Carlesme wedding night escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1




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Flashback - 20 dezembro de 1921

PDV da autora

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Esme e Carlisle estão recém casados quando se preparam para a noite de núpcias.

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Carlisle faz questão de carregar a esposa no colo ao entrar na suíte e a coloca cuidadosamente na cama. Esme olha para o rosto apaixonado do marido, mas ela consegue ver algo mais:

— Carlisle, o que foi, não precisa ficar preocupado.

— Não estou preocupado. Bem, talvez, sim... Eu estou apreensivo pois nunca fiz isso antes e não sei o que devo fazer.

— Não tem problema ser virgem, querido. Pode parecer mentira, mas eu nunca fiz amor de verdade, sou tão inexperiente nisso quanto você. – ela recapitula ao ver o olhar confuso do marido. - Bom, talvez nem tanto. Mas o que quero dizer é que a única coisa que eu espero de você é que pelo menos não me maltrate como meu ex-marido fazia comigo. Ele me via apenas como um objeto para sua própria satisfação sexual. Ele nunca se importou com meu bem estar físico, não importava se doesse ou eu estivesse desconfortável, nem muito menos com meus sentimentos. Às vezes eu queria mesmo ser uma máquina, eu sofria tanto e seria melhor para mim... – A criança fruto de uma dessas violências não teve culpa e teria todo amor e carinho da mãe se não tivesse morrido tão precocemente. Com o tempo falar do passado tem se tornado cada vez mais fácil para Esme. Isso não quer dizer que sua história seja menos triste, ela tem plena consciência da tragédia que foi sua vida, mas o destino que fora tão cruel lhe deu uma segunda chance de ser feliz, e ela vai agarrar essa nova chance com unhas e dentes.

— Oh Esme, meu amor. Eu sinto muito. A vida foi tão cruel com você. Me desculpe, eu deveria ter salvado você antes a primeira vez que a vi e ter poupado a você tudo isso.

— Não precisa se desculpar de nada querido. Você não poderia adivinhar o que iria acontecer comigo. Você fez o que achava que era o certo se afastando e seguindo a vida e me deixando viver a minha. Não podia me roubar esse direito. Você fez muito bem. Jamais direi que não deveria, agora eu entendo suas razões e você estava certo. Fez o que tinha de fazer. Foi muito altruísta, em geral, eu sei que nós vampiros somos egoístas.

— Mesmo assim, eu me sinto um pouco culpado por ter te abandonado e deixado isso acontecer com você quando eu poderia ter evitado. Eu deveria ter cuidado mais de você, mas não podia imaginar o que você iria pensar de mim...

— Eu fiquei apaixonada por você desde a primeira vez que o vi, Carlisle. Agora eu sei que não foi apenas admiração por você ser o médico que cuidou de mim quando quebrei a perna. Não, não é só isso. É muito mais. Enquanto todos me olhavam censurando-me pela imprudência que cometi você me olhou realmente intrigado e maravilhado. Você talvez sabia que todo mundo já estava contra mim, não precisava também de sua reprovação.

— Foi isso que você pensou naquele dia? Isso explica sua atitude brava, indignada consigo mesma.

— Foi.

— Eu nunca vou fazer você sofrer Esme. Nunca. Não entendo como seu ex-marido podia tratar mal, uma pessoa tão boa, um anjo como você, querida.

— Ele não conseguia ver a sorte que tinha ao me ter ao seu lado. - Foi um desperdício, perola jogada ao porco. No caso a pérola, a esmeralda, a joia preciosa era Esme e o porco, Charles, que não sabia dar o devido valor ao que tinha. - Ele não podia apreciar porque era um monstro.

— Eu vou saber lhe dar o devido valor, Esme. Para mim é uma honra que você tenha me aceitado mesmo sabendo o que eu sou. Eu sou um monstro, transformei você e Edward em monstros também como eu, eu sou um monstro egoísta...

— Não Carlisle, não fale assim. Você não é mau como Charles era; ele parecia humano, mas não era. Se você é um monstro eu também sou... Você nunca escondeu o que é, bom, só para se preservar, mas você não é mau. Age como se fosse humano, mesmo não sendo, isso é muito louvável.

