O que tem por trás de uma carinha de anjo? escrita por Alessandra


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Tá fresquinho, inspirada com a novela hoje hahaha



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Gustavo Pov— Sei que fui criado naquele dilema de que homem não chora, sempre aprendi a esconder minhas fraquezas muito bem principalmente depois que a Tereza se foi, mas ver a Cecília me defendendo e regendo a Dulce como se fosse nossa filha pegou no meu ponto fraco e confesso que não consegui conter as lágrimas abraçando minha pequena o mais forte que pude, tentando assegurar a mim mesmo que eu era capaz de fazê-la feliz mesmo com meu jeito bruto, pois tenho certeza que a Cecília estaria lá comigo, mas quando olhei pra ela e a mesma me deu as costas com uma frieza no olhar que nunca tinha visto antes me dei conta que talvez ela já não estivesse mais ali, pelo menos não por mim.

Cecília Pov— Doeu tanto que nem sei explicar o quanto, mas tinha que fugir seria melhor pra mim, não aguento mais sofrer. Então talvez guardar de volta os sentimentos seria bem mais fácil, o problema é que nunca fui fria, calculista e nem tão pouco egoísta em relação aos meus sentimentos, mas com ele eu não podia brincar, pois o mesmo tinha um relacionamento. Escolhi as armas e resolvi lutar contra esse sentimento, dei as costas, fui forte pelo menos em sua frente, já que meu coração estava apertado e as lágrimas denunciavam que não era tão simples, seria melhor fugir como uma covarde a ter que aceitar ser rejeitada de novo por ele.

A manhã passou devagar e minha dor de cabeça parecia ter aumentado de tamanho, realmente começava a ficar difícil continuar a fazer minhas atividades, tentei relaxar ao tomar água, mas tudo o que senti depois foi à escuridão invadir-me.

Gustavo Pov— Estava com um mal humor daqueles, disfarcei bem na frente da Dulce enquanto a levava para escola escutando a mesma relatar um sonho que tivera, depois segui pra empresa, mas ao pisar lá tratei tão mal minha secretária, que resolvi voltar da entrada mesmo indo pra casa por falta de opção, já que lá encontraria com a Cecília e só em pensar nela meu mal humor triplicou.

— Silvestre. – Gritei da porta sem resposta, lembrei-me que hoje era dia dele ir fazer à feira junto com a Franciele, o mesmo havia alegado hoje pela manhã que se não fosse ela era capaz de trazer o mercado inteiro, exagerado como sempre, os dois sempre apareciam se espetando não sei se por implicância ou por afinidade, por que esse assunto me fez pensar nela. – Cecília? – Gritei novamente sem sucesso. – Pelo amor de Deus garota, sei que a Dulce não está, mas poderia pelo menos me responder? – Perguntei indo em direção a cozinha me deparando com ela estendida no chão, mais pálida que uma folha de papel. – Cecília pelo amor de Deus, acorda. – Falei me ajoelhando acolhendo-a em meus braços. – Cecília? Cecília? – A balancei um pouco demais. – Cecília não é hora pra brincadeira, não gosto disso. - Falei sério sem obter resposta. Peguei-a no colo indo em direção a sala, repousando ela no sofá, corri a procura de álcool pra que a mesma cheirasse, mas fui interrompido por um grito.

— O que você fez dessa vez Gustavo? – Estefânia gritava já junto da Cecília.

— Não fiz nada. – Olhou-me incrédula. – Por Deus, eu juro que dessa vez não fiz nada, voltei pra casa e já a encontrei assim.

— Porque será que não acredito em você? – Suspirei. - Ela está febril. Vai pegar um álcool pra mim?

— Tava procurando isso à minutos atrás se você não tivesse gritado. – Saí apressado, voltando para a cozinha, buscando em vão. - Não precisa mais Gustavo, ela acordou. – Corri de volta pra sala, ela estava estática ainda, mas um tom avermelhado já cobria levemente suas bochechas.

— Quer matar a gente de susto mulher? Tá sentindo alguma coisa? – Estefânia perguntava sem obter respostas.

— Estou um pouco tonta apenas. – Falei tentando me levantar vendo tudo girar outra vez.

— Fica quieta aí Cecília. – Falou Gustavo rude. – Vou chamar o médico.

— Não precisa, sério, acho que é gripe e cansaço apenas, resultado da chuva de ontem.

— Ah é mesmo.

— Chuva? Que chuva? O que foi que eu perdi? - Estefânia olhou-nos com um certo brilho de esperança talvez em seu olhar.

— Deixa isso pra lá, esquece. – Olhei piscando pra Cecília que riu sem jeito pra mim. – E você veio trabalhar mesmo assim?

— Tenho responsabilidades Gustavo e elas estão em primeiro lugar em minha vida, se você não tem isso aí a culpa já não é minha. – Falei sentando no sofá me sentindo um pouco melhor, afinal o Gustavo despertava um lado grosso em mim que até então não conhecia.

— Meu Deus do céu, como você é gros... – Estefânia atrapalhou-me. – Parem já os dois, parecem duas crianças birrentas e mimadas. Não provoca ele também Cecília, o Gustavo só estava preocupado.

— Sei... – Falei cruzando os braços, revirando os olhos em seguida.

— Já está melhor, só queria ibope, sabia. – Falei dando as costas pra elas que não se opuseram a minha reação.


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