O sol ainda não havia nascido, mas naquela casa todos já estavam de pé se arrumando para deixar Tsune e sua equipe no portão de Suna.

-Mãe! Vamos ou eu vou chegar atrasado – falou Tsune mesmo sendo sempre calmo naquele momento estava muito exaltado e ansioso

-Calmo filho – respondeu Ino – você vai chegar a tempo. Você acha que eles irão partir tão rápido?

-Kankurou-sensei mandou todos chegarem cedo

-Yare! Yare! Vamos só tomar o café e então vamos para o portão.

Gaara já havia saído para o prédio Kage, mas tinha deixado uma carta para o filho onde incentivava a nunca desistir diante das dificuldades. Até Kaui em sua idade tinha lhe entregado um presente: Luvas especiais feitas na escola ninja (com a ajuda da mãe).

Quando terminaram de tomar o café Ino, Tsune e Kaui foram em direção ao portão. Foi um caminho bem rápido até lá. Ao se aproximarem viram que Kankurou estava descansando e ao seu lado tinha duas outras crianças da idade de Tsune. Seus amigos de equipe.

-Finalmente vocês chegaram – Então começou a se levantar. Ao fazer esse movimento Ino conseguiu perceber as olheiras que ele possuía disfarçada pela maquiagem, e mesmo com a roupa sempre lhe cobrindo o pescoço ela percebeu alguns arranhões – Temos que partir agora.

-Hum... Kankurou? Posso falar com você um minuto? Em particular. – Completou ao ver que Tsune já ia se aproximar

-Claro! Vamos pra perto daquela arvore - Falou e ambos foram em direção a arvore.

-Kankurou eu quero lhe fazer uma pergunta. – Ela estava bem nervosa não era preciso ser um Jounin para perceber isso - Você promete por tudo que ama que irá protegê-los?

-Se for necessário irei protegê-los com minha vida. –Falou confiante o ninja das marionetes – Se depender de mim ninguém irá fazer nenhum mal a eles.

-Arigato Kankurou – Os dois podiam sentir que a tensão havia ficado mais leve – Ah! A propósito Kankurou você não quer que eu cure os seus ferimentos? Eles estão bem ruins – Brincou ela com um sorriso

-Não obrigado! – Respondeu gargalhando – Esses ferimentos dizem que minha vida está muito boa e não precisa ser curada. Mas você também devia tomar cuidado – Falou com um sorriso

-Cuidado? – Ino estava visivelmente confusa – cuidado com o quê?

-Bem... Quando você e o Gaara estão... Juntos você faz tanto barulho que eu fiquei impres... – Uma tapa impediu que ele continuasse. As marcas dos dedos estavam visíveis no rosto de Kankurou. Só não estava mais vermelha que a cara de Ino, era uma mistura de vergonha e raiva.

-Quem lhe contou isso? – Seu rosto continuava vermelho

-Sua filha me disse que tem vezes que ela não dorme direito, pois escuta “barulhos abafados” vindo do seu quarto – respondeu ele passando a mão no rosto – E também houve uma vez que passei em frente à casa de vocês e ouvi os seus gemi... – Uma nova tapa foi evitada por pouco porque ele se afastou a tempo. – Kuso! Vou embora antes que você arranque minha cabeça com essas tapas – respondeu indo embora

-É melhor proteger as duas! – Gritou Ino. Kankurou ficou visivelmente perturbado com essa ameaça e jurou que nunca mais queria vê-la daquele jeito

Finalmente depois de alguns minutos a equipe de Tsune partiu em direção a Konoha com o objetivo de fazer a prova Chunnin. Quando finalmente nem Ino e nem Kaui puderam ver a equipe elas entraram na vila. Ino estava se sentindo meio vazia, como se tivessem lhe arrancado algo do seu coração.

-O oni-chan vai demorar muito pra voltar mãe? – Perguntou Kaui com lágrimas nos olhos

-Não sei querida. Vai demorar um pouco – ela também estava bem triste. – Temos de ir pra casa. Ah agora que me lembrei de uma coisa – e segurou a orelha da menina – Que história é essa de contar pro seu tio o que você houve no meu quarto?

-Ai! Mas eu falei que de vez em quando... Ai mãe! Ouço você e o papai fazendo uns barulhos esquisitos e por causa deles eu não consigo dormir... Mãe larga minha orelha ela ta doendo muito

-Ok – Então largou a orelha da menina – Mas não fale mais nada pro seu tio sobre o que você ouve vindo do meu quarto

Então as duas foram indo em direção a escolinha de Kaui. Quando finalmente chegaram Ino deixou a filha e resolveu que faria uma visita a seu marido.

-Oi amor! – falou quando entrou na sala do Kazekage

-Bom dia! Não esperava ver você aqui – Então ele percebeu o semblante triste dela – Algum problema? Você raramente aparece aqui e quando aparece é porque você não está nenhum pouco bem

-E não estou bem mesmo. – Então se sentou na cadeira em frente à de Gaara – Embora pareça bobagem eu estou super preocupada com o Tsune-kun, por mais que ele seja forte e se pareça com você nas habilidades e no jeito não consigo deixar de me preocupar – Então começou a cair algumas lágrimas do seu rosto

-Confie nele – Então se levantou e foi até ela e se abaixou o suficiente para encará-la – Eu estaria mentindo para você se dissesse que não estou nenhum pouco preocupado. Mas eu confio nele – Então enxugou as lágrimas dela – E peço que você também acredite

-Sim eu também acredito nele. Obrigado amor – então o beijou. Ele definitivamente era o porto seguro dela. Anos já se passavam mais o amor não acabava só crescia. – Gaara-kun eu preciso saber se você conhece algum jutsu para ocultar o som?

