Os 'Anjinhos' Do Papai ! escrita por Dri Viana


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Bem... Bem... E chegamos ao fim dessa fic. Quero agradecer a companhia de vocês em mais essa estória que se encerra. Obrigada a quem leu e comentou, e também a quem não comentou, mas leu e gostou da fic.

Fiquem agora com esse último capítulo.



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—Hum... tudo isso é saudade?

Com um sorriso brincando em seus lábios, Sara interpelou o marido após o beijo que ele lhe deu ter terminado.

—Sim. Muita saudade!... Muita... Muita mesmo!

Ele confirmou depositando mais beijos rápidos nos lábios de Sara.

Seu coração estava tão exultante e pulsante dentro do peito, ao tê-la ali de volta. Estava feliz com seu retorno. Sua esposa fez falta a cada instante daqueles cinco dias longe. Principalmente, ontem por conta do que houve com Noan. Ele se sentiu tão perdido e desesperado sem ela ao seu lado naquela situação aterrorizante.

—Que horas você chegou? Seu voo não saia só hoje pela manhã?

—Saia. Mas após falar com você ontem, eu liguei pra companhia aérea e consegui trocar o horário da minha passagem. Depois do que houve com Noan, eu quis vir pra casa o quanto antes. Consegui um lugar no voo com horário para as onze e meia da noite. Cheguei aqui de madrugada.

Ela contou acariciando o rosto do marido e sentindo sob a palma de sua mão os pelos macios da barba dele. Quanta falta sentiu dele e dos filhos. Tão cedo não ia querer fazer outro curso fora. Nem que fosse só por dois dias apenas. Ecklie que não viesse com essa de curso outra vez.

—Você dormiu no quarto de hóspedes? Porque de madrugada, eu acordei rápido com Noan choramingando na cama e não te vi lá.

—Sim, dormi no quarto de hóspedes.

—E por que não deitou com a gente na cama? Ia ser bom acordar e ver você com a gente lá.

—Se eu fizesse isso, as crianças certamente iam acordar e não dormiriam mais. Então pra evitar isso, que eu fui dormir no quarto de hóspedes. Sem contar, que eu queria fazer uma surpresa pra vocês.

E ele adorou a surpresa. Não poderia ter sido melhor!

—Hum... Noan chamou por você algumas vezes pela madrugada.

Sara sabia bem o quão loucos pelo pai seus filhotes eram. Mas nas horas de sufoco e medo, os dois chamavam por ela. Eles não queriam saber de mais ninguém a não ser dela. Seu marido nessas ocasiões ficava geralmente, em segundo plano para os filhos.

—Que bom que você já tá aqui, sabia?! - Ele apertou a esposa em seus braços e mais uma vez beijou-a. Mas agora foi um beijo delicado e não com a urgência de ainda pouco.

—Mamãe!

Sara e Grissom interromperam o beijo no mesmo instante em que ouviram a vozinha surpresa de Liah chamar pela morena.

—Ei, minha bonequinha linda. Vem cá com a mamãe.

Não precisou de outro chamado pra menina vir correndo e se jogar nos braços de Sara, que havia se agachado pra receber o abraço da filha. Tão logo Liah estava em seus braços, e Sara carregou a menina e encheu-a de beijos.

Era tão bom ter sua filhinha em seus braços de novo. Aquela garotinha junto com Noan fizeram uma falta enorme nesses cinco dias que passou longe deles. Assim como seu marido também lhe fez falta.

Toda noite quando botava a cabeça no travesseiro após falar com sua família pelo celular, Sara fazia uma conta mental. Sua cabeça lhe dizia: "menos um dia pra voltar pra casa e ver sua família!". E seu coração ficava na maior ansiedade para que chegasse logo esse dia em que estaria ali novamente em sua casa, e tendo seus filhotes em seus braços de novo. Naquele momento era só um.

Ela ganhou inúmeros beijos de Liah pelo rosto todo e um abraço tão apertado, que chegou até se emocionar com toda essa recepção calorosa de  sua menininha.

