Destinados A Ser escrita por Nathy, Lidiane


Capítulo 1
Capítulo Único - O Grande Dia


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!

Estamos aqui para compartilhar com vocês esse projeto feito com muito carinho e dedicação.
A ideia da One partiu da Lidi, que me convidou para escrever e juntas desenvolvemos essa pequena homenagem em comemoração à animação da novel Konoha Hiden que traz o casamento dos nossos amados Naruto e Hinata... enfim... essa é a nossa participação para o projeto que teve início no Revolução Naruhina ♥
Esperamos de coração que vcs gostem ^.^

*Obs.: Há trechos da novel Konoha Hiden, afinal, nossa intenção é tentar preencher o espaço que ficou para nossa imaginação.
Anyway...



Boa leitura!



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“A maior felicidade é a certeza de sermos

amados exatamente como somos”.

(Victor Hugo)

 

 

Numa bela tarde, na Primavera de 2014, o tempo estava incrivelmente limpo. Era o dia perfeito para a realização de um casamento. Como se os próprios céus estivessem dando sua bênção àquele casal.

Sob o olhar atento dos Hokages passados esculpidos na montanha, muitas pessoas se juntavam no centro da aldeia. Todos estavam em seus trajes formais, suas roupas um pouco mais adultas que o habitual.

Kakashi - atual Hokage da Vila da Folha - havia atribuído funções a todos os amigos, e até mesmo, cuidou pessoalmente de muitos detalhes, incluindo a preparação das medidas de segurança do local. Afinal, as pessoas que iriam participar incluíam Gaara o Kazekage da Vila da Areia, assim como todos os Kages das outras aldeias, Killer Bee de Kumogakure, entre outros.

 Alheios àquela movimentação, em uma espécie de sala de espera que possuía a mais bela vista, o casal se preparava para o grande momento de suas jovens vidas. Ambos já estavam devidamente trajados com roupas tradicionais de noivos. Fazia-se silêncio. Naruto estava curiosamente quieto enquanto contemplava fixamente algo para além da janela. Como se seu pensamento estivesse em outra parte.

A verdade é que estava mesmo distante. Como forma de prece, elevou os pensamentos a seus pais, representados na figura de seu pai – Minato Namikaze. Com o coração transbordando de alegria, ele estava feliz por ter encontrado alguém para dividir os sonhos. Alguém com quem compartilhar um futuro.

 “Tou-chan, Kaa-chan, Arigatou por terem estado sempre comigo. Depois que conheci o amor de vocês, eu pude finalmente entender a grandiosidade deste sentimento. Suas esperanças me alcançaram: eu não sou exigente e nem ingrato. Treino bastante e estou mais próximo de realizar o meu maior sonho de ser o Hokage. Sei o valor de todos os meus amigos e os respeito muito. Ah! Também encontrei a mulher da minha vida: Um anjo de perfeitas formas.

Quero que fiquem tranquilos, pois a Hinata cuida de mim, prepara o melhor rámen que já comi em toda a minha vida, mas ainda vou muito lá no Tio Teuchi, afinal sou seu maior cliente. ‘Hehehe’ Ela também me faz comer verduras, assim como a senhora me disse para fazer, ttebayo!

Sabem, a Hinata é uma grande mulher. É muito linda, atenciosa, gentil e inteligente, assim como a senhora, kaa-chan. Tenho certeza que até o Ero-sennin ficaria orgulhoso da mulher que escolhi para mim.

Tou-chan, arigatou por todos os conselhos, lembro-me de tudo que o senhor me disse e guardo todos os ensinamentos. Queria que estivessem aqui comigo, mas sei que estão olhando por mim aí de cima. E sei que não estou mais sozinho, pois agora tenho a Hinata comigo.

Amo vocês”!

 

Ao fundo da sala, sentada, Hinata respirava fundo tentando acalmar as batidas de seu ansioso coração. Sua mente estava a mil. O sonho de uma vida inteira estava prestes a se realizar. Olhando para fora da janela, contemplando o límpido céu azul, os pensamentos vagueavam para um lugar além do firmamento. Sussurrou algumas palavras vindas do saudoso coração:

“Neji nii-san... Irei me casar”.

Então, ela levantou o olhar para o jovem garoto em pé um pouco mais à sua frente. Inconscientemente, fora atraída até ele. Erguendo-se da cadeira, Hinata pôs-se a caminhar lentamente, até que parou ao lado de Naruto. Como um girassol que busca o calor do astro rei, lá estava a pequena flor seguindo o seu raio de sol.

O coração da Hyuuga começou a bater sem querer. Mesmo que ela tenha sempre estado olhando para ele, apenas em estar com ele assim, fazia sua pulsação aumentar como no dia em que ela o conhecera.

Estar ali, ao lado da pessoa que ela tanto amava, a fazia sentir-se incrivelmente bem. Ela estava tão feliz, que não conseguia nem mesmo expressar com palavras. Restava-lhe olhá-lo atentamente, enquanto analisava sua feição. Ela amava cada uma de suas expressões faciais. Lindo. Ele estava lindo com seu quimono de seda Hakama e uma sandália branca (zouri) simbolizando a pureza.

“Este momento é felicidade”.—ela pensou, simples e honestamente.