-Como assim? – Agora ele ficou bem confuso sobre essa pergunta

-Bom é que a Kaui às vezes ouve “certos barulhos” vindos do nosso quarto e por causa disso, ela não consegue dormir – Ela falou com um sorriso – E também uma vez o Kankurou passou tarde em frente da nossa casa e também ouviu o que fazíamos

-Hum... – Se não fosse uma excelente observadora ela nunca teria notado que ele ficou um pouco corado quanto esse assunto. Por mais experiente que fosse ele ainda ficava um pouco tímido sobre esse assunto – Irei ver se encontro algum jutsu que ajude

-Ok! Até mais tarde – e saiu sorrindo

**********************************************

-Suiton Rasengan – Uma esfera de água havia se formado na mão de Minato e esse parecia mais forte do que o normal. Minato era muito parecido com Naruto embora tivesse olhos meio perolados e cabelos vermelhos como à mãe de Naruto.

-Você acha que essa sua técnica terá algum efeito contra eu? Lamento lhe decepcionar irmãozinho. Juhou Soshiken (Punhos Gentis dos Leões Gêmeos) – Então de repente as mãos de Hanna começaram a brilhar e as formas de dois Leões apareceram. Hanna era muito parecida com Kushina, podiam até dizer que era irmã gêmea dela, mas essa tinha cabelo loiro e olhos perolados

Com ambas as técnicas prontas ambos partiram para o ataque. Os dois estavam chegando perto, então Minato jogou o Rasengan que crescia à medida que se aproximava de Hanna. Assim que ela e o Rasengan iam se chocar ele já estava do tamanho de uma bola de vôlei. Então se chocaram e uma fumaça se levantou e cobriu a área em que os dois estavam.

Quando a poeira baixou um pouco ele viu que a irmã estava correndo até ele meio ferida, mas ainda assim com o jutsu ativo. Ele ainda tentou formar um jutsu para se defender, assim que ia terminar ela o atingiu na barriga, fazendo assim ele ser mandado para longe e sem condições de se levantar.

-Pensei que a mamãe tinha proibido você de usar esse jutsu – respondeu caído no chão

-Ele ainda não está muito forte – então ela também caiu no chão. Esse jutsu consumia muito chakra.

-A não acredito que perdi pra você de novo! – O menino estava bem irritado

-Eu disse que eu ia ganhar. Agora ganhei duas lutas seguidas. – Ela sentiu então uma dor na barriga

-ÔNI-CHAN! NEE-CHAN! – Então Mikami apareceu perto dos dois – Vocês estão bem? Parecem que nem agüentam ficar em pé!

-Estamos machucados, cansados então não conseguimos mesmo – falou Minato que ainda estava deitado no chão desde que recebera o golpe

-Baka! Mas só porque gosto de vocês por mais que sejam chatos – ela sorriu – vou ajudá-los

-Valeu nee-chan – Hanna falou – Ei! Você não devia está em casa agora? Já esta muito tarde pra você ficar na rua

-Eu fui! – disse Mikami – Mas acho que o papai e a mamãe estão lutando. Embora fosse um tipo de luta que eu nunca vi na minha vida

-Lutando? – Minato parecia confuso

-Estilo diferente? – Nem Hanna estava entendendo – O que você viu exatamente?

-Bom eu fui pra casa... – Começou a menina

**********************************************

-Finalmente em casa! – Ino chegou à sua casa. Estava exausta

-Onde você estava? – Gaara perguntou aparecendo do nada e dando um susto nela

-Fui pegar a Kaui na escolinha e ela me pediu pra ir à casa de uma amiguinha dela que tinha faltado – Ino então massageou a testa – A garota mora do outro lado da vila. Então ela me pediu assim que chegamos se podia dormir lá então eu deixei

-Hum – Ino já se acostumara com o jeito frio dele, mas depois desenvolveu algo pior do que isso: A carência dos filhos.

Depois de dar um beijo no marido foi em direção ao banheiro para tomar um banho. Quando fechou a porta tirou a roupa e ficou apenas de sutiã e calcinha. Então quando a banheira finalmente estava cheia tirou as ultimas peças e começou a se banhar.

Quando terminou se enrolou numa toalha e foi para o quarto. Lá ela viu Gaara deitado na cama sem camisa mostrando seu corpo.

-Você já está carente? – Ino falou sorrindo e se sentou ao lado dele

-Você sabe o porquê disso – ele começou meio triste – Minha infância foi terrível. Não tive o amor do meu pai, matei minha mãe quando nasci, todos na vila me odiavam. Quando me tornei Kazekage fui mais aceito porem mesmo assim me sentia vazio por dentro. Até que vi você pela primeira vez e me senti muito estranho – então ele pegou na mão dela – mas ao mesmo tempo muito feliz. Depois nos casamos e minha felicidade aumentou quando o Tsune nasceu.

-Não só a sua. Mas a minha também – Ela beijou a mão dele

-Agora não consigo me imaginar muito tempo longe dos dois – eles então sorriram

-Bem veja o lado bom – disse ela com um sorriso malicioso

-Que lado bom?

-Não tem ninguém nessa aqui em casa a não ser agente. Ninguém para nos ouvir ou atrapalhar – então ela começou a beijá-lo