Todos os dias agradecia aos céus por ter sido presenteada por aquelas coisinhas lindas que eram seus filhos. Amava seus gêmeos e o pai deles, com toda a força do seu coração.

Após a sessão de beijos que ganhou de Liah, Sara se afastou um pouco pra ver como sua filha estava.

—É impressão minha ou você cresceu alguns centímetros enquanto a mamãe esteve fora, hein sua garotinha linda da mamãe?

Sara fez cosquinhas​ na barriga de Liah. A garotinha riu e em meio ao riso gostoso pedia pra mãe parar com as cosquinhas​.

De repente, escutaram a voz chorosa de Noan chamando alto por Grissom.

—Papai!!

—Vou buscá-lo.

Ele anunciou pra esposa já se dirigindo a porta da cozinha. Ao cruzar a mesma Grissom encontrou seu menino no topo das escadas com as mãozinhas cobrindo o rosto e chorando. Subiu rápido as escadas,  pegou Noan no colo e veio descendo com cuidado os degraus.

—Pronto! Não chore mais. O papai tá aqui. - Ele embalava Noan nos braços enquanto o garotinho soluçava com cabeça apoiada no ombro do pai. O pequeno tinha tido um pesadelo e ficou mais assustado ainda quando despertou do sonho ruim e se viu sozinho na cama dos pais.

—Eu quero... a minha... mamãe... papai. - Noan pediu em meio ao soluço do choro.

—Ela tá aqui, filho. Olha! - Grissom chamou após entraram na cozinha.

O garotinho levantou a cabeça e ao ver Sara, na mesma hora, esticou os braços pra ela e abriu mais ainda o choro.

—Mamãe! Mamãe!

Ele se jogou pra Sara quando a mesma chegou perto dele e Grissom. Com o outro braço livre, Grissom prontamente, pegou Liah dos braços da mulher pra que ela pudesse segurar Noan melhor. Depois, Gil ficou apenas observando a esposa embalar o filho deles tentando fazê-lo se acalmar e parar de chorar.

—Shiii... Pronto! A mamãe já tá aqui, filho. Já tô aqui! - Sara dizia enquanto dava leves tapinhas na costa do menino pra acalmá-lo.

Ela podia sentir os bracinhos dele seguros de maneira apertada em torno de seu pescoço enquanto o pequeno ainda chorava.

—Eu sonhei... que caia e... me machucava de novo. - Ele contou choroso pra mãe.

—Foi só um sonho, filho.

—O meu dodói... Tá doendo, mamãe!... A minha... cabeça também. - Ele disse entre os soluços.

—Vai passar, filho! Vai passar a dor!... Gil por que ele está com essa voz rouca assim?

—Porque ele gritou tanto ontem no hospital que deu nisso. - Explicou o ex-supervisor passando a mão pelos cabelos do filho.

—Hum... Filho olha aqui pra mamãe. -Ela pediu e foi atendida pouco segundos depois. _Vai ficar tudo bem. Logo esse doído nem vai doer mais. Tá bem? - Ele assentiu enquanto Sara enxugava as lágrimas de seu rostinho com cuidado pra não bater no machucado dele. _Agora, a mamãe quer que você pare de chorar e me dê um beijo, porque ainda não ganhei nenhum beijinho do meu pequeno super-herói.

Seu menino atendeu prontamente os dois pedidos que ela lhe fez. Depois, ela beijou com cuidado seu rostinho miúdo, que estava levemente inchado e com escorriações em torno do curativo.

—Que tal, agora tomarmos café? A mamãe fez panquecas pra vocês.

Eles adoravam panquecas.

—E pra mim também? - Grissom interpelou a esposa.

—Pra você também, claro.

Enquanto se acomodavam a mesa, Sara ainda contou pra animar Noan, que depois do café, ela ia dar o presente que trouxe pra ele e a irmã dele.

