O que tem por trás de uma carinha de anjo? escrita por Alessandra


Capítulo 18
Capítulo18


Notas iniciais do capítulo

E o que esperar do Gustavo em um domingo a noite? Segurem o choro e lembrem-se que o sol haverá de brilhar mais uma vez.....



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— Mais com certeza ela vai avisar meu pai e ele vai me fazer voltar pra casa.

— Não meu amor, eu disse pra ela vir sozinha e não contar nada pra ninguém.

— Não sei não..

— Vem cá vem, se afasta de mim não.

— Desculpa, é que tá doendo ainda o que ele me disse.

— Eu sei e entendo, mas tenta entender também. - Não percebi quando comecei a chorar, só quando senti seu corpinho junto a mim respirei aliviada, amava tanto aquela garota que ela nem tinha noção do quanto. Sabe aquela sensação de mãe? Amor de mãe, é exatamente o que eu sinto em relação à Dulce Maria. Fiquei ali abraçada junto a ela. Até ver Fátima abrindo a porta.

— Cecí chegou uma moça aqui de peruca colorida e ela está esperando você.

— Ai Fafá. - risos. - É a tia dessa princesa aqui. - Olhei pra ela que já havia adormecido em meus braços. - Diz a ela que já estou indo, só vou arrumar essa mocinha aqui. - Falei colocando a menina de volta na cama, cobrindo-a que resmungava algo devido ao sono. Dei um beijo em seu rostinho e fui em direção a porta.

— Fafá fique aqui, caso ela acorde, tenta distraí-la. Preciso ter uma conversa a sós com a tia da Dulce.

— Tudo bem Cecí. - Sorri para a Fátima e fui em direção a sala, onde encontro Estefânia sentada no sofá.

— Desculpe a demora Estefânia, eu estava no quarto.

— Imagina, eu acabei de chegar também. Mais, me conta logo o motivo tão urgente que você me chamou aqui. Confesso que estou um tanto curiosa.

— Então... - Respirei fundo e me sentei ao lado dela. - A Dulce Maria apareceu e está aqui em casa.

— Mais como? Ela tá bem? Cadê ela? Eu quero ver minha sobrinha. - Dizia ela se levantando, um tanto preocupada.

— Calma Estefânia... - A tranquilizei. - Ela está bem, eu vou te explicar tudinho e como ela veio parar aqui. Antes de tudo eu juro que não estava com ela, quero evitar confusão pro meu lado, principalmente com o grosso do seu primo, tudo aconteceu assim....

— Meu Deus do céu onde meu primo está com a cabeça? Pode ficar tranquila não suspeito de você, agradeço o carinho com a minha pequena, eu só queria ver ela posso? - Perguntou chorando.

— Que pergunta Estefânia claro que pode. - Agora vamos parando de choro porque ela precisa de força pra voltar pra casa.

— Você tem razão. - Sorri e enxuguei minhas lágrimas, Cecília me guiou até o quarto abriu a porta, e encontramos Fátima lendo um livro para Dulce.

— Vocês demoraram tanto que ela queria ir pra lá, mas ensinei que conversa de adulto criança não pode escutar.

— Mas não sou criança. - Resmungou se escondendo embaixo das cobertas.

— Não parecer ser pelo jeito, gênio,mas é. - Sorrimos.

— Princesa olha pra mim. - Estefânia começou a falar.

— Qualquer coisa estou lá fora, sintam-se em casa, é simples, mas é tudo feito com amor.

— Que isso Cecília, fiquem, afinal todo mundo é da mesma família,  só quero saber de onde a Dulce tirou essa história de fugir. - Piscou cúmplice pra mim que assenti.

— Titia senta aqui... - Falou a pequena se ajeitando na cama. E então Estefânia se sentou ao seu lado.

— E então meu amor, o que deu nessa sua cabecinha de fugir? Você deixou todo mundo preocupado com você.

— Não titia, todo mundo menos meu pai. Ele não me quer perto dele, ele não me ama mais. - Disse chorosa.

— Porque você diz isso princesa?

— Eu ouvi uma conversa dele com a Nicole, ele prefere ela titia e pra casa eu não volto nunca mais. - Disse se encolhendo, então Estefânia a abraçou.

— Não faz mais uma coisa dessa com a titia não,  eu vou te deixar aqui se não tiver problema pra Ceci, mas vou ter que avisar ao seu pai.

— Pode até avisar, mais eu não quero falar com ele. Pelo menos, não hoje.

— Tudo bem meu amor, mais promete uma coisa pra titia?

— O que?

— Promete que vai voltar pra casa? A titia vai estar com você sempre.

— Tá bom, mas deixa eu passar a noite aqui?

— Deixo agora se comporte. Amo você meu anjinho lindo.- Me despedi dos meus anjos e fui pra casa alegre demais pra ser verdade. Gustavo estava na sala, com cara de poucos amigos, um copo de Whisky nas mãos, não sei se seria uma boa hora pra conversa, suspirei e comecei.

— Onde você estava? - Perguntou depositando o copo em cima do centro.

— Bom Gustavo, vamos lá. - Respirei fundo e o encarei. - Encontraram a Dulce Maria.

— Encontraram? Então cadê minha filha? Eu quero vê-la.

— Pode se acalmar aí Gustavo, antes de tudo eu preciso ter uma conversa bem séria com você. Que história é essa de querer mandar a Dulce Maria para um internato?

— De onde você tirou uma coisas dessas?

— Eu tirei? Não fui eu meu bem e sim sua filha que escutou sua conversa com a Nicole.

— Eu estava brincando com a Nicole.

— Não justifica Gustavo, sabe quantos anos sua filha tem? 5, sabe o que isso significa? Que tudo o que ela ouve pra ela é verdade, você não tem noção o quanto essa menina esta traumatizada.

— Cadê ela?

— Está na casa da Ceci.

— Eu sabia que ela tinha algo com isso, com aquela cara de sonsa, todo mundo caiu na dela. Não sei como não pediu resgate pra pedir meu dinheiro.

— Vai com calma Gustavo, que não é bem assim. A Ceci não é desse tipo e você sabe muito bem disso, então meça as palavras antes de falar dela. Se não fosse por causa Fátima irmã da Cecília e da própria Cecília, a sua filha poderia estar na rua, numa hora dessas e sozinha, correndo perigo. Já pensou nisso? Acho muito bom você pensar, antes de sair culpando alguém. O único culpado dessa história toda é você, que prefere fazer as vontades dessa tua noiva ridícula, do que ficar com a sua filha.

— Com calma? A filha é minha, eu faço o que bem quiser com ela e vou buscá-la agora.

— Não faz isso primo, pelo amor de Deus. - Não adiantou já era tarde demais e a porta já tinha batido com força.

Gustavo On— Segui com tanta raiva que minha cabeça doía, ela tinha feito um show pra que todos caíssem inclusive eu e agora estava manipulando minha filha. Cheguei na casa dela batendo na porta com força, uma moça de cara amassada devido ao sono apareceu tentou falar comigo, mas segui diretamente pro quarto o único onde a luz estava acesa, a voz doce da Cecília ecoava pelo ar, mas isso não me impediria de pegar a menina.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só, beijos e não me matem, não percam a esperança de GuCilia ser real!!



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