— Depende como você vê querida. Nós somos sim de certa forma tão humanos quanto as pessoas comuns, apenas não morremos tão facilmente e temos algumas habilidades extras. Mas éramos humanos antes de sermos transformados e ainda continuamos pois lutamos para manter nossa humanidade e viver junto com eles. Não sou arrogante sabendo que nós somos mais fortes que eles, estou vivo, uso meu tempo ilimitado para ajudá-los como posso.

— Muito louvável isso, querido. Me honra muito ser sua esposa e digna de passar a eternidade do seu lado. Sem dúvida essa é a melhor maneira de ser vampira. Nunca acreditei nesses contos de terror, nunca imaginei que existissem vampiros, mas é melhor ser um vampiro bom. Eu não poderia me imaginar diferente e vou me esforçar para nunca cometer um deslize na nossa dieta vegetariana porque eu também não poderia viver para sempre sem você, meu amor... – Esme puxa Carlisle para si. Ele estava sentado ainda ao lado dela na cama como se fossem apenas passar a noite conversando e não fosse suposto fazerem outra coisa mais picante... – Não agora que nos reencontramos. Quero ficar com você eternamente.

— Deve ter sido o destino ou o acaso que nos fez nos reencontrarmos. Eu não sabia o quanto estava apaixonado por você até encontrá-la naquele necrotério quase morrendo...

— Mas agora estamos juntos. E quer tenha sido o destino ou o acaso, talvez Deus, porque não? O que importa é que agora estamos juntos e nada vai nos separar.

— Nunca, Esme, nunca mais vou me separar de você. Nunca mais vou te abandonar. Não foi boa ideia... Veja o que aconteceu?

— Se você não tivesse me deixado eu não teria crescido, e como você teria me transformado?

— Não sei, mas eu teria dado um jeito. Eu prometo que vamos ficar juntos para sempre.

Carlisle coloca as mãos ao redor do pescoço da esposa e se inclina para beijá-la. Esme rasga a camisa do marido enquanto ele cuidadosamente retira seu vestido:

— Vamos guardar como lembrança do casamento.

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Esme fica admirada e feliz que o marido tenha esse cuidado.

Após tirar o vestido da mulher Carlisle tira as calças e as joga do lado da cama, deitando ao lado da esposa:

— Esme, eu estou nervoso – diz com o olhar preocupado.

— Fique calmo, meu amor, vai dar tudo certo, não se preocupe. – ela diz desabotoando seu sutiã. – Deixe seus instintos masculinos te guiarem.

— Passei tantos anos sem usar. Será que ainda tenho?

— Com certeza – Esme sorri suavemente.

Os dois se deitam na cama e se abraçam apenas com as roupas intimas. Trocam carícias que cada vez mais vão se intensificando.

— Está pronta, Esme? – pergunta Carlisle a certa altura.

— Sim – ela diz rasgando a própria calcinha sem paciência para tirá-la.

Carlisle sorri com a impetuosidade da esposa.

Ela não sabe como mas ele também já está sem a cueca e seu pênis completamente eriçado, talvez ele também tenha rasgado como ela fez com a sua roupa intima. (Ou talvez a pressão tenha feito a roupa em pedaços.) Carlisle sobe em cima da esposa:

— Posso? – Carlisle pergunta antes de entrar com seu membro dentro dela, como um verdadeiro cavalheiro, um Lord inglês, isso mais do que qualquer coisa deixa Esme excitada. A delicadeza, a gentileza dele é afrodisíaco para ela.

— Pode – Esme autoriza. Claro que pode, ela também está doida para isso. Ela jamais havia se sentido tão valorizada e respeitada em toda a sua vida.

Carlisle escorregou para dentro da esposa tão gentilmente que ela só percebeu quando o marido começou seu movimento cadenciado dentro de si.

— Carlisle, te amo tanto – diz Esme sussurrando de prazer e afagando os cabelos do marido, ela aperta sua nuca estreitando ele mais contra si. Ele não iria a lugar algum, mas apenas para segurá-lo. Vampiros não perdem o fôlego, mas ela fala baixinho para só o marido ouvi-la.

