LAS AMAZONAS - Esperando por seu amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 26
Capítulo 26 - Esclarecendo os fatos




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HERIBERTO— Eu não posso continuar como seu médico!– ele falou com calma, perdido nos olhos dela, naqueles olhos lindos que ela tinha.

INÊS— Só porque eu sou uma paciente fogosa que está contrariando sua ordem de abstinência? É por isso?– pressionou a resposta dele.

HERIBERTO— Estou apaixonado por você, Inês! Não posso mais ser seu médico porque eu desejo o lugar do seu marido...

Inês observou o rosto dele modo calmo. Vitoriano estava certo sobre os sentimentos de seu médico e ela não percebera até aquele momento nenhuma mudança. Como ela não vira? Porque ela só tinha olhos para Vitoriano e por isso, não percebia mais nada a sua volta.

Respirou e pensou na melhor resposta para aquele comentário.

INÊS — Dr., eu sinto tanto.– ela pegou a mão dele de modo carinhoso.– Eu sinto de verdade que se sinta assim... Que me ame.

HERIBERTO— Eu não queria prejudicar seu casamento, Inês.– ele segurou a mão dela e beijou de modo apaixonado.– Mas não controlamos o coração. Infelizmente isso não é uma escolha.

INÊS — Eu sei que não... E quero que saiba que eu sinto muito por não poder corresponder a sua expectativa, mas eu amo meu marido...–  estava sendo direta, assim aquelas questões ficavam resolvidas de uma vez.–Eu passei a vida inteira esperando pelo amor dele...– os olhos dela brilhavam amorosos ao dizer aquelas palavras.– Eu nunca o perderia de novo e nem ele a mim.

Vitoriano era o homem de sua vida, o pai de seus filho, o que ela mais desejava era ser feliz com ele para sempre. Quando olhou nos olhos de Heriberto, pensou em todo tempo de espera pelo amor de Vitoriano e como esperar por era tão triste.

Não havia como resolver o problema de outro modo, Herberto podia sentir aquele amor, mas ele não seria correspondido.

HERIBERTO— Você é simplesmente uma mulher linda e cheia de vida, Inês. Sua doçura é de encantar qualquer homem... Esse sorriso, esse rosto maduro e cheio de ternura.– ele sorriu.– Impossível não notar você. Impossível não amar você...

INÊS — Obrigada, Heriberto, de verdade, mas eu não quero ser bonita para mais ninguém além do meu marido.– ela sorriu e retirou a mão das dele.– Eu preciso que você entenda que nunca vou corresponder você. Que não existe nenhuma possibilidade de termos um romance.

HERIBERTO— Eu sinto muito que você não possa estar comigo...–  falou se ajeitando na cadeira.–  Isso é o que mais desejo neste momento, mas sei que você é uma mulher decente.–  ele suspirou apaixonado.–  E isso me faz gostar mais ainda de você!!!!

Inês fez um gesto doce com o rosto e suspirou tentando ser educada com ele e aquela situação constrangedora. Não conseguia se imaginar nos braços de nenhuma outro homem que não fosse Vitoriano. Só queria a ele.

INÊS — Você merece uma mulher que cuide de você... que o ame com todo coração. –  desejava mesmo isso para ele.–Eu já estou comprometida com minha escolha. Estou grávida de meu marido, estou feliz com ele como nunca estivemos e é isso, meu amigo. Tudo que posso ser para você é paciente e amiga.

HERIBERTO— Eu respeito você, Inês e peço perdão pelo que fiz.– ele estava constrangido, mas não conseguia deixar de admirar a beleza dela .– Foi um arroubo, uma coisa de juventude que não tenho mais.

INÊS — Eu prometo que não vou me lembra de nada disso desde que você permaneça como meu médico.–  sorriu.–Eu confio em você como profissional! Não vou mudar de médico a semanas do meu parto, eu quero que seja você!!!– falou esperando que ele respondesse.

Heriberto queria dizer não, era melhor estar distante dela depois de tudo que dissera. Mas pensou que Inês estava certa, que era melhor ficar com ela até o momento do parto, antes do amor, estava seu compromisso como médico.

HERIBERTO— É o que você quer de fato?–  os olhos e o sorriso voltados para ela.

INÊS— Sim, é o que eu quero!– sorriu de volta.

HERIBERTO— Como você preferir... ficarei com você até ver esse meninão nascer...

A conversa se estendeu em outros aspectos, ele fez todos os protocolos de atendimento da gestação dela e depois a consulta acabou. Inês despediu-se e saiu displicente, sem preocupar-se com nada. Estava tão feliz que dali a alguns dias veria seu bebê.

Quando caminhava para o carro onde o motorista a aguardava, Inês sentiu uma mão forte segurar o seu braço. Sua alma gelou e sua voz confirmou seu medo.

