Se você se lembrar - Fremione Shortfic escrita por Hermi


Capítulo 5
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal! Esse é o último capítulo da história! Espero que vocês gostem! Se passa 17 anos depois, porque Fred passou 2 em coma e eu imaginei essa cena ao mesmo tempo da que acontece no epílogo do livro! Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726921/chapter/5

17 anos depois…


Duas crianças ruivas de cabelos cacheados pularam para fora de um Ford Anglia Azul na estação King Cross. Há poucos segundos, o carro havia subido acelerado a calçada e parado com um solavanco, assustando os transeuntes que ali estavam.
— Fred Weasley! - Hermione exclamou, irritada. Descendo do carro, ela observou o marido sair sorridente do veículo, como se nada tivesse acontecido. - Pensei que você disse que sabia dirigir!
— E eu sei! Só não do modo trouxa de saber… - O homem exclamou, passando as mãos pelo cabelo, que agora já tinha alguns esparsos fios brancos.
— Pois da próxima vez, eu vou dirigir o carro do seu pai. - Hermione sentenciou, tentando inutilmente abaixar os fios rebeldes de cabelo, ouriçados pelo vento. - Rose e Frederick Weasley! Venham aqui agora!
O casal de gêmeos, que andava à frente, parou desanimado. A menina, alguns minutos mais velha, olhou para o irmão, que apenas deu de ombros. Fred se aproximou de sua mulher, segurando a mão direita dela e admirando seus filhos, que haviam tão rapidamente chegado aos 11 anos, e agora embarcariam para Hogwarts pela primeira vez. Parecia ontem o dia em que havia se casado com Hermione, ao por do sol, na Austrália. Ele a convenceu a se casar durante a viagem que fizeram para resgatar os pais dela. A mulher havia esperado até que ele acordasse do seu coma. Disse que não poderia ter ido atrás dos seus pais sem que Fred estivesse ao lado para lhe dar coragem. E, em um impulso, ele a convenceu a se casar na primeira praia que pararam, sem família, sem amigos. Apenas os dois. É claro que a Sra. Weasley e Gina, particularmente, haviam lançado inúmeras maldições quando descobriram. Fred ainda sentia arrepios ao se lembrar do semblante da mãe e da irmã. Soltando uma risadinha baixa, o homem observou a esposa arrumar as roupas dos filhos.
— Do que você está rindo? - Hermione perguntou, suspeita.
— Nada, meu bem. Você não acha que já arrumou demais esses garotos? - Fred deu um sorriso divertido. - Nem parecem meus filhos desse jeito...
— Qualquer pessoa que visse o que são capazes de aprontar, iria discordar de você. - Ela respondeu, tentando esconder um risinho.
— Mamãe, isso não é legal de se dizer. - Rose disse, cruzando os braços. Era uma menina extremamente inteligente, assim como a mãe.
— Me desculpe, filha, mas você sabe que apronta mais do que deveria. Agora anda logo, vamos. - Hermione disse, pegando a mão da garota e levando-a até a entrada da estação.
O garoto ficou ao lado do pai, receoso.
— O que foi, Fred cópia? - O pai perguntou, reparando o desconforto do filho.
— Bom… É que… Eu tenho ouvido o Alvo dizendo que estava com medo de ser da Sonserina…. Ele disse que, provavelmente, o tio Harry não iria gostar. - O pequeno Fred disse, torcendo as mãos. - Você acharia ruim se eu fosse da Sonserina também, pai?
Fred encarou por um momento o filho. Ele achava que não poderia amar alguém assim como amava Hermione, mas estava enganado. Seus dois filhos puseram seu mundo de cabeça para baixo, assim como seu coração. E, o seu menino, tão esperto e travesso, e ao mesmo tempo tão doce, agora queria sua aprovação para algo que Fred não sabia muito bem o que pensar. A Grifinória havia sido a casa da família por anos e ele realmente adoraria que seus filhos fossem para lá.
Antes, ele achava que não se importaria se Rose ou o pequeno Fred fossem para qualquer uma das outras casas, até que Harry dividi-se essa angústia com os amigos em uma das festas de família. Desde então, Fred se via desejando que os filhos acompanhassem os passos dos pais. Talvez porque ele havia sido imensamente feliz na Grifinória.
Suspirando, o homem se agachou, ficando à altura do garoto.
—Fred… Se você for para a Sonserina... Eu te expulso de casa.
O pai controlou o riso enquanto o pequeno Fred fazia um semblante assustado.
— Mas, se você ser um chute no Barão Sangrento, talvez eu possa pensar no seu caso…
O garoto olhou para o pai, as lágrimas represadas nos olhos. De repente, ele abriu um sorriso. Deveria ter imaginado que o pai estava brincando.
— Pai, eu não posso chutar um fantasma! Mas, talvez eu possa jogar algumas bombas de bosta pelo Salão Comunal…
— Parece perfeito para mim. - O homem sorriu, estendendo os braços para o filho. Eles se abraçaram, o carinho transbordando no gesto. - Agora vamos, ou sua mãe vai nos matar!
Os dois correram, levando um malão e uma coruja, assustando os trouxas que estavam no caminho. Passaram pela coluna, chegando à Estação 9 3/4. Encontraram Hermione e Rose à poucos metros, conversando com Gina, Harry, e seus filhos.
— Finalmente vocês chegaram! O trem já está quase saindo! - Hermione disse. Ela segurou a mão do filho e se abaixou para fazer as últimas recomendações. Na verdade, para repeti-las, pois já havia dito a mesma coisa várias vezes essa manhã.
— Pai. - Rose chamou, fazendo gesto para que Fred se aproximasse. O pai da garota foi até ela e se abaixou.
— O que foi, querida?
— Bom… Você acha que a mamãe vai ter tempo de me escrever? Quer dizer, ela é Ministra da Magia agora e, anda tão ocupada… - A garota suspirou, preocupada. Fred riu, esperando que ela terminasse. - Eu tenho tantas dúvidas! Para quem eu vou perguntar se ela não puder me responder?
— Sua mãe sempre vai ter tempo para você, Rose. Você sabe que ela nunca deixaria de responder as suas cartas. - O pai da garota segurou as mãos dela entre as suas, sorrindo. - E, além disso, se você tiver alguma dúvida, pode perguntar para mim também! Eu sei que sua mãe é a bruxa mais inteligente desse mundo, mas não foi ela quem inventou o Nugá Sangra-Nariz!
— Não inventou mas ajudou você a não matar as pessoas com hemorragias seríssimas. - Rose o olhou zombeteira. Ele realmente deveria ter ensinado bons modos à menina.
— Você deveria passar​ menos tempo com seus tios Jorge e Gina. Anda aprendendo coisas erradas demais.
— Não aprendi com eles papai, aprendi com você! - A garota exclamou, rindo.
E ele não resistiu, juntando-se à filha. Hermione, percebendo a agitação dos dois, se aproximou.
— Posso saber sobre o que estão falando? - Ela perguntou, desconfiada.
— Nada. - Pai e filha disseram em uníssono.
— Aahm… Certo. - Hermione era curiosa, e Fred tinha certeza que ela iria fazê-lo falar de qualquer jeito mais tarde. - Vamos Rose, o trem já vai sair!
— Até mais, papai! - A garota disse, abraçando o pai e correndo com a mãe e o irmão em direção ao trem. Malas empurradas, corujas assustadas e as duas crianças partiram para o seu primeiro ano em Hogwarts.