— Esme, meu amor – ele também geme.

Esme auxilia o marido no seu movimento fazendo também um movimento para frente e para trás. O prazer é indescritível, sublime. Os corpos deles dois parecem feitos um para o outro de tão perfeito que se encaixam.

— Esme – Carlisle chama alguns minutos depois.

— Sim, querido?

— Estou sentindo...

— Sim, eu sei, estou pronta.

— Ahhh! – Carlisle suspira aliviado assim que jorra para dentro da esposa.

— Se nós pudéssemos ter um filho tenho certeza que eu ficaria grávida agora.

— E eu cuidaria de vocês dois, querida.

— Tenho certeza disso querido. Tanto como nosso médico quanto como o papai... Mas infelizmente isso nunca poderá acontecer, devo me conformar. Esse é o meu fardo como vampira, não poderei ser mãe como queria desde pequena. Ainda bem que fui pelo menos por pouco tempo quando ainda era humana.

— Sinto muito não poder lhe dar um bebê, querida.

— É tudo o que eu mais queria poder ter a alegria de carregar um filho seu dentro de mim.

— Ah Esme, não fique assim. Ver você triste me parte o coração. Ainda mais sabendo que eu também sou um pouco culpado...

— Não. Isso não é culpa sua, Carlisle.

— Não sei se as lendas são verdade, elas dizem que os vampiros podem ter filhos com as humanas. Mas eu nunca faria isso, por dois motivos. Primeiro porque a minha esposa é você Esme e só com você eu posso me deitar; e, segundo, porque as mulheres humanas, de acordo com as lendas morrem assim que os filhos nascem e eu jamais faria isso com uma humana. Vai contra tudo que eu tenho seguido na minha vida.

— Pode ser verdade, nós mesmo somos lendas vivas.

— Mesmo que seja verdade eu não teria um filho com uma humana isso não seria certo. É claro que a criança já nasce matando alguém porque nós vampiros seria suposto matarmos as pessoas, mas esse não é meu estilo. Não poderia viver sabendo que matei uma pessoa. Jamais.

— Você nunca matou?

— Não querida. Só transformei você e Edward, mas não tirei a vida de ninguém, pois vocês dois já iriam morrer – diz Carlisle entristecido.

— Ah Carlisle, me desculpe. Não quero que você fique triste. Mas o que eu disse é a triste verdade ao menos para mim. Por mais dura e difícil de aceitar que seja é a realidade. Não há escapatória e nem adianta negar ou fingir que não é assim. Eu nunca vou poder lhe dar um filho ou filha.

— Esme, você não precisa fazer isso. Eu não me casei com você para ter filhos. Lembre que eu já tinha o Edward antes de encontrar você.

— Você já está satisfeito apenas com um?

— Sim.

— Mas eu gostaria de poder lhe dar mais, queria poder lhe dar tudo que uma mulher pode dar ao marido. Me sinto tão... me desculpe Carlisle, eu falhei. Você merecia um bebê e eu não posso te dar, Charles não merecia, mas tivemos um filho. É tão injusto!

— Você também merecia ser mãe Esme e fico feliz que tenha podido experimentar essa sensação enquanto ainda era humana. Só lamento que seu filho não tenha sobrevivido.

— O que seria dele agora se estivesse vivo?

— Não sei... eu cuidaria dele até você poder ficar perto dele e ele cresceria até poder escolher se queria ser um de nós ou não. Não iria transformá-lo apenas por mim.

— Eu não iria conseguir viver sem ele.

— Eu sei Esme, deu para perceber que por ele você faria qualquer coisa, até pulou daquele precipício...

— Direto no seu colo. Se eu soubesse que você estava trabalhando no hospital da vila naquela noite não teria acontecido do jeito que ocorreu. Foi muita coincidência... Mas eu não posso ser uma esposa de verdade. Não posso ser a mãe dos seus filhos.