Parecendo perceber que estava sendo observado, Naruto desviou o olhar do rosto entalhado na grande rocha, deixando-o cair sobre a futura esposa. Hinata estava a seu lado, vestida em um quimono branco de seda – Shiromuku – enquanto um Wataboshi, também branco, cobria-lhe os cabelos negro-azulados. Seus pés calçavam um zouri. Em seu rosto, uma simples e bela maquiagem ajudava a realçar a beleza natural.

Naquele momento, o rosto sério de Naruto cedeu lugar a uma expressão suave, inocente como a de um jovem garoto. Assim que ambos os olhares se encontraram, eles timidamente sorriram um para o outro. Ele notou que os lábios dela, cobertos por um batom rosa, estavam um pouco salientes, mesmo em sua boca fechada, enquanto ela abaixava a cabeça para desviar das intensas safiras. Hinata levou as mãos ao peito como se para tentar conter o agitado coração. 

— Você está incrivelmente linda, ttebayo! _disse ele após fitá-la admirado.

— A-Arigatou... você também, Naruto-Kun! _ela respondeu-lhe timidamente, enrubescendo ainda mais em seguida. Logo ele também sentiu-se corar. Estava feliz e envergonhado, então levou uma das mãos à cabeça e a coçou.

O Uzumaki nunca fora do tipo acanhado, no entanto, desde que percebera seus sentimentos por Hinata, vez ou outra, sentia-se inseguro. Em seu interior, era importante para si que ela o aprovasse e, principalmente, o perdoasse por não ter se dado conta antes dos sentimentos da Hyuuga por si.

Naruto percebeu que adorava contemplar aqueles grandes olhos claros que tantos sentimentos expressavam. Isto aliado às bochechas rosadas, conferiam à Hyuuga um aspecto de inocência que o cativava, pois faziam-na parecer vulnerável. Mas ele a protegeria, sempre a protegeria de qualquer coisa e de tudo que a machucasse. A encorajaria a ser ela mesma junto dele, porque estava disposto a proteger não só seu coração, como sua alma. Ele a amava, se dera conta.

— Hinata... _ele começou, – perdoe-me por tê-la feito esperar tanto. _murmurou se desculpando.

— Não há o que desculpar, Naruto-kun! Estou aqui e eu amo você. Sempre amei e sempre amarei. _ela afirmou convicta.

O Uzumaki balançou a cabeça e sorriu de leve. Hinata era mesmo incrível, tinha o poder de tranquiliza-lo e passar confiança, mesmo quando ele duvidava de si mesmo. Ergueu a mão, encostando o dorso na delicada face para acaricia-la. O coração da Hyuuga estava sobressaltado, tomado de amor por aquele jovem tão especial para si. Sabia que muitas desejavam estar em seu lugar, afinal, quem não desejaria casar-se com o herói da Vila que venceu a Quarta Grande Guerra Ninja?

Uzumaki Naruto havia se transformado num homem forte e bonito, além de ser alegre e determinado. Contudo, Hinata sempre o enxergara muito além de sua fama e aparência, era sua essência que ela via. Conhecia bem o seu passado, sua infância e adolescência terríveis, de longe ela acompanhou todo o sofrimento, mas também o viu se erguer várias vezes do chão, recomeçar e então, finalmente, o viu vencer.

 Desde sempre ela o observou, reconheceu e o apoiou. Mesmo que sua timidez e insegurança a tivesse impedido de demonstrar para ele, o que a fez resignar-se por muito tempo. Quantas vezes travou uma batalha interna para que pudesse ao menos dizer a ele que estava ali e que ele poderia contar consigo? Mas sentia-se fraca por não ter tido a coragem necessária. Até que um dia, inspirando-se nele, decidiu que não ficaria mais para trás, que era a seu lado que andaria de agora em diante. E foi então que tudo mudou dentro de si. Agora, tudo parecia ter ficado num passado bem distante. Era o futuro que mirava com os olhos perolados esperançosos.

Hinata sabia que era ele. Seu coração o reconhecera há muito. Ela o amava. Havia se apaixonado por ele desde o começo. Mas precisava saber se era recíproco. Não queria que apressassem as coisas enquanto ele não tivesse certeza absoluta de que era ela a pessoa com quem queria passar o resto de suas vidas. Ele merecia ser feliz. Ela queria ser a pessoa a fazê-lo. Entretanto, era essencial que ele a desejasse tanto quanto ela o desejava e admirava.

Por outro lado, Naruto se surpreendia com a lealdade, delicadeza e dedicação que ela vertia para si. Para alguém que crescera sozinho, lutando contra o desprezo e fracasso, descobrir que nem sempre estivera só, que alguém sempre acreditou, torceu por si e o amou profundamente sem qualquer interesse, a tornava única e preciosa.

Era um sentimento muito bem-vindo. Por isso não vacilou em momento algum quando decidiu casar-se com ela. Poderia parecer precipitado, mas ele tinha plena certeza de que a queria consigo o tempo todo. Havia se comprometido a ser o homem que ela merecia.

— Quero que seja feliz, Hinata! _ele disse carinhosamente – Quero vê-la sorrir sempre!

Ao ouvir tais palavras, Hinata de fato sorriu; seus olhos brilharam refletindo toda a alegria sentida.

