Encontro inevitável escrita por Le Lion


Capítulo 11
Capítulo 11 - Esperança tem nome: Namekusei




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/726810/chapter/11


No capítulo anterior...


“Aiyme: Não... Não... Não. NÃO!!!
Bulma: O que foi?!
Aiyme: Como assim, “o que foi?!”. Você não percebe?! Acabou. Tudo acabou, estão mortos!!
Bulma: Sim, eu sei, mas... Foi você mesma quem disse que não precisávamos nos preocupar, já que as Esferas do Dragão poderiam ser utilizadas para revivê-los.
Aiyme: É... Eu disse. Mas a questão é que agora elas não existem mais!! Piccolo está morto, e assim, Kami-Sama também... Não se tem mais as esferas... Não tem salvação para eles... – ela se segurava ao máximo para não chorar. Yamcha era seu namorado, e morrera na luta contra o saibaman. Na hora ela sentiu a dor da perda, mas a esperança de poder vê-lo novamente era maior... Agora não mais.”

 

Casa do Kame

 

Aiyme: Drogaaa!!
Mestre Kame: Se acalme, Aiyme, por favor... – ele põe a mão nas costas dela, mas ela se debate, evitando o contato.
Aiyme: Não peça para eu me acalmar!! Eu sei o que eu devo fazer ou não! – ela se curva ao chão e abaixa a cabeça. Falava baixinho algumas palavras não identificadas, e podendo ouvir só algumas no final – ...maldição! Por quê?...

Sua frustração era clara, mas mesmo numa situação como aquela, ela não se permitia soltar uma lágrima sequer. Seu orgulho não deixava. Entretanto, para aliviar essa dor, a TV que assistiam às lutas entre seus amigos e aqueles saiyajins, mostravam a chegada de Goku até o local da batalha.

 

Aiyme: Ãmm... Goku?
Bulma: Goku chegou! Ele é nossa última esperança... Já que nossos amigos foram mortos por esses bárbaros, que pelo menos Goku salve o planeta e todos os que restaram nele com vida...

 

Esse era o pensamento de Bulma, mas nem tudo seria tão fácil assim. E antes da luta entre eles começar, o saiyajin grandalhão ataca os cinegrafistas e quebra as câmeras, dessa forma eles não poderiam ver o que acontecia no local. Ainda bem que a visita inesperada da irmã do Mestre Kame faz com que eles possam ver os acontecimentos por meio de sua Bola de Cristal.

 

Aiyme: Anda logo, Velha Uranai! Faça essa porcaria funcionar de uma vez!! – ela a segura pela blusa e olha de modo furioso e desesperado.
Vovó Uranai: Não seja mal educada, garota! Já vou! Já vou! Só... me solte, por favor! – Aiyme a solta e ela ajeita a blusa. Logo em seguida encara a bola e diz algumas palavras – ...Pelo poder do mal e pela força vital... Apareça para mim a imagem de Goku!!

 

A Bola de Cristal revela a imagem do local e depois foca-se nas pessoas ali presentes. E, justamente nessa hora é dada uma pequena amostra do poder do saiyajin que até agora permanecia de braços cruzados. Surpreendentemente, essa demonstração não é feita com um dos Guerreiros Z, mas sim, com o próprio companheiro.

 

Nappa: Não... Vegeta, não!! Não faça isso, e-eu sou um saiyajin assim como você!!... Não traia a nossa raça!
Vegeta: Cale a boca! Já chega de asneiras. – ele arremessa Nappa para o alto e lança um ataque potente nele, fazendo com que seu corpo se desintegrasse instantaneamente – Você não era digno de ser chamado por saiyajin. E além do mais... Não precisava mais de sua inútil companhia.