— Não fique assim Esme – ele levanta o queixo da esposa colocando a mão por baixo. – Você é tudo que um homem poderia querer em uma mulher e por isso sou tão afortunado por você ter me aceitado, querida. Você é a mulher mais linda do mundo e eu sou o homem mais sortudo do mundo por ter uma esposa como você ao meu lado.

— Mesmo assim Carlisle a função da mulher é ser mãe e eu não poderei nunca te dar um filho.

— Eu não me casei para ter filhos, Esme. Eu sabia antes de me casar que você jamais poderia engravidar novamente.

— Você sabia? – diz Esme espantada.

— Sim, depois que você pulou do penhasco, mesmo se tivesse sobrevivido por algum milagre sem ter se tornado vampira, você nunca mais poderia ter um bebê, pois seu útero foi severamente danificado na queda. Você ainda estava no resguardo Esme.

— Carlisle, você está dizendo a verdade não é? – Esme olha suplicante para o marido. – Você não está dizendo isso só para me ver melhor?

— Não querida. Você sabe que eu não estou mentindo e nem poderia mentir para você, nem para te ver mais feliz – os olhos dele lampejam de uma profunda sinceridade.

— Estão eu não poderia mais ter filhos de jeito nenhum?

— Não, Esme, infelizmente nós dois não poderíamos ter um bebê nosso. Eu também gostaria e ficaria muito orgulhoso de vê-la gerar dentro de você um filho ou filha meu. Seria uma honra. Mas vamos ter de nos contentar apenas com Edward. Ele dá tanto trabalho como se fossem mais...

— Isso porque você era pai solteiro, querido. E Edward precisava de uma mãe. Eu fico feliz em poder ajudar como já estou ajudando a cuidar do nosso garoto. Mas depois nós podemos adotar mais, eu sempre sonhei em ter muitos filhos e como não posso ter bebês vamos adotar crianças... - ela para e diz - É claro, só se meu marido concordar – conclui olhando para ele sorridente.

— Esme – Carlisle diz muito cuidadosamente pesando as palavras antes de falar, pois não quer estragar a felicidade da esposa. – Isso é um pouco mais complicado do que você pensa... Nós não podemos simplesmente adotar como humanos fazem. Precisamos transformar a pessoa em vampiro como nós, pois seria muito arriscado ter uma criança humana morando conosco, não tanto por nossa causa, mas por causa dos outros vampiros que podem passar por nós. E isso creio que minha esposa não gostaria que mais ninguém tivesse de passar – diz Carlisle erguendo a cabeça para encarar a mulher.

— Sim, não. Quer dizer, entendi. Por enquanto só o Edward como nosso filho será suficiente – ela diz se lembrando de quanta dor passou na sua transformação há poucos meses e é uma lembrança tão forte, a mais vívida e clara, nunca vai se apagar. E não quer que mais ninguém passe por isso é muita crueldade.

Não quer dizer que Carlisle tenha sido cruel ao transformá-la, jamais se referiria a isso dessa forma. Ele queria salvá-la, não podia deixar aquela menina tão alegre que ele conheceu morrer. Ele não sabia o que havia acontecido durante todos os anos que havia se passado e que ela tinha tentado se matar para rever seu filho recém-nascido que a morte tão injustamente e precocemente havia arrancado de seus braços. Ela estava desolada, completamente sem razão para continuar vivendo. Pra que? Pra quem? Se a razão dela viver que seria seu filho havia morrido, então ela também morreria, não faria sentido ficar.

No entanto, o destino que foi tão cruel com ela antes, agora nessa nova vida tem sido muito generoso. Ela não apenas ganhou um filho para cuidar – a vida tira com uma mão e restitui com a outra – como também reencontrou seu primeiro e verdadeiro grande amor. Sua paixão adolescente que ela nunca esqueceu mesmo com o tempo que passou. Ao contrário, com o tempo a paixão adolescente amadureceu e de tornou o mais devotado e profundo amor.

Agora seu destino é unicamente seu marido, Carlisle, para ele que ela vive, desde que tinha 16 anos e para sempre viverá. E por ser uma pessoa não uma força misteriosa o destino é tão generoso com ela agora.

— Por enquanto – repete Esme enquanto se prepara para fazer amor com Carlisle mais uma vez.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

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