Os 'Anjinhos' Do Papai ! escrita por Dri Viana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Uma nova fic.

Essa é bem leve, divertida e fofa.

Apresento a vocês Noan e Liah essas coisas lindas que vão fazer o Grissom passar alguns apuros.



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Sara estava possessa e já tinha xingado Ecklie de todos os nomes possíveis e impossíveis de serem ditos enquanto fazia suas malas. Aquele homem não podia ter lhe mandado participar desse minicurso de atualização em outro momento, tinha que ser agora? Seus filhos ainda eram pequenos. Ela jamais havia ficado longe deles por mais de um dia, quanto mais por cinco. E ainda tinha o agravante de Grissom nunca ter ficado sozinho com os gêmeos. Aquilo estava fadado a não dar certo!

—Querida vai ficar tudo bem. Não se preocupe!

—Impossível eu não me preocupar, Grissom.

Quando ela lhe chamava de "Grissom" é porque estava furiosa. Mas ele sabia que não era com ele.

—Ei! Assim vou pensar que você não confia em mim pra cuidar dos nossos filhos.

Ela parou de fazer as malas e encarou o marido escorado ao batente da porta. Ele tinha uma expressão de levemente ofendido.

—Claro que confio, Gil. - Sara foi até o marido e o abraçou.

—Então qual é o problema?

—Eles são danados, arteiros e com aquelas carinhas de anjo, conseguem ter você na mão. Esse é problema, amor!

Grissom sorriu. Aquilo tudo era a mais pura verdade, mas não significava que ele não desse conta de cuidar dos seus dois 'anjinhos' sozinho.

—Prometo ficar firme e não ceder aos 'encantos' daquelas duas criaturinhas de lindos olhos castanhos como os da mãe.

Agora foi a vez de Sara rir.

—Você nunca ficou sozinho com eles por mais que algumas horas.

—Sempre tem uma primeira vez, Sara.

—Eu não quero ir, amor!

A morena choramingou abraçando mais ainda o marido. Se ela pudesse esganar Ecklie com certeza o faria.

—Você tem que ir sabe disso. É importante!

—Vou ficar preocupada com você e as crianças.

—Não fique. Nós ficaremos bem já disse.

—Também vou morrer de saudades!

—Nós também vamos morrer de saudades de você, querida.

Na manhã do dia seguinte, um domingo, lá estava Sara com sua família no aeroporto aguardando o chamado de seu vôo pra embarcar.

—Qualquer coisa liga pra Catherine. Ela me disse que vem te socorrer se precisar, Gil.

—Ok!

—Você tem certeza que não quer que eu ligue para a Mary? Acho que ela não se importaria em vir ficar só esses dias. Eu posso negociar com ela e...

—Sara, não é preciso. - Ele interrompeu a esposa. _Deixa a moça nas férias dela. Eu dou conta do recado.

Grissom estava fazendo um esforço sobre humano pra não brigar com sua esposa. Mesmo ela tendo dito que confiava nele, o ex-supervisor tinha a impressão de quê isso não procedia. Sua esposa vinha agindo como se estivesse deixando as crianças com um estranho e não com o PAI dos filhos dela!

—Só espero que quando eu volte, encontre você, as crianças e a casa intactas.

Um tempo depois, ela se despedia de seus pequenos segurando-se pra não chorar.

—Meus amores, me prometam que não vão enlouquecer o papai, tá bom?

Sorrindo os dois assentiram. Com aqueles sorrisos lindos e aquelas carinhas de anjo, os gêmeos só enganavam quem não os conheciam.

Noan e Liah têm três anos de idade. Extremamente risonhos e falantes até às orelhas, eles são uma dupla e tanto no quesito: 'danadices'. São arteiros e danados demais. Só que Sara conseguia mantê-los na linha. Com ela, eles não aprontavam tanto, o que já não se podia dizer de Grissom. O pai era mais "coração mole" com os dois pequenos e com isso, eles aprontavam mais e faziam do papai "gato e sapato".

—Mamãe, você traz uma boneca das princesas pra mim?

—Eu trago, meu amor. E você, Noan, quer pedir algo pra mamãe trazer pra você também?

—Uma capa igual a do superman.

Ele tinha verdadeiro fascínio por esse super-herói.

—Pedido anotado, meu pequeno herói.

Um beijo em cada um de seus dois pequenos e Sara logo depois já abraçava o marido.

—Esses cinco dias longe de vocês vão ser os mais longos cinco dias da minha vida, amor.

Eles trocaram um beijo e ouviram Noan resmungar um 'eca' como seu tio Greg havia lhe ensinado a fazer quando visse os pais se beijarem na frente dele.

E depois das despedidas, Sara seguiu para o portão de embarque e antes de cruzá-lo, ela deu uma última olhada na direção de seus filhos que estavam segurando a mão de Grissom. Ainda nem tinha partido e já sentia saudades daqueles três. Ia ser dureza ficar longe da família todos esses dias, mas teria que agüentar.

...

À caminho do supermercado pra fazer umas pequenas compras que estavam em falta na dispensa, Grissom dirigia atentamente enquanto ouvia seus dois filhos cantarolar as musiquinhas que eles aprendiam na escola.

Há três meses os gêmeos começaram a frequentar a escola localizada no bairro de casa e os dois já eram os queridinhos da professora por sua demasiada esperteza e inteligência pra pouca idade que tinham. Eram pequenos gênios, segundo a professora, algo que deixou os pais de primeira viagem em total orgulho de seus pimpolhos.

