O Protetor do Sagrado escrita por Veloi Arender


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores do Nyah!
Aos que me conhecem, dispensamos apresentações e aos que aqui chegaram agora, muito prazer, eu sou Veloi Arender.
Você está diante de uma história de ficção onde Deus(Elohim) possui um irmão gêmeo. A história já foi postada aqui no site mas agora está de cara nova. Aos conhecidos e adorados leitores, agradeço a presença e aguardo a satisfação nesta nova fase da história. Aos novos e não menos queridos, agradeço a presença e aguardo comentários de todos os tipos!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726835/chapter/1

Meu olhar caiu sobre o corpo inerte de meu filho aos meus pés e aquela visão apenas me fazia ter mais raiva de Elohim.

O corpo dele estava bastante ferido e ainda morno, e os ferimentos causados pela minha espada ainda eram bem visíveis. A armadura de aço fora quase toda destruída durante a batalha, mas os elaborados desenhos que ele pintara se mantinham incólumes em alguns lugares. Próximo a mim estava também o escudo de Tyler, o qual recolhi e observei os desenhos de batalha gravados. Foi quando senti uma Essência estranha no objeto, era de origem maléfica e isso me assustava já que fora dado de presente por anjos. Fiz uma anotação mental sobre isso, levaria mais tarde a mesma às forjas para uma avaliação e, caso aquilo fosse proposital, mataria o culpado.

Meu filho possuía aquele escudo desde que empunhou uma espada pela primeira vez e recebera o mesmo de presente, portanto aquilo talvez tivesse sido lhe entregue com segundas intenções.

Por algum tempo, fiquei orando ao meu pai e aos Alicerces que devolvessem a ele seu sopro de vida e que uma nova chance lhe fosse dada. Mas como sempre acontecia, minhas preces não foram ouvidas. Agora eu entendia perfeitamente o que acontecia ao coração humano quando seus filhos eram tomados pela morte.

Perdido em pensamentos dos mais variados, ouvi um farfalhar de asas. Olhei para a esquerda. Meu irmão estava ali parado com um sorriso nojento na face, como se soubesse que aquilo aconteceria, como se soubesse que eu mataria meu filho para que ele vivesse. Sua espada estava desembainhada e suja com sangue, ele a guardou na bainha entre as asas e depois suspirou aliviado.

— Você fez o que era certo, Kals — disse meu irmão.

— Certo? Eu matei meu filho. — falei.

Elohim se afastou alguns passos e sentou-se em uma pedra próxima, arfando de cansaço pelas últimas batalhas. Comecei a andar de um lado para o outro, tentando me livrar da culpa e da dor, mas era inútil. Olhando para a lâmina da minha espada, senti mais nojo ainda de mim. O aço prateado estava vermelho e gotejava um pouco. Eu não queria guardar a espada, não podia me sujar ainda mais com o sangue de Tyler.

— Você tinha apenas uma opção, irmão — Elohim disse. — E felizmente escolheu a correta. Era ele ou nós. Bem sabe você que nós corríamos perigo enquanto ele vivesse.

Eu senti o ódio inflamar dentro de meu peito. Tive vontade de atacar Elohim e tirar-lhe a vida. Fazer a ele o que fui obrigado a fazer com meu filho! Mas baixei a cabeça e limpei uma lágrima que começara a escorrer pela minha face. Inspirei fundo e o encarei.

— Bem agora nossos reinos estão em paz, não é? — ele disse.

— Isso ainda não acabou Elohim. Temos muito a debater antes de termos realmente a paz.

— Aí é que você se engana meu irmão. Nós temos a paz quando eu desejar meu caro. — e riu de maneira sombria.

Elohim se colocou de pé e olhou para o céu.

— Olhe, um mensageiro de batalha.

Ergui o olhar. Um anjo descia do firmamento, trajando couraça e braçadeiras. Não usava nenhum elmo como a maioria fazia, apenas um aro fino de jade para afastar os cabelos negros da frente dos olhos castanhos.

— Meus senhores! — disse batendo com o punho fechado sobre o peito. —Terminamos a contagem de feridos e mortos.

Elohim pareceu ficar feliz com isso.

— E quais os números? — Perguntou meu irmão.

— Doze mil Mortos na Fortaleza da Sabedoria e mais de meio milhão de baixas no Poço.

Poço…

Aquilo foi demais. Chamar o meu reino de Poço, isso eu não poderia aceitar. E todos sabiam que eu detestava que tratassem assim meu reino. O mais rápido que pude, ergui Flama do Criador e com um movimento amplo, decepei o maldito Mensageiro. A cabeça caiu no chão e rolou até os pés de meu irmão. O anjo morrera de olhos vidrados e com medo. Certamente, Deus quereria outra luta por culpa disso. Ao focar em meu irmão, vi que um esguicho de sangue o atingira no rosto e que furioso, ele tentava limpar o mesmo. Me mantive firme enquanto sentia a fúria de meu irmão crescer em seu coração e disse antes dele:

— Voltaremos a falar dessa guerra amanhã. Não estou com paciência para os Celestiais hoje.

Sem reverenciar Elohim, me virei e saí dali caminhando com calma e pouco depois, senti uma corrente de ar quente às minhas costas e sabia que meu irmão havia voltado ao Céu por um portal mágico. Olhei por cima do ombro uma última vez para o corpo de meu filho e com um movimento da cabeça, fiz o mesmo ser coberto por pedras de basalto, deixando-o protegido pela eternidade.

Quando voltei meu olhar para a frente, bocejei e em seguida, com um estalar de dedos, criei um portal para o La’nae O atravessei e pouco depois, me encontrava em frente ao palácio do meu reino. Vagando por meus pensamentos, lembrei-me de quando estava chegando ali, quase oitenta anos atrás, com uma comitiva de anjos leais e fiéis. Agora minha jornada parecia chegar ao seu final…

Mas bem, isto não conta nada sobre mim para você. É melhor você se sentar e prestar atenção, porque a minha história começou há muito tempo… Em uma época onde vocês, os homens, eram mais fiéis e acreditavam no poder sobrenatural que percorre este universo.

Vou começar do começo


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Protetor do Sagrado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.