— Você já me faz sorrir, Naruto-kun. Você me faz feliz só de olhar para mim e me fazer sentir... como se eu fosse a mulher mais linda. Arigatou por trazer isso para minha vida.

— Você não precisa de mim para se sentir bonita, Hime. Você é a mais linda. Nunca duvide disso, ttebayo.

Naruto lembrou-se de que há um tempo, Konohamaru havia encontrado durante uma limpeza no sótão da casa de seu avô – Hiruzen Sarutobi, o terceiro Hokage – um caixote contendo coisas antigas, mas que foram bem conservadas por terem sido cuidadosamente guardadas pelo ancião. Dentre os objetos, coisas dos pais do loiro haviam sido encontradas, inclusive um cachecol malhado por sua mãe especialmente para ele; um diário da mesma e uma pequena e simples caixa de madeira.

Ao ler o diário da ruiva, Naruto pode sentir-se mais perto de sua mãe. Kushina tinha seus momentos espalhafatosos, mas para os que amava, ela era gentil e protetora. Naruto constatara isso em muitos trechos da leitura. Porém, um trecho em especial prendera sua atenção, a ruiva falava sobre o amor e aquelas palavras fixaram-se no coração do loiro. Era como se ela falasse sobre sua escolha de quem amar, e ao mesmo tempo, era como se o estivesse aconselhando.

“Se for para amar alguém, que seja quem desperte o seu riso fácil, que ame seu jeito atrapalhado e que se importe com o que você sente. Alguém que sempre esteja lá por você e que em meio à sua dor esteja pronto a te confortar; que diante de suas dúvidas ou falhas, ajude a diminuir os seus anseios e te traga paz.

As pessoas importantes são as que te aceitam do jeitinho que você é, e sem qualquer interesse. Que conheça os seus defeitos e te ame ainda mais apesar deles. Que sempre seja honesto com você e ame a sua risada escandalosa, ria das tuas piadas sem graça. Pois com certeza, esse alguém o enxergará por inteiro, sem reservas. Alguém que Por Amor escolha ficar sempre ao seu lado, mesmo quando não entender os seus porquês.

Enfim, alguém que veja e seja amor”.

 E foi através do diário que ele descobriu um desejo da mesma. Emocionado por lembrar-se das palavras dela, retirou de seu bolso a mesma caixinha encontrada, porém, agora havia um belo laço branco adornando-a.

Estendendo a mão, ele a entregou para Hinata.

— Hinata... _começou timidamente, a Hyuuga levantou a cabeça e o fitou no rosto com atenção. – Esta é uma joia que pertenceu à minha mãe. Vem de geração para geração das mulheres do meu clã. Bom, dentro de algumas horas você também será uma Uzumaki, então gostaria que você o aceitasse e usasse como símbolo do renascimento do meu clã. Esta é uma singela homenagem em reconhecimento do meu profundo respeito e amor para contigo. Desejo honrá-la e respeitá-la para todo o sempre. Por favor, aceite meus sentimentos.

Respirando fundo e parecendo lutar para manter as forças, ela sussurrou um “H-hai”.

Hinata mordeu levemente o lábio inferior, sentindo o palpitar do coração enquanto desfez o laço. Abriu a caixinha e deparou-se com um delicado colar, contendo um pingente de símbolo do clã Uzumaki. Instantaneamente seus olhos marejam, ao passo que a garganta secou faltando-lhe as palavras. Estava deveras comovida com o ato e a representação do mesmo.

— Permita-me... _Naruto pede gentilmente. Ela acena concordando. Retirando a joia da caixa, abre o fecho, passa por trás dela enquanto a mesma inclina o pescoço para conceder liberdade para que ele a adorne.

Uma sensação de serenidade o invade, inexplicavelmente, ao contemplá-la com a peça que outrora havia pertencido à sua mãe.

As lágrimas que antes ameaçavam, agora percorriam sua face num choro silencioso de felicidade. O amor de Hinata havia resistido à tantas coisas. Naruto suspirou ao imaginar o quanto ela sofrera sozinha e calada. Olhando para o pequeno, mas tão doce sorriso em seus lábios, ele percebeu que por muito tempo esse mesmo sorriso havia escondido algumas tristezas. Mas hoje não. Definitivamente, o sorriso doce transparecia a verdadeira felicidade; um sorriso disfarçado de amor. Hinata sentia-se feliz apenas por estar em companhia de seu grande amor.

Inclinando-se para ela, Naruto pressionou seus lábios contra a testa da Hyuuga. Um sentimento quente inundando o seu ser. Ele não achava ser possível sentir tanto por uma pessoa, mas estava grato de sentir e ser igualmente retribuído.

— Hinata, Aishiteru.

— Aishiterumo, Naruto-kun!

E antes que algo mais fosse dito, a porta da sala fora aberta e por ela entraram seu pai, Hiashi, e sua imooto-san, Hanabi.

Já estava quase na hora.

A Hyuuga mais nova aproximou-se da sua onee-chan para entregar-lhe uma pequena carteira de seda (hakoseko) que representa fortuna para o casamento, contendo um espelho de mão e um leque prateado (sensu). Com um pequeno sorriso, desejando-lhe sorte.

Enquanto isso, Hiashi aproximou-se sutilmente de Naruto.

— Eu confio minha filha a você, Uzumaki. _disse-lhe sério.