LORETO — Inesita!– ele falou impedindo que ela corresse.– Você está linda com esse bebê...

INÊS — Por Deus, Loreto, não faça mal ao meu filho!– ela gemeu sentindo que ele a puxava para outra direção.

LORETO— Isso depende de como você vai se comportar, Inês!– ele falou maldoso apertando o braço dela.

INÊS— Eu imploro, por meu filho, eu imploro! Eu faço o que você quiser...–  a voz quase não saía.

Contra todas as expectativas de um futuro feliz, Loreto aparecia justamente no momento em que tudo estava perfeito e no lugar. Inês enjoou, sintoma de que estava apavorada e sentia medo dele.

LORETO — Eu preciso que você venha comigo.– ele a colocou dentro de um furgão preto sem que ninguém da rua visse.– Fique quietinha e não farei nada com sua cria!– sorriu maldoso com aqueles olhos de demônio que ele tinha...

Inês começou a chorar, tocou sua barriga e sentiu o bebê mexer. Era um menino, ela sabia, mas o marido não queria saber. O enxoval estava sendo todo preparado nas cores neutras porque ela não queria revelar, mas já sabia que Carlos estava chegando.

Pediu a Deus de todos os modos que podia para que ele a protegesse, para que tudo fosse apenas um pesadelo que logo passaria. Sentia o balanço do carro sem entender o que estava acontecendo.

Loreto ouvia uma canção no rádio e falava ao telefone com alguém, só conseguia ouvir parte da voz dele naquela ligação. Procurou alguma parte do carro onde pudesse se soltar. Pularia do carro para fugir dele, faria qualquer coisa para não ficar nas garras de Loreto.

De repente o caro freou e parou. Os gritos de Loreto podiam ser ouvidos do lado de fora e logo depois os gritos de Vitoriano. Inês se desesperou, tinha medo e ouvir aquelas vozes juntas. Desesperada e cheia de medo, Inês começou a gritar perto da porta de saída do furgão.

Foram muitos gritos dela, mais gritos do lado de fora e as vozes se conflitando, naquele momento ela ouviu a voz de Emiliano também. Pediu a Deus que nada acontecesse aos seus filhos, nem ao que estava esperando e nem ao outro.

Mais tiros foram ouvidos e ela gritou mais um pouco, assustada, temerosa por ouvir seu amor do lado de fora e não saber o que estava acontecendo. A porta se abriu e Inês teve um susto, era Loreto.

Os olhos dele estavam fixados nela de modo direto, parado. O sorriso dele foi visto de modo direto, aquele gesto com a boca que a irritava como nada mais.

Inês se apavorou, sentiu todo corpo congelar, Deus não poderia estar castigando-a daquela forma...

INÊS – Maldito! O que você fez?– Inês gritou desesperada com a presença dele ali em sua frente.– O que você fez, demônio!!!

Mas para alívio de Inês, Loreto segurou na porra e começou a se ajoelhar, foi quando ela percebeu que ele havia sido atingido, estava ferido. Logo depois que ele caiu no chão, Emiliano apareceu desesperado para cuidar da mãe.

Com atenção tirou a mãe de dentro do furgão e apertou contra seu peito, Inês só chorava. Não conseguia falar, só queria que tudo aquilo acabasse. Olhou Loreto no chão, ele não estava morto, estava apenas atingido.

Os dois saíram de perto do carro e foi então, que Inês entendeu o que estava acontecendo. Um cerco de policiais estava montando no meio da estrada que levava em direção a fazenda de Loreto. Várias viaturas e policiais espalhados por todos os lados.

Vitoriano veio em direção a ela, os olhos desesperados, medo de que tivesse acontecido algo com ela ou com o bebê. No braço dele, sangue. Inês o abraçou forte quando os dois se aproximaram. 

INÊS— Meu amor, você está bem?– ela perguntou tocando nele. Estava com uma bandagem no braço, mas não continha o sangue.–  Ele te feriu?

VITORIANO — Agora está tudo bem, meu amor!!!Achamos você!– ele falou apertando Inês contra seu corpo. O coração desesperado, acelerado, medo de tudo que aquele maldito animal poderia fazer com seu amor.

Inês não conseguiu dizer nada mais, apenas sentiu tudo escurecer e tudo ficou estranho. O mundo girou e ela desfaleceu nos braços de Vitoriano. O desespero dele foi tanto que se esqueceu do machucado no braço e pegou Inês no colo já carregando para o carro.

Colocou Inês no banco de trás do carro e pediu a Emiliano que ficasse ali com ela. Dirigiu direto para o hospital. Em meio aquela correria ele só conseguiu se desesperar mais quando ouviu Inês falando, voltando do desmaio.

INÊS – Por Deus, Vitoriano, estou sangrando...

 


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