LAS AMAZONAS - Esperando por seu amor escrita por SENHORA RIVERO
VITORIANO – Eu te amo, nós vamos encontrar um jeito de ficarmos juntos.
INÊS— Acabou para sempre! – afastou-se dele, os olhos chorosos e a expressão de quem não desejava ser questionada.– Não voltaremos a ficar juntos.
Vitoriano saiu destruído do quarto sem dizer mais nada. Nada havia para dizer. Inês foi caminhando para o banheiro, a cada passo a vida parecia sumir por entre seus dedos...
DUAS SEMANAS DEPOIS:
Passaram-se dias sem que fosse possível a Inês acertar o compasso de sua vida.
Vitoriano tentara acertar-se a ela todos aqueles dias, mas Inês o repudiava de forma veemente. Ele escolhera a tequila como companheira para as mágoas que não podia dividir com ninguém. Gritara, fora grosseiro e por duas noites invadira o quarto de Inês, bêbado, buscando consolo no corpo dela.
Nada disso adiantou e ele apenas fora expulso todas as vezes, sempre acompanhado da expressão dela de reprovação por aquele comportamento infantil.
Foram inúmeros tentativas sem que Inês conseguisse se explicar para Emiliano. O filho estava irredutível e como castigo desejava conviver com o pai e aproveitar o tempo perdido.
Inês sentia-se desarvorada com a possibilidade de ver seu filho convivendo com um homem tão cruel como Loreto. Uma visita havia sido marcada para que o filho conhecesse a fazenda luz de luna e com todo potencial manipulador que tinha, Loreto convencera a Inês de estar presente junto a eles.
Numa manhã, Loreto e Inês estavam apoiados na madeira do lado de fora do cercado onde Emiliano andava sorridente no cavalo que o pai o presenteara. Loreto acertara em cheio, aquele presente podia trazer a mais profunda alegria ao filho e aproximá-los.
LORETO — Emiliano está feliz, não é mesmo Inês?– Loreto sorriu observando a beleza estonteante de Inês.
INÊS— Sim, ele está.– ela respondeu olhando para o filho.
LORETO – Nosso filho já é um homem... Você fez um excelente trabalho, Inês. – os olhos de Loreto buscaram os seios de Inês. Desde que saíra da cadeia só conseguia pensar em como desejava estar com ela, fazê-la sua mulher.
INÊS— Ele é um bom menino. – Inês sorriu vendo o filho empinar o cavalo e sorrir feliz. Faria qualquer coisa para vê-lo bem.
LORETO — Inês, eu sei que você o criou sozinha todo esse tempo. Você cuidou do nosso filho e fez dele um homem. – ele aproximou-se dela lentamente. – Mas agora eu estou de volta.
INÊS— Por favor, Loreto, não... – ela afastou-se dele temerosa.
LORETO— Eu quero mudar o nosso futuro. Você não precisa mais carregar esse peso sozinha...– Loreto ergueu a mão e depositou na cintura dela.
INÊS— Quando vai contar a ele que esteve preso pelo assassinato de Vicente?– retirou a mão dele.
LORETO — Eu sou inocente, Inês... eu sempre fui inocente. Eu não matei Vicente... eu não sou um assassino.
Encarou os seios dela e salivou, precisava se controlar para não avançar sobre ela. Loreto aproximou-se e tocou o rosto dela com carinho. Inês recuou, sentia nojo dele, sentia seu estômago doer de medo e raiva quando ele tentava tocá-la. Sabia que Loreto a queria em sua cama e que se ela não se entregasse ele a forçaria. Ele sempre conseguia o que queria.
LORETO— Eu morro por ter você em meus braços novamente...– passou os dedos pelos lábios de Inês, que resistiu a ele novamente.
INÊS — Você nunca me teve em seus braços por amor, Loreto... eu não posso ser a sua mulher porque não te amo.– foi dura.
LORETO— Você ama aquele desgraçado, é isso! – falou baixo mas cheio de ódio. O clima estava quebrado.
INÊS— Sim, eu o amo e você sempre soube disso. Mas ele está casado e vai ter um filho, por isso não crie fantasia onde não existe.
LORETO — Essa é a sua casa, Inês, por que você não vem morar aqui? – ele estava sendo sincero quando dizia tal coisa, a casa fora comprada para agradá-la. – Você pode vir e dormir em outro quarto se achar melhor. Vou esperar que você me queira.
INÊS— Eu não vou te querer... – foi direta.
Inês sentiu o coração fraquejar, estava insuportável viver na fazenda e ter que ver as declarações de amor de Débora para Vitoriano. Embora ele não retribuísse, era doloroso ver que a cada noite, os dois, estavam lá, juntos.
Não queria estar com Loreto, nem voltara aquela casamento mas não havia o que fazer. Emiliano havia lhe dado um ultimato e queria viver com o pai. Estavam ali por causa dele. Loreto não desistiria até que ela voltasse a ser sua esposa e tudo que ela precisava era estar distante da fazenda.
LORETO— Eu sou inocente Inês e posso provar. – ficou sério de repente.– Eu tenho em mãos a comprovação de que Vitoriano matou a Vicente.
INÊS — Você está mentindo, ele nunca faria isso!– desesperou-se com aquela afirmação.
LORETO— Ele fez isso para ter a fazenda e casar-se com Diana. Ele queria se vingar porque Vicente me ajudou quando eu e você nos casamos. Eu tenho os documentos que compravam que Vitoriano matou a Vicente...
Inês sentiu o ar faltar. Loreto estava tão seguro, tão certo do que dizia que pareceu impossível ser mentira.
Como seria se depois de todo aquele tempo provassem que Vitoriano fora o autor do tiro que tirara a vida de Vicente. Sentiu-se tontear, o ar faltou e vista ficou turva.
INÊS — Isso não pode ser verdade, ele não é uma assassino!
LORETO— Inês, eu estou dizendo a verdade e posso provar a você! – foi incisivo.
INÊS — Você está apenas dizendo essas coisas porque você o odeia. — ela apavorou-se com a expressão dele de tranquilidade.
LORETO — A última coisa que eu quero é fazer você sofrer, Inesita, depois de tudo que vivemos, eu quero paz. Quero viver com você e nosso filho em paz. — ele aproximou-se. –Estou dizendo a verdade.
INÊS — E o que você quer fazer? Mandar prendê-lo depois de todos esses anos?
LORETO— Quero que o culpado pague pelo que fez. – foi frio. – Mas eu não vou mostrar esses papéis a polícia...Inês. – Loreto tocou o rosto dela com amor e aproximou-se com o objetivo de beijá-la. – Se você voltar a ser minha mulher, se concordar em vir morar aqui comigo e Emiliano, para sermos uma família, eu vou esquecer tudo isso... e te entregar os papéis para que você rasgue, queime, faça o que quiser. Darei a você como uma prova de amor.
INÊS — Como você pode me chantagear para me ter por perto?– sentiu-se suja, com se negociasse seu corpo em troca de comida.
LORETO— Eu te amo, Inesita e minha proposta está feita... –Loreto beijou o rosto dela com carinho. Ela limpou o beijo.
INÊS— Você me quer mesmo sabendo que não quero você, que não desejo sua companhia, que não acredito nesse amor que você diz sentir?
LORETO— Você é a única coisa que eu quero... E agora, a decisão é sua. Ou Vitoriano vai para a cadeia ou você para a minha cama...
ENREDO DESTA FIC - JULIANA MARCIA RAMOS AZEVEDO
SENHORA RIVERO TEKILA
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