Liah fez a maior festa com a menção do presente, já Noan não compartilhou nada dessa alegria toda da irmã, apenas deu um sorriso fraco.

Já acomodados a mesa e desfrutando do café, Grissom se sentia mais aliviado e feliz por ver que sua família estava completa de novo. Ele podia ver o quanto seus filhos estavam contentes com a presença da mãe em casa de novo. Inclusive, aquela altura do café, Noan havia parado com o choro por completo e até já esboçava alguns sorrisos enquanto falava com a mãe.

Apesar de ter sido deixado de lado pelos filhos por conta da atenção que eles davam à mãe, Grissom não se importou com isso. Ele estava feliz por vê-los feliz com o retorno de Sara. Inclusive, ele estavam tão feliz quanto os filhos a esse respeito. Estava mais do que louco pra quê sua mulher voltasse pra casa.

Eles terminaram o café um bom tempo depois e antes de saírem da cozinha pra ir a sala, os pequenos fizeram questão de mostrar Flik. Desconfiado, o cachorrinho estranhou de começo a presença dela e latiu pra Sara. Mas depois já abanava seu rabinho enquanto deixava a morena passar a mão nele. Já Hank quando a viu, fez a maior festa e lambeu seu rosto algumas vezes, fazendo Liah e Noan sorrirem.

—Vocês acham isso engraçado, né?

Os dois assentiram possitivamente.

...

—Olha só mamãe o nosso herói em ação com sua capa!

Grissom tinha Noan seguro em seus braços e rodopiava com ele pelo sala, como se o menino estivesse voando com sua capa. Noan ria da brincadeira.

E Sara aproveitou pra registrar com seu celular moderno aquela brincadeira e também a carinha alegre do filho.

—Eu também quero fazer isso papai. - Liah pediu pulando no sofá.

—Papai vai fazer também com você. Noan, você empresta sua capa pra Liah um pouquinho pro papai fazer essa brincadeira com ela?

O menino concordou. Ele não era egoísta com ninguém, muito menos, com a irmã.

Momentos depois era a vez de Liah estar com a capa de Noan e nos braços de Gil, na mesma brincadeira que o pai havia feito com o irmão anteriormente.

Sara também registrou o momento de sua "super-heroína" de capa com seu celular. Tanto a foto de Liah quanto a de Noan tinham ficado lindas e Sara pretendia imprimi-las e colocar ambas em um porta-retrato junto aos demais que ela tinha dos gêmeos na estante de sala.

A brincadeira ainda durou um tempo ali e rendeu várias risadas das crianças.

O resto do dia seguiu na maior alegria dos gêmeos por ter a mãe de volta em casa. Tinha sido a primeira vez que eles haviam ficado tantos dias longe de Sara, e durante aquele dia do retorno dela, eles não desgrudaram da mãe. Do pai, eles pouquíssimas vezes queriam saber. O chamego todo era com a mãe. Só queriam saber dela e de estar no colo dela.

No fim da tarde, eles receberam a visita de Catherine, que resolveu dá uma passada ali antes de ir trabalhar pra saber como estava o afilhado depois de ontem.

—Agora estão contentes, né? A mamãe já tá em casa de novo.

Acomodados um em cada lado de Sara no sofá, os pequenos sorriram das palavras da madrinha.

—Te deixaram de escanteio, não é Gil?

—Pois é. Mas tudo bem, aceito numa boa isso. - Ele comentou com um sorriso pra amiga.

...

De pé entre a cama dos gêmeos, Sara revezava seu olhar entre seu menino e sua garotinha que dormiam serenamente há poucos minutos.

Eles custaram um pouco mais pra dormir naquela noite. Tanto que Sara chegou ao fim da leitura de um dos livrinhos de histórias infantis deles, e os gêmeos ainda estavam acordados. Geralmente, nas noites em que ela não trabalhava e colocava os filhos pra dormir, nem bem chegava a leitura da metade do livro e os gêmeos já haviam pego no sono.