 

Seu desprezo pela pessoa que conviveu com ele por quase toda sua vida era espantoso. Todos acham uma crueldade e frieza sem tamanho, só que Vegeta nunca fora ensinado por Freeza ou um de seus homens a ser piedoso e admitir sentimentos por algo ou alguém.
Por isso, eliminar Nappa naquele momento não era algo com que se importasse. Ele perdeu, logo era fraco, e a vida só era digna para os fortes. Esse fora um dos únicos ensinamentos que recebeu de Freeza. “Hora ou outra, algo pode acabar com você, então acabe com ele primeiro...”.
Após dar um jeito em Nappa, Vegeta parte para a luta contra Goku. Mas, antes disso ocorrer, ele pede que o local de batalha seja mudado por conta dos corpos de seus amigos que morreram, para que fossem preservados. O Príncipe atende ao pedido, realizando a sua batalha mortal em outro lugar.

 

Vegeta: Hum... Está bem. Não importa o local, eu acabarei vencendo de qualquer forma! É impossível um saiyajin de classe baixa como você me derrotar. – o desdém e deboche eram agudos. Altamente irritante, pois o guerreiro além de confiante de si, gostava também se inferiorizar aos demais – Ah! E tem mais... Sinta-se honrado em lutar comigo, que além de um soldado de classe alta, sou também o príncipe da raça guerreira saiyajin!
Goku: O quê? O príncipe... – e nesse pequeno momento de distração, Goku é acertado com um soco no estômago.
Vegeta: Preste mais atenção! – diz com deboche e solta uma risada sarcástica. – ele foi baixo, dando esse golpe. Mas a partir daí começava a luta de verdade.

 

A luta foi massacrante como o esperado, mas para ambos os lados... No final, o resultado foi a derrota, por assim dizer, de Vegeta. Que saiu vivo por muito pouco, devido à súplica de Goku para não o matar e poder futuramente enfrentá-lo novamente.
Goku estava tão ferido quanto Vegeta, e seu filho e Kuririn tinham machucados menos graves. Eles foram socorridos por seus amigos que assistiram à terrível batalha e correram até lá para ajudá-los quando ela acabou.

 

Interior da nave – local da luta

 

Bulma: Olhe lá, são eles!! – ela diz de modo afobado.
Aiyme: Já vi. Pouse a nave, Bulma! – eles pousam a nave e logo saem dela. Bulma é a primeira a correr em direção de Goku e se joga ao chão onde ele estava estendido.
Bulma: Goku! Oh meu Kami! Como uma coisa tão terrível foi acontecer com você, Goku?! – ela chorava ao ver o estado do amigo.
Aiyme: Bulma! Pare de chorar, a desgraça já foi feita. Se quer ser realmente útil, peça para que Mestre Kame e Kuririn tragam a cápsula da maca que está no kit de primeiros socorros dentro da nave para levarmos Goku. Creio que nesse estado ele não se manterá de pé...
Bulma: Está certo... – ela diz, ainda chorosa. Deixado os dois à sós, Aiyme demonstra uma maior preocupação com o estado que ele se encontrava. Ao seu modo, é claro...
Aiyme: Ora Goku... Não sei nem como ainda está vivo! Você é muito imprudente.
Goku: Hehehe... Aai! É, eu sei...
Aiyme: Não sei como pode rir num momento como esse! – ela o olha de modo repreensivo e um pouco debochado – Bem, deixe disso. O Mestre e Kuririn já estão vindo para colocar você na maca para irmos até a nave.

 

Kuririn, como estava em um estado melhor que o de Goku, ajudou a colocá-lo na nave e eles embarcam nela logo em seguida.
Bulma era quem estava pilotando. O Mestre e Kuririn cuidavam de Gohan que estava desacordado, e Aiyme ia na parte de trás, junto com Goku. Ela estava sentada no chão da nave e limpava o sangue no rosto do amigo. Nesse momento, lembrava-se de quando ele ainda era apenas um menino.
“Ah, Goku... Hunf! Antes era você quem nos salvava e ajudava, dessa vez eu que estou tratando de você. Mas queria que não fosse assim...”. O carinho que ela tinha por ele era quase que de irmãos, e vê-lo assim era doloroso, por mais que não admitisse da boca para fora. Seus pensamentos voavam solto e algumas reflexões passavam por sua mente. Então ela resolve falar com Goku.

