Castelobruxo: Uma história (interativa) escrita por Doutor


Capítulo 8
Teste de quadribol




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Os alunos encaravam a quadra de quadribol com seriedade. Era o primeiro final de semana em Castelobruxo e o teste de quadribol já iria começar.

—Ok, alunos! - gritou a professora de voo, Johana Lorenz. - Vamos jogar um pouco de Quidditch!

—Quadribol! - gritou um aluno, corrigindo a professora, que sempre falava a pronuncia inglesa do esporte. Os alunos da casa Winos seriam os primeiros a fazerem o teste para o time de sua casa. Os jovens usavam uma o uniforme de cor bronze da casa Winos. Era um bronze belo, voltado para o dourado, mas a capa não era metalizada, apenas tinha a cor de prata. Seria insuportável para os alunos ficarem cegos assistindo uma partida de quadribol. A professora explicou, rapidamente, como seriam os testes. Em seguida, o capitão do time Winos, Tom, chegou no local. Tom era um excelente artilheiro do time Winos.

Leoffer observava os jovens jogadores da arquibancada, assim como vários jovens da casa Winos. Os testes ocorreram muito bem e, logo, foi escolhido os novos batedores, um novo artilheiro e o novo goleiro do time Winos. Carlos Daniel era o apanhador do time. Um argentino que encantava muitas garotas com seu nariz reto e olhos acinzentados. Sempre andava com um sorriso no rosto e todas as meninas diziam que seu sotaque deixava ele mais charmoso. Como artilheiro havia o Tom Sousa, Aline Artemis e Guilherme Bredet.

Como goleiro entrou um aluno do quarto ano, Jorge Castro e os batedores eram Helena e Vitor Emanuel.

Logo, o teste mais esperado pelos alunos da Solus começou. Obviamente, era o teste da sua casa. Porém, todos estavam animados e esperançosos de ter Tales como o novo apanhador.

Os testes começaram e, após alguns minutos, o jogo realizado pelos jovens que desejavam entrar no time acabou. Tales se tornou o novo apanhador e nada deixou o garoto mais feliz. Ele tirou sua capa amarela e começou a comemorar, junto com o novo artilheiro. Os amigos de Tales comemoraram juntos e todos se retiraram do local, carregando os dois novos jogadores.

A capitã do time Solus, Danielly, acompanhou o povo de sua casa, junto com os veteranos de seu time.

Eles se dirigiram para o salão da casa Solus e, ao chegarem na estátua de uma bruxa que ficava do lado da porta, algum aluno cutucou a varinha na ponta do chapéu cone dela e disse a senha, abrindo a porta. Jogaram o Tales e o Miguel no sofá e imploraram por discurso.

Miguel, que era um jovem de cabelos ondulados e dourados que chegavam até o pescoço, começou a falar. 

—Eu quero agradecer pelo carinho e prometo que, nesse ano, a taça é nossa! - gritou ele. A comemoração e os aplausos foram intensos, mas pararam após algum momento para Tales falar.

—Eu só digo que eu prometo treinar dia e noite para não decepcionar meu time e apanhar aquele maldito pomo! - gritou o jovem, animado. A algazarra foi intensa e, logo em seguida, houve a comemoração.

No meio da festa, Tales procurou por Laurel. Ele sabia, mais que tudo, que a garota desejara tanto que ele realizasse esse sonho, mas a jovem não apareceu. Ela havia falado sobre um quadro estranho para ele, e então, na sexta, ela sumiu após o jantar. 

—Aonde está a Bruna Laurel? - perguntou ele para Mariana, que bebia uma garrafa de cerveja amanteigada. A garota observou o local, procurando pela loira.

—Acho que deve está dormindo! - disse ela.

—Com essa barulheira? - disse Tales, cruzando os braços. - Ela, com certeza, estaria no meu teste para o time!

—Isso é pra ser um momento estranho? - perguntou a garota, confusa. Tales não respondeu, apenas saiu do dormitório. Ele caminhou pelos corredores, cheio de bruxos e bruxas com roupas casuais, aproveitando o final de semana. 

Nos primeiros segundos em que ele pensou em procurar pela amiga, ele pensou em ir no quadro estranho, mas havia um problema: Aonde ficava o maldito quadro?

***

Brandon estava sentado no chão, encostado em uma parede, enquanto observava alunos vindo e indo pelo corredor. Todo final de semana era a mesma coisa para o garoto. Não ter amigos era difícil.