Já nessa noite foi diferente. Talvez sua presença de novo em casa depois desses cincos dias longe, tenha sido a responsável por essa demora deles em dormir.

Eles só foram pegar de fato no sono, quando ela começou a cantar as mesmas músicas que cantarolava pra eles na época em que eram bebês e antes disso, quando se encontravam ainda dentro de sua barriga e ficavam agitados.

E assim como acontecia quando eles se aquietavam em sua barriga ao ouvir as canções que ela lhes cantava, e também, quando eram bebês, dessa vez, o efeito foi o mesmo: eles se aquietaram e dormiram pouco tempo depois feito dois anjinhos que eram.

Seus dois anjinhos!

Ela sentiu os braços de seu marido envolverem sua cintura e seu queixo repousar sobre seu ombro.

—Dormiram? - Grissom sussurrou pra esposa.

—Aham!

—Demoraram hoje pra pegar no sono.

—Tiver que cantar pra eles só assim dormirem.

—Eles já estavam sentindo sua falta demais. Anteontem mesmo me disseram isso antes de dormirmos lá no nosso quarto.

O coração dela se apertou de imaginar seus bebês sofrendo já com sua ausência em casa.

—E eu também já estava sentindo falta demais deles e sua. - Sara admitiu cobrindo os braços do marido com os seus.

—E eu a sua. - Grissom confessou apertando levemente seus braços em torno das esposa e dando um beijo em seu rosto logo em seguida.

Sara se virou nos braços dele e após enlaçar o pescoço do marido, lhe beijou os lábios de maneira rápida.

—Vamos lá pro nosso quarto? É a minha vez de te ter só pra mim. Aqueles dois baixinhos já te monopolizaram pra eles o dia todo, agora a noite chegou a minha vez.

—Sou toda sua então pela noite toda.

Eles deram um beijo de boa noite nós gêmeos e depois saíram do quarto dos pequenos.

Chegaram ao próprio quarto e Grissom tratou de trancar a porta pra evitar surpresa dos filhos entrando sem avisar ali.

—Alguém disse que tinha um presente pra mim. Acho que agora está na hora de eu ver esse presente. - Grissom comentou abraçando a esposa enquanto escondia o rosto em seu pescoço cheiroso.

—Está na hora é?

—Uhum...

Dez minutos depois, ela saia da suíte do qaurto usando o conjunto de lingerie que comprou na viagem de presente para o marido.

O conjunto bonito não passou mais do que poucos minutos no corpo dela sendo admirado pelo marido. Depois as peças já se encontravam jogadas no chão junto com o pijama de Grissom, enquanto o casal matava a saudade de dias.

Algum tempo depois...

—Vou ligar pro Ecklie e dizer pra ele não inventar de tão cedo te mandar fazer outro curso longe. Ficar sem você em casa foi horrível. Sem contar, que a saudade foi enorme. - Grissom disse acariciando as costas nuas da esposa, enquanto a cabeça dela repousava sobre seu peito após terem matado a saudade de fazerem amor.

—Nem me fale. Eu também não quero viajar pra fazer outro curso tão cedo mesmo. Nem que seja um com duração de dois dias e na cidade vizinha.

Ambos riram juntos.

—Talvez, quando os meninos estiverem maiores, sim. Mas enquanto eles forem pequenos, nem pensar. Não sei se aguento passar os mesmos apuros que passei nesses dias todos em que você passou longe de casa.

—Ah, mas não foi você que disse que dava conta do recado sozinho? - Sara provocou seu marido em tom divertido.

—E eu dei conta. Só não quero repetir a dose. Foi adrenalina de mais pra um cara acima dos cinquenta anos como eu. Da próxima vez, eu vou concordar com você em chamar a Mary pra ajudar.

Sara caiu na risada disso.

—Ah, vai é?!

—Vou! Com certeza.

Repetir aquela experiência de cuidar sozinho de seus 'anjinhos' estava fora de cogitação enquanto eles fossem pequenos como eram!

Fim


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Notas finais do capítulo

Um grande beijo.



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