Meu Estúpido Anjo escrita por Cisne Negro


Capítulo 14
Tempestade!


Notas iniciais do capítulo

Voltei e já peço perdão antecipadamente. Vcs vão entender prq...
Boa leitura.



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TenTen acordou às 13hrs naquele domingo. Normalmente não acordava tão tarde, mas seu sábado fora deveras cansativo. Depois de terem ido à praia, suas amigas a arrastaram para o shopping, lanchonetes, boates... Sim, boates! Ela nem sequer sabia em quantas havia entrado com aquelas loucas.

Quando se sentou na cama e olhou pela janela, um imenso sorriso se fez presente em seu rosto. Estava chovendo. Chovendo de verdade, com direito a raios e relâmpagos, além, é claro, do som gostoso de trovoadas. Ela simplesmente amava uma boa tempestade. Era perfeito para se ficar quieto em casa sob as cobertas, ou então reunir os amigos e fazer aquela sessão de filmes de terror que tanto amava...

Sim, é isso!

A morena saltou da cama e pegou o celular, digitando uma mensagem apressadamente enquanto se dirigia à sala.

― Se eu fosse vivo, teria te jogado um balde de água fria. ― Não precisava olhar na direção dele para saber de quem se tratava.

― Mas você 'tá vivo, Neji! ― Se atirou no sofá ainda sem olhá-lo.

― Só pra não perder o hábito... ― Ela o mirou a tempo de vê-lo dar de ombros.

― Você não existe! ― Disse, em meio à risadas.

― Se você tivesse dito isso a algum tempo atrás, eu teria encarado como um trocadilho sobre a minha... Condição. ― Ele a observou jogar a cabeça para trás deixando que o cômodo silencioso fosse preenchido  pela sua sonora gargalhada.

Outro trovão soou, fazendo-a olhar em direção a janela.

― Espero que eles venham...― Falou, pondo os pés encima do sofá.

― "Eles" quem? ― O Hyuuga estava apoiado no braço do sofá, com os braços cruzados.

― Eu chamei uns amigos para virem fazer uma sessão de filmes de terror aqui e... ― Ela parou de falar e se levantou de súbito.

― O que houve?! ― Uma expressão levemente preocupada se instalou na face do moreno.

― Eu... Eu não sei... ― Ela levou ambas as mãos ao peito, num gesto de proteção ― Senti um frio na espinha, a sensação de que algo está errado.

― Não deve ser nada, TenTen. ― Tratou de tentar deixá-la calma ― Você só está pensando demais nos nossos problemas. Tente relaxar, OK?

― OK... ― Olhou em direção ao corredor de onde veio a alguns minutos atrás ― Acho que vou dar mais uma checada nos monitores, só pra garantir.

Assim que ela se levantou para ir ao quarto de hóspedes, a campainha tocou. Mudando seus planos, caminhou até a porta e abriu a mesma, pois sabia exatamente quem eram.

― Olá pessoal! ― Cumprimentou os seres encharcados que se encontravam diante da entrada.

― Eu escolho o filme! ― Sakura deixou claro, já adentrando a residência sem cerimônia.

― Ah, nem pensar! ― Karin se apressou em dizer ― Da última vez que você escolheu o filme nós fomos obrigadas a ver Diário De Uma Paixão.

― Por que não assistimos O Desafio Do Dragão Branco? Ou então Ninja Assassino? ― Sugeriu Lee, que não estava com nenhuma vontade de assistir algum romance bobo.

― Nada disso, vamos assistir Água Para Elefantes!― A Yamanaka falou já tirando o filme da bolsa.

― Mas o que diabos é isso? Outro romance estúpido? ― Deidara arrancou o filme das mãos da loira e fechou a cara ao ler a sinopse ― Nada disso, vamos ver Carga Explosiva.

Foi então que uma acalorada discussão  se formou na sala de estar da Mitsashi, para o seu total deleite.