— Por favor senhor, não se preocupe, eu cuidarei dela. _respondeu-lhe um pouco rápido e meio nervoso.

Corajosamente, Hinata pegou o braço de Naruto e segurou firme. Novamente, os olhares se cruzaram expressando inúmeros sentimentos, mas o maior de todos: o amor.

Estavam prontos para ir.

O sol estava ameno e jazia no horizonte distribuindo os seus raios brilhantes por toda a Konoha. As flores coloriam o ambiente, enquanto os cantos dos pássaros misturavam-se ao som dos ventos e das águas, completando o cenário digno de uma bela obra de arte. Tudo transmitia serenidade.

As cerimônias eram realizadas no Templo. No entanto, os noivos acompanhados de parentes e amigos, deveriam fazer uma pequena caminhada da sala de espera até o pavilhão onde a cerimônia seria realizada. Todos os amigos estavam presentes para prestigiar ao casal de noivos.

Naruto segurava um guarda-chuva vermelho enquanto caminhava junto à Hinata. Logo atrás deles, vinha Hanabi que trajava um quimono preto, simples, estampado com flores, e Hiashi, que também trajava um simples quimono preto. Em sequência vinha Iruka – que estava bastante emocionado com o convite de seu antigo aluno para ocupar o lugar de honra. Naruto era muito especial para ele -, Shikamaru, Kakashi, Tsunade, Kiba, Shino, Sakura, Ino, Sai e os outros, formavam uma fila dupla para acompanhar o cortejo.

Ao som tranquilo de flautas, eles marchavam para o santuário.

Chegando ao local, os noivos reverenciam ao sacerdote. 

Em pouco tempo, um por um, o lugar estava se enchendo lentamente com mais e mais rostos familiares e amigáveis. O lado esquerdo foi ocupado predominantemente por parentes e amigos da noiva. Na primeira fila, Hanabi estava sentada com seu pai e alguns membros do clã Hyuuga que tinham muito apreço pela herdeira mais velha de Hiashi. Na segunda fileira estavam: Kurenai com Mirai, a pequena estava cada dia mais parecida com Asuma, seu pai. Ao lado delas, estavam seus ex-alunos e companheiros de equipe de Hinata, Shino e Kiba. Do lado de fora do templo, Akamaru aguardava embaixo da sombra de uma árvore, felizmente o cão ninja poderia participar da recepção. Por fim, um punhado de Hyuugas formavam as demais fileiras.

Do lado oposto, sentado à primeira fila estavam os Kages: Tsunade, Kakashi e Gaara, junto a eles estava Yamato e Umino Iruka. Este último continha um pequeno sorriso e uma expressão de orgulho. Logo atrás, na segunda fila estavam Konohamaru, Sakura, Sai, Ino e Chouji, enquanto adiante estava Shikamaru, Temari, Kankuro, Lee, Gai sensei e Killer Bee.

Assim, pouco a pouco, todos os amigos estavam devidamente acomodados.

 

“Uzumaki Naruto e Hyuuga Hinata.

Sua cerimônia de casamento começa agora.”

 

Logo, dá-se início a um ritual de purificação chamado San-san kudo. Frente ao Nakoudo (Casamenteiro) - ancião escolhido do clã Hyuuga -, o qual o casal bate três palmas e depois recebem do sacerdote três cálices de tamanhos diferentes contendo saquê, que representam o Céu, a Terra e o Homem. Estes, simbolizam o novo vínculo familiar e respeito pela família dos noivos. Naruto toma o primeiro cálice, em seguida Hinata toma o dela, e assim, eles bebem pequenos goles intercaladamente até a terceira e última taça de cada um, respectivamente.

Então, é chegado o momento da troca de alianças. O seishi (escrito antigo) é entregue a Naruto para a leitura do juramento de amor e fidelidade. Todos põem-se de pés para a Consagração do Tamagushi, onde o ramo de folhas Sakaki é balançado ao redor dos noivos. Em seguida, Naruto fica de frente para Hinata e lhes é entregue mais uma taça de saquê, uma para cada um. Entreolhando-se, eles levam as respectivas taças aos lábios e bebem o líquido ao mesmo tempo, para que assim um não morra antes do outro.  Por fim, as alianças são entregues para eles, Naruto é o primeiro a pô-la no dedo de Hinata com seu típico sorriso arrebatador; depois, é a vez dela. Hinata segura delicadamente a mão do marido e com determinação põe a aliança em seu dedo. Uma lágrima escorre e ela sorri quando ele se inclina e rouba um rápido selinho de seus lábios.

O Nakoudo faz uma oração abençoando a união matrimonial. Ao fim da oração, suas assistentes (Miko – espécies de coroinhas) servem saquê aos parentes e amigos mais próximos. Com palavras finais, o sacerdote termina o ritual. De joelhos e virados para frente, todos reverenciam as divindades representadas no altar.

— Acho que vão nos separar agora... _mesmo sabendo que era apenas por alguns minutos, ele não tinha vontade de ficar longe dela. Hinata sorri docemente, toca seu queixo e em seguida, fica na ponta dos pés para beijar a bochecha do seu agora, marido. Este, não contém a surpresa por tal atitude. Hinata era sempre muito tímida com ele e raro eram momentos como esses em que a garota tomava a iniciativa. Ela se afastou, desaparecendo por entre as árvores sob a vista do bobo e apaixonado Uzumaki, que logo fora se trocar também.

