LAS AMAZONAS - Esperando por seu amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 28
Capitulo 28 - Em casa




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VITORIANO — Estou pensando.– ele sorriu de volta e olhou para o filho.– Você me roubou uma coisa importante por um bom tempo, meu filho...– ele tocou o rostinho do bebê.

INÊS — Ele não vai me roubar de você.– ela o aproximou e beijou nos lábios, um beijo curto, mas cheio de amor.

VITORIANO— A sua mãe não entendeu, meu filho.– ele sorriu safado e olhou de volta para ela, que não havia entendido ainda.– Estou falando dos seus seios, Inês...

DEZ DIAS DEPOIS:

Foram alguns dias de repouso e atenção. Em dez dias, Inês estava indo para casa com Vitoriano. Carlos luzia lindo, mimado, adorando um colo quente e macio. O bebê já sabia que a família que tinha era amorosa e que o protegeria de tudo.

Os irmão faziam todas as vontades do bebê e para Inês os mimos mais especiais. Quando chegaram em casa e todos estavam em seus quartos, prontos para dormir, Vitoriano sentiu-se o homem mais feliz do mundo com aquela família.

Colocou Carlos no berço, ao lado da cama dos dois, porque embora ele tivesse um lindo quarto decorado por Cassandra no últimos dias e especialmente para ele, Inês tinha medo de afastar do bebê.

Ela não dizia, mas Vitoriano entendia que ela tinha medo de Loreto, todo tempo, mesmo sabendo que ele sairia direto do hospital para a prisão. Ele ajeitou o filho, sorriu e fez um carinho.

Inês se levantou e caminhou em direção ao banheiro, se sentia ótima. Precisava apenas não se esquecer e acabar por fazer uma esforço que não podia, por descuido.

VITORIANO — Você quer comer mais alguma coisa?– ele estava apoiando ela em direção ao banheiro, só porque queria ser gentil.

INÊS — Quero que me ajude a tomar banho!– pediu educada e sorrindo.

VITORIANO — Mas você já tomou banho duas vezes hoje, meu amor e está bem frio.– os dois chegaram no banheiro.– Tem certeza?

INÊS — Me sinto suja de hospital, eu quero me sentir em casa...– ela soltou-se dele e segurou na base da pia. – Me ajude a tirar minha roupa.

Vitoriano ajudou com todo cuidado. Ela estava bem, mas a cirurgia ainda era uma preocupação. Por 45 dias ela teria de repousar e depois tudo estaria normal. 10 dias já haviam se passado, Carlos era um bebês calmo e chorava apena para sinalizar suas necessidades.

Vitoriano desceu carinhosamente para retirar a lingerie de sua esposa. Inês sorriu ao sentir a delicadeza em tal ação. Ele a estava observando.

INÊS — Vitoriano?– ela sorriu quando ele ficou abaixado olhando sua cirurgia.

VITORIANO —Sim, meu amor.– respondeu atento a ela.

INÊS — O que você está fazendo aí em baixo?– ela riu e o viu subir com um sorriso feliz.

VITORIANO — Estava vendo sua cicatriz e imaginando como deve doer.– os olhos dele entristeceram.

INÊS — Vai passar.– tocou o rosto dele.– Vale a pena todos os dias.– ela o beijou nos lábios e sentiu o marido amolecer.

VITORIANO — Morenita... eu te amo tanto.– ele sussurrou segurando o corpo dela com cuidado.

INÊS — Por que não toma banho comigo?– ela pediu feliz.– Não posso fazer  o que você precisa, mas te ajudo a ser um pouco feliz.

Vitoriano soltou uma gargalhada feliz e a abraçou novamente. Inês o apertou, o amor dele era o melhor remédio.

VITORIANO — Eu prefiro não me arriscar, Inês, estou com muita saudade!– ele sorriu.

INÊS — Tudo bem, o que você achar melhor...

Inês esperou que ele ele enchesse a banheira e a ajudou a ficar ali, relaxada e imersa. Vitoriano tomou seu banho no chuveiro evitando olhar para ela, nua, sorridente e linda ali ao lado. Depois ele sentou-se ao lado dela na banheira e ficaram conversando.

VITORIANO — Você gosta de vier aqui, Inês, na fazenda?– a pergunta era direta enquanto ele observava o rosto dela.

INÊS — Sim, Vitoriano, eu adoro! Por que?– ela jogava água nos ombros para relaxar.

VITORIANO —Por que talvez você quisesse criar Carlos em outro local.– esperou pela resposta dele.

INÊS — Meu filho vai ser criado na fazenda do pai dele, junto com os irmãos e ser muito feliz assim...– ela destinou aquele olhar sensual a ele que o fazia parar no planeta.