E sempre que eles em casa da escola era uma alegria, pois sempre chegavam com alguma novidade pra contar aos pais e uma nova musiquinha na ponta da língua pra ensiná-los. Eles tinham uma facilidade incrível de aprender as coisas.

—Canta, papai.

Ele ouviu Noan e Liah pedirem em determinado momento. E ele cantou com eles. O que aqueles dois lhe pediam, ele fazia. Eles o tinham na mão como Sara vivia lhe dizendo.

Eles cantaram a música do sapo, da borboleta, da estrelinha e quando iam começar a cantar da formiguinha, chegaram ao supermercado.

—A gente canta mais na volta, OK?

—Okay! - Os dois responderam em coro alto e com largos sorrisos de dentes pequenos.

Depois de tirar cada um de seus filhos das cadeirinhas deles, fechar o carro e acionar o alarme, Grissom seguiu em direção ao supermercado trazendo seguro em cada uma de suas mãos seus pequenos filhos.

...

Quinze minutos!

Esse foi o tempo que levou pra num descuido de segundos, Grissom perder Noan de vista. O ex-supervisor virou-se pra entregar algumas frutas pra serem pesadas e quando voltou-se para os filhos, Noan não estava mais ali ao lado da irmã. Ele perguntou a Liah pelo menino e ela disse que não sabia. Grissom se desesperou. O pai logo se pôs a procurar o menino, mas Noan parecia ter virado fumaça pra angústia do pai.

Segurando Liah pela mão pra que também não perdesse a filha como perdeu Noan, o ex-supervisor que abandonou seu carrinho de compras, circulava apavorado pelo supermercado atrás do seu pequeno. Dois seguranças e o gerente do estabelecimento que haviam se juntado a Grissom, ajudavam a procurar Noan.

Grissom já estava quase chorando de desespero. Será que seu filho tinha sido sequestrado? Nunca ia se perdoar se por culpa de um segundo de descuido seu, o seu garotinho tenha sido levado por alguém inescrupuloso que poderia fazer algum mal a Noan.

—Papai por que o Noan não aparece?

Ele também gostaria de saber. Seu coração estava angustiado. Nada de ruim ia acontecer com seu pequeno. Era a prece que ele fazia silenciosamente.

—Senhor acho que encontramos seu filho.

Aquelas palavras foram tudo o que ele queria ouvir dos seguranças do lugar.

—Aonde ele está pelo amor de Deus!

—No estacionamento. Meu supervisor acabou de me passar um rádio avisando que as câmeras do lado de fora flagraram um menino com a descrição que nos deu. Ele está brincando com um cachorrinho.

Um dos seguranças explicou enquanto ele, Grissom e Liah que estava no colo do pai, seguiam para encontrar o filho do ex-supervisor.

Como ele veio pra cá tão rápido?

Assim que viu seu filho sentado numa calçada brincando todo sorridente com um filhote de vira-lata, Grissom sentiu como se vinte toneladas de desespero e medo tivessem saído de seus ombros e seu coração. Agradecendo aos seguranças e o gerente por terem lhe ajudado a encontrar seu filho, o ex-supervisor seguiu em direção ao seu pequeno.

—Filho, graças a Deus! - Ele abraçou o garotinho após chegar nele e colocar Liah no chão.

Algumas lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Nunca mais na vida ia querer passar por tal experiência. Foram minutos do mais puro terror que ele já passou em toda a sua vida enquanto seu filho estava desaparecido. Grissom tinha sensação que envelheceu mais cinquenta anos só nesses cinco minutos de sumiço do filho.

—Papai por que você tá chorando?

O menino ficou assustado ao ver o pai assim.

—O papai ficou com medo do seu sumiço, filho. Por que saiu de perto do papai sem avisar, Noan?

—Eu fui buscar um biscoito daqueles que a mamãe sempre compra pra mim, que você esqueceu de pegar. Aí, eu vi o cachorrinho pela parede de vidro do supermercado e vim aqui brincar com ele, porque ele tava sozinho, papai. Ele não é bonito, pai?

Sua vontade era de ralhar com seu pequeno por lhe causa esse quase infarto com esse seu sumiço repentino, mas o pior já passou e seu filho estava são e salvo, e era isso que importava pra Grissom.

—Ele é lindo sim, filho.

Apesar de ser de rua, o bichinho realmente era lindo. Malhadinho e com cara de bonachão, ele era uma coisa fofa.

—A gente pode levar pra casa o cachorrinho, papai?

—A gente já tem o Hank, filho.

—Ah, mas o Hank precisa de um irmãozinho que nem eu tenho a Liah.

Grissom sorriu da esperteza do filho.

E antes que o homem dissesse algo, sua filha se juntou ao irmão no pedido pra levar o cachorrinho. Foi difícil para Grissom negar o pedido para aqueles dois que junto com Sara, eram o maior tesouro que o ex-supervisor tinha na vida.

—Ok! - Deu-se por vencido.

—Eba! - Os gêmeos abriram um sorriso lindo que acalmou o coração de Grissom que ainda se encontrava assustado pelo momentâneo sumiço de Noan.

Momentos depois o pai, os dois filhos e o cachorrinho vira-lata seguiam pra casa. Grissom acabou nem fazendo as compras direito. Mais tarde ligaria e faria os pedidos pra que entregassem. O supermercado tinha serviço de entrega.


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Notas finais do capítulo

Esse foi só o primeiro apuro de mais alguns que esses dois anjinhos vão fazer o pai passar.

Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo.

Um beijo e até o próximo.



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