O que tem por trás de uma carinha de anjo? escrita por Alessandra
Notas iniciais do capítulo
Como prometido, lá vai..
Dois dias se passaram e hoje consegui decidi que vou trabalhar na família Larius a segunda-feira chegou muito cedo e a decisão tinha que ser tomada, a Fafá disse que era besteira minha, que eu deveria ir com unhas e dentes, me entregar por completo aquela menininha, mas não é tão simples assim, não quando você sabe que ela já sofreu tanto, a dúvida chega porque não sei se serei capaz de suprir as necessidades que ela necessita, não é uma simples babá e sim do carinho e cuidado de uma pessoa que a trate como uma filha, mas isso é muito cedo pra dizer que eu sinto, porém é tudo tão diferente, parece que ela e eu já nos conhecíamos de algum lugar, não parece que foi destino e sim o coração que nos escolheu. E é com esse pensamento que já estou arrumada para ir, dessa vez num vestido um pouco mais formal, uma sapatilha preta cabelos leves e soltos para decidir com o Senhor Gustavo o que realmente deveria fazer. – Fechei o diário novamente, me levantando e seguindo até a porta, a Fafá tinha acabado de sair me desejando boa sorte e tudo aquilo que se deseja a pessoas que vão fazer entrevistas, apesar de saber que já tinha ganhado o emprego e o coraçãozinho daquela menina era seu pai que me intrigava, sem querer o seu olhar fazia com que eu me sentisse indefesa, não sei explicar o que seria isso, mas tenho a plena certeza que tenho que parar com esses pensamentos, afinal ele é meu chefe e nunca vai ser mais que isso. Fiz o caminho normalmente, arriscando até cantarolar alguma melodia que passava em algum carro aleatório na avenida. Cheguei ao prédio e os mesmos já me esperavam diferente do outro dia, uma moça que me recebeu.
— Bom dia, pode entrar, você deve ser a Cecília, o Gustavo falou muito bem de você.- Sorriu abertamente já me convidando para um abraço apertado.
— Bom dia, Senhora...., desculpa não sei seu nome. – Sorri sem jeito.
— Que indelicado da minha parte sou a Estefânia, prima do Gustavo. Mas conhecida como apenas Tia Perucas e suponho que você já saiba o motivo disso.
— Prazer em conhecê-la Senhora Estefânia.
— Que isso Cecília, prazer todo meu, agora da próxima esqueça o senhora por favor, se não vou ficar realmente irritada. – Sorrimos. - Pode sentar o Gustavo ta terminando de se arrumar pro trabalho, mas ele já ta descendo.
— E a Dulce?
— A minha pequena está na cozinha tomando café da manhã, venha, tenho certeza que ela ficará muito feliz em lhe ver.
— Dulce meu amor, tenho uma surpresa pra você.
— Surpresa de manhã Tia Perucas? Não preciso ir pra escola? A prova era hoje então irei tirar 10 direto – Sorriu travessa.
— Dulce e suas idéias. – Franciele disse sorrindo.- Não, você vai pra escola normalmente comigo, a surpresa é outra.- Completei escondendo a gargalhada.
— O que então? Nada me deixaria mais feliz do que faltar no colégio. – Gargalhou.
— Então quer dizer que você já se esqueceu de mim? – Falei aparecendo.
— Ceci. – Gritou correndo pra me abraçar. – Você veio mesmo, eu sabia que você não ia me deixar sozinha.
— Mas você não ta sozinha pequena, isso tudo é saudade?- Sorri.
— Você me entendeu. – Sorriu pedindo colo, logo facilmente cedido a ela.
— Que alegria toda é essa de manhã família? – Sorriu Gustavo olhando pra mim.- Chegando mais perto para dar um beijo na sua filha que ainda estava comigo.
— A Ceci veio, papi, eu sabia.
— Que bom meu amor, bom dia Cecília você gostaria de tomar um café ou podemos resolver tudo logo?
— Podemos ir. – Falei deixando a pequena no chão, a mesma tinha um sorriso enorme. - Vou logo pra escola, porque quero voltar pra ficar com você.
— Ta bom danadinha, agora só não vá aprontar muito ta bom?- Dei um último abraço, seguindo o Gustavo até seu escritório, enquanto a pequena gritava serelepe.- Simpiririm.
— Apesar de que eu nem tenho mais o que falar com você, a Dulce já está adaptada pelo que vi hoje. – Falou fechando a porta indicando a cadeira para que eu sentasse.
— Ela é um amor Senhor Gustavo, sem querer já me apaixonei por ela.
— Sem o Senhor por favor, formalidades não combinam comigo não em certas ocasiões.
— Como preferi Gustavo, como devo proceder enquanto aos cuidados da Dulce?
— Tudo o que deverá cumprir está aqui neste contrato. – Falou estendendo o documento.- São seus horários, o valor do salário e os demais direitos, tudo nos conformes se quiser fazer alguma alteração estou aberto a negociações. Como agir, o que fazer com a Dulce você tem total direito em mandar nela, as tarefas escolares e as demais obrigações corriqueiras dela. A Estefânia sempre estará por perto como também o Silvestre e a Franciele que já são de confiança da família, espero que você se dê muito bem com a minha pequena. Qualquer problema que você venha a ter se puder resolvê-lo antes de trazer pra mim agradeço muito porque sou muito atarefado. – Fui interrompido.
— Ok Gustavo, entendo que seja ocupado demais para suprir as necessidades da garota, entendi também que só em casos extremos devo procurar você. Só isso? – Olhou-me abismado.
— Acho que sim Cecília.
— Então tudo certo, obrigada pela confiança, farei tudo o que estiver ao meu alcance, principalmente quando o assunto tiver relacionado a você. – Disse isso e deixei-o sozinho.
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