O local escolhido para a festa fora o jardim do próprio Templo. Naruto e Hinata, agora, com trajes mais simples, seguiam de mãos dadas para a recepção.  O lugar era lindo. Os jardins abundavam, além de ser possível também, visualizar o pequeno córrego de águas claras que os cercava. Por possuir uma beleza natural, a decoração estava simples, combinando com a personalidade da noiva, mesmo após algumas brigas com Hanabi que insistia em algo mais sofisticado e pomposo, digno dos Hyuugas. Contudo, Hinata havia conseguido convencê-la de que para ela, o simples era mais importante.

O bolo de casamento era grande, afinal toda Konoha fora convidada. Havia também uma grande variedade de alimentos, para não se dizer, um verdadeiro banquete, além é claro de muita bebida com e sem álcool.

Era perceptível em seus rostos o quanto eles estavam felizes de estar juntos. Suas mãos seguiam sempre unidas. E o clima do casal contagiava a todos, especialmente àqueles que os amavam, pois sentiam-se bem em vê-los assim: Pequenos gestos de carinho, sorrisos bobos e inocentes, troca de olhares significativas; tudo refletia a felicidade sentida por ambos.

Num determinado momento, Kakashi chama a atenção para si, para dar início aos discursos direcionados aos noivos; aproveitando para revelar qual plano havia posto em prática para assegurar que todos os amigos estivessem presentes na cerimônia.

— Konbanwa! Senhoras e Senhores. Naruto, Hinata! _ele começa o discurso sério, saudando a todos os presentes. – Primeiramente eu gostaria de parabenizar a vocês pela linda cerimônia de casamento e desejar-lhes toda felicidade do mundo. Vocês são muito importantes, não só para mim como para toda Konoha. Por isso, para assegurar que a alegria de vocês estivesse completa, eu decretei uma missão especial, todos aqueles que viessem ao casamento deveriam trazer presentes para vocês...

A missão poderia ser considerada ridícula, já que é normal levar presentes aos noivos em seu casamento. No entanto, entre os convidados, ou seja, a maioria dos amigos de Naruto e Hinata não tinham participado de uma cerimônia de casamento ou estavam participando do casamento de um amigo próximo pela primeira vez. Assim, Kakashi em sua sagacidade decretou tal tarefa com status de missão.

Os noivos ficaram surpresos e emocionados ao descobrir que nos últimos dias, seus amigos haviam cuidadosamente escolhido presentes para eles. E agora estavam curiosos para saberem o que receberiam de cada um.

Os primeiros a se aproximarem para a entrega foram Rock Lee e o seu sensei Gai. O mais novo empurrava gentilmente a cadeira de rodas de seu mestre. Ambos estampavam nos rostos enormes sorrisos de orgulho. Cumprimentaram aos noivos alegremente e então Lee proferiu as palavras com o entusiasmo que lhe era característico:

— Naruto-kun, Hinata-san! Queremos retribui-lhes a amizade através desses presentes. Creio que será o melhor presente de casamento que vocês receberão, pois colocamos nosso corpo e mente para encontra-los. _ele dizia tudo rapidamente, mas fez uma pausa ao olhar para a noiva. – E... Hinata, o Neji foi quem me ajudou a escolher. Ele me disse que “Para proteger sua casa e família, a força física é necessária…” por isso a nossa escolha foi esta. _uma lágrima escorreu do olho de Lee e ele entregou a embalagem fazendo o gesto de “nice guy”. Sua sinceridade tocou Hinata que se emocionou com a menção ao seu nii-san e sorriu contente.

— Arigatou, Lee-san! _disse docemente.

— Bom, garotos! O Lee e eu esperamos que vocês façam bom uso dos presentes e mantenham a força da juventude sempre acesa! _bradou Gai alegremente recebendo o apoio de seu discípulo. Naruto também agradeceu estendendo o punho fechado para que ambos tocassem num gesto de amizade.

Os noivos abriram as embalagens dos presentes e se entreolharam ao ver o conteúdo inusitado. Naruto se animou em ter seus próprios halteres para treinar ainda mais e Hinata riu da excitação de seu marido. Enquanto que todos ao seu redor estavam em um grande estado de choque.

Tenten estava agindo como se fosse a guardiã dos dois homens de sangue quente, repreendendo-os sempre que necessário. E apesar dela estar resmungando como se tivesse sido sobrecarregada ao ter que cuidar deles, no fundo de seu coração, ela estava se divertindo. Então, aproveitou a deixa de seus antigos companheiros de time e aproximou-se entregando a sua homenagem ao jovem casal.

— Hinata, Naruto! Desejo-lhes felicidades e espero que gostem do meu presente! _ela se inclinou em uma breve reverência ao casal e entregou seu presente. Os noivos agradeceram em uníssono a kunai customizada.

— Arigatou!

— Naruto onii-chan! _Naruto se virou para olhar de onde o grito viera e avistara Konohamaru vindo em um sorriso aberto, uma pequena embalagem em suas mãos.

— Yo! Konohamaru! _saudou feliz o Uzumaki.

