os punhos, mesmo sem intenção alguma de machuca-lá.

Lá estava ela, Alanna Hernandez, com os cabelos lisos e negros caídos detrás dos ombros e os olhos castanho claro fitando-o, a mão direita ainda tremula e a boca reprimida, mesmo loucamente furiosa e com olheiras profundas, ela ainda era a mulher mais linda que o loiro já havia visto.

A cena era algo tipico de um relacionamento adolescente á beira do precipício, mas surpreendentemente não era o caso, pois Octavian havia acabado de se declarar para a melhor amiga de infância, os olhos verdes do mesmo se encontraram com castanhos mais uma vez, e ele divagou sobre como a pele da morena era bronzeada.

—Como pôde Octavian?

—Desculpe?- Foi tudo que ele conseguia dizer.

Ela suspirou, sua voz saiu fraca, e quase como um sussurro, visivelmente mais calma, ela o encarou pela vigésima vez naquela tarde.

O clima estava ótimo, um dos únicos e raros dias de verão em que o calor não se encontrava infernal, e sim ameno. Os dois estavam no apartamento do loiro, haviam acabado de ter um encontro entre os velhos amigos e estavam sozinhos, depois de uma conversa sobre como Alanna nunca conseguiu encontrar alguém que realmente gostasse dela e que ela amasse reciprocamente, o garoto achou um ótimo momento para declarar seu amor pela mesma.

Os últimos raios de sol do dia se mostravam por entre a porta de vidro da sacada, eles se encontravam a frente da mesma, fazendo com que suas sombras laranjas se projetassem na sala de estar.

—Eu não posso ficar...Ser essa pessoa com você.- Ela disse, com uma dificuldade nunca encontrada nela.

—E por quê não?

—Porquê não, Octavian! Eu não consigo te ver assim.

—E precisava me estapear pra dizer isso?- Falou ele, os olhos transbordantes.

Ela suspirou, ele sabia do gênio forte da outra, mas aquilo foi um ato desnecessário. O que o loiro não conseguia entender é como um simples tapa como aquele podia doer tanto.

Alanna virou-se para a saída do apartamento, pegou sua bolça e saiu do mesmo, sem dizer uma palavra, sem olhar para trás.

Ela não podia deixar ela ir embora assim, ele não podia deixar o amor de sua vida sumir da mesma sem nem ao menos dirigir-lhe uma palavra de consolo, sua amiga não era assim, e ele iria descobrir o porquê da repentina atitude.

Pegou o celular que jazia em cima do sofá e saiu do apartamento, na metade do corredor se lembrou que estava sem as chaves e a porta estava aberta, então voltou, pegou as chaves e trancou a porta de numero 4, no quinto andar.

Correu até as escadas, sabia que suas pernas estariam morrendo quando chegasse ao final, mas com certeza seria mais rápido que esperar o elevador, onde a morena estava no momento.

Não soube dizer como, mas havia chegado antes do elevador, se posicionou na frente dele e esperou pacientemente pelos 10 segundos mais longos de sua vida.

A porta foi aberta e o que encontrou lá foi mais surpreendente que o tapa : Alanna, a mulher mais forte que ele já havia visto em todo o mundo, estava em prantos, os olhos e nariz avermelhados e a cabeça baixa.

Ela caminhou para frente e parou quando percebeu um grande obstáculo, aparentemente dez centímetros maior que ela e com os braços abertos, a espera de um abraço.

Ergueu a cabeça e cruzou os olhos nos dele novamente, estava séria e com feição inabalada, o que contradizia com as lágrimas que continuavam a descer.

Desviou de Octavian, e se virou de costas para ele mais uma vez, mas desta vez, ele não a deixaria escapar.

Seguiu ela até a rua da casa da mesma, não queria fazer uma cena no meio da rua, e esperava que a mesma o deixasse entrar.

xxx

As mãos da morena se entrelaçavam nos cabelos platinados, os lábios se empurravam um contra o outro e os corpos estavam colados nas paredes da cozinha.

Não teve coragem de lhe desferir outro tapa na face, então resolveu beijá-lo, o que parecia ter funcionado, por hora.

Puxou os cabelos do outro leve e lentamente para trás, o mesmo entendeu e afastou sua face da de Alanna, com os olhos ainda fechados e a respiração normalizando-se aos poucos.

—Fica comigo.- Ele disse, depois de dois minutos inteiros sem som algum no cômodo.

—Eu estou com você.

Alanna.- Ele proferiu fortemente-Fica comigo.

E ela suspirou, de novo e de novo, três vezes no total, pesadamente.

—Eu só vou te machucar, vai ser um tiro no escuro, eu não sei amar.

—Eu vou faze-lo, eu vou ir, eu vou te ajudar em cada problema que ousar enfrentar você.

E falo isso em nome do amor.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me se ficou pequeno ou se eu não me aprofundei muito na história dos dois, mas pretendo escrever uma história para os dois futuramente, espero que tenham tido uma boa leitura, se ya~~.



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