Vitoriano aproximou-se dela e os dois se beijaram, um beijo de desejo, de querer.  O beijo durou alguns segundos, sufocando a vontade de estarem juntos.

VITORIANO — Vamos, sai, dessa banheira!– ele estendeu a tolha para que ela saísse.

Quando aconchegados na cama, os dois deitaram-se e fecharam os olhos, Carlos berrou. Ele tinha descoberto que estava em casa e pelo jeito do choro a noite seria longa.

DOIS MESES DEPOIS:

Loreto estava preso, por mais longos anos ele estaria encerrado em seu maior castigo, aquele espaço de horror. Por mais que tivessem tentando convencer Inês a não ir, lá estava ela diante do homem que odiava tanto.

Os olhos dela encontraram os dele, algemado, sentado do outro lado da mesa de metal daquele espaço horrível. Aquele encontro ela marcara para zerar em seu coração o passado de dor que carregava.

Vitoriano e ela estavam brigados. Por muitos motivos o marido não queria que ela estivesse a li, frente a frente com Loreto. Mas ela se conhecia, precisava zerar seu medo dele, o medo de vê-lo em cada esquina, de se sentir ameaçada por aquela presença.

Loreto a olhou. Os olhos brilhavam uma maldade que ele não tinha controle, estava em sua alma e sempre estaria lá. Eram destinados a ele mais 30 anos de prisão pelos dois sequestros dela. 

INÊS — Eu estou aqui para dizer que você é o pai do meu filho.– sentiu o coração acelerar.– Não por escolha, nem por amor, mas porque você me forçou...

Imagens se passaram na mente dela. Ele sorriu. Tinha prazer em se lembrar das violações cometidas contra ela.

LORETO— Eu sempre fui louco por você, Inesita!– falou tenso.– Eu sempre quis seu amor, e você queria aquele maldito do Vitoriano.

INÊS— Isso que você diz que sentiu por mim, Loreto, é uma doença, não é amor.– falou convicta e observando o rosto dele.– Estou aqui para dizer que esta será a última vez que você vai me ver. 

LORETO— Eu vou sair daqui, Inês.– ele foi frio observando o corpo dela.– Eu vou sair daqui e buscar você onde estiver! Você não será feliz com ele! 

INÊS— Eu não posso mudar o que você é na vida do meu filho, infelizmente, mas quando você sair daqui, se não apodrecer aqui, não procure a mim, nem a ninguém da minha família. Se você se aproximar de alguém que eu amo de novo, eu não vou te dar outra chance.

LORETO— Está me ameaçando, Inês.– ele aproximou-se da mesa para chegar mais perto dela.

INÊS— Isso é um aviso. Eu desejo que esses sejam os piores anos de sua vida, seu maldito e cuidado, porque agora não há nada que eles possam cortar alem de sua garganta.– ficou de pé e ainda ouviu Loreto sorrir debochado.

LORETO— Seu pequeno Carlos se parece com ele ou com você?– a voz dele era fria e doentia.

Inês sentiu seu coração tremer, o maldito sabia o nome de seu pequeno bebê, mas ela não olhou para trás, Loreto era passado. A contar daquele dia, nunca mais ele estaria em seus pesadelos.

Inês voltou para casa apressada, preocupada com o filho e com a hora de amamentar. Embora tivesse retirado leite e deixado com a empregada para que ele mamasse se fosse necessário antes de seu retorno.

Encontrou o filho aconchegado nos braços da única pessoa que ela não queria se quer ver o rosto. No centro da sala, sorrindo, linda, com cabelos cor de fogo, Débora estava lá. Sorrindo como se fosse uma velha amiga.

Inês entrou com olhos de fogo e sem perguntar nada pegou o filho dos braços dela.

INÊS— O que faz na minha casa? Segurando meu filho?– ele acalentou Carlos em seus braços!– Conversando com meu marido?

DÉBORA— Inês, eu já estava de saída, eu estou aqui para pedir perdão a Vitoriano e devolver o que era dele.– ela foi sincera, embora alguma coisa no rosto de Débora dissesse que estava falando a verdade, Inês sentiu raiva de vê-la ali, com seu filho nos braços e com Vitoriano na sala.

INÊS— Eu quero que você faça a gentileza de ir embora.– Inês foi direta, os olhos ainda não haviam encontrando os de Vitoriano.

VITORIANO — Inês, por favor!– ele falou firme com ela, não precisava ser mal educada.

DÉBORA— Eu já estava de saída. Vitoriano, obrigada por me receber.– Débora o abraçou de modo apertado e sincero.