— Hinata nee-chan! _o pequeno cumprimentou-a assim que se aproximou do casal e fora prontamente recebido com um sorriso terno. – Esta é a minha homenagem para vocês, uma coletânea de mensagens de todos os seus amigos. Espero que gostem. E parabéns pelo casamento.

Ele fez uma pequena reverência e entregou o pacote.

— Oh! Hahaha... Arigatou, Konoramahu! _ Naruto levou a mão atrás da cabeça e a coçou meio sem jeito. Hinata também agradeceu ao pequeno Sarutobi.

O dono do Ichiraku Ramen veio, assim como sua filha Ayame, que era uma atração para os convidados virem para a loja de ramen.

Teuchi estava se sentindo nostálgico.

“Quando isso aconteceu”?

Num piscar de olhos, Naruto seu maior cliente havia se tornado o herói da aldeia e era tão popular que até seu prato favorito transformou-se no favorito de crianças e adultos, pessoas de todos os tipos e idades amavam rámen.  Mesmo as mães locais tinham começado a dizer que se as crianças comessem do prato, então elas cresceriam saudáveis, energéticas e fortes.

Ele junto à sua filha, aproximaram-se para a entrega do presente. Tudo bem, ele havia tido problemas para defini-lo inicialmente, mas enfim, havia encontrado o presente certo.

— Yo! Felicidades ao mais novo casal de Konoha. Mocinha, faça feliz ao meu amiguinho aqui, mas por favor, permita que ele continue aparecendo de vez em quando para comer o bom e velho misu char siu ramen, dos grandes né garoto? Hehehe... _e piscou para Naruto que só de imaginar a iguaria, salivou.

— Ojii-san! Arigatou. _disse Naruto muito feliz ao abrir o envelope e constatar a frase:  ‘Todo o naruto que Você Conseguir Comer, Durante o Tempo que Quiser!!’

Este era o presente do tio Teuchi e sua filha.

Perto deles, Kiba esteve constantemente perguntando coisas para Kurenai. Ele irrompeu no lugar triunfantemente segurando o vinho de mel, se gabando de como “nós trouxemos algo para Naruto da história do clã Senjuu”. Mas, seu conhecimento sobre a história era vago, e agora estava incomodando Kurenai com constantes perguntas sobre isso. Após uma breve aula de história improvisada pela sensei, e depois de Kurenai retirar a pequena Mirai de cima do Akamaru, o antigo time oito aproximou-se dos noivos.

Em seu costumeiro silêncio, Shino imaginava em sua mente se eles não deveriam ter sidos os primeiros a entregar o presente, ou se, entrega-lo por último seria um trunfo. Entretanto, dentro de si, ele sabia que importava mais que Hinata e Naruto apreciassem ao vinho do que a ordem de entrega em si.

Naruto percebeu um sorriso genuíno e emocionado em sua esposa com a chegada de seus amigos. Ela abraçou Kurenai e depois se abaixou para pegar a pequena Sarutobi em seus braços.

— Como está linda esta pequena! _ela exclamou sincera, beijando a face da garotinha e a matriarca sorriu feliz. Quando Hinata a pôs de volta ao chão ela gritou:

— Akakiba! Kibamaru! _fazendo todos caírem na risada por ver a forma atrapalhada que Mirai chamava Kiba e Akamaru.

— Você também está muito linda, Hinata. Vejo que a pequena flor, desabrochou. _a Uzumaki corou com o elogio, mas agradeceu com um sorriso.

— Arigatou, sensei!

— Hinata! A última missão do time oito foi especialmente para você! _Kiba disse e piscou para ela. E antes que ela pudesse responder alguma coisa, ele emendou: – Yo, Naruto! Tome conta da Hinata, ou você terá que lidar comigo e com o Akamaru! _o Inuzuka bradou mostrando os punhos e o cão latiu junto como se concordasse com seu dono.

— Kiba-kun! ­_Hinata o repreendeu com ternura, mas no fundo sabia que era o jeito de seu amigo protegê-la.

— Você só está com inveja, Kiba! Porque eu estou casando com uma linda garota e você está sozinho! _provocou Naruto.

— Não tenho inveja coisa nenhuma. As garotas correm atrás de mim. _gabou-se o Inuzuka.

— Oras, não me faça rir! _Naruto debochou.

— É verdade sim. Fala pra ele, Shino! Eu tenho uma namorada! _Kiba referia-se à Tamaki, a garota dos gatos que eles conheceram durante a missão para encontrar o presente. Shino, porém, limitou-se a cumprimentar os noivos e seu amigo mostrou-se furioso, mas fora ignorado.

— Hinata, Naruto! Omedetou gosaimasu! ­_Shino os cumprimentou todo formal, mas por baixo de toda aquela máscara, sentia-se igualmente feliz por seus amigos.

— Arigatou! Vocês são muito especiais para mim! _Hinata murmurou emocionada, limpando uma lágrima que escorrera pela face alva. Os laços com seus companheiros eram para a vida toda.

Próximo dali, Shikamaru conversava com Temari sobre algo. Parecia ser uma complicada discussão sobre trabalho, mas ambos os rostos estavam brilhantes e alegres, e de vez em quando, seus risos se misturavam juntos no ar. Eles estavam sorrindo naturalmente, espontaneamente. Eram um casal bem-combinado.