Hermione observava o trem sumir na curva do caminho, quando sentiu alguém a abraçar por trás.
— Não fica bem a Ministra da Magia ser vista em momentos tão íntimos. - A mulher disse, sorrindo. O toque do marido ainda a arrepiava.
— Você não é só a Ministra da Magia, é uma mulher incrível. - Fred beijou o pescoço dela. - Não pude resistir, te abraçar se tornou urgente demais.
Hermione sorriu. Ela o amava tanto. Amava a liberdade que tinha com ele, amava o apoio incondicional do marido, e como sempre a fazia rir, mesmo quando brigavam. A mulher se lembrou de quando foi eleita Ministra da Magia. Fred comprou vinhos, encheu a casa de velas e mandou as crianças para a casa da mãe. O que aconteceu depois… Hermione corou só de lembrar.
— O que você está pensando? - Fred a observou, maliciosamente. - Suas bochechas estão vermelhas.
— Não é nada! - Ela respondeu, sorrindo envergonhada.
— Sei… - O homem riu, divertido. - Dá para acreditar? Nossas crianças em Hogwarts… Parece loucura.
A mulher assentiu, abaixando a cabeça. Ela tinha um segredo. Algo crescia dentro dela. Talvez não fosse o melhor momento, havia acabado de ser eleita e Fred e Jorge agora abririam filiais em várias partes do mundo… Mas, quem pode dizer que há tempo certo para o amor?
— Não se preocupe. Você ainda vai voltar aqui muitas vezes. - Hermione disse, sorrindo com satisfação.
Fred, percebendo o tom da esposa, virou-a.
— O que você quer dizer com isso? - Ele perguntou, observando-a.
— Só que você precisa pensar em um nome melhor que Fred Júnior dessa vez.
Fred demorou alguns segundos para entender. Depois, ele riu. Riu como nunca, como se alguém tivesse lhe contado a piada mais engraçada do mundo. Hermione esperou. Ela sabia que o homem tendia a ter crises de riso quando estava feliz.
— Você é a melhor coisa em minha vida, Hermione Granger. - Ele disse, quando finalmente se acalmou.
E, sem esperar qualquer reação dela, Fred a beijou, tão vigorosamente que todos ao redor se assustaram. Mas, todos já sabiam que aquele casal se amava. O amor transbordava em cada detalhe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Se você se lembrar - Fremione Shortfic" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.