Inês apenas esperou que ela cruzasse a porta e saísse. Os olhos eram pura raiva, já não bastasse ter de enfrentar Loreto, aquela megera estava ali, com Vitoriano e ainda segurando seu filho.

INÊS — Como você teve coragem, Vitoriano?– ela falou com raiva já caminhando para o quarto.

VITORIANO — Inês!– ele falou com atenção a ela e seguindo-a até o quarto.

Carlos começo a chorar. Inês entrou no quarto tentando acalmar o filho. Vitoriano entrou no quarto e trancou a porta.

INÊS — Saia daqui, não quero falar com você!– falou alto.

VITORIANO — Não grite, Inês!– ele falou mais alto que ela.

INÊS —Você deixou essa mulher entrar aqui e ainda por cima segurar meu filho.– colocou Carlos na cama, ele chorava muito.– Calma, meu filho...– falou baixo abrindo a roupinha dele.

VITORIANO — Eu estava aqui no quarto com ele no colo quando ela entrou...

O rosto e Inês transfigurou-se, como assim ali no quarto? Não havia mais ninguém na casa, ela passara quase três horas fora e agora ele vinha com essa? 

INÊS — Ela ficou aqui no meu quarto com você?– perguntou sentindo o chão faltar e o filho chorar mais.

Os dois perceberam que deviam falar mais baixo. Carlos se debatia. Ela abriu a fralda e ele estava sujo. Começou a limpar o filho enquanto Vitoriano se aproximava trazendo o lenço umedecido e as fraldas.

VITORIANO — Ela subiu e conversamos, eu não vi problema...– ele falou inocente...

INÊS — Você conversou aqui?– foi irônica olhando para ele.– Mataram a saudade também? Ela te ajudou a ser feliz?– a voz cheia de ciúmes.

VITORIANO — Inês, por Deus, não seja infantil!– falou aborrecido com aquele ataque de ciúme repentino.

INÊS — Eu odeio aquela piranha, Vitoriano! –  falou brava.–Eu não quero aquela mulher na minha casa, nem perto do meu filho e muito menos de você!!!!

VITORIANO — Meu amor, você está com ciúme...– ele riu e aproximou-se mais.

Vitoriano a segurou e deu-lhe um beijo, quente e cheio de desejo. Inês deixou-se beijar, depois se soltou voltando a atenção ao filho. Carlos parou de chorar.

VITORIANO — Até nosso filho sabe o que está faltando entre nós, Inês!– falou aborrecido caminhando para o banheiro.

INÊS — Sim, Vitoriano, está faltando sexo, há meses está faltando sexo.– respondeu arisca.– E você acha que preciso que alguém me diga isso? Mas quisemos um filho, não foi? Você não pensou em nada quando estava lá me cobrindo em tudo quando foi lugar, até no mato.– falou alto para que ele ouvisse do banheiro.

VITORIANO — Sou o culpado de tudo!– falou alto do banheiro.

INÊS — Eu não engravidei sozinha!– respondeu com mais raiva.

Inês terminou de trocar o filho engasgada com aquela situação. Depois de aconchegar o filho em seu colo, Carlos mamou e dormiu. Não estava com fome, era apenas porque tinha se sujado que estava chorando.

Inês o colocou no berço e foi até o banheiro. Vitoriano estava no chuveiro, nu, gemendo e se masturbando. Quando Inês entrou, tomou um susto com os gemidos dele, estava gozando. Se fosse um dia normal, ela simplesmente o deixaria em paz, mas naquele, o ato pareceu uma agressão a ela.

INÊS — Vitoriano!–  falou aproximando-se dele no boxe.–  Você está...

VITORIANO — Sim, Inês, estou resolvendo meu problema sozinho!– falou suspirando, ainda com a respiração descompassada pelo gozo.– Ou também não posso?

INÊS — Você está excitado com ela, é por isso? Está pensando naquela vagabunda? Em, Vitoriano? – falou com raiva sentindo desejo por ele.

O resguardo já havia terminando, mas Inês andava tão cansada, tão sugada por aquela vida de maternidade, que ela amava, tanto, que se lembrou que os dois não faziam sexo desde antes do parto do filho.

VITORIANO — Não estou pensando em Débora!– falou com raiva dela por aquela cena.

INÊS — Então, porque isso agora?– apontou para o membro dele.

VITORIANO — Há meses que resolvo meu problema sozinho, Inês!– saiu molhado e veio para perto dela com arroubo e paixão.–Por que a hora que eu pegar você!– agarrou a cintura dela com loucura.– Você tem que estar pronta! É muita saudade e não quero te machucar!

 


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