Depois de aproximadamente dez minutos de briga, TenTen resolveu dar um fim àquilo.

― Tá pessoal, chega. ― Se levantou do sofá ― Nós vamos assistir O Exorcista.

― Por que? ― Ino perguntou fazendo cara de choro.

― Porque a pipoca é minha, a TV é minha, a energia é paga por mim e fui eu quem chamou vocês, por isso. ― Enumerou os motivos nos dedos e depois sorriu, vitoriosa.

― Isso aí, joga na cara! ― A Uzumaki falou, revirando os olhos.

Um novo conflito teve início, dessa vez para ver quem tinha mais direito: a dona da casa ou as pessoas que saíram em meio a um temporal a pedido dela.

Depois de muita briga e até alguns tapas ― o que, para Neji, fora imensamente divertido ― eles acabaram por ceder e assistir ao filme de terror.

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Hinata dirijia em direção ao hospital para fazer uma visita ao primo. Estava tão feliz pelo ótimo sábado que teve que nem mesmo aquela tempestade medonha poderia lhe tirar a calma. Passou o dia inteiro na companhia das meninas e tinha se divertido muito. TenTen fora um pouco seca com ela no começo, mas depois tudo correu bem. Tão bem que arriscaria dizer que fizeram as pazes.

Quando se deu conta, já estava no estacionamento do edifício. Depois de passar apressada pela entrada se encaminhou ao balcão da recepção para anunciar sua chegada, onde pôde ver Shizune e a Dra. Senju conversando. Foi até elas com o intuito de cumprimentá-las, mas o que ouviu fez seu sangue gelar:

― O senhor Hyuuga já está aí? ― Shizune perguntou à Dra. Senju.

― Sim, Shizune. ― Deu um longo suspiro ― Os advogados também já chegaram, falta apenas a assinatura dele.

― E a Srta. Hyuuga? Ela já sabe?

― Não... ― O pesar na voz de Tsunade era palpável ― O pai nem se deu ao trabalho de avisá-la.

― Meu Kami, que horror! ― A morena parecia indignada ― Ela não vai nem ao menos ter a chance de dizer adeus ao primo...

Dizer adeus? O que Shizune-san quer dizer com isso? Será que... Não! Meu pai não faria isso... Ele não pode fazer isso!

Sem pensar duas vezes, a moça saiu correndo em direção ao elevador apertando o botão freneticamente, mas as portas não se abriam. Hinata não podia esperar, precisava chegar ao quarto de Neji o quanto antes, por esse motivo foi em direção às escadas. e subiu pulando degraus, não tinha tempo para subir um de cada vez.

Quando finalmente chegou ao andar desejado iniciou uma nova corrida pelo hospital, esbarrando em enfermeiros e pacientes que estavam nos corredores do mesmo. Enquanto passava pelas portas sem realmente reparar nelas, pegou o celular em sua bolsa e abriu a agenda, procurando desesperadamente o número de TenTen. Precisava contar o que estava acontecendo.

O celular tocou três vezes até que a Mitsashi atendesse.

― TenTen! ― A azulada dissera ofegante ― Você precisa vir ao hospital agora! ― Ouviu a moça dizer algo do outro lado da linha ― É o meu pai, ele vai assinar a autorização.

Depois de proferir tais palavras, nada mais pôde ser escutado. Encarou aquilo como um sinal de que a morena estava a caminho e aumentou ainda mais a velocidade. Só parou ao se ver de frente ao quarto do primo.

Sem cerimônia, a Hyuuga abriu a porta, deparando-se com seu pai, o Dr. Kabuto e os advogados da família.

― Que modos são esses, Hinata? ― Hiashi indagou, devido a forma brusca com que a filha adentrou o recinto.

― O que pensa que está fazendo?! ― A mais nova bradou, esquecendo-se por um segundo de que aquele era seu pai.

― Como é que é?! ― O Hyuuga mais velho não estava acreditando na petulância de sua filha ― Estou cuidando de seu primo, sua insolente!