Chouji sorriu enquanto observava os dois. Mas logo seu pensamento fora desviado para um dilema: como ele iria comer cada um dos muitos pratos colocados no local?

Ele pensou que precisaria de um plano secreto, algo parecido com o que Shikamaru poderia inventar, mas não importava o quanto ele pensasse e pensasse, nenhuma estratégia incrível vinha à mente. Foi quando decidiu ficar com a ideia na qual ele só iria começar de um lado do banquete e ir todo o caminho até o outro. Depois de chegar a essa conclusão, ele sorriu novamente. Era hora de entregar o seu presente aos noivos e depois, finalmente, pôr o plano de provar cada uma daquelas delícias em prática.

Chouji aproximou-se alegremente do casal.

— Yo Naruto! Yo Hinata! Este é o meu presente para vocês.

Ele esticou a mão e lhes entregou um bilhete elegante. Ambos não puderam acreditar no que seus olhos viam. Chouji estava proporcionando a eles uma refeição gratuita em um dos restaurantes Ryotei mais caros de Konoha. Sem palavras, Hinata fez uma pequena reverência ao amigo. Enquanto Naruto encarava o pedaço de papel embasbacado, nunca havia comido em um restaurante como aquele, sequer havia posto os pés, mas agora teria a oportunidade.

— Arigatou! _ambos disseram em uníssono e Chouji saiu ainda mais feliz por ter acertado em sua escolha.

Com isso, Shikamaru e Temari eram os próximos. Ambos cumprimentaram aos noivos, então o Nara estendeu a mão entregando um envelope a Naruto, que se pôs a abri-lo.

— Bem! Confesso que foi um pouco complicado escolher um presente, mas eu tive a ajuda da Temari. _ele olhou para ela com um sorriso mínimo nos lábios, mas com muito carinho nos olhos. A loira retribuiu sorrindo carinhosamente para ele. – Aproveitem a Lua-de-mel!

Surpreso, Naruto agradeceu aos amigos e olhando para a esposa, sorri ao constatar que ela tem a cabeça abaixada e as bochechas coradas, não diferentes das suas por imaginar o que estava por vir. Logo um nervoso percorre seu corpo. Passara dias pensando em como seria quando estivessem somente ele e ela em um quarto. Nunca havia tido nenhuma experiência como esta, mas tratou de buscar informações a respeito. Embora, não tivessem ajudado no quesito ansiedade e nervoso. Fora tirado de seu devaneio ao notar uma pequena confusão vindo em sua direção. Sai que estava de mãos dadas com Ino durante todo o tempo, sorria com sua expressão comumente falsa, enquanto a loira discutia com a rosada.

Ambas traziam em seus belos rostos uma expressão assustadora, até mesmo para os amigos mais chegados, que já sabiam o quanto era comum tudo aquilo. O motivo de mais uma discussão? Uma moldura de foto, exclusiva e única. O objeto era tão bonito, a cor, a forma e os pequenos detalhes esculpidos no design tornavam-no não só perfeito, como exclusivo. O problema era que Yamanaka Ino e Haruno Sakura pensavam da mesma maneira e uma não queria abrir mão do item para que a outra o entregasse aos noivos.

Já não bastava a confusão que fizeram na loja para a compra do presente, de tal modo que um funcionário precisou intervir e ameaçá-las pôr para fora, o que só resultou na união das duas para assustá-lo. Agora, a confusão era para a entrega.

— Shannaro! _Sakura gritou, e colocou toda a sua força em sua mão direita. A moldura escorregou das mãos de Ino em um movimento suave.

— Ahh! Nanisuruno?! Devolva-me! _Ino ferozmente protestou. Sakura segurou a moldura em suas mãos e sentiu o brilho da vitória inchar em seu peito.

— Você é tão bruta! _disse Ino, – Uma baka com força bruta!

— Quem você está chamando de baka, sua aho?! _Sakura ficou irritada, inconscientemente apertando as mãos em volta da moldura fotográfica.

Elas foram interrompidas por Sai:

 – Uhm, garotas! Acho que todos estão gostando de olhar para vocês. _disse ele sorrindo. Como se percebesse o vexame, Sakura tratou de desculpar-se:

— E-eu gomen-ne… Naruto, Hinata! _Sakura entregou a embalagem que acabara em suas mãos e cutucou Ino com o cotovelo, ambas se inclinaram numa reverência de desculpa aos noivos. – Vamos, Ino, se desculpe também. Graças a você, temos sido um incômodo…

— Como é? A culpa é sua por fazer um tumulto e gritar, não é?! _Ino empurrou as costas de Sakura de volta. – Cuidado com o que diz!

Sakura e Ino se encararam, e por um instante não estavam atracadas numa briga.

— Garotas... _Sai tentou, mas...

— CALE A BOCA! _ambas gritaram para ele com expressões ferozes em seus rostos.

Um silêncio mortal caiu sobre o local. Parecia que a festa se transformaria em um campo de batalha. Sakura e Ino estavam discutindo com vozes elevadas sem se importar com quaisquer olhos curiosos que as fitavam. Vendo que a discussão não teria fim, Sai aproveitou para entregar o seu presente, um grande quadro com uma bela paisagem pintada à mão. Era mesmo uma obra-prima.