—Oi! - a palavra soou perto do seu ouvido e o garoto se assustou, olhando para o lado rapidamente. Era um bruxo de vestes azuis e cabelos grisalhos.

—Professor Hernonum? - disse Brandon.

—Eu mesmo. - disse ele, rindo. - Está fazendo o que?

—Observando, eu acho. - disse o garoto. - Não faço ideia, para ser sincero.

—Por que não tenta arranjar algum amigo? - perguntou o professor.

—Não é simples. - disse ele. - As pessoas são tão...diferentes! Meu único amigo é uma coruja listrada que tem um fanatismo em querer morder minha orelha e come bolo.

—Já pensou em usar esse tempo para praticar feitiços ou voo?

—Sou péssimo em quadribol. Quebrei meu nariz e uma vassoura ano passado. E que feitiço devo praticar?

—Sabe, tem um feitiço que eu gosto muito. Ele sempre me ensina que uma memoria feliz pode vencer todo uma imensidão de tristeza.

—Sério? Que feitiço? - disse Brandon. O garoto não era tímido com os professores. Talvez fossem os únicos que não deixavam o garoto com vergonha.

—O feitiço do patrono. - disse o professor. - Ele é usado contra mortalhas-vivas e dementadores.

O professor tirou a varinha e se concentrou. Ao dizer "expecto patronum", uma águia prateada vou conjurada da varinha do professor e voou um pouco pelo corredor. Brandon ficou fascinado.

—Isso é bastante legal. Mas não dá pra fazer isso na transfiguração? - disse o garoto. Jon explicou, mais detalhadamente, o que era um patrono e que não se tratava em transfigurar o ar. Explicou que era impossível criar vida através de mágia e Brandon lembrou-se de que tinha se esquecido disso.

—E como eu faço isso? - perguntou o jovem.

—Bran, é um feitiço bem avançado por exigir bastante concentração. Mas vamos fazer o seguinte...- começou ele. Hernonum pediu para o garoto fechar os olhos e se imaginar em uma casa, caminhando pela mesma. Logo em seguida, de surpresa, disse para ele imaginar um dementador surgindo. 

Brandon abriu os olhos e disse que nunca tinha visto um dementador e o professor decidiu mudar a explicação. Ele disse que apenas se concentrasse em uma memória feliz e que usasse a fórmula mágica "expecto patronum". Bran se levantou e agradeceu o professor, correndo até o dormitório da Casa Winos para experimentar o feitiço e ver que animal sairia de sua varinha.

***

Na hora do lanche da tarde, os alunos da Solus ainda estavam bastante animados. Gabriel e Estefy conversavam sobre o quadribol e o garoto falava sobre a sua tia. Alguns alunos da casa Lunos se perguntavam do porquê do pomo de ouro que eles usaram no teste ter explodido quando o apanhador o pegou e Tom morria de rir quando escutava isso.

—Foi isso que você fez? - perguntou Leoffer, que estava sentado ao lado do garoto, comendo uma fatia de pão com uma quantidade generosa de nutella. Tom respondeu com um sorriso e o garoto apenas mordeu o pão.

Após o termino do lanche, Mari esperou pelo amigo e novo apanhador do time na saída, mas Tales não apareceu. A garota se perguntou se algo havia acontecido e decidiu procurar por ele. 

Para seu alivio, Tales estava na biblioteca, lendo um livro sobre Castelobruxo.

—Por que você tá lendo isso? - perguntou a garota.

—A Laurel não apareceu até agora. - disse ele. Uma preocupação pela garota surgiu. Mariana não conversava muito com a jovem Laurel, mas saber que ela poderia estar perdida pelo castelo era ruim. 

Mariana se ofereceu para ajudar e pegou um dos livros que tinham sido empilhados por Tales.

—O que devo procurar? - perguntou a jovem.

—Algo sobre um quadro sorridente. - disse ele, deixando sua amiga confusa. A mesma decidiu não dizer nada e apenas procurar. Os dois ficaram algumas horas lendo informações sobre as magias que estavam na escola, as histórias e algumas curiosidades, mas nada sobre um quadro sorridente.


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Notas finais do capítulo

Outro capítulo. Espero que gostem e me perdoem qualquer erro de português.
Ah, só pra deixar claro, eu criei as casas Winos, Solus e Lunos.
Só estou dizendo isso pois esqueci de dizer antes. kkkk