― "Cuidando"? ― O deboche presente na voz da filha fez com que o sangue de Hiashi fervesse. Onde diabos Hinata adquirira tamanha ousadia? Inaceitável! ― Você realmente acredita nisso?

― "Você"? ― O homem se exaltou diante de tal palavra ― Mais respeito, eu sou seu pai!

― Um pai que está tentando matar o sobrinho! ― As lágrimas já rolavam pelo rosto da jovem.

― Eu estou fazendo o melhor para ele! ― O mais velho respirou fundo e disse à filha algo que ela precisava ouvir: ― Neji já está morto, Hinata...

― Não, ele não está! ― Os gritos da azulada ecoavam por todo o corredor, chamando a atenção de algumas pessoas que por ali passavam ― Não enquanto o coração dele ainda bater... O senhor não pode fazer isso, pai. Por favor. ― A súplica dela comoveu tanto os advogados quanto o médico ali presentes, mas não Hiashi. Aquele homem era frio demais para se deixar levar.

― Não é justo deixá-lo viver assim... Ele não gostaria disso. ― O tom dele deixava claro: a conversa estava encerrada.

Hiashi pegou a caneta que lhe era oferecida por um dos advogados e se preparou para deixar sua assinatura nos papéis que selariam o destino de Neji.

― Não! ― Hinata tentou impedir, mas um dos advogados a segurou.

― O seu primo agora vai poder descansar em paz, Srta. Hyuuga! ― O homem lhe dissera, numa tentativa de a consolar.

― Não...

Com um aceno de cabeça, o patriarca permitiu que o médico desligasse os aparelhos.

Quando Kabuto se posicionou ― ainda hesitante devido às súplicas de Hinata ― para desativar as máquinas, algo inacreditável aconteceu: Neji agarrou seu braço.

― TenTen! ― Foi a única coisa que ele disse, logo depois um som preencheu o quarto... O som do coração de Neji parando de bater.

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Já estavam na metade do filme quando o celular da morena começou  a tocar, fazendo as outras garotas gritarem devido ao susto, para a alegria da moça.

― Alô. ― Atendeu contendo o riso

― TenTen! ― A respiração descompassada do outro lado foi o suficiente para fazer com que a Mitsashi ficasse alerta ― Você precisa vir ao hospital agora!

― Hinata?! ― Ao reconhecer a voz, ela pulou de cima do sofá, atraindo a atenção dos outros ― O que houve?

― É o meu pai, ele vai assinar a autorização.

Aquela foi a última coisa que ouviu antes de sair disparada porta a fora.

TenTen ainda estava de pijama e chinelos, mas não se importava, nada daquilo importava agora. Ela foi direto para as escadas ouvindos os gritos dos amigos que também desciam desesperados tentando entender o que se passava com ela.

― TenTen, calma! ― Pediu Deidara ― O que houve? Nos diga!

― O Hiashi! ― Disse, sem desacelerar ou olhar para trás ― Ele está no Konoha Hospital, vai assinar os papéis agora mesmo!

Naquele momento todos compreenderam o que se passava, principalmente Neji, que estava no encalço deles.

Quando chegaram a recepção a morena não deu a mínima para o dilúvio que estava caindo do lado de fora, simplesmente saiu do edifício debaixo de chuva mesmo.

Estava tão atônita que nem sequer olhou para os lados antes de atravessar a rua.

Fora tudo tão rápido... Mal conseguiu distinguir o que aconteceu. Ouviu o grito desesperado de Sakura, o cantar de pneus e então sentiu o impacto. Seu corpo foi arremessado para longe e ela perdeu a consciência, mas não antes de ver a coisa mais dolorosa que poderia lhe ocorrer: viu Neji desaparecer diante de seus olhos.

Não...


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Notas finais do capítulo

Perdão mais uma vez por isso, OK? Não me odeiem, onegai T^T
Até terça.



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