O casal pensou em quantas lembranças preciosas estavam recebendo, com certeza, sua casa estaria cheia de memórias felizes por terem consigo um pedacinho especial de cada amigo.

Hanabi havia entregue à sua irmã, um porta-retratos com a foto de Neji, para que ela tivesse alguma lembrança física do primo. Hiashi os presenteou com uma linda e enorme casa. Ele havia pensado em tudo. A casa tinha quatro quartos, um grande quintal e um belo jardim. O casal havia descoberto recentemente, o hobbie em comum com plantas e flores; pressionar flores para preservá-las, e regar plantas para cuidar delas, coisas assim. Não importa como se olha para isso, as coisas que eles gostam e seus hobbies são bastante semelhantes. Além de que poderiam ter quantos filhos desejassem, pois espaço para eles brincarem não seria mesmo problema. E pensando que não haveria presente melhor, Yamato havia feito todos os móveis para combinar com a casa nova deles.

Kakashi, Gaara, e Tsunade, haviam os presenteado com dinheiro. Algo bem comum entre os convidados. O que havia surpreendido fora o fato da Senju tê-los dado cem mil ienes, um valor muito alto, mas que fora dado de coração pela velha senhora que mesmo encrencando com o loiro a chamando de Oba-chan, no fundo ela adorava o tratamento, pois ele era para si como um próprio filho.

Iruka que observava a tudo de longe, já estava sendo sobrecarregado com emoção a partir do momento em que ele entrou. Sua mente vagou para o dia em que estava na sala dos professores da Academia, como de costume, trabalhando através de alguns documentos. Naruto tinha ido vê-lo com um olhar extremamente respeitoso em seu rosto. Ele disse que tinha algo a pergunta-lo sobre o casamento.

Iruka já tinha deixado Naruto saber que ele iria definitivamente ao casamento, então ele não tinha a menor ideia do que o Uzumaki queria perguntar. E qual não fora a sua surpresa quando o loiro desabafou bruscamente:

“Eu gostaria se você viesse ao casamento como meu pai.”

No segundo que Iruka ouviu isso, um sorriso gigante espalhou pelo seu rosto. Ele respondeu imediatamente: “Deixe comigo!” ele até mesmo brincou enquanto via Naruto saindo, do lado de fora: “Você entrou com um olhar tão sério em seu rosto, eu pensei que você ia me pedir para convidá-lo para comer rámen de novo.”

O minuto em que a figura de Naruto desapareceu de sua vista, Iruka se viu explodindo publicamente em lágrimas.

Em todos os seus anos como professor, nada mais tinha o feito se sentir tão feliz.

Agora, estar ali e ver o quanto Naruto era um muito amado, o deixava extremamente emotivo, pois seu encontro com Naruto no passado foi algo que mudou sua vida.

Sob o olhar atento dos demais, ele aproximou-se do casal e, buscando as palavras para começar, ergueu as mãos à lapela de Naruto e a arrumou orgulhosamente. O que fez o Uzumaki coçar a cabeça um pouco sem jeito.

— Arigatou, Naruto! Com você eu aprendi muito e pude mudar por causa disso. Estou muito feliz que tenha se tornado um homem forte, que é o herói da Vila. Feliz que tenha tantos amigos queridos que se esforçam por você. Quero dizer que me orgulho muito de ter sido seu sensei. Quem diria que uma criança tão levada viraria um homem tão incrível? Hinata-san, por favor, cuide bem do meu menino e omedetoo pelo casamento. Sejam muito felizes.

Em lágrimas contidas, Naruto o puxou para um grande abraço e aplausos se fizerem ouvir por todo local.

Bee, aproveitou o momento de discursos e homenagens aos noivos, para cantar um rap feito em especial para o casal, arrancando diversas risadas de todos.

Houve uma grande diversão durante a celebração de outros discursos. Muitas pessoas soltaram o verbo em homenagem aos recém-casados, alguns cantaram, outros dançaram.

No final da festa, os noivos cortaram o bolo e acenderam velas nas mesas dos convidados, aproveitando para distribuir para cada um, saquinhos com presentes simbólicos.

Ao cair da noite, quando todos foram embora, ambos estavam cansados, mas em estado de êxtase, sentiam-se realizados. Então, Naruto se inclinou, apertando a mão de Hinata quando sussurrou:

— Ureshi desu, Arigatou, Hinata!

Em seu coração tudo que ele sabia era que ela o havia observado, admirado e até mesmo o protegido com a própria vida. Agora era a sua vez de protegê-la.

— Você não precisa temer nada mais, Hime! Nós somos para sempre. Ttebayo!

Hinata sentiu-se derreter. Debruçou-se contra o peitoral do loiro e pressionando o rosto contra seu peito sussurrou:

— Somos sim, Anata!

Instintivamente, ela levou a mão ao pingente em seu pescoço e o segurou firme. Olhando fundo nos olhos azuis, tão cheios de amor e esperança, sussurrou de volta:

— Hoje é o primeiro dia do nosso para sempre!

 

 

 

Eu gosto de quem facilita as coisas. De quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas.

Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada.

O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim.

Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas.

É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui.

Porque por mais que os obstáculos nos desafiem o que realmente permanece, costuma vir de quem não tem medo de ficar.

Fernanda Gaona


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado...
^.^

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Beijos e até mais!!

*-*



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