 

Aiyme: Sabe... Às vezes não te entendo. Como pode estar do jeito que está agora e permitir que a pessoa que fez isso com você parta com vida?!
Goku: Aah... Aiyme, ele não tinha que morrer... – e ela o corta antes de terminar a fala.
Aiyme: Como não?! Você por acaso tem noção do que ele te fez? Olha isso!! – ela aponta para ele – Você está vivo por um milagre!
Goku: Aar... Eu, eu sei. Mas têm coisas mais importantes do que isso que me fizeram, não é?!... – ele a olha por um instante e a feição dela se modifica. Um pesar enorme é estampado em seus olhos – Eu sinto muito, Aiyme...
Aiyme: Não... Não precisa. Não foi só Yamcha que morreu. Outros de nossos amigos também perderam a vida. – e nesse momento ela escuta Bulma chorar, e se levanta de onde estava para ver o porque do choro – Ei... Por que você está chorando?! O que houve agora?...
Bulma: É que... agora que você disse isso, lembrei de que nossos amigos que foram mortos, não vão poder ser revividos, pois já não existem mais as Esferas do Dragão. Nunca mais veremos eles, e isso dói muito... – e ela começa a chorar ainda mais.
Aiyme: Eu sei, Bulma. Eu sei... – ela põe a mão em seu ombro como forma de consolo – Escuta aqui, você não está em condições para pilotar a nave, e não quero que mate o resto que sobrou de nós. Vá descansar um pouco. Sente-se, eu piloto.
Bulma: Hunf! Fala sério?... – ela enxuga as lágrimas.
Aiyme: Claro. Não estou com cara de quem está para brincadeiras.
Bulma: Eu sei que você também está abalada, só não admite...
Aiyme: Ande logo, vá se sentar, ou então a nave vai acabar batendo ou caindo... – ela tenda desviar do assunto.
Bulma: Sabia que não ia falara nada, mas... Obrigada mesmo assim.
Aiyme: Pff...

 

E ela então assume o controle da nave e Bulma se senta junto de Kuririn e Mestre Kame, e cuidava de Gohan, colocando-o sobre seu colo.
Alguns minutos se passaram em silêncio, até que Aiyme resolve quebrá-lo.

 


Aiyme: Talvez... – ela solta a palavra, vacilante, atraindo a atenção de todos na nave. E já que começou, teria que terminar – Talvez ainda haja uma forma de trazermos todos de volta à vida.
Bulma: Ãmm?? Como assim?! As esferas... elas não existem mais.
Aiyme: Não as da Terra. Mas há uma possibilidade de encontrarmos as originais... Eu ouvi dizer que elas se encontram em Namekusei e que são ainda mais poderosas do que as que existiram aqui...
Bulma: Namek quê?!
Kuririn: Namekusei, Bulma. E eu já ouvi falar desse lugar também. Aquele saiyajin falou algo sobre isso.
Bulma: Sério? Viva! Então ainda temos esperança. Onde fica esse lugar? Temos que ir o mais depressa até lá.
Aiyme: Droga... Por isso não quis falar sobre isso com vocês antes. Sempre se animam demais! – ela se irrita um pouco – Não tenho certeza se esse planeta realmente existe e mesmo se existir, não temos a localização dele!
Goku: Eu... Eu posso ajudar com isso.
Kuririn: Goku...?
Goku: Senhor Kaio! Senhor Kaio, está me ouvindo?! – e de repente uma voz ecoa em resposta a Goku.
Sr.Kaio: Sim. Eu sempre escuto tudo.
Goku: Senhor Kaio, pode nos dizer se o planeta Namekusei ainda existe?
Sr.Kaio: Namekusei?! Esse planeta tem muito pouco habitantes, mas ainda existe.
Kuririn: Ah! Que ótimo!!
Bulma: Sim, é verdade, Kuririn!
Aiyme: Esperem um pouco, não comemorem ainda. Senhor Kaio, onde fica esse planeta? Quais são as suas coordenadas?
Sr.Kaio: Hum... Deixe-me ver... Ah! Ele fica na altura 508, divisão 4 do lado oeste da Galáxia Norte. Bulma: Ai, mas que bom!! Agora nós já temos a localização!
Aiyme: Hunf! Mas vocês se animam com tudo mesmo... Nada é tão fácil assim!... – ela coloca uma expressão cínica no rosto e mal humorada.
Kuririn: O que houve dessa vez, Aiyme? Como você é pessimista! Pessimista e mal humorada... – ele sussurra essa última parte, mas a audição dela era muito boa.
Aiyme: Hunf! – ela olha feio para Kuririn, mas logo o ignora, decidindo falar diretamente com o senhor Kaio – Você disse na altura 508 do quadrante, não foi, Senhor Kaio?!
Sr.Kaio: Sim... Eu disse sim.
Aiyme: Então... Pelos meus cálculos, a tecnologia que temos atualmente não é boa o suficiente para chegarmos lá ainda nessa vida... Demoraria no mínimo uns 730 anos.
Bulma: Aah... Isso não é possível!... Tudo está dando errado!! Quando parece que algo está dando certo, aí vem e acontece alguma coisa... Ei! – de repente Bulma para de surtar e aparentemente parece ter tido uma ideia genial - Esperem um momento! Mas e se a gente usasse a nave de um daqueles saiyajins? Com certeza eles devem possuir uma tecnologia bem melhor que a nossa...
Aiyme: Hum... Só se for. – ela fica um pouco mais otimista – É, até que quando você quer botar esse seu cérebro para funcionar ele é útil para alguma coisa... – ria debochada e batendo de leve na cabeça de Bulma.
Bulma: Ha há há! Não achei graça nenhuma! – ela cruzava os braços.
Aiyme: Deixe disso, Bulma. – ela diz à Bulma e logo depois chama pelo Mestre Kame – Mestre, assuma o controle e dê meia volta. Pilote em meu lugar, pois farei algumas contas e planilhas simples para ter uma base de quanto tempo nos custará para chegar até Namekusei, e enquanto isso... Nós vamos voltar ao local da luta anterior. Temos que preservar os seus corpos antes de revivê-los, já que suas almas precisam de um local apropriado para habitarem. Logo após isso nós andaremos em direção aonde se encontram as naves dos saiyajins...
Mestre Kame: Está certo, Aiyme. Pode deixar comigo!


Assim eles voltam até onde os corpos sem vida dos seus amigos estavam, os recolheram e colocam em grandes domos de vidro, onde ficariam isolados, sem contato com o ar, fazendo com que não ocorra a decomposição. Mas, ao que eles foram recolher a nave, essa estava sobre posse dos pesquisadores da Terra. Aiyme não se importou muito com isso, pois ela tinha achado o controle que Vegeta havia usado para chamar sua nave, e agora estava em suas mãos. Com certeza aquilo seria bem útil...

 

Bulma: Ah, que droga! Esses caras estão mexendo na nave!!
Aiyme: Ei, eu acho que não precisamos nos preocupar, tenho comigo o controle que aquele saiyajin usou para comandar a nave. Se soubermos como usar, essa nave virá até nós sem movermos um músculo sequer para levá-la... – ela sorria de forma discreta e debochada com o controle em mãos.

 

Bastou apenas alguns minutos para entender o funcionamento do aparelho e logo ela sabia o controlar. Ela foi levada até a Corporação Cápsula e com a ajuda de Bulma e do Doutor Brief, Aiyme usa da tecnologia daquela nave como base e faz uma maior, já que essa era individual.
Estava decidido então, eles iriam para Namekusei encontrar as Esferas do Dragão e trazer seus amigos de volta à vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontro inevitável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.